20/02/2011

O ARMAGEDON NA PERSPECTIVA BÍBLICA



material preparado baseado no artigo de Hans K. LaRondelle:"O ARMAGEDOM NA PERSPECTIVA BÍBLICA", pelos pastores:Edinaldo Juarez; José Cícero da Silva;Fernando Lopes de Melo em 2005

O ARMAGEDOM NA PERSPECTIVA BÍBLICA

O Propósito do Autor

O propósito do artigo em analise é “investigar o significado do ‘Armagedom’ em Ap. 16.16 de uma perspectiva bíblica, isto é, tanto seu contexto imediato como também os seus tipos e prefigurações hebraicas no AT”.

Breve Sumário
1. Introdução
2. Conceituação
3. Base Bíblico-histórica da Batalha do Armagedom
4. Aspectos Históricos
5. Breve Histórico da Visão Adventista
6. Visão do Literalismo Restrito do Armagedom
7. Análise do Texto
8. Conclusão

Introdução

O artigo “O Armagedon na Perspectiva Bíblica”, de Hans K. LaRondelle, apresenta uma proposta de estudo sobre o tema do Armagedon que se pode sintetizar em três pontos principais: (1) uma abordagem bíblica responsável; (2) a aplicação dos relatos da profecia apocalíptica; (3) a contextualização histórica na conjuntura das profecias não cumpridas à luz dos últimos eventos.
A evidência das abordagens de LaRondelle fornece reflexões que projetam no texto bíblico uma forma diferenciada de conceber os relatos nele contidos, que parecem estar mais próximo da visão histórica não-ortodoxa, mostrando que os eventos apocalípticos não cumpridos têm sua base nos tipos do Antigo Testamento. Na proposta evocada pelo autor há aspectos não enfatizados com tanta clareza de substância no que se refere às questões históricas, de estruturação didática e desenvolvimento analítico do texto; o que procuraremos discorrer através destas considerações.
Muitas teorias especulativas têm sido propostas na tentativa de interpretar o Armagedom mencionado em Apocalipse 16:12-16. Hoje, uma das mais populares é a de que ele será uma guerra nuclear de grandes proporções. Como já ocorreram duas guerras mundiais, e o texto bíblico fala que nesse confronto estarão envolvidos os “reis do mundo inteiro” (verso 14), muitos imaginam que o Armagedom só poderá ser uma terceira guerra mundial. Por mais fascinante e lógica que essa idéia possa parecer, ela não passa de uma teoria especulativa, sem base bíblica.
Conflitos bélicos certamente continuarão existindo, e mesmo se intensificando, até o fim dos tempos (ver Mt 24:6-8). Mas o Armagedom é descrito no livro do Apocalipse como “a peleja do grande Dia do Deus todo-poderoso” (16:14), travada entre os poderes demoníacos da “besta” e dos “reis da terra, com os seus exércitos”, de um lado, e o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” e “o seu exército”, do outro (19:16 e 19).


Conceituação

Definição do termo Armagedom: (Da transliteração grega de uma frase hebraica geralmente considerada como sendo Har-megiddo, “Monte de Megido.”) O termo “Armagedom” ocorre na *Bíblia somente em Apoc. 16:16, com o nome hebraico para “lugar” no qual os “espíritos imundos” (v. 13) “reúnem os reis da terra” para a “batalha do grande dia do Senhor Todo-Poderoso” (v. 14) — a designação de João para o que é popularmente chamado de batalha do Armagedom.
Armagedom quer dizer Monte da Matança, monte da destruição, monte da maldição. Está em oposição ao Monte da Bênção, Sião. E monte não é a mesma coisa que vale, mas os dois estão sempre juntos. Para haver vale é preciso haver monte. Megido é uma palavra do Velho Testamento que já é transliterada como Magedom, significando matança. Houve uma batalha em Megido (Juízes 4 e 5) Megido é um tipo do Monte da Maldição. Isto, porém, não é uma conclusão final sobre a origem da palavra Armagedom. Não precisamos ser dogmáticos quanto a isto.

É: Conflito cósmico entre as forças espirituais do bem e do mal, que culminará no embate final de dimensões universais.

Não é: Uma batalha limitada geograficamente e envolvendo apenas algumas poucas nações politicamente interessadas em demandas comerciais.

Base Bíblico-histórica da Batalha do Armagedom

Partindo do principio de que o propósito do artigo em analise é “investigar o significado do ‘Armagedom’ em Ap. 16.16 de uma perspectiva bíblica, isto é, tanto seu contexto imediato como também os seus tipos e prefigurações hebraicas no AT” ; compreendemos que o autor poderia oferecer uma base bíblico-histórica mais didática e consistente ao invés de sintetizar apenas no episodio do Egito e de Babilônia, os eventos que prefiguraram o embate entre as forças confederadas do mal e a soberania de Deus tendo o povo do concerto como centro do conflito.
O fato fortemente argumentado neste mesmo artigo e em outros materiais de relevante importância, de que este conflito descrito no capitulo 16 de Apocalipse, no contexto do derramamento das sete últimas pragas, representa um conflito cósmico de dimensões universais e não se restringe a uma batalha limitada geograficamente e envolvendo apenas algumas poucas nações politicamente interessadas em demandas comerciais, oferece base para a observação critica que se faz ao artigo em estudo.
A seguir sugerimos uma abordagem do tema do conflito cósmico que culminará no embate final conhecido como Armagedom, a partir da perspectiva de sua construção bíblico-histórica respeitando uma seqüência cronológica que nos levará à culminância do processo na manifestação apocalíptica da sexta praga sobre a Babilônia moderna e mística.
As Escrituras revelam que o Grande Conflito entre o Cristo e Satanás, começou misteriosamente no ambiente celestial: “Houve peleja no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram;nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás.” (Apoc. 12.7-9).
A próxima cena que vemos no contexto do conflito cósmico se desenrola no Éden quando a serpente possuída engana a mulher e lança a raça humana no abismo do pecado.
No dramático relado do embate entre Caim e Abel encontramos os dois principais elementos presentes no conflito cósmico entre o Bem e o mal: a verdadeira adoração ao objeto digno de recebê-la (Apoc. 14.6-11) e o método de salvação oferecido aos perdidos.
Sabe-se que a nação egípcia foi historicamente a primeira grande inimiga de Israel. O cativeiro egípcio (1491 a.C.) tornou-se uma fonte de grande opressão para o povo de Deus ao ponto de o Senhor ouvir o clamor do Israel cativo (Êxo. 2. 24). Na pessoa de Moises e através do juízo das dez pragas Deus buscou libertar Seu povo para que pudesse adorá-Lo (Êxo. 4.22-23). Neste episodio encontramos variados elementos tipológicos (a exemplo das pragas e do cântico de Mirian que têm seu paralelo no relato profético apocalíptico) que aludem ao final dos tempos e tornam esta batalha entre o Egito e suas divindades pagãs contra Deus, Moisés e o povo de Deus um tipo do grande Armagedom anunciado em Apocalipse 16.
Encontramos também um paralelo histórico para as sete pragas do Apocalipse, que dão contexto para o Armagedom, nas sete punições de Israel apóstata descritas em Leviticos 26 as quais constituem um ato de juízo da parte de Deus.
Babilônia (605 a.C.) surge na historia como o principal elemento tipológico do grande embate cósmico entre os poderes confederados do mal e o povo de Deus. “No AT Babilônia destruiu o templo de Deus em Jerusalém, pisou na verdade religiosa, blasfemou o nome de Yahweh e oprimiu até a morte o Israel de Deus (Deut. 1-6). Essas parecem ser as essências teológicas da Babilônia que permanecem inalteradas no seu antítipo apocalíptico (Apoc. 14.8; 17.1-6; 18.1-8)”.
Elias no Carmelo. A batalha espiritual entre Elias e os profetas de Baal no monte Carmelo, que fica próximo à região de Megido, pode ser vista como uma prefiguração do Armagedom.
O embate descrito em Apocalipse 16 nos reporta para o episódio da “batalha contra, Sísera (1300 a.C.), o comandante militar dos reis cananeus, e à surpreendente vitória obtida junto às águas de Megido (Juízes 5.19)” . Novamente vemos Deus participando ativamente das batalhas do Seu povo, verdade enfatizada no contexto profético do Armagedom final. O cântico de vitória de Débora anuncia a derrota dos inimigos de Deus e nos faz lembrar o cântico final dos remidos sobre o monte de Sião (Apoc. 14.1,2).

Aspectos históricos

As evidências internas que emergem do texto no relato angelical dirigido a João dão certa especificidade ao episódio, que qualquer tentativa que traga outro significado, como muitos têm pretendido, afirmando que o evento do Armagedon se desembocará em uma guerra geopolítica, torna tal argumento essencialmente conflitivo com o contexto apocalíptico descrito por João quando faz menção a sexta praga.
De fato, os elementos literários fornecidos por João corroboram a discussão de uma posição menos dogmática do tema em epígrafe necessariamente no que tange aos aspectos históricos, o que significa dizer que sem esta abordagem o conceito do Armagedon torna-se um tanto fragilizado, e, talvez, os conflitos existentes entre as posições conceituais do termo seriam menos acaloradas.
Os ecos que aparecem no Apocalipse, têm sua origem primária nos episódios descritos por Daniel dentro do período histórico que cobriu o Império Neobabilônico, sobretudo no personagem central, Ciro. Neste ponto o Dr. LaRondelle traz à baile uma antiga discussão, ou seja, o papel da História para comprovar os relatos bíblicos, sobretudo no contexto das profecias clássicas do AT. Por outro lado, sua abordagem está centrada num panorama geral, apesar das fontes que lança mão para consubstanciar seus argumentos, como Heródoto e Xenofante. Como já se disse alhures apenas de maneira esparsa.
Este silêncio histórico diante dos inúmeros trabalhos já elaborados pelos pesquisadores da História Clássica, como Will Durant; Ciro Flamarion Cardoso e Perrey Anderson trariam ao texto uma abordagem mais contundente. Porém, não se notou nenhuma fonte histórica atualizada que viesse contribuir na elucidação do personagem histórico/tipológico no cumprimento profético e na conseqüente queda da Babilônia Antiga, fato este deveras evidenciado pelos autores acima citados, pois centralizam suas pesquisas à luz das fontes arqueológicas mais recentes. Apoio esse que não se pode encontrar nas obras de Heródoto e Xenofante, pois suas discussões no mundo acadêmico estão em certo sentido superadas.
Portanto, é preciso esclarecer ainda que esta inserção não seja um mero discurso argumentativo desnecessário, ao contrário, ele passa a ser uma parte inclusiva da pesquisa quando tomamos como base o princípio historicista como método de interpretação profética. É neste aspecto que se busca uma fundamentação histórica mais conclusiva
Quiçá seja necessário gastar mais tempo na fundamentação histórica com uma metodologia mais específica, quer dizer, sugere-se uma abordagem utilizando-se o método conhecido/desconhecido. Aliás, este foi o método que Jesus mais se valia quando interpelava seus discípulos e seguidores.
Acredita-se que ao lançar mão desse método e considerando as reflexões supracitadas não haveria lugar para uma posição dogmática e a insistência obtusa de uma posição geopolítica para o cumprimento dos eventos mencionados no episódio de Apocalipse 16:16 tornar-se-ia amorfa.

Visão do Literalismo Restrito Sobre o Armagedom

A corrente de eruditos que defende um cumprimento literal da sexta praga vê no Armagedom de Apoc. 16.16 um embate de dimensão político-econômica que encontra seu clímax num conflito mundial nuclear que terá como cenário o “Vale do Megido, junto ao Monte Carmelo, ao norte da Palestina” , onde os exércitos judeus e gentios travarão a decisiva guerra de destruição universal. Essa idéia é sugerida pela New Scofield Reference Bible e se “apóia na suposição de que a linguagem simbólica e a figura da profecia bíblica devem ser aplicadas com absoluta literalidade”
Um número significativo de modernos intérpretes das profecias bíblicas, a maioria deles fundamentalistas, compreende que estamos vivendo no período da última geração antes do dia do Juízo Universal. Pressupõe que as declarações proféticas da Bíblia devem ser entendidas sob a égide do literalismo estrito como forma de abordar a História em desenvolvimento. Esse enfoque restringe o relato bíblico-histórico a apenas uma forma de interpretação e limita a aplicação das palavras, dos nomes e lugares hebraicos determinando que “todas as descrições étnicas e geográficas de Israel e seus antigos inimigos precisam ter hoje um cumprimento absoltamente literal no Oriente Médio”

Breve Histórico da Visão Adventista Sobre o Armagedom

Podermos afirmar que nos primórdios do adventismo surgiram diversas posições em torno do assunto do Armagedom. A sexta praga, na visão de Guilherme Miller era compreendida como indicando o declínio do poder Turco que em seus dias (1836) já se fazia sentir, o que parecia preparar o caminho para os reis que vinham para o conflito final na Palestina.
Josias Litch adotava uma abordagem futurista colocando as pragas após o segundo advento e cria na secagem literal do rio Eufrates. Até 1850 pouco foi publicado entre os adventistas sobre o assunto. Em 1852 a Review and Herald publicou um artigo de G. W. Holt onde ele argumentava que as pragas eram “reais e literais”. R. F. Cotrell corroborou com essa idéia num artigo publicado na mesma editora em 1853. Urias Smith, numa série intitulada Reflexões Sobre o Apocalipse identificou a secagem simbólica do rio Eufrates, na edição de 02/12/1862, como sendo a extinção do império Otomano. Prelúdio necessário para a deflagração da batalha do Armagedom que se desencadearia em Jerusalém, então dominada pelos Turcos. Somente em 1862 Thiago White emitiu uma opinião mais abalizada do tema quando escreveu que “A grande batalha não ocorre entre nações, mas entre a terra e o céu” .

Análise do texto

A expressão "então, vi" em Apoc. 16:13 indica uma quebra de pensamento em relação ao verso anterior. Não há uma seqüência cronológica (de 12 a 13). Os que julgam que o verso 13 segue-se cronologicamente ao verso 12 estão fechando as portas para a correta interpretação deste texto. O verso 12 refere-se à sexta praga, e os versos 13 a 16 ocorrem antes da 6ª praga. Nem sempre os profetas descrevem os eventos cronologicamente. A palavra "então" mostra que é uma nova visão sobre algum evento passado. Se tudo o que está descrito nos versos 13 em diante acontece durante as seis pragas, ou mais especificamente, durante a sétima praga, então o conselho do verso 15 é dado muito tarde, porque durante as pragas, não há mais oportunidade – a porta já se fechou. E o verso 15 refere-se ainda ao tempo da graça, portanto, refere-se a um tempo anterior ao verso 12.
Apoc. 16:13 revela-nos que três poderes espirituais darão início a esta guerra final, e que Satanás está por trás destes poderes. Sabemos que a besta representa o romanismo; o falso profeta representa o protestantismo apostatado; e o dragão representa o espiritismo.
De acordo com este texto, os sinais e prodígios têm objetivo de unir as igrejas caídas com os Estados – unir os reinos do mundo numa só confederação. Portanto, torna-se claro que não somente os reis do Oriente vão se unir, mas os de toda a Terra. Reis simbolizam poderes políticos – todas as nações serão reunidas. Mais que uma reunião política, ecumênica, estrutural ou orgânica; esta coligação se dá no campo conceitual, ideológico e social, com um pano de fundo espiritual. As hostes do mal é que fomentam esta tríplice aliança. Não há qualquer indício de que seja uma guerra entre nações do Oriente e do Ocidente.
Quem é que ajunta as nações? Em Joel 3:2 lemos que Deus faz este ajuntamento, mas agora parece que os três espíritos imundos o fazem. Há uma aparente contradição, mas a verdade é que Deus permite que os demônios façam este trabalho, mas estabelece limites. Em Sua providência, Deus incorpora este plano maligno em Seu plano mais amplo para vindicar o Seu caráter. Deus jamais ordenou que o pecado viesse a existir, no entanto, toma sobre Si a responsabilidade de resolver este problema do pecado de tal modo que a responsabilidade final é Sua.
Deus está supervisionando tudo. Todos estes poderes rebeldes se ajuntarão no lugar que em hebraico se chama Armagedom. O termo Armagedom não aparece no Velho Testamento. Estudiosos concordam que o Armagedom identifica-se com Joel 3, onde o lugar em que estão os ímpios é chamado Vale de Josafá.
O Monte de Sião é mundial, portanto o Armagedom também será mundial. Já no Velho Testamento havia esta interpretação universal, mesmo quando o mundo era centralizado na Palestina. Alguns pensam que a guerra do Armagedom é entre o bloco Oriental e o Ocidental, lutando por causa do petróleo. Nesta interpretação, Deus foi tirado do centro; Cristo foi esquecido, a Igreja e o sábado nada têm que ver com a batalha. Joel 3 e Apocalipse 16 nos esclarece que a guerra final é contra Jeová e Seu povo. Para compreendermos o Armagedom devemos olhar para Joel 3, onde é explicado a real natureza desta batalha. Também podemos olhar para o Salmo 2, Ezequiel 38 e 39, ou Zacarias 12 e 14, e também Daniel 11:40-45 e cap. 12:1 e 2.
Oriente e Ocidente estará unido. O conceito de uma divisão entre Oriente e Ocidente não é bíblico, é uma falsa doutrina. O clímax está no versículo 14 – Todos os poderes políticos se unirão para fazer guerra – não guerra entre elas, pois isto eles fazem no presente – mas "pelejarão eles contra o Cordeiro". Isto é Armagedom – a Besta contra o Cordeiro.
Apoc. 19:11-21 é a melhor descrição do Armagedom. É uma aplicação maior de Apoc. 12, 13, 14, 16, 17 e também de Gên. 3:15 e de todos os textos apocalípticos do Velho Testamento. O verso 14 diz: "e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos..." Este exército que segue o Rei é um dos partidos na guerra. Há, portanto, exércitos celestes, montados em cavalos brancos. É por isso que Joel orava: "Senhor, manda os teus guerreiros." Todo o mundo estará unido em rebelião a este governo. Cristo é o único Governante Supremo.
Concluímos, portanto, que a 6ª e a 7ª pragas formam uma só unidade. O Armagedom é descrito na sexta praga, mas acontece durante a sétima. Não podemos estudar a sétima praga isolada da sexta. A sexta e a sétima pragas são dois aspectos de um só evento. Lemos que durante a sexta praga haverá o secamento do rio Eufrates e que durante a sétima praga Babilônia cairá. Devemos considerar estes dois eventos como um só conjunto.
No Velho Testamento, o rio Eufrates determinava os limites de Israel (Gên. 15:18; 17:8). Ao norte do Eufrates viviam os inimigos de Israel que, sempre invadiam a Palestina. Poeticamente, os profetas poderiam descrever esses inimigos que viviam além do Eufrates como se fosse um trasbordamento do rio Eufrates, uma enchente que atingisse as pessoas até o pescoço (Isa. 8:7, 8 – o contexto imediato é a luta entre Judá e Assíria). O Eufrates era um símbolo dos inimigos de Israel. Esse é o seu significado teológico: Eufrates = inimigos do povo de Deus. Isaías 8 nos ensina teologicamente que o Eufrates simboliza um inimigos hostil que ataca Israel. O Eufrates não representa um inimigo neutro, mas um que ataca e se intromete nos afazeres de Israel e no seu culto. Esta é a característica teológica do termo Eufrates.
Mas nas pragas, o rio Eufrates não deve ser relacionado com os turcos, e sim com Babilônia. Babilônia como um poder religioso aparece sobre muitas águas, que representam "povos, multidões, nações e línguas" (Apoc. 17:15). O Eufrates representa todas as nações do mundo que seguem a Babilônia e fazem a sua vontade. O secamento do rio Eufrates está explicado no verso 16. O verso 15 fala do rio que transborda e o v. 16 fala do secamento. Aí a situação está totalmente mudada. Primeiro, os reis estavam unidos à meretriz e agora passam a odiá-la. O amor torna-se ódio. Esse é o secamento do Eufrates.
Assim que os poderes políticos e civis começarem a obedecer a esse poder religioso, começará a perseguição ao fiel povo de Deus. E quando as multidões se rebelarem contra Babilônia, esta será destruída a começar de dentro. Este é o quadro apocalíptico do Velho Testamento. A espada de um irmão será contra o outro. Os líderes religiosos serão os primeiros a cair no Armagedom.
Aqueles que procuravam matar o povo de Deus, pensando ser esta a Sua vontade, vêem-se subitamente lutando contra Deus. Que terrível descoberta! Dirigem-se então aos seus líderes religiosos: "Por que vocês nos enganaram?" E levantam as suas espadas contra eles. Este é o real derramamento de sangue que ocorre no Armagedom. É desta forma que haverá um Armagedom literal. Haverá sangue sobre toda a Terra. As águas do Eufrates começam a afogar Babilônia religiosa. O caminho é preparado para os reis que vêm do Oriente Celestial.
Quem são esses reis? Os anjos e Cristo, o Rei dos reis. Portanto, Cristo é um Ciro Maior. Ele vem com muitos reis, e naquele grande exército podemos ver Elias, Moisés e todos os que foram ressuscitados. Enoque também estará lá. Os libertadores vêm do Céu. É por isso que nossos olhares devem dirigir-se ao oriente – não ao Oriente Médio, mas ao Oriente Celestial. A mensagem do Armagedom é uma mensagem de conforto, pois mostra o triunfo glorioso de Cristo e do Seu povo!

Conclusão

A natureza essencialmente espiritual desse conflito é confirmada pela participação nele, tanto de Cristo quanto do “dragão”, que é Satanás. Os dois grupos conflitantes serão definidos pelo seu relacionamento com os mandamentos de Deus e o “testemunho de Jesus” (Ap 12:17).
Longe de ser um mero conflito bélico-nuclear, o Armagedom será o confronto cósmico final entre as forças do bem e os poderes do mal, no qual será decidido para sempre quem é digno de adoração (comparar com 1Rs 18). Embora os ímpios se preparem belicamente para a batalha (Ap 16:14; ver também 20:7-9), cremos que os justos jamais assumirão uma postura de combatência militar (ver Mt 5:38-48, Rm 12:17-21). Nesse conflito espiritual (ver Ef 6:10-18), Cristo e os Seus anjos pelejarão em favor dos justos, triunfando definitivamente sobre Satanás e suas hostes (Ap 20:1-21:8).
“É à meia noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. ... Os ímpios contemplam a cena com terror, ao passo que os justos vêem os sinais de seu livramento... Relâmpagos terríveis envolvem a terra num lençol de chamas. ... Demônios tremem enquanto homens clamam por misericórdia.” GC, 355, 356 Edição 2004.

“Os reis da Terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos...”
Apoc. 6: 15-17

PREPARAÇÃO PARA O SÁBADO




1. Preparo para o Sábado

O sábado é um grande dia. Certamente temos o espírito de culto durante toda a semana, mas o sábado é especial; é o dia da família; é o dia do Senhor.

“Muitas vezes o pai dificilmente vê a face dos seus filhos durante toda a semana. Acha-se quase totalmente despojado de oportunidade para a companhia ou instrução. O amor de Deus, porém, estabeleceu um limite às exigências do trabalho. Sobre o sábado Ele põe Sua misericordiosa mão. No Seu próprio dia Ele reserva à família oportunidade para comunhão com Ele, com a Natureza, e de uns para com outros.” EGW, Educação, pág. 251.

Para melhor gozar o sábado, devemos fazer certos preparativos. Já no princípio da semana se cuidou de lavar, passar a ferro, remendar a roupa, ma ao se aproximarem as horas sagradas do sábado, por todo o membro da família devem ser feitos preparativos especiais. A mãe cuida de que o alimento esteja pronto; o pai trata de que o carro esteja limpo e tenha combustível suficiente; a irmã maior cuida de que a casa esteja em ordem, de que todas as revistas e jornais seculares sejam postos fora das vistas, de que os brinquedos comuns do bebê sejam guardados e trazidos os do sábado; o irmão mais velho trata de cortar a grama e apanhar todo o papel e sujeira dos arredores.

Todo membro que tenha idade suficiente, escolhe a roupa que vai usar no sábado ou vê se está em ordem e no devido lugar. Se alguém espera até sábado de manhã para decidir o que vai usar, pode entrar em toda sorte de complicações – esta peça precisa ser passada, aquela necessita de um botão, o sapato precisa ser lustrado. Devemos lembrar-nos do dia do sábado para o santificar.

2. Saudando o Sábado

Feitos todos os preparativos, podemos reunir-nos ao redor do altar da família, ao pôr-de-sol, para saudar as horas sagradas do sábado. Em muito lar cristão é esse o tempo mais apreciado da semana. Pai, mãe e filhos se reúnem ao redor do instrumento e cantam hinos de louvor e ações de graças ao seu Senhor e Salvador. Depois de ler uma porção das Escrituras ou recitar textos favoritos, todos podem orar a Jesus. Em alguns lares, cada um recorda as bênçãos da semana, e exprime sua gratidão a Deus.

Após a oração, toda a família deve confraternizar-se fraternalmente.

3. Sábado de Manhã

Vamos à Escola Sabatina e à igreja. Para algumas pessoas, o sábado é arruinado porque ficam na cama até tão tarde que precisam correr e ralhar e irritar-se para chegarem a tempo à Escola Sabatina. A família bem organizada consegue bastante tempo parra o desjejum, o culto, vestir-se e chegar à igreja. Cada um está com boa disposição de espírito para apreciar o serviço e receber ricas bênçãos na casa de Deus.

O sábado é o dia do Senhor; portanto faz-se uma alteração na rotina diária. A família que comumente come na cozinha, passa para a sala de jantar, para o almoço do sábado. Ou se a mesma mesa é usada, há sempre uma toalha limpa colocada de novo. As facas e garfos comuns são substituídos pelos bons. Um buquê de flores acrescenta encanto ao cenário.


4. A Tarde de Sábado

Que deleite ela é! Se o tempo permitir, podemos dar um passeio no campo, na Natureza, e ali ler o primeiro livro de Deus. Se vivemos no campo, podemos ir para as matas; se moramos na cidade, podemos ir para o parque. Aí estão os mansos pombinhos, que sempre nos deleitam. Aí podemos ir semana após semana para vê-los e tornar-nos verdadeiros amigos seus. É um prazer para os mais novos levar algumas pipocas ou migalhas e vê-los comerem. Os pássaros também nos trazem alegria, enchendo o ar de doce música. Quão interessante é vê-los construírem seus ninhos na primavera e criarem seus filhotes. Uma semana após outra podemos contemplar-lhes o progresso e aprender as lições que Deus nos quer ensinar. Mesmo no inverno, há muitas lições que nos encantam. Deus é muitos bom ao dar os belos pássaros para alegrar o nosso coração, e os murmurantes regatos para nos aliviarem os nervos cansados, e ao pintar os céus com esplendido pôr-de-sol. Qual é o menino ou menina que não fica extasiado com as gloriosas nuvens que Deus forma no Céu? Sempre novas, sempre belas, dirigem nossos pensamentos para o Céu, lá em cima.

Mas virão dias frios e tempestuosos. Que poderemos fazer com as crianças então? Certamente o bebê pode ter seus brinquedos de sábado, brinquedos que ele não vê durante a semana. Dessa maneira está aprendendo a fazer diferença entre os dias comuns de trabalho e o dia sagrado, santo. A criança mais velha também tem certos objetos de sábado que pode usar nessa ocasião. Esses logo serão substituídos por livros sadios, para ler assim que esteja em condições de fazê-lo.

É boa ocasião para o papai contar algumas das histórias que não teve tempo de contar durante a semana. A tarde de sábado também é o tempo de apreciar bons cânticos. Na hora do culto só podemos cantar um hino, mas agora temos tempo para mais. Não é Deus bom em nos dar esse dia? E também é o tempo de preparar um álbum para aquela menininha aleijada do hospital. Pode ser que no sábado seguinte possamos ir vê-la e levar-lhe nosso álbum. Ela apreciará esses cartões do verso áureo tanto como vocês. Pode ser que no próximo sábado que chova, possamos fazer algum trabalho artístico com as folhas e flores que colecionamos. O pequeno que teve paralisia ficará verdadeiramente alegre por obtê-lo. Poderemos explicar-lhe onde conseguimos todas as diferentes flores e folhas, e assim ajudar a iluminar-lhe um pouco a vida.

“Quando faz bom tempo, deverão os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da Natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. Cada flor, arbusto e árvore correspondiam ao propósito divino. Tudo sobre que o homem pousava o olhar, o deleitava, sugerindo-lhe pensamentos de amor divino. Todos os sons eram harmônicos, e em consonância com a voz de Deus. Mostrai-lhes que foi o pecado que mareou essa obra perfeita; que os espinhos, cardos, aflição, dor e morte são resultado da desobediência a Deus. Fazei-lhes notar, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina. As campinas verdejantes, as árvores altaneiras, o orvalho, o silêncio solene da noite, a magnificência do Céu estrelado, a beleza da Lua, dão testemunho do Criador. Não cai do Céu uma só gota de chuva, raio de luz nenhum incide sobre este mundo ingrato, sem testificar da longanimidade e do amor de Deus...

“De quando em quando, lede-lhes as interessantes histórias contidas na Bíblia. Perguntai-lhes acerca do que aprenderam na Escola Sabatina, e estudai com eles a lição do sábado seguinte.” EGW, TS3, páginas 24 e 25.

Os meninos e meninas gostarão de se reunir em pequenos grupos e ir cantar para a vovô Joana. E ela também o apreciará! Talvez um lhe conte de que tratou a lição da Escola Sabatina. A irmã pode tocar saxofone, e o irmão, seu acordeão. Oh, haverá tempo suficiente para fazer todas as coisas que gostaríamos de fazer na tarde de sábado?

“Ao pôr-de-sol, elevai a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana. Deste modo os pais poderão fazer do sábado o que em realidade deve ser, isto é, o mais alegre dos dias da semana, induzindo assim os filhos a considerá-lo um dia deleitoso, o dia por excelência, santo ao Senhor e digno de honra.” EGW, TS3, pág. 25.

(É de muito interesse todo o capítulo “A Observância do Sábado”, em Testemunhos Seletos, Volume III, páginas 16-34.)

MINISTÉRIO DA FAMÍLIA - DSA, 1997.

CULTO FAMILIAR




SUGESTÕES PARA O ALTAR DA FAMÍLIA

1. Aprender um canto novo a cada mês. Premiar os que o aprendem.
2. Memorizar textos ou capítulos como atividade de toda a família.
3. Ler uma história contínua.
4. Pedir a um dos filhos que prepare o culto uma vez por semana.
5. Parafrasear textos que significam muito para os membros da família e estabelecer
objetivos para sua aplicação.
6. Ter um concílio familiar depois de um culto curto uma vez por semana para discutir
projetos, alvos e responsabilidades diárias.
7. Ter educação sexual no culto.
8. Escrever mensagens de amor aos membros da família uma vez por mês.
9. Dialogar quanto como melhorar certos traços de caráter.
10. Ter culto com algum inválido, amigo da família.1
11. Ter orações em diálogos nas quais participem todos os membros da família.
12. Discutir quanto e como e sobre o que orar.
13. Ao fazer pedidos de oração, reclamar promessas.
14. Levar um registro de orações respondidas.
15. Ter uma lista de oração familiar.
16. Ter em vista os flagelados, ou outros lugares estratégicos, ter uma lista de assuntos pelos
quais orar durante o dia.
17. Agradecer a Deus antecipadamente por Sua resposta às orações.
18. Explicar o que significa orar em nome de Jesus.
19. Preparar uma lista de agradecimento, com a contribuição de todos da família.
20. Cantar orações.
21. Ler toda a Bíblia.
22. Ler em silêncio uma porção das Escrituras, seguido por um diálogo familiar acerca de seu significado e aplicação.
23. Elevar orações breves pelos membros da família a qualquer hora do dia.
24. Ajoelhar-se um de frente para o outro, como ao redor de um altar.
25. Pedir perdão por erros específicos do dia.
26. Sair para a natureza, para celebrar o culto.
27. Usar objetos da natureza para explicar verdades espirituais.
28. Ter jogos bíblicos.
29. Armar quebra-cabeças bíblicos.
30. Ter o culto no quarto de diferentes membros da família.
31. Tomar as mãos e formar um círculo durante a oração.
32. Pedir que cada pessoa ore por quem está à sua direita.
33. Pedir que todos toquem a cabeça da pessoa por quem a família está orando.
34. Fazer um ligeiro jejum quando a família enfrenta decisões cruciais.
35. Celebrar cultos especiais de aniversários, contar a história do nascimento e fixar-se
alvos de aniversários.
36. Dedicar os recém-nascidos a Deus durante o culto.
37. Acender velas para o culto de recepção do sábado.
38. Colocar discos e cantar com eles durante o culto.
39. Ter concursos bíblicos doutrinais.
40. Fazer 20 perguntas sobre caracteres bíblicos.
41. Ler livros de histórias da Bíblia.
42. Dramatizar histórias da Bíblia.
A TARDE DE SÁBADO E O CULTO FAMILIAR

Que é Culto?

Culto significa reconhecer a Deus, honrá-Lo, adorá-Lo, comungar com Ele. O período de culto deve ser uma ocasião agradável. Deve ser numa hora e num lugar regular. A todos deve atrair para mais perto de Deus. Deve ter cânticos, histórias e oração. A lição deve ser simples e facilmente compreendida pelas crianças. Deve ser interessante e inspiradora. Deve ser curta.

O dia de sábado é tempo para culto especial. É o dia em que nos encontramos com Deus. É o dia em que a família pode estar junta. É o dia em que se pode gozar a Natureza. É um dia para deleites extras: cânticos, visitas, oração, leitura. Nenhum negócio mundano ou prazer secular deve roubar-nos esse tempo santo. Nosso corpo, nossas vestes e nosso lar estão preparados antes do sábado começar.


Por Que Prestamos Culto?


Deus diz a Seus filhos: (Todas as citações são de Orientação da Criança, de Ellen G. White.)

“Em cada família deve haver um tempo determinado para o culto matutino e vespertino.” – Pág. 520.

“Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida; e o pai, ou a mãe na ausência do pai, rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. ... Anjos ministradores guardarão as crianças que são assim dedicadas a Deus.” - Pág. 519.

“Pais, seja simples a instrução que dais a vossos filhos, e certificai-vos de que ela é claramente compreendida.” – Pág. 514

“Separai um pequeno período, cada dia, para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos.” – Pág. 511.

“Em agradável e alegre disposição de espírito, apresentai aos vossos filhos a verdade, conforme foi falada por Deus.” – Pág. 510.

“Ao ensinar a Bíblia às crianças, podemos conseguir muito observando a inclinação de seu espírito, as coisas em que se interessam, e despertando-lhes o interesse para verem o que diz a Bíblia sobre essas coisas.” – Pág. 512.

“Pode ser feito intensamente interessante e proveitosos para cada criancinha.” – Pág. 514.

“Deve ser o alvo principal dos chefes da família tornar a hora de culto muitíssimo interessante.” – Pág. 521.

“As crianças devem ser ensinadas a respeitar e reverenciar a hora de oração.” – Pág. 519.

“Também se deve mostrar reverência ao nome de Deus... Mesmo na oração, deve ser evitada sua repetição freqüente e desnecessária.” – Pág. 538.





“Pelo vosso exemplo, ensinai vossos filhos a orar com voz clara e distinta. Ensinai-lhes a levantar a cabeça da cadeira e nunca cobrir o rosto com as mãos.” – Pág. 522.

“Como parte do serviço religioso, o cântico tanto é um ato de adoração como a oração.” – Pág. 523.

“Não devem comparecer na presença de Deus com a roupa usada no serviço durante a semana. Todos devem ter uma roupa especial para o sábado, para usar quando assistem ao culto na casa de Deus.” – Pág. 531.

“A Escola Sabatina e o Culto de oração ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte deste tempo deverão os pais passar com os filhos.” Pág. 532.

“Pais, acima de tudo, cuidai de vossos filhos no sábado.” – Pág. 533.

“Levai-os ao ar livre, à sombra das nobres árvores, no jardim; e ensinai-lhes a ver em todas a maravilhosas obras da criação uma expressão do Seu amor.” – Pág. 534.

“No Seu próprio dia, reserva Ele para a família a oportunidade da comunhão com Ele, com a Natureza, e uns com os outros.” – Pág. 536.

“Devemos tornar o sábado tão interessante para nossa família, que sua volta semanal seja saudade com alegria.”. – Pág. 536.


Como Prestamos o Culto

1. Dia a Dia

O espírito de culto deve ser sentido no lar em todo o tempo – de manhã, ao meio-dia, à noite. Não é nada mais que plena hipocrisia fazer um culto formal e então discutir, bater, ralhar e se queixar o resto do dia. Cristo deseja VIVER no lar.

Deve haver um tempo e um lugar regular para o período de culto matutino e vespertino. Quando cada um sabe quando e onde o culto se realizará regularmente, pode arranjar seu programa para lá estar a tempo. Mas quando é irregular, antes do desjejum hoje, depois do desjejum amanhã, na sala de visitas hoje, e ao redor da mesa amanhã, forçosamente haverá confusão. Os primeiros terão de esperar pelos que estão chegando. Nossos filhos devem aprender que tudo o que pertence a Deus e à religião é feito com reverência e ordem. Algumas famílias têm o costume de se reunir ao redor da mesa, de manhã, e ter primeiro o alimento espiritual e depois o físico. Outras, com crianças pequenas, acham melhor realizar o culto na sala de visitas, com os alimentos fora da vista. À noite, o culto vespertino não deve ser tão tarde que as crianças estejam dormindo. Nem deve ser muito longo. As crianças pequenas aprendem melhor quando lhes são dadas porções pequenas. O pai pode passar uma hora inteira em oração secreta, se quiser, mas o culto da família nunca deve ser tão longo que os membros mais novos fiquem cansados. Cinco a dez minutos, em regra, é bem acertado. O período de culto deve ser planejado de tal maneira que sempre seja saudado com deleite pelas crianças.




2. Com Música

O culto familiar é para a família. Portanto, logo que a criança tenha idade suficiente para compreender, deve seu interesse ser tomado em consideração. Deve haver bastante música devocional – instrumental e vocal. “É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais.” EGW, Educação, pág. 167.

Todo membro da família deve ter parte na escolha dos hinos. Se só se usa um hino, um membro poderá ter seu predileto hoje, e outro membro, amanhã. Nem os pais nem os filhos devem fazer toda a escolha. Em geral, os hinos cantados sem o uso de instrumento ou um hinário devem ser preferidos. É bom as crianças saberem certo número de hinos que possam cantar de cor. Não somente estarão em melhores condições de pensar no que estão cantando, mas também poderão cantar durante o dia, enquanto estão trabalhando ou brincando.

Ocasionalmente, poderão ser usados instrumentos musicais, como na hora de culto de pôr-de-sol de sexta-feira e sábado, e em outras ocasiões em que devam ser usados vários hinos. É belo ver cada membro tocar algum instrumento, se o pode tocar suficientemente bem. No entanto, a hora de culto não é um período de prática. Devemos dar sempre a Jesus o melhor que temos.

3. Estudando Sua Palavra

O estudo da lição deve ser escolhido e planejado da mesma fora que se planeja uma refeição. Uma das razões de algumas crianças criarem aversão ao culto é que nada é arranjado para o seu bem ou interesse. Uma leitura longa e monótona, mesmo da Bíblia, cria tédio pelas coisas de Deus. A pessoa que lê deve dar a devida expressão, para que todos compreendam a significação e apreciem as passagens. (Ver Neemias 8:8) Para as crianças, muitas palavras compridas devem ser omitidas, substituindo-as pelas que elas possam compreender. Isso não faz violência ao texto, mas torna a lição compreensível. Verdadeiramente, as crianças não podem compreender certas partes da Bíblia. Portanto, escolhamos partes que estejam ao alcance de sua compreensão. Na maioria dos lares, devota-se um período de culto vespertino à lição da Escola Sabatina. Essa é uma prática ideal, pois habilita a ter, cada dia, um estudo sistemático da Bíblia e com um alvo definido. Freqüentemente esse plano é muito mais frutífero do que a leitura ao acaso, aqui e acolá, sem um propósito em vista. No outro período de culto podemos usar Meditações Matinais ou Inspiração Juvenil, se houver crianças, ou ainda biografias bíblicas.

O pai é o sacerdote da família. Deve dirigir o período de culto; mas, na sua ausência, a mãe deve tomar conta. Isso não significa que o pai, ou a mãe, deve fazer toda a leitura. Eles podem dirigir o culto, mas podem pedir aos filhos que tomem sua vez na leitura. De vez em quando, citar textos aumenta o interesse e é boa maneira de fixar na mente essas preciosas promessas.

Tornai tão reais os quadros da Bíblia quanto possível. De vez em quando usai lições objetivas. Um pai decidiu ler o livro de Apocalipse para os filhos, que eram de oito a dez anos. Não custou pouco planejamento e colecionamento de figuras, mas ele gostou disso, e eles ficaram encantados com o livro. Ao começar a ler o primeiro capítulo, o pai pintou João numa ilha nua e solitária. Era sábado, mas não havia Escola Sabatina para assistir, nenhuma igreja a que pudesse ir, nem família cristã para visitar. Repentinamente João ouviu uma voz atrás de si, que soou tão alta e tão clara como uma corneta. Virou-se para ver, e lá estava Jesus. A atenção das crianças foi logo dirigida para a aparência de Jesus e a maneira como estava vestido. Vendo cada parte, as crianças compreenderam bastante, mas foi necessário bastante previsão da parte do pai. “O ensino da Bíblia deve ter os nossos mais espontâneos pensamentos, nossos melhores métodos, e o nosso mais fervoroso esforço.” EGW, Educação, pág. 185.

4. Pela Oração

Se a família não for muito grande, deve-se dar a cada membro a oportunidade de orar. Isso prepara as crianças para serem capazes de tomar parte no culto público, e é bom elas expressarem sua gratidão diante dos outros. Ocasiões há em que uma só oração é suficiente, mas é melhor que cada membro da família possa orar pelo menos uma vez no dia.

Os pais devem ensinar os filhos a manter o devido decoro na oração. Devem ajoelhar-se com os dois joelhos no chão, fechar os olhos, enlaçar as mãos na frente, inclinar a cabeça enquanto ouvem os outros orarem e levantar o rosto par ao Céu, enquanto eles mesmos estão orando.

Ao nos dirigirmos a Deus, não é aconselhável usar formas comuns. Ele não é o nosso servo, nem homem comum. Falando a Jesus, é mais reverente usar as formas polidas. Assim, desde o princípio aprendem as crianças a fazer a diferença entre o comum e o sagrado, entre as coisas do homem e as coisas de Deus. Também é bom ensinar às crianças que quando chamamos o Pai não é necessário mencionar Seu nome repetidas vezes. Começar cada sentença com “Querido Jesus” é usar o Seu nome demasiadamente.

5. Saber Pelo Que Orar

Se os discípulos, que eram homens feitos, tiveram de ser ensinados a orar, certamente nossos filhos também devem ser instruídos. Ouvindo a oração de algumas pessoas, somos levados a crer que elas não sabem qual o propósito da oração. É a oração o mesmo que confissão? Aparentemente, algumas pessoas fazem da confissão o alvo principal de todas as suas orações. Por mais necessária que seja essa parte da oração, não é ela o objetivo principal. Pessoa alguma será salva se nada mais faz do que confessar seus pecados, como qualquer lavrador não conseguirá colheita alguma se não fizer nada mais do que capinar a terra.

Está a oração dando ordens a Deus? Algumas orações parecem ser mandos, dizendo a Deus o que Ele deve fazer por nós durante o dia. Isso é presunção. A atitude da nossa oração deve ser: “Senhor, que queres que eu faça?” Nosso filhos devem ser ensinados a pedir coisas que Deus prometeu. Temos o direito de orar por elas e de esperar que sempre sejam cumpridas. Ele prometeu conservar em paz aquele cuja mente está firme em Deus. Nossos filhos podem chegar ousadamente ao trono da graça pedindo que isso se cumpra em tempo de perigo. Podem orar para que os anjos do Senhor se acampem ao seu redor em tempo de dificuldade. Podem orar por coragem para resistir à tentação, por sabedoria para aprender as lições, por saúde e força.

É suficiente aprender uma bela oração, e repeti-la sem saber o que dizemos? Tem Deus interesse em petições decoradas? A Bíblia nos diz que não usemos vãs repetições, como fazem os pagãos. Que é então oração, e para que serve? A oração é comunhão com Deus, o abrir nosso coração a Deus como a um amigo. À criança se deve ensinar que Deus verdadeiramente tem tanto interesse nela com os seus pais. E justamente como o pai fica contente quando os filhos estão contentes, assim também Deus Se alegra quando Seus filhos estão alegres. Por que não dizer a Jesus quão contentes estão com o novo gatinho, os deliciosos moranguinhos que tiveram no almoço, ou a bela rosa que acaba de desabrochar? Jesus fica justamente tão triste como o papai quando machucamos o nariz ou esfolamos o joelho. Falem-Lhe disso também. E Jesus fica muito triste quando somos maus. Contemos-lhe que desobedecemos à mamãe e que estamos arrependidos e nunca mais vamos fazer isso outra vez. Dessa maneira a criança começa a reconhecer que Jesus é seu amigo pessoal, que Ele nela Se interessa, e está pronto a atender aos seus rogos em qualquer ocasião. Ao ir crescendo, a criança continua a comungar com Deus como um amigo, a pedir forças para vencer a tentação, a buscar luz para saber o que é direito, a pedir o perdão de pecados específicos, e a louvar a Deus por Sua bondade e misericórdia.

MINISTÉRIO DA FAMÍLIA - DSA, 1997

101 Idéias para O Evangelismo Familiar




"O lar cristão é ... em comparação a mais poderosa agência evangelizadora no mundo... Os lares com sua amável influência convertem mais pessoas que todos os pregadores colocados juntos. Dê-nos suficiente deste evangelismo, e logo o mundo será cristão...". (David e Vera Mace). Aqui há sugestões para apresentar a mensagem aos que estão dentro e fora de nossos lares.

PREPARAÇÃO PESSOAL
• Estudar cuidadosamente alguns versículos como Efésios 2:4-8, 13; II Coríntios 5:21; Romanos 5:12-20; 8:1, que apresentem as boas novas da salvação em Cristo Jesus.
• Refletir no amor de Deus. Que pessoas têm influenciado profundamente a compreender o amor de Deus? Como está aumentando sua compreensão do amor de Deus?
• Desenvolver com muita oração seu testemunho pessoal de fé e segurança de salvação em Cristo. Escrever seu testemunho pode ajudar-lhe a pensar melhor...
• Fazer uma lista de versículos que falem a você do amor de Deus. Estuda-los e memoriza-los para compartilhar como seu testemunho pessoal.
COMPARTILHAR SUA FÉ NO LAR
• Compartilhar seu testemunho com seu cônjuge. Escutar o testemunho de seu cônjuge. Como o Evangelho tem influenciado sua relação?
• Mostrar a graça de Deus trabalhando em sua vida sendo compreensivo com seu cônjuge, e compartilhando mutuamente seus pensamentos e profundos sentimentos.
• Tomar tempo para compartilhar com seu cônjuge o que sua fé significa para você. Como essa fé lhe ajuda a controlar a ira, a resolver conflitos, ou a encarar a depressão?
• Esforçar-se para elevar e animar seu cônjuge com palavras de ânimo e elogios apropriados.
• Fazer o culto e orar juntos regularmente.
COMO GANHAR UM CÔNJUGE QUE NÃO CRÊ NO SENHOR
• Ser uma fonte de estímulo emocional e espiritual para o cônjuge que não crê, lutando para não julgar seu comportamento, mas oferecendo-lhe regularmente elogios e palavras de ânimo.
• Dar um exemplo sincero de fé e da graça de Deus, vivendo com honestidade sua crença Adventista diante de seu cônjuge... Reconhecendo suas debilidades e faltas, e sua necessidade de melhora.
• Compartilhar com seu cônjuge sobre o perdão e contínuo reavivamento que encontra em Cristo. Tudo o que têm aprendido na sua relação com Cristo faça melhor sua experiência matrimonial.
• Fazer esforços extras para identificar e enfatizar as coisas que você e seu cônjuge tem em comum. Buscar os pontos em que concordam.
• Participar alegremente em todos os aspectos possíveis da vida de seu cônjuge sem comprometer seus princípios.
• Descobrir juntos novas atividades e amizades para substituir aquelas que foram deixadas atrás por causa de sua fé, dando-se conta que a força do vínculo de amor que os une é o mais importante para ganhar seu(ua) amado(a) para Cristo.
• Ao fazer amizades na igreja, convide homens para que sejam amigos de seu esposo, ou mulheres para que sejam amigas de sua esposa.
• Convidar seu cônjuge para participar nas atividades da Igreja, tais como: sociais, seminários de saúde, eventos familiares, retiros, acampamentos ou programas de manutenção.
• Animar seu cônjuge a participar em alguns aspectos da igreja ajudando com suas habilidades e experiência.
UMA CRIAÇÃO MISSIONÁRIA
• Fazer uma lista das mudanças que gostaria de fazer para que sua forma de criar seus filhos seja mais evangelizadora.
• Fazer com que o Evangelho seja mais atrativo para seus filhos com uma atitude positiva ao relacionar-se com eles, sorrindo sempre e tratando de compreende-los.
• Cantar para as crianças cânticos que lhes falem do amor de Deus.
• Orar por cada um de seus filhos, praticando o amor de Deus e seu amor por eles em suas orações.
• Explicar para a criança em termos simples o amor de Deus como está descrito em Sua Palavra.
• Pedir perdão para seu filho quando você tiver feito algo que tenha lhe causado dor.
• Mostrar-lhe amor incondicional e aceitação. Evitar dar-lhe uma mensagem equivocada dizendo: “Amo você se...”.
• Fazer planos para que as crianças tenham oportunidade de fazer suas próprias decisões de confiar em Cristo.
OS FAMILIARES
• Orar sempre para que seus familiares aceitem a mensagem.
• Preparar com a família uma lista de esforços específicos que possam fazer para levar Cristo a seus familiares.
• Fazer planos de comunicar-se com cada familiar por quem a família está orando – por telefone, por carta, ou visitando para oferecer-lhe primeiramente uma expressão de seu amor e compartilhar seu entusiasmo.
AMIGOS E VIZINHOS

• Compartilhar com sua família durante o culto familiar as oportunidades especiais que são apresentadas durante o dia para compartilhar a mensagem – na família, no trabalho, na escola e na vizinhança.
• Conversar com a família do interesse espiritual demonstrado por algumas pessoas no trabalho, na vizinhança, na escola e nos círculos familiares.
• Fazer uma lista incluindo os 10 vizinhos mais próximos.
• Conversar durante o culto das diferentes formas de testemunhar aos indivíduos desta lista.
• Animar as crianças a fazer algum favor ou atividade com amor para aqueles que não são tão afortunados como elas.
• Cooperar com seus filhos em alguma tarefa de serviço cristão que esteja dentro de suas habilidades, de sua força e interesse e no qual tenham êxito e se sintam felizes.
• Ajudar aos filhos maiores e aos jovens a formar grupos com seus amiguinhos e companheiros de escola para ajudar em algum projeto missionário.
DONS ESPIRITUAIS

• Usar alguns períodos do culto familiar lendo e estudando alguns versículos que enumerem os dons espirituais – Romanos 12; I Coríntios 12, 13; Efésios 4. E que cada um expresse sua opinião na forma que nos ajudam a identificar nossos dons espirituais.
• Ler biografias dos pioneiros Adventistas e de outros notáveis líderes cristãos cujo espírito de serviço e dons espirituais sirvam de ânimo para sua família.
• Pensar e orar juntos para descobrir quais são os talentos e habilidades de cada membro da família. Dar graças a Deus juntos por essas habilidades e talentos.
• Os dons que Deus deu aos filhos podem ser diferentes dos vossos como pais. Convidar a membros de igreja, que tenham dons espirituais e habilidades mais semelhantes aos de seus filhos, para que compartilhem suas experiências com eles e lhes sirvam de modelo e exemplo.
• Expresse sua gratidão em forma especial pelos talentos singulares, e os dons e habilidades de cada membro da família, confirmando assim a contribuição de cada um para que a atmosfera do lar seja tranqüila e eficiente.
• Pensar e orar juntos para saber de que forma as habilidades do pai, da mãe, da irmã, do irmão e de qualquer outro membro da família podem ser usados por Deus no lar, na igreja e na obra missionária na comunidade.
• Depois de reconhecer os talentos e habilidades, cada membro prepare um plano simples com uma ou duas coisas específicas que pode fazer para testemunhar por Deus. As crianças podem desenhar o que podem fazer.
• Peça aos membros da família que compartilhem regularmente como Deus os têm ajudado ao usar os talentos e habilidades nas atividades diárias.
UM PROJETO MISSIONÁRIO DE FAMÍLIA

• Planeje como usar os diferentes talentos da família em um projeto missionário especial. Consiga sugestões dos líderes da igreja para ver em que projetos sua família pode ajudar.
• Conseguir a participação de sua família para que todos os membros de diferentes idades possam participar, guardando um equilíbrio entre as necessidades da família e a necessidade de compartilhar com outros. Procurar escolher um projeto cujos resultados possam medir-se e que assim todos possam experimentar satisfação e obter êxito.
• Ler a Bíblia ou algum livro com a mensagem a uma pessoa idosa ou a um cego.
• Visitar uma pessoa inválida.
• Ir à mercearia para comprar alimentos para uma pessoa inválida.
• Escrever uma carta de consolo para uma família enlutada, que está sofrendo ou desanimada.
• Visitar enfermos.
• Conceder um empréstimo sem juros para uma família que está passando por problemas financeiros.
• Fazer um bolo para uma pessoa desamparada.
• Fazer sanduíches ou salgados para distribuir aos desamparados.
• Oferecer uma cesta de alimentos de forma regular a uma ou várias famílias necessitadas.
• Cortar a grama, recolher as folhas ou limpar o jardim, de alguma pessoa idosa.
• Uma vez por semana prover cuidado para o filho de uma mãe ou de um pai solteiro.
• Repartir literatura de casa em casa em alguma parte específica da cidade regularmente.
• Ir cantar ou tocar um instrumento em um hospital ou em uma casa de anciãos.
• Dar umas poucas horas de serviço ocasionalmente para famílias que necessitem ajuda para cuidar de suas crianças, remodelar sua casa ou aprender a direcionar o seu dinheiro.
• Oferecer seu lar para uma pessoa jovem que esteja em necessidade.
• Dar de presente uma roupa nova ou usada para pessoas necessitadas ou dá-la em um centro de distribuição.
• Sair com sua família para recolher dinheiro para a Recolta.
• Colocar seu endereço em envelopes de visitação para reuniões evangelísticas.
• Inscrever seus vizinhos em cursos bíblicos por correspondências.
• Distribuir convites para as reuniões evangelísticas.
• Perguntar para as crianças menores se querem compartilhar alguns de seus brinquedos com as crianças pobres.
• Usar seu carro para levar visitas para as reuniões evangelísticas.
• Convidar seus amigos para uma Feira de Saúde ou para uma Classe de Cozinha.
• Convidar um ou dois amiguinhos de seus filhos para irem à Igreja e então almoçar com vocês. Prover-lhes transporte se o necessitarem.
• Reunir-se com sua família para pensar e encontrar diferentes idéias para “ajudar e abençoar a outros”. Que ato de amor pode sua família fazer imediatamente para algum familiar, para a igreja, para a vizinhança ou para a comunidade?
• Se há algum projeto missionário que se possa incorporar durante o tempo do culto familiar, tais como preparar envelopes de visitação, ou desenvolver estudos bíblicos, faça planos de faze-lo e dê tempo aos membros da família para expressar como se sentem sobre o projeto.
MORDOMIA DA FAMÍLIA

• Planejar dar uma oferta especial para o Décimo Terceiro Sábado.
• Escolher um projeto de Inversão. Pedir informação e sugestões ao Diretor de Inversão ou ao Diretor de Escola Sabatina de como sua família pode envolver-se em recolher fundos para as missões.
• Separar um “Fundo para o Senhor” no orçamento familiar ademais do dízimo e ofertas regulares. Este dinheiro deverá ser guardado no tesouro familiar e poderá ser usado quando algum membro da família se sente impressionado por Deus a ajudar em algum projeto missionário especial ou para alguma outra necessidade que lhe chame a atenção.
• Além dos dízimos, ofertas e compromissos com a igreja, orar por alguma obra missionária em que sua família pode participar com sacrifício.
A ARTE DA VISITAÇÃO

• Pedir a alguém experiente na arte de fazer visitas para acompanhar sua família, ou a alguns membros da mesma, em uma visitação pela vizinhança. Que essa pessoa os instrua quanto aos bons modos, a conversação a conduta corretas para estas visitas.
• Para prover oportunidade de conhecer os vizinhos e começar a cultivar amizade, levar um presente de “Boas-vindas a Vizinhança”, para alguma família que tenha se mudado recentemente.
• Levar um presente de “Felicitações pelo Nascimento do Bebê”, à família que tenha um recém-nascido.
• Levar um presente de “Felicitações pelo Casamento”, a um novo casal.
• Levar algo especial à família que tenha experimentado alguma morte ou desgraça.
• Convidar seus vizinhos para algum programa especial da igreja, como a Escola Bíblica de Férias, alguma celebração especial, aos encontros sociais, etc., para prepara-los a receber um convite para assistir às reuniões evangelísticas ou aos serviços regulares da Igreja.
• Levar um prato especial de comida para seu vizinho. Permitir que as crianças tomem parte na preparação e em leva-lo.
• Procurar presentear aos seus vizinhos com aquilo que lhes agrada, por exemplo, um ramo de flores para aqueles que gostam de flores, ou selos para quem coleciona selos, ou uma receita de cozinha para aqueles que gostam de cozinhar.
• Presentear seus vizinhos com coisas que seus filhos gostam. Como livros de histórias, livros com histórias ou gravuras. Estas são coisas que as crianças e os adultos irão apreciar.
• Pedir um favor para seu vizinho. Mostrar-lhe, que como família você também necessita de amizade. Isto vai colocar você no mesmo terreno e abre as portas para o companheirismo.
• Ao visitar seus vizinhos ou conhecidos faça uma curta oração ao despedir-se. Esta oração pode ser um poderoso testemunho de sua fé em Deus, de Seu cuidado, e da verdade que você crê.
• Convidar outras famílias, a seus conhecidos ou aqueles a quem você queira conhecer melhor para unir-se com sua família para celebrar o culto familiar. Fazer um serviço curto, interessante e animado. Escolher cânticos fáceis e fazer orações curtas e simples. Escolha algumas gravações para escutar ou algumas leituras apropriadas ao nível dos presentes.
• Convidar outros para comer em sua casa. Oferecer-lhes sua amizade, um modelo de temperança, de vida saudável com os alimentos que servir.
• Convidar outros para unir-se à sua família em uma pequena excursão ou atividade recreativa ou típica dos momentos saudáveis que passam juntos em família.
TESTEMUNHANDO AO MUNDO

• Aprender os nomes dos lugares onde estão servindo pessoas que você conhece ou que servem às missões. Orar diariamente pela família destes missionários.
• Conseguir os endereços de missionários estrangeiros e anima-los com suas cartas.
• Tomar especial interesse nos aspectos missionários do Décimo Terceiro Sábado. Ir à Biblioteca e aprender sobre o lugar, as pessoas e as necessidades específicas do lugar onde está localizado o projeto. Orar por esse projeto com sua família para poder ajudar com uma oferta de sacrifício.
• Averiguar com o pastor ou com a liderança de sua igreja onde estão localizadas as áreas não penetradas pelas Missões Adventistas do Sétimo Dia seja em seu país ou em outros lugares. Aprender tudo o que puder da área e seus habitantes. Orar para que as portas se abram para evangelizar estas pessoas.
• Perguntar ao seu pastor ou a outros líderes da igreja como pode encontrar um amigo em um país estrangeiro para escrever-lhe. Que os membros de sua família escrevam para pessoas de sua idade e que compartilhem com sua família o que aprenderam da vida nesse outro país.
• Há muitas oportunidades para adultos e jovens de servir por um curto tempo como missionários em outros países. Estas oportunidades de serviço estão disponíveis por meio da Associação Geral em conexão com as instituições educacionais e organizações privadas. Averigue com seu pastor ou com os líderes de sua igreja sobre as possibilidades para que os membros de sua família possam servir nas missões. Se for possível, fazer planos para participar nessa experiência missionária.
• Enquanto a mensagem Adventista circunda o mundo, a necessidade de obreiros com ampla variedade de profissões e ocupações para trabalhar no exterior, se faz cada vez maior. Consultar com o pastor ou com os líderes da igreja e orar pela possibilidade de que um dos membros de sua família alcance servir ao Senhor tempo completo nas missões.
• Escolher uma quadra de sua cidade onde não tenha adventistas e considera-la como sua “área missionária não penetrada” para fazer visitas missionárias, distribuir literatura e ganhar outros para Cristo.
• Fazer um estudo com sua família, de uma das principais religiões não cristãs do mundo. Conversar sobre as formas criativas como os Adventistas podem alcançar a estes grupos com as boas novas de Jesus. Que pontos de suas crenças religiosas os fazem receptivos?
• Se tiver que mudar com sua família para outro lugar, considere com oração a possibilidade de mudar-se para outra região, onde haja poucos Adventistas ou nenhum para testemunhar ali.
• Falar aos seus filhos, à medida que crescem, das bênçãos e da importância do serviço missionário seja em seu país ou no estrangeiro, e da possibilidade de viver em outras partes do país onde há necessidade de estabelecer a presença da Adventista do Sétimo Dia.


Compilado e Editado por
Ronald e Kaem Flowers
Ministérios da Família da Associação Geral dos
Adventistas do Sétimo Dia
2001

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - VI



Com esta postagem chegamos ao fim deste esboço, mas em breve teremos mais postagens sobre a arte de preparar e pregar sermões.

PASSO DE PESQUISA 4: A PROPOSIÇÃO

Envolve 3 elementos A proposição que é uma afirmação teológica(A.T.), a sentença transicional (S.T.) e a Palavra chave (P.C.).

(A.T.) Satanás irá tentar com astúcia à pessoa piedosa, para atingir seu objetivo.
(S.T.) Temos aqui três tipos (P.C.) de tentação destinados a nós derrubar.

Este parágrafo em Mateus deve realmente conter três tipos de tentação. Se não, o pregador está "inventando" um esboço ou escolheu a palavra chave errada. Estudando Mateus 4.1-11, vemos três tipos de tentação que freqüentemente nos acompanham. Aqui estão eles:

1. Tratar a fome espiritual com alimento material (vv. 3, 4);

2. Testar a capacidade de Deus com proezas sensacionais (w. 5-7); e

3. Trocar o domínio de Deus por força política (w. 8-10).

É possível ver claramente estas três tentações: (a) materialismo, (b) sensacionalismo e (c) autoritarismo. O Senhor nos ensina que cada tentação deve ser enfrentada e derrotada com a espada de dois gumes chamada Palavra de Deus.

Segue aqui outro exemplo para estudo, extraído de Atos 13.1-4. Esta
passagem extraordinária instruirá qualquer igreja em como ter uma mente missionária de forma concreta. Uma das maneiras mais seguras de a igreja ganhar uma mente missionária é enviar alguns de seus filhos e filhas aos campos de missões. Assim, criamos a seguinte proposição (A.T. + S.T. + P.C.):

(A.T.) Deus utiliza com freqüência a assembléia da igreja local para chamar seus missionários.
(S.T.) Há três ações (P.C.) eclesiásticas coletivas que Deus usa para chamar missionários.

Nossa afirmação teológica apresenta uma máxima, um princípio bíblico. Ela é curta, fácil de ser memorizada e reforçada pela sentença transicional, onde a pergunta "Como Deus os chama?" é respondida com a palavra chave: ações (eclesiásticas). A palavra chave me informa que o parágrafo da pregação tem em si três ações eclesiásticas coletivas, sendo que cada uma forma uma divisão principal da exposição. Cada divisão demonstrará como Deus chama seus missionários através da ação da igreja.

Lembre-se: o longo contato com o texto, através dos passos de pesquisa, deu ao expositor sensibilidade interna diante do conteúdo e estrutura centrais do parágrafo. Assim, surge o seguinte esboço. Observe que cada divisão principal é uma ação eclesiástica coletiva, conforme o texto registra.

1. Um reconhecimento consciente dos dons do Espírito (v. 1);

2. Uma adoração concentrada no Cristo ressurrecto (v. 2); e

3. Um compromisso perfeito de apoio aos missionários (vv. 3, 4).

Até aqui, alegorizamos, definimos e exemplificamos o que realmente é a proposição do sermão. Chegamos agora ao processo em que iremos extraí-la do parágrafo da pregação. Nunca é demais repetir: a total imersão intelectual, emocional e espiritual do expositor no parágrafo é absolutamente essencial. É neste envolvimento que o expositor descobre a idéia central Assim, as três experiências de pesquisa de familiarização, exegese e estudo bíblico indutivo são os fundamentos da descoberta de uma proposição exata e complemente representativa.

A proposição é realmente o produto final da estrutura sujeito-predicado do parágrafo da pregação. Há um sujeito principal no parágrafo que está sendo predicado. Então, o primeiro fato na formulação da proposição é a resposta a esta pergunta: "Qual é o sujeito deste parágrafo da Bíblia?" De que se está falando aqui?

O sujeito de qualquer sentença é um substantivo, uma frase substantiva ou um pronome que faz alguma coisa ou sobre o qual algo é dito (predicado). O parágrafo da pregação, sendo constituído de várias sentenças, normalmente terá uma série de sujeitos e verbos. O expositor sentirá como eles se inter-relacionam, quais são os principais e os secundários. Num parágrafo de pregação autônomo deve haver um sujeito e um predicado globais, em torno dos quais giram todos os sujeitos e predicados. Na passagem de Mateus 4.1-11, Satanás (o sujeito) tenta a Jesus (o predicado). 'A dinâmica na passagem mostra que este sujeito (Satanás) emprega artimanhas sutis para atingir seus propósitos perversos.

Uma das maneiras de se descobrir a essência da proposição é olhar para as frases chaves na seqüência do texto do parágrafo.

Palavras chave: (ex.)

abusos elos notas
acusações enredos nutrientes
afirmações erros objetivos
amostras exortações obrigações
armadilhas forças oportunidades
aspirações frutos paralisias
assassinos fugas pecados
barreiras gestos perguntas
batalhas gigantes provisões
buscas hábitos punições
características heresias reclamações
clamores ídolos refutações
classes ilusões sementes
condições impurezas tesouros
crenças errôneas juízes tiranos
defeitos luzes ultimatos
desvantagens mandamentos vantagens
dilemas máscaras venenos
direções mentiras viagens
disciplinas necessidades vontades


IV. OS QUATRO PASSOS DA COMPOSIÇÃO

PASSO DE COMPOSIÇÃO 1: AS DIVISÕES PRINCIPAIS
PASSO DE COMPOSIÇAO N.º 2: AS ILUSTRAÇÕES

PASSO DE COMPOSIÇÃO N.º 3: A CONCLUSÃO E A INTRODUÇÃO
PASSO DE COMPOSIÇÃO 4: O ESBOÇO DO SERMÃO

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - V




PASSO DE PESQUISA 3: O ESTUDO INDUTIVO

3 PASSOS :

A Observação

A Interpretação . Este passo é conseguido fazendo-se perguntas ao parágrafo tais como: O que o autor do parágrafo diz sobre vida, Deus, humanidade, estruturas sociais, pecaminosidade, piedade, deveres, etc.? Como estas declarações se unem num tema básico? O que as figuras de linguagem (caso existam) dizem sobre o significado do tema? Quem é (são) a(s) pessoa(s) no texto? Por que certa palavra é usada apenas uma vez (ou repetida)? Quais ameaças ou promessas estão no texto? Quais são as implicações ou resultados das afirmações, súplicas ou ordens dadas no texto? Como o alinhamento dos fatos no texto causa impacto sobre o tema? Quando acontece o evento, ação ou afirmação? Quais palavras ou frases são difíceis de entender? O que torna obscura esta passagem? Há alguma coisa faltando que, caso fosse providenciada, esclareceria o texto? Que idéia(s) nos parágrafos anteriores e posteriores fazem um elo com o significado destas palavras ou frases obscuras ou difíceis?

A Aplicação .

FOLHA DE PESOUISA PARA O ESTUDO BÍBLICO INDUTIVO
TEXTO:

Perguntas de Fatos observados, interpretados e aplicados
Observação


Quem?
(Pessoas)
O que?
(Coisas)
Quando?
(Tempo)
Onde?
(Locais)

Perguntas de
Interpretação
Por que?
(Razões)
O que?
(Sentido ou
significado)
Por que?
(Importância)
O que?
(Exigências)

Perguntas de
Aplicação
Como?
(Como funciona?)
Quando?
(Quando aplico?)
Quem?
(Quem está incluído/
excluído?)
Por que?
(Por que os ouvintes
de hoje precisam disso?
O que?
(Que promessa pode ser
reivindicada agora? Que
mandamento deve ser
obedecido? Em favor de
que se deve orar? etc.)

QUAIS EVENTOS OU EXPERIÊNCIAS DO AT OU DO NT ILUSTRAM OU DEFINEM ESTAS IDÉIAS?

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - IV




PASSO DE PESQUISA 2: A EXEGESE

1. Leia o texto em voz alta e em espírito de oração várias vezes (o grande pregador Dr. Campbell Morgan costumava ler pelo menos 50 vezes a passagem que ia expor), comparando-o com versões bíblicas diferentes para obter uma maior compreensão de seu conteúdo.
2. Reproduza o texto com suas próprias palavras, sem olhar na Bíblia, para verificar se realmente entendeu o conteúdo (Bezzel memorizava todos os textos sobre os quais pregava).
3. Observe o contexto imediato e o remoto (veja pp. 38ss.).
4. Verifique a forma literária do texto (história, milagre, parábola, ensino, advertência, promessa, profecia, testemunho, oração, introdução etc.) e tente estruturá-lo (e. g., Ef 1.1-2; 15-23; Lc 4.38-39).
5. Determine o significado exato de cada palavra básica, com sua origem e seu uso pelo autor e no restante do testemunho bíblico (e. g., Rm 3.21-31; 5.1).
6. Anote peculiaridades do texto (palavras que se repetem, contrastes, seqüências, conclusões, perguntas, teses) e faça uma comparação sinótica, caso o texto pertença aos evangelhos (veja pp. 35-36).
7. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costumes, tradição; e. g., Ap 19.15).
8. Elabore as mensagens de cada versículo ou termo principal por meio de versículos paralelos (em palavras e assuntos), de seu núcleo, de sua relação com a história da salvação, de perguntas didáticas (quem, o que, por que etc.) e de comentários bíblicos, léxicos, dicionários e manuais bíblicos (e. g., Mt 12.38-42).
9. Estruture o texto conforme seu conteúdo principal e organizador e suas seções secundárias (e. g., Lc 19.1-10).
10. Resuma o trabalho exegético feito até este ponto com a frase: O assunto mais importante deste texto é...


Exemplo 1: Mateus 9.9-13
1. Após ter lido o texto várias vezes e comparado suas palavras com versões bíblicas diferentes, resuma a impressão geral do trecho.
2. Qual o contexto dessa passagem?
a. contexto imediato de Mateus 9
b. contexto do evangelho de Mateus (os capítulos anteriores e posteriores)
c. contexto remoto do livro inteiro (a estrutura do evangelho de Mateus)
3. Como esse texto poderia ser estruturado?
4. Faça uma comparação textual com várias versões bíblicas, anotando as diferenças.
5. Faça uma comparação sinótica desse texto para descobrir a cronologia dos acontecimentos, o material peculiar e os trechos omissos de cada um dos evangelistas.
a. o material peculiar de Mateus
b. o de Marcos
c. o de Lucas
d. o material omisso de Mateus
e. o de Marcos
f. o de Lucas
g. a cronologia sinótica
h. resumo em uma só versão
6. Explique os costumes alfandegários romanos.
7. Qual era a relação entre judeus em geral e os publicanos e pecadores?
8. Qual era a atitude de João Batista frente aos publicanos e pecadores?
9. Como Jesus Se relacionava com os publicanos e os pecadores?
10. Quem eram os fariseus (origem, atitudes, crenças, posição)?
11. Por que os fariseus opuseram-se a Jesus (v. 11)?
12. Fale sobre Cafarnaum (lugar, origem, significado, tamanho, importância).
13. Quem era Mateus (ou Levi; ligações familiares, profissão, religião, características, menção nos evangelhos)?
14. No versículo 9, qual o significado do verbo ver, empregado por Jesus, em relação à vocação de Mateus? Será que os autores dos demais evangelhos usam esse verbo em outras circunstâncias?
15. Quais as conseqüências implícitas do ato de seguir a Jesus?
a. conforme Lc 5.28
b. conforme Mt 19.21
c. conforme Lc 19.1-10
16. Segundo os versículos 10 e 11, quais os motivos de Mateus ao convidar Jesus à sua própria casa?
17. Por que os judeus consideravam os publicanos e pecadores indivíduos de segunda classe?
18. O que significa a frase: ... come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
19. Como Jesus descreve Sua missão nos versículos 12 e 13, e qual seu significado?
20. Por que Jesus citou Oséias 6.6?
21. Quais as diferenças entre Oséias 6.6 e sua citação feita por Jesus?
22. Em que e por que revela-se na ação de Jesus a misericórdia divina?
23. Quais as implicações do fato de chamar os pecadores?
24. Será que os fortes e justos não precisam da misericórdia divina? (Consulte alguns comentários.)
25. Qual a origem, o significado e o uso do termo bíblico misericórdia? (Consulte o NDB, o NDITNT e o NTI.)

Exemplo 2: Mateus 8.1-4
Use as dez regras didáticas expostas anteriormente para elaborar esta exegese.
1. Em espírito de oração, leia o texto em voz alta diversas vezes. Em seguida, anote o primeiro impacto que a passagem causou em você.
2. Agora, repita o texto com suas próprias palavras, sem olhar na Bíblia, para verificar se realmente compreendeu seu conteúdo.
3. Observe os contextos imediato e remoto.
4. Verifique a forma literária do texto e tente estruturá-lo.
5. Determine o significado exato de cada palavra básica, assim como sua origem e seu uso na Bíblia.
6. Anote as peculiaridades do texto (palavras que se repetem, contrastes, seqüências, conclusões, perguntas, teses) e faça uma comparação sinóptica com Marcos 1.40-45 e com Lucas 5.12-16.
7. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costumes, tradições) desse texto.
a. O que era a lepra na época neotestamentária?
b. Qual a função do sacerdote com respeito à lepra?
c. Qual a responsabilidade do sacerdote num caso de cura da lepra?
d. Que povo presenciou o milagre da cura de um leproso?
8. Desenvolva o significado de cada versículo ou tema principal.
v. 1: "seguiram"
a. O que significa o verbo "seguir" no Novo Testamento?
b. O que significa o verbo "seguir" aqui?
v. 2: "eis"
a. Como o Novo Testamento emprega esse termo?
b. Qual seu significado aqui?
v. 2: "adorou-o"
a. Qual o significado do verbo "adorar" na Bíblia?
b. Como se deve adorar? (Consulte dicionários e comentários bíblicos, a chave bíblica e a BVN.)
c. Que atitude é expressa na adoração?
v. 2: "se quiseres"
a. O que o leproso quis dizer com essa frase?
v. 2: "purificar-me"
a. Qual o significado da purificação na Bíblia?
b. Qual a importância da purificação na lei de Moisés?
c. Por que o leproso desejava ser purificado?
v. 3: "tocou-lhe"
a. Que atitude de Jesus é expressa por esse verbo?
b. Qual o significado desse verbo para o leproso?
v. 3: "quero"
a. O que Jesus quer?
b. Qual é a vontade de Jesus?
v. 3: "imediatamente"
a. Qual o significado dessa palavra?
b. Quantas vezes aparece no evangelho de Mateus?
v. 4: "não digas a ninguém"
a. Por que Jesus fez essa proibição?
b. Isso acontece em outras ocasiões no Novo Testamento?
v. 4: "fazer a oferta"
a. Por que esta oferta é necessária?
b. Qual sua finalidade?
c. Será que o Novo Testamento também relata esse costume em outras partes?
9. Estruture o texto conforme seu conteúdo principal e organizador e de acordo com as seções secundárias.
a. O leproso pede ajuda:
_ ele se prostra diante de Jesus
_ ele confia na vontade e no poder de Jesus
b. Jesus concede a cura:
_ Ele toca o leproso
_ Ele cura o leproso
_ Ele envia o leproso ao sacerdote
10. Resuma o trabalho exegético desenvolvido até aqui com a seguinte frase: O assunto principal desta passagem é... (ou esse texto fala sobre... )

Os passos da metodologia da exegese lingüístico-gramatical são os seguintes:
a. Traduzimos o texto de seu original hebraico ou grego.
b. Definimos os termos principais de um texto (e. g., Rm 3.21-31) com a ajuda de um dicionário hebraico ou grego juntamente com o NDITNT, para compreendermos sua origem, seu desenvolvimento, seu uso e seu significado bíblico e cultural.
c. Comparamos algumas versões e traduções diferentes (ARA, ARC, EIBB, BLH, BJ).
d. Subdividimos as orações em seus componentes: sujeito, objeto, expressão principal, adjuntos adverbiais, frases secundárias; então, verificamos como cada um se relaciona com o restante do versículo.
e. Observamos as particularidades do texto: repetições de palavras, contrastes, interrogações, conseqüências, afirmações etc.
f. Diferenciamos os substantivos dos verbos, advérbios e pronomes; a voz passiva da ativa; o subjuntivo do indicativo etc., para obtermos uma compreensão maior

A metodologia da exegese histórico-cultural segue os seguintes passos:
a. Esclarecemos o pano de fundo histórico (e. g., de uma carta neotestamentária ou de um livro profético do Antigo Testamento).
b. Traçamos as conexões históricas será que o texto relaciona-se com acontecimentos anteriores?
c. Definimos o lugar e a época do fato.
d. Explicamos as tradições e os costumes (e. g., Mt 3.12; Ap 19.15).
e. Observamos a situação geográfica (e. g., Mc 5.20).

A tarefa da exegese teológico-pneumatológica é analisar os termos do texto da maneira teológica, bíblica, espiritual e doutrinária.
As perguntas-chave na exegese teológico-pneumatológica são:
a. Qual o ensino ou mensagem desta frase ou versículo?
b. Quais são as referências bíblicas que apóiam ou confirmam este ensino ou princípio?
c. Quais as afirmações bíblicas que explicam melhor o significado deste ensino?
d. O que Deus deseja expressar aqui?
Na exegese teológico-pneumatológica, o exegeta depende da operação e direção do Espírito Santo. A mensagem é descoberta pelo Espírito Santo, que nos ilumina (1 Co 2.12-13).
A metodologia usada pela exegese teológico-pneumatológica é a seguinte:
a. Esclarecemos os termos principais em relação ao testemunho inteiro das Escrituras.
b. Determinamos o cerne do versículo.
c. Observamos o indicativo da atuação divina.
d. Correlacionamos o texto com a mensagem cristológica (o Cristo prometido, encarnado, crucificado, morto, ressurreto, glorificado, exaltado, presente, que vem outra vez, consumador, rei, sacerdote, profeta).
e. Definimos a finalidade prática do versículo.

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - III




III. OS 4 PASSOS DE PESQUISA

PASSO DE PESQUISA N.º 1: FAMILIARIZAÇÃO

Chegamos assim a primeira pesquisa, chamada por mim de passo de familiarização. As etapas marcadas pelas letras A, B, C e D são as seguintes:

(A) Leia todo o primeiro parágrafo da série. Leia-o do começo ao fim e certifique-se de que normalmente existe uma idéia ou tema dominante em cada parágrafo.

Uma forma de destacar o tema é observar a repetição de palavras, frases ou idéias. Muitos salmos começam com um tema no primeiro versículo, repetem a idéia no meio e terminam com a mesma nota. No Salmo 20, Davi invoca a Deus para que este responda àqueles que se encontram angustiados. Ele repete a idéia no final do versículo 5, dizendo: "... que Deus atenda todos os seus pedidos!" (Bíblia na Linguagem de Hoje). No último versículo, ele pede a Deus que responda quando chamarmos. O tema tem algo a ver com o Deus que responde e o exercício da fé (quanto a este padrão, veja outros salmos, como 29, 32, 36, 54, 59, 71, 80, para mencionar apenas alguns).

Por exemplo, com Filipenses 1.3-11, eu escrevo em minha folha de pesquisa o título e as frases seguintes:

PASSO DE PESQUISA No. 1: FAMILIARIZAÇÃO – (A) TEMA

Texto: Filipenses 1.3-11
Versículo 3 – "... por tudo que recordo de vós".
Versículo 4 – "... fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações".
Versículo 7 – "... vos trago no coração".
Versículo 8 – a "saudade que tenho de todos vós".
Versículo 9 – "... faço esta oração".

Vemos claramente que três frases falam sobre afeição e três sobre oração. Daí, então, o tema: "Oração intercessória e afeição" ou "O amor que motiva a intercessão". O expositor poderá querer confirmar estas conclusões, repetindo este exercício com uma versão moderna ou estrangeira do parágrafo bíblico. Os arautos do Senhor que têm capacidade para ler em outro idioma encontram com freqüência novidades e outras confirmações daquilo que já haviam concluído.

Neste mesmo passo da pesquisa, deve ser feita a segunda parte do exercício de familiarização. Meus alunos diziam que era esta parte que muitas vezes os inspirava a querer pregar sobre aquele texto.

(B) Escreva em outra folha uma paráfrase pessoal do parágrafo da pregação. Algumas vezes levo a forma final desta paráfrase para o púlpito e a leio como parte de minha introdução. É surpreendente como este exercício tem me ajudado a me envolver emocional e espiritualmente com o parágrafo bíblico. Uma das formas de escrever uma paráfrase é preparar a folha de pesquisa da seguinte maneira:

FAMILIARIZAÇÃO – (B) PARÁFRASE

Texto: Filipenses 1.3-11

Versículo Substantivos Sinônimos Verbos Sinônimos

Depois de pronta a folha de pesquisa, leia o parágrafo da pregação do começo ao fim, versículo por versículo, e extraia de cada um os substantivos, verbos e locuções verbais mais importantes. Complete um versículo antes de passar para o próximo. Consulte cada substantivo e cada verbo num dicionário e copie um sinônimo para cada um na coluna correspondente. Alguns pregadores têm a felicidade de possuir um dicionário de sinônimos, o que facilita bastante a realização deste exercício. Aqui se recomenda uma advertência. A escolha dos sinônimos que fazemos pode nem sempre refletir o sentido exato do texto original. Nosso consolo é que quando chegarmos ao exercício de exegese, teremos condições de corrigir nossa paráfrase e torná-la mais exata. Neste ponto, a folha de pesquisa deverá ser mais ou menos assim:

FAMILIARIZAÇÃO – PARÁFRASE

Texto: Filipenses 1.3-11

V 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Substantivos Deus Orações Cooperação Evangelho Boa obra Dia de Cristo Justo Algemas Graça Saudade Oração Amor Conheci-mento Percepção Excelentes Dia de Cristo Fruto Justiça Jesus Cristo Glória louvor Sinônimos Ser Supremo Pedidos Associação Boas novas Bom trabalho Dia do julgamento Correto Prisão Privilégio Terno amor Súplica Devoção Iluminação Discerni-mento Melhores Dia do julgamento Resultado Integridade Salvador Radiância elogio Verbos Dar graças Recordar Fazer súplicas Estou certo Completar Pensar Trazer Defender Confirmar Participar Testemunhar Aumente Aprovar Ser puro Ser inculpável Ser cheio Ser mediante Sinônimos Agradecer Lembrar Solicitar Convicto Continuar Reagir Ter Proteger Endossar Comparti-lhar Depor Trans-borde Descobrir Autêntico Imaculado Reaprovi-sionar Fluir de

Com base neste exercício, escreva uma paráfrase somente com sinônimos dos substantivos e dos verbos. Tenha o cuidado de manter a mesma gramática do parágrafo da pregação. Use sinônimos para esclarecer o texto, estimular a imaginação e inspirar o espírito. Aqui está o resultado de minha paráfrase de Filipenses 1.3-11:

3. Agradeço ao Ser Supremo, especialmente quando me lembro de vocês. 4. Em todos os meus pedidos, sempre solicito (a Deus) por vocês com prazer, 5. Devido a associado de vocês comigo nas boas novas, desde o primeiro dia até agora, 6. Estando convicto de que Deus, que começou um bom trabalho em vocês, irá continuá-lo até o dia do julgamento. 7. É correto que eu reaja emocionalmente desta forma, pois eu os tenho no coração, amados; então, esteja eu na prisão ou ocupado protegendo e endossando as boas novas, vocês ainda compartilham do perdão de Deus comigo. 8. O Senhor depõe a meu favor como desejo, com o terno amor de Jesus, tê-los perto de mim. 9. E esta é minha súplica: que a devoção de vocês (por Cristo) possa transbordar em profusão com iluminação e profundo discernimento, 10. De modo que vocês possam descobrir aquilo que é excelente e ser autênticos e imaculados até o dia do julgamento de Cristo, 11. Sendo reaprovisionados com o resultado da integridade piedosa que flui em nós, através de Jesus Cristo para a honra radiante e o elogio de Deus.

No primeiro passo da pesquisa, procuramos um tema dominante no parágrafo da pregação. Usamos dicionários e fizemos uma paráfrase caseira, a qual poderá ser aperfeiçoada, se necessário, durante o segundo passo da pesquisa de exegese.

(C) Neste ponto, devemos fazer o terceiro exercício no processo de familiarização. Suponhamos que o arauto de Deus tenha apenas começando uma série de exposições baseadas em Filipenses. Ele quer pregar sua primeira mensagem, mas não sabe ao certo quais devem ser os limites dos versículos de sua primeira mensagem. Deve ele incluir os próximos versículos e aumentar o parágrafo? O que determina exatamente um parágrafo de pregação autônomo?

Temos aqui um procedimento simples que deve ser assumido imediatamente. (O expositor que tenha lido o livro da Bíblia cinco ou seis vezes irá achar isto muito útil e confirmatório.) Este terceiro exercício deve ser feito na mesma folha de pesquisa da familiarização. Este é o procedimento para a verificação dos limites dos versículos do parágrafo da pregação:

(1) Escreva o tema do parágrafo. Ele deve ser claro como cristal.

(2) Copie os substantivos e locuções verbais que mais se repetem no parágrafo.

(3) Leia o parágrafo seguinte e verifique se o tema e/ou os principais substantivos e verbos são freqüentemente repetidos. Caso sejam, inclua este novo material e revise a paráfrase e os limites dos versículos do parágrafo.

Neste ponto, a folha de pesquisa deve ser mais ou menos assim:

Familiarização – (C) LIMITES

Texto: Filipenses 1.3-11

1. TEMA: Amor, a motivação de uma oração intercessória.
2. REPETIÇÕES: "minhas orações"; "fazendo, com alegria, súplicas"; "faço esta oração"; "recordo de vós"; "vos trago no coração"; "saudade que tenho de todos vós".
3. PARÁGRAFO SEGUINTE: Faltam semelhanças no parágrafo seguinte. Assim, Filipenses 1.3-11 é autônomo e pode ser tratado como um parágrafo a ser cuidadosamente exposto.

Talvez um exemplo de outro livro do Novo Testamento ajude a esclarecer o valor deste procedimento. A história de Ananias e Safira, em Atos 5, parecia-me não ter antecedentes. Por que aquele tipo de pausa ali? Além disso, por que o parágrafo anterior, Atos 4.32-37, é uma unidade de pregação tão vaga, sem um tema claro? Ao estudar os dois parágrafos, raiou sobre mim a compreensão de que eles estavam relacionados. A unidade e a generosidade na primeira igreja eram motivadas por amor altruísta a Deus e seu reino, em Atos 4.32-37. José, o levita, também conhecido como Barnabé, exemplificou este espírito com sua oferta, mas aquele altruísmo foi prostituído por um amor desregrado por dinheiro e fama. Ananias e Safira macularam a comunidade cristã, à semelhança de Acã, em Josué 7.1-26. Ao estudá-lo, o parágrafo acabou se tornando Atos 4.32-5.11.

(D) A última parte do processo de familiarização é a confecção de um esboço analítico do parágrafo da pregação. O parágrafo tem uma lógica inerente e um fluxo de idéias em si. O expositor deve captar este fluxo, a fim de evitar divagações tangenciais ao pregar.

Um fato misterioso, mas sempre reincidente, é que muitos pregadores têm dificuldade em preparar sermões, por não pensarem em linha reta. Isto quer dizer que eles não desenvolvem um sermão como se fosse um todo unificado e lógico (Achtemeier 1980, 87).

O esboço analítico serve para dar ao arauto de Deus sensibilidade a estrutura literária do parágrafo. Este senso de estrutura dará unidade ao sermão depois de pronto. Ajudará a cativar e manter a atenção dos ouvintes, pelo fato de a mente humana ser atraída naturalmente pela ordem lógica.

Quais são os elementos essenciais de um esboço analítico? Primeiro, ele é um esboço seqüencial do parágrafo. Ele nunca ultrapassa os limites dos versículos do parágrafo e sempre acompanha a disposição exata dos versículos. Em segundo lugar, ele é um traçado visual das principais idéias do parágrafo. Em terceiro lugar, é um esboço do conteúdo real do parágrafo, sem interpretações conscientes ou adornos da homilética. Portanto, este esboço não deve ser confundido com o esboço homilético final do sermão.

Observe no próximo exemplo de esboço analítico o mecanismo do esboço. As divisões principais são representadas por algarismos romanos e as subdivisões com algarismos arábicos. Cada divisão principal tem um endereço, isto é, um versículo ou versículos que delineiam aquela idéia. As subdivisões também são indicadas com versículos ou partes deles. Observe também que não são utilizados os recursos homiléticos de introdução e conclusão. Aqui está um exemplo de esboço analítico que fiz para o extenso parágrafo de Atos 2.14-41:

FAMILIARIZAÇÃO – (D) ESBOÇO ANALÍTICO

Texto: Atos 2.14-41

I. O APÓSTOLO EXPLICA O MILAGRE DA PROFECIA QUE SE CUMPRIU (2.14-22)

1. Pedro, falando pelos onze, dirige-se formalmente a multidão (v.
14).
2. Pedro promete uma explicação do milagre (v. 15).
3. Pedro cita a profecia de Joel (vv. 16-21).
4. O milagre destina-se a levar as pessoas a salvação (v. 21).

II. A APRESENTAÇÃO DE JESUS COMO O MILAGRE DE DEUS (2.22-28)

1. Jesus realizou milagres (v. 22).
2. Deus estava agindo em Jesus na realização dos milagres (v. 22).
3. Deus planejou com antecedência a vida de Jesus sobre a terra (v.
23).
4. Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos (v. 24).
5. Davi profetizou estas coisas (vv. 25-28).

III. JESUS É O MESSIAS PROFETIZADO (2.29-35)

1. A morte de Davi é um fato histórico (v. 29).
2. Davi profetizou que seu descendente seria o Messias (v. 30).
3. Davi profetizou a ressurreição do Messias (v. 31)
4. A aplicação de Lucas: Deus ressuscitou a este Jesus (v. 32).
5. Este Jesus foi exaltado à destra de Deus (v. 33).
6. Este Jesus recebeu a promessa do Espírito Santo (v. 33).
7. Davi não era o Messias, mas profetizou acerca de Jesus, o Messias (vv. 34, 35).

IV. EXORTA-SE A QUE SE ACEITE JESUS COMO SENHOR/MESSIAS (2.36-41)

1. A clara conclusão de que Jesus é Senhor (v. 36).
2. A evidência do Espírito que convence as pessoas (v. 37).
3. Pedro esboça os passos para a salvação (vv. 38, 39).
4. As muitas pessoas que ouviram e responderam (vv. 40, 41).

Aí está ele! O primeiro passo da pesquisa é um processo de familiarização com as palavras, o tema e a estrutura literária do parágrafo. Isto propicia um envolvimento espiritual através do exercício da paráfrase e ajuda a determinar os melhores limites para o parágrafo bíblico. O leitor deve tentar fazer este exercício de quatro etapas, empregando um parágrafo selecionado e, assim, experimentar o desejo vivificante de expor a Palavra eterna de Deus.

Allan Stibbs cita F.B. Meyer para arrematar a idéia de familiarização como parte necessária no preparo de um sermão:

"O ponto mais alto na entrega de um sermão acontece quando o pregador está "possuído" e... tal "possessão" ocorre com maior freqüência e facilidade ao homem que vive, dorme, come e anda em comunhão com uma passagem na melhor parte da semana" (Stibbs 1963, 37).