14/02/2011

PLANTIO DE IGREJAS - III




Reacendendo uma Paixão Perdida
por
Emílio Abdala - Evangelista da APL

Condensação do livro “Rekindling a Lost Passion”, de Russell Burrill.

Organização era algo temido por muitos dos pioneiros adventistas. Tendo sido expulsos de suas igrejas de origem, muitos se tornaram relutantes em se organizarem em uma nova igreja. No entanto, sob a liderança de Tiago e Ellen G. White, e em vista das necessidades do movimento de manter o ministério, de proteger suas propriedades e promover as atividades missionárias, eles relutantemente a organizaram em 1863.
A organização era orientada para a missão. O seu objetivo era facilitar o cumprimento da missão. A Missão era o fator primário.
J. N. Loughborough, pioneiro que também era um historiador, menciona que os líderes da Conferência Geral daquela época reconheciam apenas dois tipos de oficiais eclesiásticos: os chamados por Deus – apóstolos e evangelistas, e os apontados pela igreja – os anciões, diáconos e pastores. As primeiras duas posições eram cargas clericais; as últimas três eram cargas locais e legais. O interessante é que os pioneiros consideravam a função pastoral como um cargo leigo e não clerical. O resultado foi que eles desenvolveram um sistema onde os clérigos eram primariamente plantadores de igrejas e evangelistas. Evangelismo e plantio de igrejas eram prioridade máxima para os pioneiros adventistas.

A missão era a força orientadora da igreja durante este tempo. Pregadores eram assalariados, não para pregar aos adventistas, mas para alcançar novos crentes e iniciar novas igrejas. Tiago White indicou que se uma pessoa não pudesse plantar uma igreja, ele não tinha direito de assumir que Deus o tinha chamado a pregar a mensagem dos três anjos:
“De nenhuma maneira pode o pregador provar a si mesmo como em penetrar novos campos. Lá ele pode ver os frutos do seu labor. E se ele é bem sucedido em estabelecer igrejas... ele dá aos seus irmãos a melhor prova de ter sido enviado por Deus.” Tiago White, R. H., 15 abril, 1862, vol. XIX, no 20, 156.

“Alguns que se unem aos Adventistas do Sétimo Dia imediatamente começam a pregar para os irmãos, muitos deles mais avançados em conhecimento do que eles próprios. E nossos irmãos geralmente erram ao instá-los a gastar seu tempo em pregar para eles. Deixe-os sair a novos campos, confiando em Deus para sua ajuda e sucesso. E quando eles tiverem levantado igrejas, e tiveram apropriadamente instruído a esses, então essas igrejas o manterão. Se eles não podem erguer igrejas e amigos para apoiá-los, então certamente a causa de verdade não tem necessidade deles”, ibid.

Assim, para os primeiros 50 a 60 anos de sua história, a Igreja Adventista existiu sem pastores estabelecidos em uma igreja. Mesmo a maior igreja da denominação, em Battle Creek, operava sem um pastor pago. Tiago White serviu como pastor por alguns anos, ao mesmo tempo em que era presidente da Conferência Geral , diretor da obra de publicações e liderava a obra médica.
O resultado foi um fantástico crescimento no décimo nono século. Por exemplo, na década de 1870, uma nova igreja era plantada em cada ano para cada dois pastores ordenados.
Em 1880, a porcentagem era de uma igreja para cada 5 ou 6 pastores, e em 1890 era de uma para cada 4.
Hoje, na América do Norte, na década de 1990, foram necessários 120 pastores para plantar uma igreja por ano!
Os pioneiros pretendiam que a razão para o rápido crescimento durante aquele tempo estava na seguinte resposta dada pelo Pastor G. B. Starr:
“Por qual método vocês têm realizado sua obra tão rapidamente?”
“Bem, em primeiro lugar”, - replicou o pastor – “nós não temos pastores instalados em igrejas. Nossas igrejas são ensinadas a cuidar delas mesmas, enquanto aproximadamente todos nossos ministros trabalham como evangelistas em novos campos. No inverno eles saem para as igrejas, auditórios ou escolas e buscam conversos. No verão eles usam tendas onde ensinam o povo essas doutrinas.” Entrevista com G. B. Barr, Plain Deales, Oct. 1, 1886, 5. Wabash, Indiana.

A constante ênfase da igreja era evangelismo e plantio de igrejas. A. G. Daniels, em 1912 advertiu a igreja que se eles abandonassem esse modelo de ministério, a igreja morreria:
“Nós não temos instalados pastores em igrejas. Em algumas das maiores igrejas nós temos elegido pastores, mas como regra temos realizado a obra evangelística e o trabalho no campo, enquanto nossos irmãos e irmãs têm permanecido prontos a manter os serviços da igreja e conduzido as tarefas da igreja sem a presença dos pastores. E eu espero que isso nunca cesse de ser o sistema em nossa denominação...senão nossas igrejas enfraquecerão, e perderão sua vida e espírito, e se tornarão paralisadas e fossilizadas e nossa obra estará em retrocesso.”
A.G. Daniells, Ministerial Institute Address, Los Angeles, Califórnia, Março de 1912.



Ellen White e o estabelecimento de pastores

Com o clamor ecoando em toda a América do Norte para que se estabelecesse pastores em cada igreja, Ellen White não poderia ficar silente. Ela enfaticamente endossou o modelo itinerante e estimulou a igreja a não abandoná-lo. Ellen White entendia que a igreja Adventista deveria ser um movimento plantador de igrejas:

“Ao estabelecerem-se igrejas, deve-se-lhes apresentar o fato de que é mesmo dentre elas que hão de sair os homens que devem levar a verdade a outros, e levantar novas igrejas; pelo que todos devem trabalhar, cultivar o mais possível os talentos que Deus lhes deu, e exercitar a mente para se empenhar no serviço de seu Senhor.” S. Cristão, 61

“Nossos ministros devem planejar sabiamente, como mordomos fiéis. Devem sentir que não é seu dever rondar as igrejas já formadas, mas antes fazer trabalho evangélico ativo, pregando a palavra e fazendo trabalho de casa em casa nos lugares que ainda não ouviram a verdade...Verão que nada é mais animador do que fazer trabalho evangelístico em novos campos.
Se os ministros saíssem do caminho, se eles fossem para novos campos, os membros seriam obrigados a levar as responsabilidades, e sua capacidade aumentaria pelo uso.” Evangelismo, 382.

A posição de Ellen White é clara. Os ministros são plantadores de igrejas, buscando as “ovelhas perdidas” enquanto eles deixam o rebanho sob os cuidados de uma liderança bem treinada e consciente de sua missão.

“Tem-me sido muitas vezes mostrado que deve haver menos sermonizar por parte dos ministros que desempenham apenas o papel de pastores locais de igreja, e que se façam maiores esforços pessoais. Nosso povo não deve ser levado a pensar que precisam de escutar cada sábado um sermão. Muitos que ouvem freqüentes sermões, mesmo que a verdade seja apresentada em linhas claras, não aprendem senão pouca coisa. Seria muitas vezes mais proveitoso se as reuniões de sábado fossem de natureza de um estudo bíblico.” Evangelismo, 348.

A igreja adventista não foi criada para copiar outras denominações Protestantes; ela é única. Ela foi designada para ser uma igreja dedicada a missão, dando a última mensagem de advertência ao mundo. Foi organizada para apoiar o movimento de plantio de igrejas e ser uma organização missionária. Não deveria ser uma organização que apenas toma conta dos adventistas existentes, que já deveria ter maturidade espiritual para cuidar de si mesmos.

Razões de Ellen White em apoiar esse modelo

1- Crescimento da igreja ao priorizar a missão.

2- Saúde da Igreja:
Era seu forte sentimento que igrejas com pastores eram fracas e sem vida, e que as igrejas seriam mais espiritualmente saudáveis se não tivessem um pastor estabelecido. Comentando sobre os crentes de Jerusalém e sobre a perseguição, ela disse:
“Esquecidos de que a fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo trabalho intenso, começaram a pensar que não havia para eles trabalho tão importante como o de escudar a igreja de Jerusalém dos ataques do inimigo. Em lugar de instruir os novos conversos para levarem o evangelho aos que ainda não haveria ouvido, estavam em perigo de tomar um caminho que os levaria a se sentirem satisfeitos com o que já tinha sido alcançado. Afim de espalhar Seus representantes por outras partes do mundo, de maneira que pudessem trabalhar por outros, Deus permitiu que lhes sobreviesse a perseguição. Expulsos de Jerusalém, ‘os crentes iam por toda a parte anunciando a Palavra” Atos dos Apóstolos, 105

Está claro que as igrejas que trabalham na colheita, crescem espiritualmente, mas as igrejas que se concentram em suas próprias necessidades e problemas, enfraquecem e entram em decadência. Esta filosofia é posteriormente citada por Ellen White como se segue:

“O melhor remédio que podeis ministrar à igreja, não é pregar ou fazer sermões, mas providenciar trabalho para os membros. Caso se empenhasse em trabalho, o desalentado esqueceria em breve o seu desânimo, o fraco se tornaria forte, o ignorante inteligente.” Evangelismo 356

“algumas vezes os ministros trabalham em excesso; procuram tomar todo o trabalho em suas mãos. Isto os exaure e prejudica; contudo continuam a abarcar tudo. Parece que pensam que só eles devem trabalhar na causa de Deus, ao passo que os membros da igreja ficam ociosos. Esta não é, de maneira alguma, a ordem de Deus.” Idem 113

“Deus não tem dado aos seus ministros a obra de consertar as igrejas. Tão breve esta obra é feita, aparentemente, e tem de ser feita novamente. Membros das igrejas que são assim cuidados e labutados tornam-se fracos espiritualmente. Se nove décimos dos esforços que têm sido postos naqueles que conhecem a verdade e fossem dirigidos para os que nunca ouviram a verdade, maior teria sido o avanço!” Testimonies, vol. 7, 18

Na opinião de Ellen White, dependência pastoral cria igrejas fracas e membros imaturos. H.M.S. Richards, lembrando-se dos anos em que iniciou o seu ministério, declarou que as igrejas que necessitavam da presença contínua do pastor eram consideradas decadentes:

“Quando eu fui batizado, e mais tarde me tornei um jovem pregador, nós olhávamos para as igrejas que reclamavam da presença do pastor como decadentes. A maioria de nossos pregadores estavam fora, na linha de frente da batalha, conduzindo cruzadas, ganhando almas para Cristo e erguendo novas igrejas. Então, a cada mês eles voltavam e visitavam as igrejas já estabelecidas. Este parecia ser, de acordo com nosso ponte de vista, o plano da igreja apostólica.” H.M.S. Richards, Feed my Seep (Washington, D.C. review and Herald, 1958), 156

Ellen White considerava a necessidade de um pastor para cuidar de uma igreja como evidência de que o povo não tinha sido disciplinado e a igreja precisava ser reconvertida.

“Mas as igrejas estão morrendo, e querem um ministro que lhes pregue. Devem ser ensinados a dar fielmente a dízimo a Deus, para que os possa fortalecer e abençoar. Devem ser posto em ordem de trabalho, para que possam receber o alento do Senhor. Deve-se-lhes ensinar que, a não ser que possam permanecer por si sós, sem um ministro, precisam converter-se, sendo de novo batizados. Necessitam nascer de novo.” Evangelismo, 381.



Modelos pastorais no 20º século

Embora Ellen White tivesse claramente defendido o propósito de Deus para a igreja Adventista que consistia em não ter pastores em uma igreja, a organização começou a designar pastores para as maiores igrejas durante os primeiros 20 anos no séc. XX. Ela continuou a apresentar o ideal, mas também sugeriu que quando pastores fossem apontados para determinadas igrejas, eles deveriam evangelizar e treinar, mas não fazer o trabalho dos membros.
Alguns pastores reagiram contra o concelho de Ellen White, declarando que embora estivessem instalados nas igrejas, eles não estavam “pairando” sobre elas. Um deles foi J.O. Corliss, pastor da igreja de São Francisco, e que reagiu na Conferência Geral de 1901:

“Um homem pode ‘pairar’, e simplesmente pregar para uma igreja até que ela dependa inteiramente de sua pregação; mas nossa igreja não faz isto. Nossa igreja é ativa. Nós envolvemos cada membro no trabalho. Mas o pastor necessita descobrir os dons espirituais dos membros e envolvê-los naquilo em que melhor se adaptem. Eu creio que podemos fazê-lo”. C.G. Bulletin, April 21, 1901, Extra nº. 16, 27.

Ele então descreve o que sua igreja está fazendo. Havia reuniões no 1º e 3º Domingo de cada mês para os marinheiros. Tinham um ministério nas prisões. Um programa de saúde era realizado a cada quinta-feira a noite. Os membros saíam para trabalhar pelos pobres distribuindo alimentos e roupas. Grupos de pessoas eram designadas para visitar os enfermos e os asilos, e outros realizavam um trabalho especial entre os japoneses e chineses. Todos podiam ver que esta igreja não era dependente de pastor. Ele então informou que eles tiveram batismos todos os meses, e que ele não merecia o crédito, pois tudo que tinha feito era facilitar o ministério dos membros.

Os princípios básicos extraídos do modelo dos pioneiros adventistas eram:
1- Ter uma organização orientada para a missão.
2- Igrejas que não dependessem do pastor para realizar o trabalho dos membros.
3- Os membros deveriam ser discipulados e treinados para assumirem o ministério.


Modelos no séc. XXI.

1- Tradicional: Presidida por um pastor em tempo integral.
- O pastor atua como J.O. Corliss: facilitando e coordenando os ministérios da igreja.
- Função principal do pastor é treinar e equipar os santos para o ministério.
- Esse modelo é necessário por causa da expectativa de algumas pessoas de que a igreja deve ter um pastor. Mesmo vendo o paradigma dos pioneiros, é difícil ficar sem esse modelo.
- Intercale os treinamentos com atividades práticas: planeje trabalho e designe local de atuação para cada membro.

2- Igreja célula:
- Organizada em torno de pequenos grupos.
- Não há outros programas ou departamentos. Todos os ministérios funcionam nos pequenos grupos.
- A participação nas células é mais importante do que no culto.
- Não tem oficiais das igrejas tradicionais.
- Mesmo um edifício é secundário.
- A função do pastor é de supervisor/ treinador dos p. grupos.
Vantagens:
• Estabelecimento de igrejas em locais onde propriedades são difíceis ou muito caras.
• Providencia o melhor cuidado pastoral.
• Foco em plantio de igrejas/começando novos p. grupos.
• A igreja é edificada no conselho bíblico de não-dependência.

3- Igreja leiga:
- Funcionam como o modelo tradicional, porém sob liderança leiga.
- Operam como as igrejas do séc. XIX.



Ellen White e o plantio de Igrejas

Através de seu ministério, Ellen White aconselhou a igreja a desenvolver uma estratégia de plantio de igrejas que estabeleceria o adventismo em cada cidade e vila. Veja o seu repetido conselho:

“Novas igrejas precisam ser estabelecidas, novas congregações organizadas. Neste tempo deveria haver representantes em cada cidade e nas mais remotas partes da terra.” Testimonies, vol. 6, 24

“Igrejas devem ser organizadas e planos formulados para o trabalho que se realizará pelos membros das recém-organizadas igrejas. Esta obra missionária do evangelho precisa manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando as porções cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo.” Evang., 19

As finanças sempre são a maior preocupação quando o assunto de plantio de igrejas surge. Os pioneiros enfrentaram os mesmos problemas. Foi neste ambiente que Ellen White pareceu responder aos críticos do plantio de igrejas que usaram a questão das finanças como uma desculpa para não plantar mais igrejas:

“O estabelecimento de igrejas, e edificação de casas de reuniões e edifícios escolares, estendia-se de cidade à cidade, e o dízimo crescia para ajudar a levar avante a obra. Construíam-se edifícios não somente em um lugar, mas em muitos, e o Senhor estava operando para aumentar suas forças.” Obreiros Evangélicos, 435

Evidentemente que havia alguns que estavam dificultando a obra de plantio de igrejas nos dias de Ellen White, retendo os necessários recursos que deveriam ser aplicados no estabelecimento de novas igrejas. No ponto de vista de Ellen White, dinheiro não era problema; a questão era de prioridades.

“Que a obra de estabelecer memoriais para Deus em muitos lugares não seja dificultada e tornado um fardo porque os necessários recursos são retidos.” Testimonies vol. 9, 132, 133

A visão de Ellen White para o plantio de igrejas era extensiva. Nenhum lugar era tão grande ou tão pequeno para que uma igreja adventista fosse criada. Algumas destas citações eram visões do que Deus lhe mostrou o que aconteceria quando o povo de Deus obedecesse e fizesse do plantio de igrejas uma prioridade:
“Os obreiros de Deus devem implantar as normas de verdade em todo lugar a que possam obter acesso. Cumpre erguerem-se-lhe monumentos na América e nos outros países.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, 112.

“Em cada cidade onde a verdade é proclamada, devem-se levantar igrejas. Em algumas cidades grandes é preciso que haja igrejas em diferentes partes da cidade.” Medicina e Salvação, 309.

Esta declaração é desafiadora porque não apenas cita cada cidade, mas vilas e até bairros. E isto não é um conselho – é a visão do que estaria acontecendo como resultado da obediência dos adventistas ao método de plantio de igrejas. Por isso, em 1910, ela chamou a atenção de A. G. Daniells, presidente da A. G., para importância de apoiar o evangelismo nas grandes cidades não evangelizadas a fim de plantar igrejas.

Razões para se priorizar o plantio de igrejas, segundo Ellen G. White:

1- Traria renovação espiritual aos membros das grandes igrejas:
“muitos dos membros de nossas grandes igrejas não estão fazendo comparativamente nada. Eles poderiam realizar uma boa obra se, em vez de se amontoar juntos, espalhassem para lugares onde a verdade ainda não entrou...Muitos membros estão morrendo espiritualmente por falta deste trabalho. Eles estão se tornando enfermiços e ineficientes.” Testimonies vol. 8. 244

2- As igrejas cultivariam um espírito missionário e erradicariam o egoísmo.
“As sementes da verdade precisam ser semeados em centros que não foram trabalhados... Desenvolve um espírito missionário a obra em novas localidades. O egoísmo de manter grandes grupos reunidos não é plano do Senhor. Entrai em cada novo lugar que seja possível, e começar a obra de instruir nas vizinhanças os que não ouviram a verdade.” Evangelismo, 47

3- Plantio de igrejas é mandato de Cristo.
“Igrejas devem ser organizados para o trabalho que se realizará pelos membros das recém-organizadas igrejas. Esta obra missionária do evangelho precisa manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando as porções cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo. De vila em vila, de cidade em cidade, de país em país, a mensagem de advertência deve ser proclamada.” Evangelismo, 19

PLANTIO DE IGREJAS - II




Plantio de Igrejas ( estudo de casos)
Pr. Emílio Abdala - Evangelista da APL

Como Paulo estabeleceu a Igreja em Filipos: Atos 16

V. 1-5 – Paulo selecionou o jovem Timóteo como membro de sua equipe de plantio de igreja. Provavelmente o escolheu por ele nativo da área, e assim culturalmente próximo das pessoas que estavam tentando alcançar. Timóteo foi circuncidado porque sua estratégia era começar o trabalho com os judeus.

Aplicação: 2º A equipe deve ser culturalmente similar à área a ser alcançada.
1º No NT, o plantio de Igrejas era realizado em equipes.

V. 6-10 – Paulo não apenas tentava ser culturalmente relevante, mas sintonizado com o Espírito Santo. quando ele planejava ir em uma direção, o espirito santo o enviou em outra direção.

Aplicação: 1º Os plantadores de igrejas precisam andar sob a influencia e o poder do Espirito santo. Necessitam gastar tempo com Deus em oração e estudo da bíblia.
2º O Segredo do sucesso ao plantio de igreja está em encontrar um lugar onde o Espirito já esteja trabalhando. Precisamos estar dispostos a mudar os planos sob a direção do Espírito.

V. 11-13 – O Espírito levou Paulo e sua equipe para Filipos, uma cidade desconhecida para eles. Paulo não começou logo a pregar. Provavelmente se familiarizou com a cidade para entender como melhor alcançar. Descobriu um local onde algumas mulheres se reuniam todos os sábados.

Aplicação: 1º Os Plantadores de Igrejas precisam descobrir tudo acerca do local onde a Igreja será plantada. Precisa reunir dados e conduzir pesquisas de avaliação.

V. 14 – Após sua pregação à beira do rio, Lídia aceitou a mensagem da salvação , e Paulo dedicou tempo para trabalhar com sua família. Breve todos foram batizados, e uma igreja embrionária foi formada.

Aplicação: 1º Paulo não ganhou apenas Lídia, mas toda sua família (oikos). Os plantadores precisam aprender a evangelizar utilizando os relacionamentos pessoais. A igreja primitiva cresceu através da sede de relacionamentos das pessoas e amigos, parentes e associados.

V. 15 – a) – Tão logo Lídia se converteu, ela convidou Paulo e sua equipe para hospedar-se em sua casa. Paulo e a equipe aceitaram a oferta. Não ficaram receosos de aceitar os dons dos novos conversos.

Aplicação: Os recursos para a nova igreja estão na colheita. Novas igrejas não devem ser subsidiadas por longo período de tempo, para não criar dependência. mas os novos membros devem aprender a se manterem financeiramente.

b) – O primeiro converso na Europa foi uma mulher.

Aplicação: Não despreze o valor de uma mulher no plantio de igrejas. Geralmente são mais dedicados e melhor adaptados para construir relacionamentos que os homens.

V. 16 – Este verso indica que Paulo e sua equipe continuamente se encontravam no local de oração. A oração era uma parte vital para o programa de plantio de igrejas de Paulo. E os conversos foram ensinados a estabelecer tempo para a oração.

Aplicação: A chave de sucesso no plantio de igrejas é a oração.

V. 16-18 – Esses versos revelam a atividade democrática buscando prejudicar Paulo e sua equipe.

Aplicação: Plantar igrejas é uma guerra espiritual. O plantadores lutam com o diabo porque invadem seu território.

V. 19-25 – A equipe foi aprisionada e falsamente acusada, mas ainda não murmuraram. Eles cantavam na prisão.

Aplicação: Os Plantadores de igreja podem esperar oposição, mas a maioria como eles lidam com o oposição pode bem determinar o sucesso ou fracasso do projeto. A verdadeira maturidade aceita tribulação e provação com alegria. Os Plantadores de igreja precisam Ter uma fé madura.

V. 26 – Aplicação: a) – No meio da adversidade, os plantadores de igreja podem esperar a intervenção e o livramento de Deus.

b) – Os plantadores de igreja devem esperar milagres de Deus no estabelecimento de novas igrejas.

V. 27-34 – Não apenas foi despertado o interesse do carcereiro, mas ele se entregou a Cristo com toda a sua família (Oikos).

V. 28 – Os soldados romanos não eram afetuosos e Paulo tinha toda a razão de odiá-lo. Após prendê-los, colocou-os no tronco, “Não te faça mal”. Paulo viu nele um converso em potencial.

Aplicação: Os plantadores de igreja precisam ver em cada pessoa um candidato ao reino de Deus. Os maiores opositores podem se tornar os primeiros membros, como em Filipos.

V. 35 – Para estabelecer a igreja em Filipos, Paulo permitiu ser preso e torturado. Ele poderia Ter evitado tudo isso se tivesse declarado a sua cidadania romana desde o início. Ao invés, ele esperou até a conversão do carcereiro para fazê-lo. Se tivesse buscado seus direitos no inicio, o carcereiro não teria sido ganho para Cristo.

Aplicação: Quando alguém é perseguido injustamente, isto desperta simpatia entre aqueles que se deseja alcançar. Espere oposição de autoridades civis, de outras igreja e de pessoas preconceituosas.

V. 40 – Paulo não teve o privilégio de permanecer muito tempo em Filipos, mas teve de partir imediatamente. Mas primeiro ele organizou a igreja e a encorajou. Ele não trouxe líderes de fora, mas confiou em líderes nativos.

Aplicação: Devemos treinar e confiar e liderança aos membros locais para a continuação do trabalho.

Baseado em Charles Chaney, Church Planting at the end of the Twentieth Century.
( Wheaton; il: Tyndale, 1991)

PLANTIO DE IGREJAS - I




PLANTE PARA O FUTURO
por
Emílio Abdala
(Departamental de Evangelismo da APL)

Condensação do livro “Plant to the Future”, de Ron Gladden

O que os Adventistas podem aprender da Coca-Cola?

Alguns anos atrás a Coca-Cola Company experimentou uma nova garrafa com forma diferente. Quase que da noite para o dia, as vendas em todo o mundo pularam de 45% para 50%, e especialmente em meio ao público mais jovem acostumada com a garrafinha sem contornos.
Talvez algum membro mais tradicional dissesse, “eu não me uni à Igreja Adventista por causa da maneira como a mensagem foi apresentada. Eu me uní por causa da verdade”.
Glória a Deus. Mas e se você soubesse que uma simples mudança na maneira de apresentação da mensagem, sem afetar o seu conteúdo, atrairia 45% mais pessoas que se uniriam à igreja, você não usaria esta nova abordagem?
Mas aprendamos também o que a Coca-Cola fez errado. Em 1985, quando eles mudaram o sabor da fórmula de 99 anos para uma nova coca, as vendas despencaram. A Companhia amargou um prejuízo de 35 milhões de dólares.
A lição para a igreja? Não mude o produto. Nunca comprometa a verdade por qualquer razão, incluindo a noção de que se assim o fizermos, ganharemos mais almas. Jesus descreveu as Boas Novas como água viva por uma razão. Água pode tomar qualquer forma. Ela não é rígida (a menos que congele, naturalmente) e não há um modelo único de copo para se beber água. Se não comprometermos a pureza de água, qualquer recipiente será oportuno.

Todas as Igrejas estacionam o seu crescimento

Ilustr: Encha um jarro transparente com alguns furos na lateral. A água encherá o vasilhame até o ponto do furo mais baixo. O tamanho da jarra é irrelevante, ela sempre reterá menos água do que deve.
A jarra representa os membros de uma igreja. Às vezes, inconscientemente, nós determinamos quão grande uma igreja eventualmente se tornará (quantos milímetros ela reterá) mesmo antes de iniciar seu programa. Uma vez que o tamanho inicial é estabelecido, colocamos furos pelas decisões que tomamos, primeiro planejamento que fazemos (ou não fazemos) e a maneira que valorizamos as pessoas.
1º furo: planta física: Quando o santuário está 80% cheia, você terá que acrescentar um novo serviço de culto, expandir o santuário ou plantar uma nova igreja.

2º furo: liderança: Se o pastor tenta pessoalmente pastorear cada membro, em vez de tornar-se um “fazendeiro”, a igreja nunca crescerá além de 150 membros na freqüência. A função bíblica do pastor é “equipar os santos para a obra do ministério” (Ef. 4:12)

3º furo: maneira de fazer evangelismo. Quando ele consiste somente de um evento realizado por um profissional, a igreja não experimentará permanente crescimento. Mas se inclui participação de variados dons no estabelecimento de amizades com o perdido na base de 24-7-360 (24 horas p/ dia, 7 dias p/ semana, 365 dias por ano), um buraco será tapado.

4º furo: serviço de culto: pergunte a um adventista por que ele não convida seus amigos para a igreja, e ele dirá que a monotonia dos cultos sufocam o crescimento.

5º furo: estrutura: como a igreja é estruturada (pequenos grupos) influencia seu crescimento ou declínio. As igrejas precisam ser organizadas de tal maneira que as necessidades dos membros sejam atendidas. Cada membro é capacitado a se tornar um discípulo maduro, servindo de acordo com o seu dom.
6º furo: relacionamentos: pergunte aos membros, “vocês realmente amam um ao outro? Vocês realmente desejam que as pessoas perdidas venham para a igreja?” Se a resposta é sim então que eles criem uma atmosfera que fale mais alto que as palavras.
7º furo: visão: quão grande o pastor quer que a igreja se torne? E os membros? Estamos dispostos a pagar o preço de tentar qualquer coisa para atraí-los para Jesus?

Igrejas Estacionadas

Muitas igrejas no Brasil têm hoje o mesmo número de membros que tinham há 10 anos atrás. As pesquisas indicam que as novas igrejas crescem mais do que as igrejas longamente estabelecidas.
Tenho 2 filhos de 8 e 12 anos de idade. Houve um momento em que meus filhos cresceram em uma proporção de 10 vezes mais do que eu e a minha mulher. Se eu e minha esposa tivéssemos continuado a crescer neste estágio de nossa vida, algo sairia errado. Uma vez atingido a maioridade, nossa função não era mais a de crescer e sim a de reproduzir uma nova geração.
Pesquisas demonstram que quando uma igreja é nova, necessita-se três membros para ganhar um converso em um ano. Quando a igreja tem entre 4 a 10 anos, necessita-se de 7 membros para ganhar um. Quando ela tem mais de 10 anos, são necessários 89 membros para ganhar um.

JUST DO IT




Na evangelização Deus só requer que você colabore com o que você tem nas mãos e faça alguma coisa.

George Barna (Presidente do Grupo de Pesquisa Barna)
Passou anos pesquisando novos caminhos para abrir portas para o futuro progresso evangelístico da igreja.
O que ele e seu grupo descobriram?
ECLESIASTES 1:9
O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol.
As “novidades” do mundo da evangelização são meros desdobramentos de métodos usados no passado.
Barna e seu grupo foram traídos pela idéia de que para estar bem é preciso ter sempre algo mais novo, mais deslumbrante, mais complexo.
O que fazer para ter sucesso na proclamação?
“A evangelização eficaz não é feita por programas, métodos e técnicas. É feita por pessoas que amam a Cristo e por pessoas que amam uns aos outros em nome de Cristo”. George Barna - Evangelização Eficaz, Pg 223.
Não precisamos ser exatamente Talentosos, mega-evangelistas ou ser membro de uma mega-igreja, para evangelizar com sucesso.
JUST DO IT (Faça)
Só precisamos fazer, da melhor forma possível, da maneira mais contextualizada e compreensível possível.
CONCLUSÕES DO ESTUDO DE BARNA
Para se ter sucesso na evangelização é preciso:
1. Ouvir o evangelho em lugar de mera exposição a ele.

2. Ministrar com ardor pelas almas em lugar de manter um sentido de obrigação forçada para com Deus.
3. Confiar em atividades estratégicas em vez da rotina tradicional negligente.

O estudo não é uma declaração de negligencia para com a questão do preparo pessoal, da contextualização, etc. é apenas um alerta de que enquanto fazemos os devidos ajustes, precisamos avançar e evangelizar com o melhor que se tem á mão.
“Uma lição é que não temos que ser extraordinariamente criativos para fazer a diferença. Precisamos de integridade, sensibilidade, DEDICAÇÃO, PERSEVERANÇA e DA BENÇÃO DE DEUS”. George Barna - Evangelização Eficaz, Pg 225.
Um Economista Americano disse que dentro de algumas décadas a maior parte da riqueza dos Estados Unidos estará nas mãos dos latinos. Visto o esforço e as lutas perseverantes que eles travam para conquistar seu espaço.
Sucesso é 1% de inspiração e 99% de transpiração. (Thomas Edison)
“Os pecadores aceitam Jesus Cristo como seu salvador porque Ele abençoa a nossa obediência ao pregar o evangelho...” George Barna - Evangelização Eficaz, Pg 225.

Pr. Emerson N. de Freitas
Secretário da Associação Costa-Norte

O MEIO DE COMUNICAÇÃO MAIS RÁPIDO DO UNIVERSO




É interessante notar que o homem hoje não consegue viajar na velocidade da luz, mas existe um meio de comunicação que atravessa galáxias em milésimos de segundos, estabelecendo assim um contato mais rápido que a velocidade da luz, e este meio de comunicação é a oração.
Certa vez George Müller, o fundador dos orfanatos de Bristol, ia para o Canadá e precisava chegar a Quebec no domingo, para efetuar um compromisso que havia determinado para aquela data. O navio, no entanto, ficara impossibilitado de prosseguir viagem devido à cerração. Contudo, Müller disse o seguinte ao comandante, um cristão:
– Necessito estar em Quebec no domingo, a fim de cumprir um trato, pois até agora nunca faltei com a minha palavra.
– É impossível – disse o comandante. – Você não vê a cerração?
– Venha ao meu camarote, e apresentemos o caso a Deus – foi como Müller respondeu.
– Ajoelhando-se, Müller orou de maneira muito simples, expondo a Deus toda a situação.
O comandante também estava iniciando a sua oração quando o fervoroso Müller o interpelou:
– Não, não ore. Você não crê que o Senhor tirará a cerração e eu sei que o empecilho já não existe mais.
Subiram ao convés e notaram que o mar, que estava nublado havia poucos instantes, estava agora límpido. Assim Müller realizou o seu compromisso.
Viram, em pouco tempo a voz de George foi ouvida no céu que é distante muitas e muitas galáxias de nós e rapidamente veio a resposta à sua oração.
I. O QUE É A ORAÇÃO?
“È abrir o coração a Deus como a um amigo” Ana assim o fez em seu momento de angústia – I Samuel 1:10.
Todos nós podemos experimentar quão bom é falar com Deus em todo tempo e em qualquer lugar, pois “não há tempo nem lugar impróprios para erguer a Deus uma prece." (Ellen G. White, O Caminho a Cristo, p. 99) E a Bíblia nos orienta a Buscar a Deus sempre – I Tessalonicenses 5:17 (não significa que tenhamos que estar o tempo todo ajoelhados, mas que devemos estar orando em pensamento a Deus enquanto fazemos nossas atividades diárias e em atitude de oração vigiando sempre).
Então orar é diferente de rezar, pois a reza é uma oração decorada, devemos falar com Deus usando nossas próprias palavras e de acordo com a situação que estamos enfrentando – Mateus 6:6,7.

II. EXISTEM CONDIÇÕES PARA TERMOS AS ORAÇÕES ATENDIDAS?

Sim existem, vejamos:
1. Fé – Tiago 1:6,7
Precisamos crer que Deus é capaz de responder nossas petições, se não cremos nada será feito. Então ao orar tenha fé que já recebeu o que pede – Marcos 11:24.
2. Romper com o pecado – Salmo 66:18
Se existe em nossa vida algum pecado conhecido e nós não nos esforçamos por vencê-lo e nos acostumamos com ele e nem ligamos, não devemos esperar que nossas preces sejam respondidas com sim, mas sempre com não.
3. Quanto ao perdão, só receberemos se perdoarmos – Marcos 11:25,26.
Se nós na oração pedirmos perdão a Deus, mas não perdoamos os outros, nosso pedido ficará sem resposta. O Pai agirá conosco da maneira como agimos para com o próximo, mesmo que ele seja nosso inimigo e nos queira sempre o mal.
4. Pedir de acordo com a vontade de Deus – I João 5:14
Devemos pedir que seja feita a vontade de Deus e de acordo com o que Ele nos revelou em Sua palavra. Não podemos esperar que sejamos atendidos quando nosso pedido é por algo contrario ao que Deus mostrou na Bíblia.
5. Pedir em nome de Jesus – João 14:13,14
Devemos nos achegar a Deus no nome de Jesus, pois Ele é nosso representante e mediador (I Timóteo 2:5), por isso nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, mas “orar em nome de Jesus, porém, é mais do que simplesmente mencionar-Lhe o nome no começo e fim da oração. É orar segundo o sentimento e o espírito de Jesus, ao mesmo tempo que Lhe cremos nas promessas, descansamos em Sua graça, e fazemos Suas obras.” (Ellen G. White, O Caminho a Cristo, pp. 100, 101)

III. DEUS RESPONDE AS ORAÇÕES?
Davi tinha certeza que sim – Salmo 65:2.
Jesus nos assegurou que sim e ainda nos orientou a pedir – Mateus 7:7-11.
Bem se Deus responde as orações e Ele responde! Por que então muitas de nossas orações não são atendidas da maneira como pedimos?
Na verdade Deus responde todas as orações, mas a RESPOSTA nem sempre é aquela que queremos ter.
Imaginemos que você tenha um filhinho de dois anos de idade e um dia você o deixa sobre a mesa da cozinha enquanto faz suas atividades, então ele vê uma faca, e bem amolada, na sua mão e pede que lhe dê a faca. A pergunta é: você a dará? Claro que não, naturalmente o bebê irá chorar, mas mesmo que ele inunde a casa com suas lágrimas você jamais colocará a faca em suas mãos.
Assim Deus responde muitas de nossas orações com um NÃO, pois Ele sabe que o que pedimos será para nós como a faca amolada nas mãos da criança. O fato é que a criança não sabe do perigo e chora querendo o “brinquedo” novo, assim muitas vezes nos decepcionamos com Deus querendo algo que a nossos olhos parece bom, mas Deus sabe que nos fará mal.
O evangelista Roeder conta que uma senhora, de Darmstadt, pediu a Deus que não permitisse que o senhorio da casa a despejasse, como ameaçara fazer no dia primeiro do mês. Mas, ao chegar a data, o senhorio intimou-a a sair. Com lágrimas, ela se dirige ao evangelista, dizendo:
– Deus não me ouviu!
Respondeu o evangelista:
– Deus bem que a ouviu, mas de modo diverso do que esperava!
Algumas semanas mais tarde, a cidade de Darmstadt foi rudemente bombardeada, e caíram bombas exatamente sobre a casa em que aquela senhora estivera morando até havia pouco. A casa foi destruída, e todos os seus moradores morreram. – Er ist unser Leben.
Deus sabe o que faz. Assim Deus responde com: sim, não, ou espere um pouco. De todas as formas devemos continuar sempre orando e insistido.

IV. QUANDO DEVEMOS ORAR?

Deus anseia desfrutar de nosso companheirismo, por isso se estiver triste – ore; se estiver sem forças para continuar a jornada desta vida – ore; se precisa de proteção - ore; se está enfrentando dificuldades no emprego, amizade ou casamento – ore; se receber uma boa notícia –ore agradecendo; se passar no vestibular ou conseguir um emprego – ore. Nos momentos de tristeza ou de alegria, em toda e qualquer situação – ore a Deus, Ele almeja te valer, se alegrar com você. Faça de Deus seu amigo.

CONCLUSÃO

Vimos hoje que a oração é o meio de comunicação mais rápido que existe, e que orar é falar a Deus como a um amigo. Também vimos que para nossas orações serem atendidas positivamente existem condições; e que Deus sempre atende com três possíveis respostas de acordo com Sua vontade e sempre fazendo o melhor para nós. E que NÃO existe tempo, nem lugar inoportuno para falarmos com Deus.
Já que Deus deseja ser seu amigo e estar sempre em contato contigo, hoje é o dia em que pode dizer a Ele que todos os dias de sua vida e em todas as horas você o buscará através da oração e que aceita o convite dEle para serem amigos para sempre. Experimente essa maravilha agora.

Pr. Vamberto M. de A. Junior

DICAS NA EVANGELIZAÇÃO




Abaixo estão abordagens a serem seguidas em uma conversação com não crentes a fim de conscientizá-los de sua necessidade de Deus, de salvação e de como alcançá-la

MÉTODOS DE EVANGELIZAÇÃO
Manual Prático do Evangelista – Antônio Carlos Fonseca de Menezes, Editora Atos, BH, 2005, 101-110.

SETE PASSOS EM DIREÇÃO A CRISTO

1. A VIDA ETERNA É UM PRESENTE QUE SÓ DEUS PODE CONCEDER – Rm 6:23; Ef 2:8,9.

2. O HOMEM NÃO MERECE O PRESENTE DE DEUS
2.a. Todos são pecadores – Rm 3:2.
2.b. Várias manifestações do pecado – Gl 5:19-21.

3. A SITUAÇÃO DO HOMEM SEM DEUS É A PIOR POSSÍVEL
3.a. Sem justiça própria – Rm 5:10.
3.b. Separado de Deus – Is 59:2.
3.c. Tem como salário a morte – Rm 6:23
3.d. Sem vida – I Jo 5:12.
3.e. Sem paz – Rm 3:17.
3.f. Sem desculpas – Rm 1:20.
3.g.Sem escape – Hb 2:3.
3.h. Sem outras opções – At 4:12.

4. DEUS RESOLVEU O PROBLEMA DO HOMEM
4.a. Enviou Jesus por amor – Jo 3:16.
4.b. Jesus morreu pelos pecadores – I Co 15:3.
4.c. Não há salvação em nenhum outro – At 4:12.

5. O HOMEM TEM DE COMPRRENDER SUA PARTE NO PLANO DE SALVAÇÃO
5.a. Arrepender-se de sua pecaminosidade – Is 55:7; Ez 18:30.
5.b. Crer em Jesus como Salvador – At 16:31; Jo 5:24; Jo 6:47; Jo 3:36.
5.c. Confessar os pecados ao Senhor e abandoná-los – I Jo 1:9; Pv 28:13.
5.d.Saber que só em Jesus há salvação – Jo 14:6; At 4:12.

6. MOSTRAR AO HOMEM O QUE DEUS PODE FAZER NELE E POR ELE , SE O HOMEM QUISER
6.a. Deus perdoa o pecador – Is 1:18.
6.b. Deus transforma o pecador – II Co 5:17.
6.c. Deus justifica o pecador – Hb 10:16,17.
6.d. Deus torna o pecador seu filho – Jo 1:12.
6.e. Deus dá ao pecador a vida eterna - Jo 5:24; Jo 6:47.

7. DECISÃO – Rm 10:9,10.

AS QUATRO LEIS ESPIRITUAIS (BILL BRIGHT)

1. DEUS O AMA E TEM UM PLANO PARA SUA VIDA – Jo 3:16; 10:10.

2. O HOMEM É PECADOR E ESTÁ SEPARADO DE DEUS, POR ISSO NÃO PODE EXPERIMENTAR O AMOR NEM O PLANO DE DEUS – Rm 3:23; 6:23.

3. JESUS CRISTO É A ÚNICA PROVISÃO DE DEUS PARA O PECADO DO HOMEM – Rm 5:8; Jo 14:6; II Co 5:21.

4. DEVEMOS RECEBER A CRISTO COMO SALVADOR E SENHOR ATRAVÉS DE UM CONVITE PESSOAL – Jo 1:12; Ap 3:20.


EVANGELISMO EXPLOSIVO ( JAMES KENNEDY)

INTRODUÇÃO
Você já chegou ao ponto de sua vida espiritual que se morresse hoje teria certeza de sua salvação?
I Jo 5:13 – Permita-me compartilhar....
Permita-me fazer outra pergunta - “Imagine que hoje você tivesse uma audiência com Deus e Ele lhe perguntasse – por que você quer entrar no céu? O que você diria?
Pessoa responde
TRANSIÇÃO – ...um dia alguém repartiu comigo a melhor notícia que eu já ouvi. Descobri que....

I. O EVANGELHO
A – GRAÇA – o céu é um presente (Rm 6:23); não é ganho ou comprado por boas obras ou merecimentos humanos (Ef 2:8,9).
B – O HOMEM - é pecador (Rm 3:23); não pode salvar-se a si mesmo (Jo 3:16).
C – DEUS – é misericordioso e não quer nos punir (I Jo 4:8), mas terá que punir o pecado (Ex 34:7).
D – JESUS – é Deus-homem (Jo 1:1,14), morreu por nossos pecados para que pudéssemos ter um lugar no céu (I Co 15:3,4; Ef 2:1-6)
E – FÉ – não é mero assentimento mental, intelectual ( Tg 2:19; Mc 8:29), mas é confiar unicamente em Cristo para a vida eterna (At 16:31).

II. A DECISÃO
Isto faz sentido para você? Você gostaria de receber o presente da vida eterna?
Permita-me esclarecer novamente – Transfira a confiança para Deus; receba a Cristo ressurreto e vivo como Salvador e Senhor (Ap 3:20); Arrependa-se.
Se é isso que realmente deseja, eu posso nos apresentar a Deus em oração e falar do que você acabou de me contar – 1. ORE POR ELE (para compreender, se arrepender e crer); 2. ORE COM ELE (frases curtas do evangelho de maneira personalisada); 3. ORE POR ELE (para ter certeza da salvação).
Gostaria que você lesse o que Cristo diz a respeito do que você acabou de fazer – Jo 6:47.

III. ACOMPANHAMENTO IMEDIATO.
A. BÍBLIA – Ev. de João; um capítulo por dia, visita após uma semana.
B. ORAÇÃO – devoção pessoal, culto familiar.
C. ADORAÇÃO.
D. COMUNHÃO COM OS OUTROS - Igreja; Pequenos grupos; etc.
E. TESTEMUNHO.

O CORDEIRO E O DRAGÃO


INTRODUÇÃO
Você já teve medo do assim chamado “fim do mundo”? Já temeu ao ouvir falar das pragas e terrores do tempo do fim? Se suas respostas a estas perguntas forem afirmativas, gostaria de lhe informar que o livro de apocalipse mostra um clímax glorioso para os filhos de Deus! Mas antes desse dia chegar existe um tempo de prova provocado por Satanás, que será seguido pela derrota dele e de seus seguidores; isto se ajusta a uma das características de apocalipse que são os contrastes notáveis – a literatura apocalíptica traça uma linha entre o bem e o mal, entre as forcas de Deus e as forças de Satanás, entre os justos e os ímpios, entre os elementos salvíficos para os filhos de Deus e os elementos de derrota e juízo para seus inimigos.
Vamos analisar dois personagens de destaque no livro de apocalipse – o Cordeiro (Cristo) e o Dragão (Satanás); numa seção do livro que trata da origem desta batalha e de seu desfecho favorável para os seguidores de Jesus (apoc. 12-14)

I. A ORIGEM E O DESENVOLVIMENTO DA BATALHA – APOC. 12
A. A Origem da Batalha
A batalha entre o Cordeiro e o Dragão teve origem no céu (apoc. 12:7-9) e lá o dragão foi derrotado. O pecado se originou num local perfeito, e num ser perfeito – Lúcifer; ele começou a semear desconfiança em Deus e discórdia entre os anjos, até que o Cordeiro e os anjos que ficaram do Seu lado expulsaram os inimigos e o dragão veio para a terra.
B. A Batalha na Terra
A batalha se entendeu à Terra e no calvário O cordeiro venceu mais uma vez o dragão (apoc. 12:6). Satã tentou vencer a Cristo desde o Seu nascimento. Durante o ministério do Senhor através de tentações e perseguições, mas Jesus não desistiu de Sua missão e na Cruz foi vencedor, mas o Adversário não desistiu.
C. A Batalha Contra a Igreja
Vendo que não poderia vencer a Jesus, Satanás aponta suas armas para Seus seguidores – A Igreja - e a persegue por 1260 dias proféticos (apoc. 12:6) que também podem ser descritos como um tempo, dois tempos e metade de um tempo (apoc. 12:14. Esse período é igual porque o termo “ tempo” é usado para designar ano em profecia [ver Dan.11:13], e este ano bíblico tinha 360 dias, então temos 3 anos e meio que são 360x3 + 180 dias = 1260 dias); período este que começou em 538 d. C. e terminou em 1798 d.C (era de perseguição aos cristãos que quiseram ser leais a Deus e a Bíblia, o triste é que ela foi promovida por pessoas que se diziam cristãs), mas mesmo sob ataque a Igreja não é destruída, sofre, mas suporta as dores deste período.
D. A Última Batalha
Até aqui identificamos três batalhas principais que mostram a tentativa do dragão de vencer o cordeiro e seus seguidores, mas em vão. O capítulo termina com a introdução da última batalha (apoc. 12:17) – a guerra contra o remanescente – a semente fiel da mulher/igreja – os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. A esta última batalha nos reportaremos com riqueza de detalhes mais adiante. Veremos agora os dois Personagens principais e suas ações neste último embate.

II. O DRAGÃO, SUAS ESTRATÉGIAS E EQUIPE – APOC 13
A última batalha tem um alvo de ambos os lados –ADORAÇÃO. Esta palavra aparece 8 vezes nos capítulos 13 e 14 (13:4 [duas vezes], 8, 12, 15; 14:7, 9, 11) e o cordeiro e o dragão buscam ganhar vitórias neste campo específico.
A. Dragão e Besta que Emerge do Mar
Apesar de primeiramente ser identificado como Satanás, uma aplicação secundária do Dragão é Roma pagã que também dá poder e força a Besta que surge da água (povos, lugar povoado – [mundo conhecido e povoado de então] apoc. 17:15) suas características a identificam como Roma papal – 1. Perseguição ao povo de Deus por 42 meses (o mesmo período de tempo do cap. 12, só que apresentado em forma de meses, é igual a 3 anos e meio e 1260 dias) desde 533-538 d. C com o fortalecimento e supremacia do Bispo de Roma sobre os demais (tornando-se o Papa) até 1793 -1798 revolução Francesa e aprisionamento do Papa Pio VI por generais franceses de Napoleão. Com este cativeiro é posto um ponto na batalha da Idade média (embora a data seja esta, o período de perseguição já havia se encerrado um pouco antes conforme Jesus dissera “mas por causa dos eleitos aqueles dias serão abreviados” Mat. 24:22 ú.p. [NVI]); 2. Uma das cabeças foi ferida de morte, mas se recuperou e a terra adorou a besta e o dragão – a ferida ocorreu com a as prisão do Papa, período em que foram confiscados os territórios papais e a autoridade do Papa. Muitos pensaram que o Papado havia chegado ao fim, porém lentamente ele foi se reerguendo, um dos pontos foi o tratado de Latrão em 1929, no qual Mussolini doou o território que hoje é o Vaticano em Roma à Igreja católica, além da volta da apreciação popular à figura do Papa e tudo que ele representa; 3. Fala palavras arrogantes e blasfemas a Deus e seu santuário– O papado diz que é o representante de Cristo na Terra, que tem autoridade para perdoar e cancelar pecados, como também de retê-los; retirou o foco sobre a obra de mediação de Cristo no Céu substituindo-a pela intercessão dos santos; diz ser infalível quando promulga decretos de sua cadeira papal, etc.; 4. Tem alcance Mundial – sua propaganda e seu raio de ação alcançam todo o globo, muito provavelmente existam pessoas de outras religiões que não saibam quem é Cristo, mas sabem quem é o Papa, pelo menos como líder político.
B. Besta que Emerge da Terra e Imagem da Besta
B.1 A origem da Besta
A terra tem duas interpretações possíveis 1. O oposto de mar (lugar povoado) , um lugar desabitado ou com pouca população; 2. No capítulo 12 a Terra abre a boca para socorrer a mulher/igreja (VS. 15, 16), então num lugar de aparente segurança para o povo de Deus surge um inimigo, “Parece, portanto, razoável inferir que a “terra” no verso 11 é o complemento de “mar” no verso 1, e ambos significariam a esfera universal das devastações dracônicas. Tal posição é apoiada por 12:12 – “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós cheio de grande ira!.” “A descrição de suas atividades focaliza justamente sobre um ponto: sua atuação para exaltar a besta do mar. De fato, é o alter ego da primeira besta. Ao perseguir este objetivo sua marca é o engano. É chamada o “falso profeta” em Apocalipse 16:13, e o falso profeta que realiza milagres em Apocalipse 19:20.”
B.2 As Características da Besta
Ela tem dois chifres como de cordeiro, mas fala como dragão – aqui é focado seu papel enganador; os Estados Unidos surgiram numa área despovoada, tendo muitos dos pioneiros vindo da Europa fugindo da perseguição religiosa (região pouco habitada e de segurança para os fiéis perseguidos), sua constituição foi escrita para manter dois pontos bem claros – liberdade civil e religiosa (chifres de cordeiro), mas vez ou outra atuou perseguindo minorias sejam étnicas ou religiosas (fala como dragão) e esse padrão de comportamento vai aparecer num âmbito mundial.
A besta da terra – Tem esfera de ação mundial – os EUA hoje (especialmente depois de 11 de setembro de 2001) são a nação mais proeminente econômica e militarmente falando, além de sua influência através de seu estilo de vida, porém sua esfera de ação ainda se intensificará no futuro; Faz as pessoas adorarem a primeira besta – apoio ao papado em suas ações (esse papel ainda está se desenrolando hoje e terá mais força num futuro próximo); Faz uma imagem a besta – o papado uniu os poderes religiosos com os civis e perseguiu os servos de Deus, assim a Besta da terra unirá estes dois poderes e perseguirá quem não se identificar com o papado; Faz um decreto de morte – quem não se unir na adoração à imagem da besta será réu de pena de morte, é um decreto universal (lembrem da esfera de ação ampliada dos EUA); Faz milagres para enganar as pessoas, até faz cair fogo do céu – nos tempos de Elias houve um embate para saber qual o verdadeiro Deus, e o que respondesse com fogo do céu seria o vencedor, lá Jeová venceu, aqui a besta usa o engano para parecer verdadeira, ou seja, a besta usará todo poder religioso e o que mais precisar para mostrar que está certa e que quem não seguir suas ordens estará errado e deverá ser destruído; Faz um embargo econômico – quem seguir a besta terá livre acesso ao comércio mundial, a compra de alimentos, roupas, etc., a venda destes produtos, quem não seguir...
C. Estratégia do Dragão
Como foi demonstrado o dragão tem dois poderes aliados e juntos eles fazem com que toda a Terra (menos os servos do cordeiro) ADOREM outro deus que não o verdadeiro; para isso eles utilizam – o engano (religioso, civil), sinais, milagres, decretos de morte, embargo econômico, isto tudo e muito mais com um poderoso sistema de marketing global. Se terminasse o livro do apocalipse desta maneira pareceria que a vitória seria do dragão e seus aliados, mas graças a Deus não é assim.
III. O CORDEIRO, SEU POVO E SUAS AÇÕES – APOC 14
Aqui nós temos o cordeiro e seu povo; no fim do capítulo 13 a impressão que se tem é que o Dragão e sua trupe serão os vencedores finais, mas não é assim; logo no início do cap. 14 (1-5) tem-se um vislumbre dos vencedores ( o número 144.000 como símbolo de todos os salvos) em pé no monte Sião incólumes, passaram por todo sofrimento e graças ao sangue do Cordeiro saíram vencedores (logo no cap. 12 a mulher/igreja é apresentada usando uma coroa (stephanos) – é a coroa de louro de vitória nas antigas olimpíadas, Deus mostra que apesar do dragão ter atrapalhado Seu ideal de felicidade, ainda assim Ele e Seu povo serão os vencedores).
A. Os Seguidores do Cordeiro
Desde o capítulo 12 Deus mostra quem são os Seus servos e como identificá-los, eis algumas características delineadas aqui: 1. Guardam os mandamentos de Deus (12:17; 14:12); 2. Têm e anunciam o Evangelho eterno (14:6); 3. Possuem uma mensagem que alcança o mundo todo (14:6); 4. Adoram a Deus como o Criador (14:7); 5. Anunciam o tempo do Juízo de Deus (14:7); 6. São pacientes esperando o Retorno do Cordeiro, mesmo passando por agressões por parte do dragão e sua equipe (14:12); 7. São Justificados pela fé em Jesus; 8. Apareceram depois da época do deserto (538 – 1798d. C.). Esses são os seguidores do cordeiro – em primeiro lugar eles colocaram o cordeiro como o ser mais importante de suas vidas e depois eles fazem parte do povo de Deus e mantém as características acima. Você gostaria de ser um destes?
B. A Propaganda do Cordeiro
O Cordeiro também tem ações globais que divulgam seus feitos, promulgam esperança aos seus discípulos e mostram um fim triste para os inimigos, essa propaganda dá duas coisas aos seus servos:
B. 1. A certeza da vitória
B.1a. Pelo Juízo Anunciado - Nos versos 6 e 7 de Apoc. 14 há um convite mundial para que as pessoas Aceitem a Jesus como Salvador, Temam a Deus, já que é chegado o Juízo (nele o povo de Deus será declarado vencedor, pelo sangue do cordeiro, e o dragão imponente, e as bestas poderosas serão declarados culpados e condenados, junto com seus seguidores); e adorem o Criador de tudo que existe.
B. 1b. Pelo Juízo Delineado (apoc. 14:8) – A queda de Babilônia é uma certeza da vitória - as partes estão dispostas – Babilônia cai e logo o povo de Deus vence. “Babilônia representa todas as tentativas humanas para prover o caminho da salvação, todos aqueles planos e programas que, porque construídos somente sobre a razão e engenho humanos, tentam frustrar o plano divino para o mundo.”
B.1c. Pelo Juízo Descrito (Apoc. 14:9-12) – Depois de anunciado e delineado, agora temos a descrição do que vai ocorrer – a destruição dos adoradores da besta, sua imagem e dos que receberam a marca com o nome da besta (uma identificação simbólica de lealdade); por outro lado tem-se o Cordeiro, e seus seguidores vencedores, apenas observando o desfecho do conflito.
B. 2. Um Final Glorioso
As três mensagens angélicas são a última advertência de Deus a este mundo caído, enquanto o trio do mal está a ameaçar e fazer sinais, os seguidores do Cordeiro anunciam a mensagem de misericórdia e juízo, logo após este período de anúncio vem a execução ( que neste capítulo termina com a volta de Jesus tendo feito o recolhimento dos justos e junção dos ímpios para destruição).
B. 2a. Colheita dos justos (14-16)
Depois das advertências e do juízo, Jesus (o Cordeiro) voltará e resgatará Seu povo sofrido, perseguido e o levará para um lugar de descanso.
B. 2b. Colheita dos ímpios (17-20)
Enquanto os salvos são levados para um bom local, os perdidos são deixados a sofrerem o mal que planejavam infligir aos filhos de Deus – morte, ainda não é a pena descrita na terceira mensagem angélica, mas mostra o que acontece com quem escolhe o lado errado neste conflito. E você de que lado quer ficar?
CONCLUSÃO
Diante do que foi analisado alguns pontos são ressaltados: 1. Há uma guerra cósmica acontecendo entre Deus e Satanás, Jesus o cordeiro luta abertamente contra o Dragão; 2. Esse confronto começou a muito tempo atrás e teve 3 grandes batalhas, todas com a vitória do Cordeiro, apesar das aparentes perdas; 3. Há uma última batalha e o foco dela é adoração, quem você vai adorar? ; 4. Neste último embate, o Dragão, a Besta do mar, e a Besta da Terra vão gerar um tempo de terror global, engano, e sedução religiosa e todos [menos os servos de Jesus] os seguirão; 5. Apesar de aparente derrota, o povo de Deus é apresentado como vencedor, Jesus, como das outras vezes, ganhará e os inimigos serão derrotados – há um final feliz para quem adora ao Cordeiro.
E agora o que fará você? Terá medo e se unirá ao trio do mal? Ou seguirá o cordeiro, sendo identificado com seu povo – os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus? A decisão é sua, porém saiba que o futuro já está escrito, só falta você decidir de que lado estará nestes eventos finais.

Pr. Vamberto Marinho de A. Junior

Esta postagem é baseada em Willian. Johnsson “The Saints’ End-Time Victory Over the Forces o Evil,” no volume 7 dos relatórios da Comissão de Daniel e Apocalipse, Simpósio em Apocalipse – Livro II, resumo em português preparado por João Antônio R. Alves; Apostila de Introdução ao Apocalipse de João Antônio Rodrigues Alves, e Norman Gulley,”Terror Global: o Apocalipse 13 à luz do 11 de setembro”, em “O Futuro: a visão adventista dos últimos acontecimentos”, editores, Alberto Timm, Amin Rodor e Vanderlei Dorneles.

Passos para a implantação dos projetos sociais no evangelismo.



Ao se observar as conseqüências da globalização e o desenvolvimento do secularismo, nota-se que o interesse das pessoas para o evangelho eterno, o qual é constituído de um chamado ao abandono do mundo e das suas paixões, e uma aceitação da pessoa de Jesus Cristo e sua Santa Lei, está cada vez mais diminuindo .
Para fazer frente a esse desafio de conquistar as pessoas para Jesus Cristo, necessita-se mais do que nunca que em nossos evangelismos, o uso de uma abordagem semelhante a do Mestre, onde as necessidades físicas, emocionais e sociais das pessoas eram atendidas como uma porta de entrada das preciosas verdades que são necessárias para o entendimento da salvação que a elas está destinada.
Nas palavras de Ellen White se compreenderá como utilizar o método de Cristo para a conquistar de almas:
Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-se com os homens como uma pessoa que lhes desejava granjear-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-me”. João 21:19. A Ciência do Bom viver, p. 143
“Fazer o bem em todas as suas formas está implícito nas Escrituras, mas é necessário toda prudência e cuidado, a fim de saber como mostrar misericórdia e ajuda aos que são realmente necessitados. O procedimento proveitoso a ambas as partes é ajudá-los a se ajudarem; abrir o caminho diante deles em vez de dar-lhes dinheiro. Encontrar para eles trabalho; manifestar discrição e estar certos de que fazemos uso dos meios de tal forma que produza o maior bem aos pobres do Senhor no presente e no futuro.” Carta 31b, 1895. Beneficência Socia, p.332
“Obreiros em novos lugares onde pode não haver nenhum crente na presente verdade, devem ser providos de recursos para ajudar os necessitados...” Medicina e Salvação, p. 330
“Dando instruções em atividades práticas, podemos muitas vezes ajudar os pobres da maneira mais eficaz....” Beneficência Socia, p. 198
Há necessidade de obreiros de mente lúcida, que delineiem métodos pelos quais alcancem o povo. Precisa-se fazer alguma coisa no sentido de desfazer o preconceito que existe no mundo, contra a verdade. Carta 152, 1901. Evangelismo, p.129
Um exemplo da eficácia desse método encontra-se no estudo de. Levi Borrelli (2001, p. 41-45), no seu artigo Evangelismo da Amizade, publicado na revista Parousia, fala do exemplo da igreja Adventista de Kerman, na Califórnia, que implantou um programa de evangelização com ênfase na abordagem social. Eles tinham voluntários para fazer compras para os idosos, faziam pães e cuidavam das crianças enquanto os pais trabalhavam. Havia uma secretária que recebia as solicitações por telefone e distribuía as tarefas. Como resultado, houve um crescimento de 2000% nos batismos em relação ao ano anterior.

Segue algumas sugestões de como implantar uma abordagem social no evangelismo público.

Os itens 1 e 2 foram compilados e modificados do material do Pr. Emílio Abdala, “Guia de plantio de Igreja”.
1- Pesquisa do local a ser evangelizado:
- Estudo Demográfico: As famílias que moram na localidade são de um mesmo grupo étnico, ou de culturas diferentes?
- Há concentração de famílias na área, ou apenas de jovens solteiros? É uma área recém habitada, ou longamente estabelecida?
- Qual o nível de renda mensal das famílias da área selecionada?
- Observar se existe algum projeto social que está sendo desenvolvido por outra instituição.
- Determinar quais as necessidades da população em todas as faixas etárias.

Informação sobre a população: renda familiar, nível educacional, antecedentes culturais, religiosidade, etc.
Tendências populacionais: comparação dos quadros de crescimento populacional, procurando áreas específicas onde à população está crescendo ou declinando, tentando encontrar as causas. Quais as tendências migratórias nesses seguimentos da população?
Projeção do uso de áreas habitacionais: aqueles lotes não vendidos hoje podem ser áreas de maior potencial de futuro crescimento.

Comentário: Escolha áreas de maior concentração populacional;
- Áreas de maior crescimento urbano, geralmente bairros onde há processo de urbanização e industrialização. Pessoas recém chegadas estão ansiosas para fazer amizade por terem abandonado seus antigos relacionamentos no local onde viveram;
- Áreas geográficas onde outras igrejas estão crescendo;
- áreas onde os moradores estão em processo de mudança. Isto pode ocorrer por migração interna, guerras, catástrofes, ou acontecimento que produza uma mudança no estilo de vida de determinado indivíduo, como prisão, gravidez, desemprego e morte na família, entre outros.

2- Escolha do local para a sede das atividades:

- Evite as proximidades de áreas industriais, comerciais, estádios e cemitérios (geralmente existe um forte tráfego de veículos nesses locais e poucas residências)
- Evite locais onde a população esteja longamente estabelecida, especialmente se formada por moradores de igrejas tradicionais.
- Antes de alugar o prédio, procure conhecer a história do edifício ou dos últimos ocupantes do local. (Alguns locais são assombrosos para alguns)
- Alugue galpões comerciais, cinemas ou salões;
- O uso de escolas é muito benéfico, desde que no momento das atividades não esteja acontecendo aulas em outras salas.
3- Reúna a Igreja para a apresentação do projeto, e recrute pessoas para a realização do mesmo;
4 – Encontre na igreja, quais as habilidades dos membros e motive-os para dedicarem algumas horas para ensinarem essas habilidades à comunidade a que se estar buscando. Ex: Pessoas que sabem crochê, ponto cruz, cortar cabelo, alvenaria, tocar violão, matemática, tocar teclado, confeccionar artesanato em EVA, biscuit, produzir material de limpeza, cozinhar,...
5 – Procure as lideranças da comunidade e faça parcerias (prefeito, líderes de associações de moradores, diretores de escolas...) ex. Pode-se fazer uma passeata com a parceria das escolas, em combate a violência, onde cada escola combaterá um tipo de abuso. Violência contra a mulher, contra a criança, violência no trânsito...
6 – Faça parceria com o comércio, e com isso consiga apoio logístico.
Ex. Ofereça a veiculação da foto ou vídeo de um determinado comércio em troca de um apoio cultural, seja ele dinheiro, brindes...

7 – Promova uma divulgação expressiva do projeto, através de faixas, cartazes, banners, fooderes, panfletos, carro de som, rádio, televisão, passeata, seminários de drogas ou algo semelhante nas escolas,... (Obs. A divulgação deverá ocorrer expressivamente uma semana antes do início do projeto, e após a implantação do mesmo.
8- Na primeira semana do programa faça as inscrições nos cursos que serão oferecidos, usando várias secretárias para fazê-las, sempre após as palestras.
9- Inicie os cursos na segunda semana após o início o programa.
10 – Mantenha um registro fiel dos participantes dos cursos, contando (telefone, endereço, estado civil, nível de escolaridade, estado de saúde, religiosidade.) e presença durante as noites.
10- Mantenha a regra de que só poderá participar dos cursos, quem estiver participando do módulo noturno. (Em casos de pessoas que estudam durante a noite e se inscreveram nos cursos, marque um horário para que alguém faça atendimento domiciliar (explicação da lição bíblica)
11- Mantenha a motivação dos participantes através de brindes selecionados.
12- Ofereça serviços diversos, Ex. corte de cabelo, aferição da pressão arterial, sopão, atividades recreativas (muitas dessas atividades podem ser possíveis através de órgãos governamentais e não governamentais, tipo: SESI, SENAC, SENAI, Secretaria de Saúde, Universidades, faculdades...)
13- Não se esqueça de aproveitar as datas especiais, Ex. dia das crianças (você pode interditar uma rua e prover brincadeira para a criançada, distribuir, sorvete, picolé... Montar um Cinema Cristão ao ar livre...) dia das mães, pais, e de determinadas profissões...
14- Providencie certificados para os participantes, e faça uma linda festa no dia da entrega.
15- Durante as noites mostre fotos das atividades diárias;
16- Para não sobrecarregar a equipe, faça os cursos simultaneamente aos domingos, durante o dia, ou alternados na semana.

Pr. Jair Miranda
Departamental de ADRA da APL

HAVERÁ SANTIDADE EM SUA CASA


Sermão sobre santificação.

INTRODUÇÃO:
Você gostaria de ser santo? Ei espere aí, você sabe o que é um santo? Uma pessoa santa é aquela separada para Deus, é alguém que tem dedicação exclusiva à Deus, ou seja – não se contamina com as coisas que entristecem a Deus, alguém que se envolve com a santa tarefa de anunciar o evangelho (ver I Ped. 2:5).
Ser santo envolve respeitar os lugares onde se reúnem o povo de Deus, porque Deus, que é Santo de uma maneira absoluta, está ali; envolve agir diariamente tendo como base os princípios bíblicos, já que, o Espírito Santo faz do cristão o Seu templo.
Tendo em vista estes pontos devemos aplicá-los a nossa vida. Quando isto vai acontecer? Quando vamos ter uma família santa? Vejamos como poderemos ter uma família cristã vivendo em santidade analisando a história da mulher apanhada em adultério
Ler João 8:1-11
I.QUANDO SUA FAMÍLIA RECONHECER A MALIGNIDADE DO PECADO
A mulher apanhada em adultério por alguns instantes viveu prazerosamente com seu amante, mas foi descoberta e devia ser condenada à morte, seria este o futuro sonhado por ela? O que ela deixou de analisar? O que faltou para ela?
1.Entender a natureza e profundidade do pecado

O pecado é a) ato; b) Um Sentimento: Mt 5:22; c) Um Desejo: Mt 5:28; d) Omissão: Tg 4:17; e) Parcialidade: Tg 2:9; f) Defeito de caráter: Mt 7:18-20; Mt 15:18-20; g) Fanatismo (Proibir ou condenar aquilo que Deus nunca proibiu ou condenou) Cl 2:20-23, I Tm 4:1-3; h) Estado: Ignorância culposa – At 13:22; Jo 3:10-12 e Escassez de Poder: Rm 11:17; At 3:17,18; i) Tendência: Rm 7: 14-23; Sl 51: 5). O pecado é uma revolta contra Deus em quaisquer destes níveis (Luiz Nunes, apostila de Soteriologia, 23, 24).
O pecado é mais do que podemos ver, está arraigado no íntimo do ser, por isso nunca devemos subestimá-lo.
Certa mulher que vivia nos Estados Unidos criava centenas de cobras, várias delas venenosas, em sua casa. Este fato atraia a atenção da vizinhança e até da mídia, de forma que uma repórter da TV local foi à sua casa entrevista-la; durante a entrevista a mulher foi picada por uma de suas cobras venenosas e morreu a caminho do hospital, ela pensava que isto nunca aconteceria, brincou com o perigo.
A mulher de João 8 brincou com o perigo, subestimou o mal, o pecado, pensou que seria divertido e prazeroso ter relações com outro homem, esquentar a relação, afinal quem descobriria o que estava fazendo?
Da mesma forma hoje, muitos estão brincando com o pecado, estão tolerando o mesmo, como se fosse fácil vencê-lo a qualquer momento. Muitos estão se demorando em programas de tv ou sites da internet inadequados, outros ainda não estão se esforçando para conhecer a Deus, há aqueles que pensam que Deus, Igreja e cristãos são bobagens sem sentido; têm aqueles que gostam do chamado sexo livre, que gostam das baladas, das bebidas e das drogas.
Se você que está aqui hoje se enquadra num desses casos, saiba que a semelhança da mulher que morava com cobras venenosas, você também pode ser picado fatalmente pelo pecado que cultiva.
O que acontece? Posso ouvir você perguntar. Qual o resultado de me envolver com este tal pecado? Vejamos então:

2. Analisar as consequências do pecado

A mulher adúltera foi descoberta e levada a um julgamento, sem saber ela que fora induzida ao pecado pelos líderes religiosos da época a fim de formarem uma conspiração para prenderem Jesus (Ellen White, DTN, 461).
Depois de brincar com o pecado vieram as consequências – dor, arrependimento, vergonha e fora levada para ser condenada a apedrejamento.
Da mesma forma que no passado o pecado é Universal (Rm 3:9-18), e traz resultados negativos como: Rm 7:7-13 – Condenação, culpa. Rm 5:12 – Morte. Is 59:2 – Separação de Deus. Rm 3:23 – Destituição da Glória de Deus.
Acima de tudo o salário do pecado é morte eterna (Rm 6:23). Embora pareça boa no momento da prática, toda transgressão é amarga em seu fim e carrega consequências negativas duradoras.
A mulher foi exposta publicamente, passando assim a maior vergonha, interessante que os mesmos que a induziram ao pecado foram os mesmos que a humilharam em público e exigiram sua morte; da mesma forma Satanás quer induzir-nos ao erro só para nos acusar e humilhar depois.
Provavelmente esta situação gerou a desintegração do lar desta mulher. Todo pecado acarreta dores incríveis. Pense duas vezes antes de cometer um pecado, pois o seu pecado te achará.
Depois de entender a profundidade do pecado e analisar suas consequências, ficamos numa situação difícil, encontramo-nos perdidos. Mas Deus que é rico em misericórdia (Ef2:4) nos oferece mais um motivo para vivermos em santidade, quando entendermos este motivo seremos atraídos para uma vida em santidade.

II.QUANDO SUA FAMÍLIA FOR GRATA PELA SALVAÇÃO

Depois de reconhecermos que nosso mundo exterior e interior é dominado pelo pecado – ficamos perplexos e angustiados, mas O Senhor Deus tem boas notícias para nós e quando assimilarmos esta verdade estaremos em condição de viver como santos.

1. Entender como foi executada a salvação

Na criação Deus proibiu o homem e a mulher de comerem de um fruto no jardim do Éden, sob pena de morte. Eles desobedeceram e foram condenados a morte. Só que Deus tinha um plano e decidiu substituir o homem (Ef.5:20) culpado, tomando assim o lugar do transgressor e oferecendo Sua vida a quem aceitar esta troca.
Desde então todo àquele que aceitar pela fé Jesus como seu salvador tem a vida eterna (Jo 5:24 e I Jo 5:12). A morte de Jesus na cruz recebendo a punição de nossos pecados (II Co 5:21) livra-nos da condenação eterna (Rm 8:1), por isso devemos ter o coração sempre grato e feliz, prontos sempre a obedecê-lo.
Ali no templo, depois que os acusadores vão embora, Jesus conversa com a mulher e diz “nem eu te condeno” o termo “condeno”, do grego katakrinō, está no presente do indicativo ativo (Timothy e Barbara Friberg, eds., O Novo testamento grego analítico, São Paulo: Vida Nova, 2007, 311) e pode ser classificado como presente instantâneo, ou seja, é o presente usado para descrever uma ação completa no momento da fala, enquanto a pessoa fala o processo está completo (Daniel B. Wallace, Gramática grega, uma sintaxe exegética do novo testamento, São Paulo: Imprensa Batista Regular, 2009, 513); dessa forma ao Jesus dizer “nem eu tampouco te condeno” Ele absolve imediatamente a mulher de seu pecado, está livre da condenação. Este fato só poderia gerar muita alegria – em um momento condenada a morte e em outro não só livre da pena capital, mas também livre de seu pecado.
Quando os romanos antigos atacavam uma cidade, tinham às vezes o costume de hastear uma bandeira branca à porta da cidade. Se a guarnição se rendia enquanto a bandeira branca estava hasteada, poupava-se-lhes a vida. Depois hasteavam uma bandeira preta, e todos os homens eram passados a fio da espada. Pecador, hoje está hasteada a bandeira branca da misericórdia divina. Renda-se a Cristo, e vive, antes que a bandeira preta da morte e condenação tome o lugar dela. – 6.000 Sermon Illustrations.
2. Aprender sobre os resultados da salvação

A salvação aceita na alma é grande consolo e paz ao coração. Deus através da morte de Cristo nos livra da condenação e sentimento de culpa (Rm 8:1), nos dá: propiciação, redenção, justificação (Rm 3:24-26), nos concede o Espírito Santo (II Co 1:21-22) e com Ele o Seu fruto – amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22), fomos reconciliados com Deus e recebemos o ministério da reconciliação (II Co 5:18), recebemos paz (Rm 5:1), passamos a fazer parte do povo de Deus (Ef 2:19) e recebemos muitos outros benefícios.
Aquela mulher, que cabisbaixa esperava a morte, conversa com o Sumo Legislador e recebe a absolvição e tudo que se segue ao aceitar o perdão. Há salvação na sua vida. Vejamos o que Ellen White conta sobre o momento que a adúltera escuta as palavras de perdão:
“Comoveu-se-lhe o coração, e ela se atirou aos pés de Jesus, soluçando em seu reconhecido amor e confessando com amargo pranto os seus pecados. Isto foi para ela o início de uma nova vida.” (EGW, DTN, 462).
Tendo reconhecido o seu pecado e aceito o perdão divino a ex-adultera ouve atentamente as últimas palavras que Jesus lhe dirige e com o coração grato pelo reconhecimento da grandiosidade do perdão oferecido a ela passa a ter nova vida, vida de obediência.

III. QUANDO SUA FAMÍLIA DECIDIR OBEDECER
Alguns pensam que depois de perdoados e salvos podemos fazer o que bem entendermos que nunca perderemos o direito à vida eterna, mas Jesus mostrou àquela mulher que não é assim, o término deste diálogo nos dá um vislumbre do desejo de Deus para nós. Vejamos algo sobre santificação e obediência.

1.Aprendendo a obedecer

“Qual é a nossa parte na santificação? É pela fé somente ou pela fé e as obras? É pela fé que opera! Jesus nos diz em João 15:4, 5: "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. (...) Porque sem Mim nada podeis fazer." (v. 7, 8): "Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos."
Como podemos habitar ou estar em Cristo, isto é, seguir a Cristo? Pela mesma maneira como nos unimos a Ele no princípio, pela fé viva, fé que genuína, que abraça a Cristo. Se estivermos unidos a Cristo Ele nos protegerá. Ele nos vai dar alimento espiritual, Ele vai produzir os frutos do Espírito Santo em nós.
Quero ler a vocês de Ciência do Bom Viver, pág. 182, um pensamento maravilhoso. "Coisa alguma é aparentemente mais desamparada, e na realidade mais invencível, do que a alma que sente o seu nada e que descansa inteiramente nos méritos do Salvador. Pela oração e pelo estudo da Sua palavra, pela fé em Sua constante presença, o mais fraco dos seres humanos pode viver em contato com o Cristo vivo, e Ele o segurará com mão que nunca o soltará."
Qual é a nossa parte? Três coisas apenas são mencionadas aqui: Oração, estudo da Sua palavra e fé em Sua constante presença.” (Hans K. LaRondelle, Justificação, santificação e glorificação, Apostila, IAE, 1979, 53 e 54)
Depois de se separar de Jesus naquele momento a mulher saiu de sua presença livre e pronta a obedecer, depois do perdão sua vida foi marcada por: pureza, paz, e devotado serviço a Deus; e ela tornou-se uma de suas seguidoras mais firmes (EGW, DTN, 462).
2.Obedecendo continuamente
Jesus disse a mulher “vai e não peques mais” o termo grego para “peques” é hamartane que vem de hamartano - eu peco, ou pecar, e é um imperativo presente ativo, que o faz assumir uma forma ordenativa e continuada já que “quando no tempo presente, a força geralmente é o comando de uma ação como um processo contínuo” (Wallace, Gramática grega, 485); diante disto podemos entender que Jesus deu uma ordem à mulher para que ela continuasse naquele estado que acabara de entrar – justificada, perdoada; mas seria um processo contínuo – não continue na prática do pecado.
O Bom é que a obediência é um dom “Colossenses 2:6 nos diz: "Como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nEle." Romanos 1:17 declara: "O justo viverá pela fé." (grifo acrescentado.) Patriarcas e Profetas, pág. 657, declara: ''Todo o fracasso por parte dos filhos de Deus é devido à sua falta de fé." Se, primeiramente, vamos a Cristo pela fé; se continuamos a andar com Ele pela fé; se todas as nossas falhas se devem à falta de fé; se temos que viver pela fé; então, a fé é a base para a obediência. Se fé é um dom, então a obediência deve também ser um dom” (Morris Venden, 95 teses sobre justificação pela fé,1 Cd ROM, 133).
Deus nos faz viver em santidade se nos apegarmos a Ele, Jd 24 diz “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória”.
Certo pregador foi convidado a realizar uma semana de oração na Inglaterra no início do séc. XX, e ao despedir-se dos irmãos na estação de trem um deles recém converso lhe perguntou: - como posso permanecer em pé diante de Cristo e não me desviar? O pregador experiente tirou uma caneta do bolso, a pôs na palma de sua mão e perguntou – esta caneta pode ficar em pé sozinha na minha mão? O jovem disse - é claro que não! Pode sim retrucou o pregador, dizendo isto colocou a caneta na palma de sua mão e a segurou com a outra fazendo-a ficar “em pé”. Assim não vale, protestou o irmão, o senhor a está segurando. Isso mesmo meu jovem, e é assim que Deus faz conosco, Ele nos segura.
Estando em comunhão com Cristo a mulher pode permanecer firme. Era um mover-se contínuo e um contínuo esforço para estar onde Jesus estava e Lhe obedecer.
Deus quer que você Lhe obedeça, mas não vai te deixar sozinho nesta empreitada, você precisa se aproximar dEle e lhe suplicar forças para isso Is 26:12 diz: “Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por nós”.
Seguindo estes passos sua família viverá em santidade.

CONCLUSÃO:
Conforme foi visto Deus quer o nosso bem quer nossa família seja santa para poder se encontrar com Ele (segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hb 12:14), mas isto só vai acontecer quando todos os membros de nossas famílias reconhecerem a malignidade do pecado, Forem gratos pela salvação conquistada para nós e Decidirem obedecer.
Você deseja abandonar os pecados acariciados em seu coração e receber hoje um perdão completo de todos os seus pecados? Deseja viver em obediência a este Deus, sabendo que Ele lhe ajudará nisto? Deus te abençoe

Pr. Vamberto Marinho de Arruda Junior

28/05/2010

O melhor lugar para se viver!


Qual o melhor lugar para se morar? Certamente tem que ter segurança, conforto, bom sistema de saúde e educação, transportes públicos de ótima qualidade, e etc.
Em 2009 foi feita uma análise das melhores cidades no mundo para se viver, eis o resultado:
“A constatação faz parte da pesquisa "Qualidade de Vida no Mundo 2009", divulgada nesta terça-feira (28) pela consultoria de recursos humanos Mercer e que analisa 39 critérios de vida para cada cidade, como política, social, econômico, ambiental, segurança pessoal, saúde, educação, transporte e outros.”


Colocação Cidade País
1 Viena Áustria
2 Zurique Suíça
3 Genebra Suíça
4 Vancouver Canadá
4 Auckland Nova Zelândia
6 Dusseldorf Alemanha
7 Munique Alemanha
8 Frankfurt Alemanha
9 Berna Suíça
10 Sidney Austrália


Pesquisa realizada no dia 29/04/2009 no site: http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=19435495

Sabe, apesar de todos esses atrativos encontrados nas cidades acima, todas elas (as melhores e as piores) têm um problema comum: o pecado; este traz degeneração corrupção, doenças, sofrimento, rebeldia, pensamentos impuros, egoísmo, sentimento de superioridade em relação aos demais, ambição, cobiça, morte e etc.

O melhor lugar para morar será um lugar que além de desenvolvimento, segurança, conforto, qualidade de vida tenha também a ausência do pecado.
Tal lugar está preparado por nosso Deus, a cidade santa, e será colocado num ambiente totalmente limpo de todo mal – a nova terra (Apocalipse 21:1-4).
Almeje este lugar..
Saúde, bem-estar, segurança, ruas de ouro, transporte rápido e descomplicado (suas asas), nada de poluição, altruísmo, generosidade, apoio mútuo, amor, e vida eterna.
Você pode estar lá – aceite a Jesus como seu salvador, entregue sua vida a Ele e faça dEle Seu Senhor a amigo e você terá a entrada garantida neste ótimo lugar, pois andando com Cristo a cada dia você se tornará parecido com Ele e com o tempo os outros vão identifica-lo como um habitante de outro lugar que não aqui, tendo um padrão de conduta e moral superior ao que existe aqui, você se tornará um cidadão do céu nesta terra.
Venha você também e garanta sua estada no melhor lugar pra se viver dentre todos em toda a história da humanidade!!!

27/05/2010

A pior e última inimiga a ser vencida


Quinta à noite, é tarde; os olhos fixam-se em uma seção da revista adventista (que diga-se de passagem é uma das primeiras que eu observo ao folheá-la) - “falecimentos”.

Penso nos seus familiares que ficaram, na dor da separação, no silêncio que ficou, na tristeza e solidão.

É doloroso ver pessoas que amamos, ou conhecemos descer à sepultura. Recentemente minha esposa, que estava grávida de gêmeos, perdeu os bebês no quinto mês de gestação, se foi doloroso para nós imagine para uma mãe que perde seu filho - em qualquer fase da vida - depois de já estar acostumada com ele, de conhecê-lo e amá-lo.

Hoje em dia (não é que não tinha antes, mas é o volume dos fatos) não existe segurança, saímos de casa e se voltamos damos graças a Deus – são tantas catástrofes naturais, é a violência, doenças incuráveis que consomem a felicidade, as finanças e por fim a própria vida, não parece haver solução.

Mas graças a Deus que Jesus nos ensinou que haveria ressurreição. “Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” João 5:28 e 29. e ainda “Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11:25.

Paulo ensina que a ressurreição é um dos pilares da fé cristã: “Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. “ I Coríntios 15:16-19.

E ensina que haverá ressurreição: “Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” I Coríntios 15:21-23.

Em outra carta o apostolo dos gentios diz: “porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” I Tessalonicenses 4:16-18

Embora a morte hoje ceife a vida de nossos queridos, e até mesmo a nossa, um dia porém não haverá mais lágrimas nem mais separações, nem mais dor. Os mortos em Cristo ressurgirão para uma vida eterna de alegria e vigor.

Você quer estar com cristo e ter esta linda e bendita esperança? Abra agora o seu coração e se entregue ao salvador, só ele pode trazer de volta quem um dia já morreu e só ele pode dar a vida eterna, então diga sim hoje a esse Benfeitor.