20/02/2011

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - VI



Com esta postagem chegamos ao fim deste esboço, mas em breve teremos mais postagens sobre a arte de preparar e pregar sermões.

PASSO DE PESQUISA 4: A PROPOSIÇÃO

Envolve 3 elementos A proposição que é uma afirmação teológica(A.T.), a sentença transicional (S.T.) e a Palavra chave (P.C.).

(A.T.) Satanás irá tentar com astúcia à pessoa piedosa, para atingir seu objetivo.
(S.T.) Temos aqui três tipos (P.C.) de tentação destinados a nós derrubar.

Este parágrafo em Mateus deve realmente conter três tipos de tentação. Se não, o pregador está "inventando" um esboço ou escolheu a palavra chave errada. Estudando Mateus 4.1-11, vemos três tipos de tentação que freqüentemente nos acompanham. Aqui estão eles:

1. Tratar a fome espiritual com alimento material (vv. 3, 4);

2. Testar a capacidade de Deus com proezas sensacionais (w. 5-7); e

3. Trocar o domínio de Deus por força política (w. 8-10).

É possível ver claramente estas três tentações: (a) materialismo, (b) sensacionalismo e (c) autoritarismo. O Senhor nos ensina que cada tentação deve ser enfrentada e derrotada com a espada de dois gumes chamada Palavra de Deus.

Segue aqui outro exemplo para estudo, extraído de Atos 13.1-4. Esta
passagem extraordinária instruirá qualquer igreja em como ter uma mente missionária de forma concreta. Uma das maneiras mais seguras de a igreja ganhar uma mente missionária é enviar alguns de seus filhos e filhas aos campos de missões. Assim, criamos a seguinte proposição (A.T. + S.T. + P.C.):

(A.T.) Deus utiliza com freqüência a assembléia da igreja local para chamar seus missionários.
(S.T.) Há três ações (P.C.) eclesiásticas coletivas que Deus usa para chamar missionários.

Nossa afirmação teológica apresenta uma máxima, um princípio bíblico. Ela é curta, fácil de ser memorizada e reforçada pela sentença transicional, onde a pergunta "Como Deus os chama?" é respondida com a palavra chave: ações (eclesiásticas). A palavra chave me informa que o parágrafo da pregação tem em si três ações eclesiásticas coletivas, sendo que cada uma forma uma divisão principal da exposição. Cada divisão demonstrará como Deus chama seus missionários através da ação da igreja.

Lembre-se: o longo contato com o texto, através dos passos de pesquisa, deu ao expositor sensibilidade interna diante do conteúdo e estrutura centrais do parágrafo. Assim, surge o seguinte esboço. Observe que cada divisão principal é uma ação eclesiástica coletiva, conforme o texto registra.

1. Um reconhecimento consciente dos dons do Espírito (v. 1);

2. Uma adoração concentrada no Cristo ressurrecto (v. 2); e

3. Um compromisso perfeito de apoio aos missionários (vv. 3, 4).

Até aqui, alegorizamos, definimos e exemplificamos o que realmente é a proposição do sermão. Chegamos agora ao processo em que iremos extraí-la do parágrafo da pregação. Nunca é demais repetir: a total imersão intelectual, emocional e espiritual do expositor no parágrafo é absolutamente essencial. É neste envolvimento que o expositor descobre a idéia central Assim, as três experiências de pesquisa de familiarização, exegese e estudo bíblico indutivo são os fundamentos da descoberta de uma proposição exata e complemente representativa.

A proposição é realmente o produto final da estrutura sujeito-predicado do parágrafo da pregação. Há um sujeito principal no parágrafo que está sendo predicado. Então, o primeiro fato na formulação da proposição é a resposta a esta pergunta: "Qual é o sujeito deste parágrafo da Bíblia?" De que se está falando aqui?

O sujeito de qualquer sentença é um substantivo, uma frase substantiva ou um pronome que faz alguma coisa ou sobre o qual algo é dito (predicado). O parágrafo da pregação, sendo constituído de várias sentenças, normalmente terá uma série de sujeitos e verbos. O expositor sentirá como eles se inter-relacionam, quais são os principais e os secundários. Num parágrafo de pregação autônomo deve haver um sujeito e um predicado globais, em torno dos quais giram todos os sujeitos e predicados. Na passagem de Mateus 4.1-11, Satanás (o sujeito) tenta a Jesus (o predicado). 'A dinâmica na passagem mostra que este sujeito (Satanás) emprega artimanhas sutis para atingir seus propósitos perversos.

Uma das maneiras de se descobrir a essência da proposição é olhar para as frases chaves na seqüência do texto do parágrafo.

Palavras chave: (ex.)

abusos elos notas
acusações enredos nutrientes
afirmações erros objetivos
amostras exortações obrigações
armadilhas forças oportunidades
aspirações frutos paralisias
assassinos fugas pecados
barreiras gestos perguntas
batalhas gigantes provisões
buscas hábitos punições
características heresias reclamações
clamores ídolos refutações
classes ilusões sementes
condições impurezas tesouros
crenças errôneas juízes tiranos
defeitos luzes ultimatos
desvantagens mandamentos vantagens
dilemas máscaras venenos
direções mentiras viagens
disciplinas necessidades vontades


IV. OS QUATRO PASSOS DA COMPOSIÇÃO

PASSO DE COMPOSIÇÃO 1: AS DIVISÕES PRINCIPAIS
PASSO DE COMPOSIÇAO N.º 2: AS ILUSTRAÇÕES

PASSO DE COMPOSIÇÃO N.º 3: A CONCLUSÃO E A INTRODUÇÃO
PASSO DE COMPOSIÇÃO 4: O ESBOÇO DO SERMÃO

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - V




PASSO DE PESQUISA 3: O ESTUDO INDUTIVO

3 PASSOS :

A Observação

A Interpretação . Este passo é conseguido fazendo-se perguntas ao parágrafo tais como: O que o autor do parágrafo diz sobre vida, Deus, humanidade, estruturas sociais, pecaminosidade, piedade, deveres, etc.? Como estas declarações se unem num tema básico? O que as figuras de linguagem (caso existam) dizem sobre o significado do tema? Quem é (são) a(s) pessoa(s) no texto? Por que certa palavra é usada apenas uma vez (ou repetida)? Quais ameaças ou promessas estão no texto? Quais são as implicações ou resultados das afirmações, súplicas ou ordens dadas no texto? Como o alinhamento dos fatos no texto causa impacto sobre o tema? Quando acontece o evento, ação ou afirmação? Quais palavras ou frases são difíceis de entender? O que torna obscura esta passagem? Há alguma coisa faltando que, caso fosse providenciada, esclareceria o texto? Que idéia(s) nos parágrafos anteriores e posteriores fazem um elo com o significado destas palavras ou frases obscuras ou difíceis?

A Aplicação .

FOLHA DE PESOUISA PARA O ESTUDO BÍBLICO INDUTIVO
TEXTO:

Perguntas de Fatos observados, interpretados e aplicados
Observação


Quem?
(Pessoas)
O que?
(Coisas)
Quando?
(Tempo)
Onde?
(Locais)

Perguntas de
Interpretação
Por que?
(Razões)
O que?
(Sentido ou
significado)
Por que?
(Importância)
O que?
(Exigências)

Perguntas de
Aplicação
Como?
(Como funciona?)
Quando?
(Quando aplico?)
Quem?
(Quem está incluído/
excluído?)
Por que?
(Por que os ouvintes
de hoje precisam disso?
O que?
(Que promessa pode ser
reivindicada agora? Que
mandamento deve ser
obedecido? Em favor de
que se deve orar? etc.)

QUAIS EVENTOS OU EXPERIÊNCIAS DO AT OU DO NT ILUSTRAM OU DEFINEM ESTAS IDÉIAS?

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - IV




PASSO DE PESQUISA 2: A EXEGESE

1. Leia o texto em voz alta e em espírito de oração várias vezes (o grande pregador Dr. Campbell Morgan costumava ler pelo menos 50 vezes a passagem que ia expor), comparando-o com versões bíblicas diferentes para obter uma maior compreensão de seu conteúdo.
2. Reproduza o texto com suas próprias palavras, sem olhar na Bíblia, para verificar se realmente entendeu o conteúdo (Bezzel memorizava todos os textos sobre os quais pregava).
3. Observe o contexto imediato e o remoto (veja pp. 38ss.).
4. Verifique a forma literária do texto (história, milagre, parábola, ensino, advertência, promessa, profecia, testemunho, oração, introdução etc.) e tente estruturá-lo (e. g., Ef 1.1-2; 15-23; Lc 4.38-39).
5. Determine o significado exato de cada palavra básica, com sua origem e seu uso pelo autor e no restante do testemunho bíblico (e. g., Rm 3.21-31; 5.1).
6. Anote peculiaridades do texto (palavras que se repetem, contrastes, seqüências, conclusões, perguntas, teses) e faça uma comparação sinótica, caso o texto pertença aos evangelhos (veja pp. 35-36).
7. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costumes, tradição; e. g., Ap 19.15).
8. Elabore as mensagens de cada versículo ou termo principal por meio de versículos paralelos (em palavras e assuntos), de seu núcleo, de sua relação com a história da salvação, de perguntas didáticas (quem, o que, por que etc.) e de comentários bíblicos, léxicos, dicionários e manuais bíblicos (e. g., Mt 12.38-42).
9. Estruture o texto conforme seu conteúdo principal e organizador e suas seções secundárias (e. g., Lc 19.1-10).
10. Resuma o trabalho exegético feito até este ponto com a frase: O assunto mais importante deste texto é...


Exemplo 1: Mateus 9.9-13
1. Após ter lido o texto várias vezes e comparado suas palavras com versões bíblicas diferentes, resuma a impressão geral do trecho.
2. Qual o contexto dessa passagem?
a. contexto imediato de Mateus 9
b. contexto do evangelho de Mateus (os capítulos anteriores e posteriores)
c. contexto remoto do livro inteiro (a estrutura do evangelho de Mateus)
3. Como esse texto poderia ser estruturado?
4. Faça uma comparação textual com várias versões bíblicas, anotando as diferenças.
5. Faça uma comparação sinótica desse texto para descobrir a cronologia dos acontecimentos, o material peculiar e os trechos omissos de cada um dos evangelistas.
a. o material peculiar de Mateus
b. o de Marcos
c. o de Lucas
d. o material omisso de Mateus
e. o de Marcos
f. o de Lucas
g. a cronologia sinótica
h. resumo em uma só versão
6. Explique os costumes alfandegários romanos.
7. Qual era a relação entre judeus em geral e os publicanos e pecadores?
8. Qual era a atitude de João Batista frente aos publicanos e pecadores?
9. Como Jesus Se relacionava com os publicanos e os pecadores?
10. Quem eram os fariseus (origem, atitudes, crenças, posição)?
11. Por que os fariseus opuseram-se a Jesus (v. 11)?
12. Fale sobre Cafarnaum (lugar, origem, significado, tamanho, importância).
13. Quem era Mateus (ou Levi; ligações familiares, profissão, religião, características, menção nos evangelhos)?
14. No versículo 9, qual o significado do verbo ver, empregado por Jesus, em relação à vocação de Mateus? Será que os autores dos demais evangelhos usam esse verbo em outras circunstâncias?
15. Quais as conseqüências implícitas do ato de seguir a Jesus?
a. conforme Lc 5.28
b. conforme Mt 19.21
c. conforme Lc 19.1-10
16. Segundo os versículos 10 e 11, quais os motivos de Mateus ao convidar Jesus à sua própria casa?
17. Por que os judeus consideravam os publicanos e pecadores indivíduos de segunda classe?
18. O que significa a frase: ... come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
19. Como Jesus descreve Sua missão nos versículos 12 e 13, e qual seu significado?
20. Por que Jesus citou Oséias 6.6?
21. Quais as diferenças entre Oséias 6.6 e sua citação feita por Jesus?
22. Em que e por que revela-se na ação de Jesus a misericórdia divina?
23. Quais as implicações do fato de chamar os pecadores?
24. Será que os fortes e justos não precisam da misericórdia divina? (Consulte alguns comentários.)
25. Qual a origem, o significado e o uso do termo bíblico misericórdia? (Consulte o NDB, o NDITNT e o NTI.)

Exemplo 2: Mateus 8.1-4
Use as dez regras didáticas expostas anteriormente para elaborar esta exegese.
1. Em espírito de oração, leia o texto em voz alta diversas vezes. Em seguida, anote o primeiro impacto que a passagem causou em você.
2. Agora, repita o texto com suas próprias palavras, sem olhar na Bíblia, para verificar se realmente compreendeu seu conteúdo.
3. Observe os contextos imediato e remoto.
4. Verifique a forma literária do texto e tente estruturá-lo.
5. Determine o significado exato de cada palavra básica, assim como sua origem e seu uso na Bíblia.
6. Anote as peculiaridades do texto (palavras que se repetem, contrastes, seqüências, conclusões, perguntas, teses) e faça uma comparação sinóptica com Marcos 1.40-45 e com Lucas 5.12-16.
7. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costumes, tradições) desse texto.
a. O que era a lepra na época neotestamentária?
b. Qual a função do sacerdote com respeito à lepra?
c. Qual a responsabilidade do sacerdote num caso de cura da lepra?
d. Que povo presenciou o milagre da cura de um leproso?
8. Desenvolva o significado de cada versículo ou tema principal.
v. 1: "seguiram"
a. O que significa o verbo "seguir" no Novo Testamento?
b. O que significa o verbo "seguir" aqui?
v. 2: "eis"
a. Como o Novo Testamento emprega esse termo?
b. Qual seu significado aqui?
v. 2: "adorou-o"
a. Qual o significado do verbo "adorar" na Bíblia?
b. Como se deve adorar? (Consulte dicionários e comentários bíblicos, a chave bíblica e a BVN.)
c. Que atitude é expressa na adoração?
v. 2: "se quiseres"
a. O que o leproso quis dizer com essa frase?
v. 2: "purificar-me"
a. Qual o significado da purificação na Bíblia?
b. Qual a importância da purificação na lei de Moisés?
c. Por que o leproso desejava ser purificado?
v. 3: "tocou-lhe"
a. Que atitude de Jesus é expressa por esse verbo?
b. Qual o significado desse verbo para o leproso?
v. 3: "quero"
a. O que Jesus quer?
b. Qual é a vontade de Jesus?
v. 3: "imediatamente"
a. Qual o significado dessa palavra?
b. Quantas vezes aparece no evangelho de Mateus?
v. 4: "não digas a ninguém"
a. Por que Jesus fez essa proibição?
b. Isso acontece em outras ocasiões no Novo Testamento?
v. 4: "fazer a oferta"
a. Por que esta oferta é necessária?
b. Qual sua finalidade?
c. Será que o Novo Testamento também relata esse costume em outras partes?
9. Estruture o texto conforme seu conteúdo principal e organizador e de acordo com as seções secundárias.
a. O leproso pede ajuda:
_ ele se prostra diante de Jesus
_ ele confia na vontade e no poder de Jesus
b. Jesus concede a cura:
_ Ele toca o leproso
_ Ele cura o leproso
_ Ele envia o leproso ao sacerdote
10. Resuma o trabalho exegético desenvolvido até aqui com a seguinte frase: O assunto principal desta passagem é... (ou esse texto fala sobre... )

Os passos da metodologia da exegese lingüístico-gramatical são os seguintes:
a. Traduzimos o texto de seu original hebraico ou grego.
b. Definimos os termos principais de um texto (e. g., Rm 3.21-31) com a ajuda de um dicionário hebraico ou grego juntamente com o NDITNT, para compreendermos sua origem, seu desenvolvimento, seu uso e seu significado bíblico e cultural.
c. Comparamos algumas versões e traduções diferentes (ARA, ARC, EIBB, BLH, BJ).
d. Subdividimos as orações em seus componentes: sujeito, objeto, expressão principal, adjuntos adverbiais, frases secundárias; então, verificamos como cada um se relaciona com o restante do versículo.
e. Observamos as particularidades do texto: repetições de palavras, contrastes, interrogações, conseqüências, afirmações etc.
f. Diferenciamos os substantivos dos verbos, advérbios e pronomes; a voz passiva da ativa; o subjuntivo do indicativo etc., para obtermos uma compreensão maior

A metodologia da exegese histórico-cultural segue os seguintes passos:
a. Esclarecemos o pano de fundo histórico (e. g., de uma carta neotestamentária ou de um livro profético do Antigo Testamento).
b. Traçamos as conexões históricas será que o texto relaciona-se com acontecimentos anteriores?
c. Definimos o lugar e a época do fato.
d. Explicamos as tradições e os costumes (e. g., Mt 3.12; Ap 19.15).
e. Observamos a situação geográfica (e. g., Mc 5.20).

A tarefa da exegese teológico-pneumatológica é analisar os termos do texto da maneira teológica, bíblica, espiritual e doutrinária.
As perguntas-chave na exegese teológico-pneumatológica são:
a. Qual o ensino ou mensagem desta frase ou versículo?
b. Quais são as referências bíblicas que apóiam ou confirmam este ensino ou princípio?
c. Quais as afirmações bíblicas que explicam melhor o significado deste ensino?
d. O que Deus deseja expressar aqui?
Na exegese teológico-pneumatológica, o exegeta depende da operação e direção do Espírito Santo. A mensagem é descoberta pelo Espírito Santo, que nos ilumina (1 Co 2.12-13).
A metodologia usada pela exegese teológico-pneumatológica é a seguinte:
a. Esclarecemos os termos principais em relação ao testemunho inteiro das Escrituras.
b. Determinamos o cerne do versículo.
c. Observamos o indicativo da atuação divina.
d. Correlacionamos o texto com a mensagem cristológica (o Cristo prometido, encarnado, crucificado, morto, ressurreto, glorificado, exaltado, presente, que vem outra vez, consumador, rei, sacerdote, profeta).
e. Definimos a finalidade prática do versículo.

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - III




III. OS 4 PASSOS DE PESQUISA

PASSO DE PESQUISA N.º 1: FAMILIARIZAÇÃO

Chegamos assim a primeira pesquisa, chamada por mim de passo de familiarização. As etapas marcadas pelas letras A, B, C e D são as seguintes:

(A) Leia todo o primeiro parágrafo da série. Leia-o do começo ao fim e certifique-se de que normalmente existe uma idéia ou tema dominante em cada parágrafo.

Uma forma de destacar o tema é observar a repetição de palavras, frases ou idéias. Muitos salmos começam com um tema no primeiro versículo, repetem a idéia no meio e terminam com a mesma nota. No Salmo 20, Davi invoca a Deus para que este responda àqueles que se encontram angustiados. Ele repete a idéia no final do versículo 5, dizendo: "... que Deus atenda todos os seus pedidos!" (Bíblia na Linguagem de Hoje). No último versículo, ele pede a Deus que responda quando chamarmos. O tema tem algo a ver com o Deus que responde e o exercício da fé (quanto a este padrão, veja outros salmos, como 29, 32, 36, 54, 59, 71, 80, para mencionar apenas alguns).

Por exemplo, com Filipenses 1.3-11, eu escrevo em minha folha de pesquisa o título e as frases seguintes:

PASSO DE PESQUISA No. 1: FAMILIARIZAÇÃO – (A) TEMA

Texto: Filipenses 1.3-11
Versículo 3 – "... por tudo que recordo de vós".
Versículo 4 – "... fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações".
Versículo 7 – "... vos trago no coração".
Versículo 8 – a "saudade que tenho de todos vós".
Versículo 9 – "... faço esta oração".

Vemos claramente que três frases falam sobre afeição e três sobre oração. Daí, então, o tema: "Oração intercessória e afeição" ou "O amor que motiva a intercessão". O expositor poderá querer confirmar estas conclusões, repetindo este exercício com uma versão moderna ou estrangeira do parágrafo bíblico. Os arautos do Senhor que têm capacidade para ler em outro idioma encontram com freqüência novidades e outras confirmações daquilo que já haviam concluído.

Neste mesmo passo da pesquisa, deve ser feita a segunda parte do exercício de familiarização. Meus alunos diziam que era esta parte que muitas vezes os inspirava a querer pregar sobre aquele texto.

(B) Escreva em outra folha uma paráfrase pessoal do parágrafo da pregação. Algumas vezes levo a forma final desta paráfrase para o púlpito e a leio como parte de minha introdução. É surpreendente como este exercício tem me ajudado a me envolver emocional e espiritualmente com o parágrafo bíblico. Uma das formas de escrever uma paráfrase é preparar a folha de pesquisa da seguinte maneira:

FAMILIARIZAÇÃO – (B) PARÁFRASE

Texto: Filipenses 1.3-11

Versículo Substantivos Sinônimos Verbos Sinônimos

Depois de pronta a folha de pesquisa, leia o parágrafo da pregação do começo ao fim, versículo por versículo, e extraia de cada um os substantivos, verbos e locuções verbais mais importantes. Complete um versículo antes de passar para o próximo. Consulte cada substantivo e cada verbo num dicionário e copie um sinônimo para cada um na coluna correspondente. Alguns pregadores têm a felicidade de possuir um dicionário de sinônimos, o que facilita bastante a realização deste exercício. Aqui se recomenda uma advertência. A escolha dos sinônimos que fazemos pode nem sempre refletir o sentido exato do texto original. Nosso consolo é que quando chegarmos ao exercício de exegese, teremos condições de corrigir nossa paráfrase e torná-la mais exata. Neste ponto, a folha de pesquisa deverá ser mais ou menos assim:

FAMILIARIZAÇÃO – PARÁFRASE

Texto: Filipenses 1.3-11

V 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Substantivos Deus Orações Cooperação Evangelho Boa obra Dia de Cristo Justo Algemas Graça Saudade Oração Amor Conheci-mento Percepção Excelentes Dia de Cristo Fruto Justiça Jesus Cristo Glória louvor Sinônimos Ser Supremo Pedidos Associação Boas novas Bom trabalho Dia do julgamento Correto Prisão Privilégio Terno amor Súplica Devoção Iluminação Discerni-mento Melhores Dia do julgamento Resultado Integridade Salvador Radiância elogio Verbos Dar graças Recordar Fazer súplicas Estou certo Completar Pensar Trazer Defender Confirmar Participar Testemunhar Aumente Aprovar Ser puro Ser inculpável Ser cheio Ser mediante Sinônimos Agradecer Lembrar Solicitar Convicto Continuar Reagir Ter Proteger Endossar Comparti-lhar Depor Trans-borde Descobrir Autêntico Imaculado Reaprovi-sionar Fluir de

Com base neste exercício, escreva uma paráfrase somente com sinônimos dos substantivos e dos verbos. Tenha o cuidado de manter a mesma gramática do parágrafo da pregação. Use sinônimos para esclarecer o texto, estimular a imaginação e inspirar o espírito. Aqui está o resultado de minha paráfrase de Filipenses 1.3-11:

3. Agradeço ao Ser Supremo, especialmente quando me lembro de vocês. 4. Em todos os meus pedidos, sempre solicito (a Deus) por vocês com prazer, 5. Devido a associado de vocês comigo nas boas novas, desde o primeiro dia até agora, 6. Estando convicto de que Deus, que começou um bom trabalho em vocês, irá continuá-lo até o dia do julgamento. 7. É correto que eu reaja emocionalmente desta forma, pois eu os tenho no coração, amados; então, esteja eu na prisão ou ocupado protegendo e endossando as boas novas, vocês ainda compartilham do perdão de Deus comigo. 8. O Senhor depõe a meu favor como desejo, com o terno amor de Jesus, tê-los perto de mim. 9. E esta é minha súplica: que a devoção de vocês (por Cristo) possa transbordar em profusão com iluminação e profundo discernimento, 10. De modo que vocês possam descobrir aquilo que é excelente e ser autênticos e imaculados até o dia do julgamento de Cristo, 11. Sendo reaprovisionados com o resultado da integridade piedosa que flui em nós, através de Jesus Cristo para a honra radiante e o elogio de Deus.

No primeiro passo da pesquisa, procuramos um tema dominante no parágrafo da pregação. Usamos dicionários e fizemos uma paráfrase caseira, a qual poderá ser aperfeiçoada, se necessário, durante o segundo passo da pesquisa de exegese.

(C) Neste ponto, devemos fazer o terceiro exercício no processo de familiarização. Suponhamos que o arauto de Deus tenha apenas começando uma série de exposições baseadas em Filipenses. Ele quer pregar sua primeira mensagem, mas não sabe ao certo quais devem ser os limites dos versículos de sua primeira mensagem. Deve ele incluir os próximos versículos e aumentar o parágrafo? O que determina exatamente um parágrafo de pregação autônomo?

Temos aqui um procedimento simples que deve ser assumido imediatamente. (O expositor que tenha lido o livro da Bíblia cinco ou seis vezes irá achar isto muito útil e confirmatório.) Este terceiro exercício deve ser feito na mesma folha de pesquisa da familiarização. Este é o procedimento para a verificação dos limites dos versículos do parágrafo da pregação:

(1) Escreva o tema do parágrafo. Ele deve ser claro como cristal.

(2) Copie os substantivos e locuções verbais que mais se repetem no parágrafo.

(3) Leia o parágrafo seguinte e verifique se o tema e/ou os principais substantivos e verbos são freqüentemente repetidos. Caso sejam, inclua este novo material e revise a paráfrase e os limites dos versículos do parágrafo.

Neste ponto, a folha de pesquisa deve ser mais ou menos assim:

Familiarização – (C) LIMITES

Texto: Filipenses 1.3-11

1. TEMA: Amor, a motivação de uma oração intercessória.
2. REPETIÇÕES: "minhas orações"; "fazendo, com alegria, súplicas"; "faço esta oração"; "recordo de vós"; "vos trago no coração"; "saudade que tenho de todos vós".
3. PARÁGRAFO SEGUINTE: Faltam semelhanças no parágrafo seguinte. Assim, Filipenses 1.3-11 é autônomo e pode ser tratado como um parágrafo a ser cuidadosamente exposto.

Talvez um exemplo de outro livro do Novo Testamento ajude a esclarecer o valor deste procedimento. A história de Ananias e Safira, em Atos 5, parecia-me não ter antecedentes. Por que aquele tipo de pausa ali? Além disso, por que o parágrafo anterior, Atos 4.32-37, é uma unidade de pregação tão vaga, sem um tema claro? Ao estudar os dois parágrafos, raiou sobre mim a compreensão de que eles estavam relacionados. A unidade e a generosidade na primeira igreja eram motivadas por amor altruísta a Deus e seu reino, em Atos 4.32-37. José, o levita, também conhecido como Barnabé, exemplificou este espírito com sua oferta, mas aquele altruísmo foi prostituído por um amor desregrado por dinheiro e fama. Ananias e Safira macularam a comunidade cristã, à semelhança de Acã, em Josué 7.1-26. Ao estudá-lo, o parágrafo acabou se tornando Atos 4.32-5.11.

(D) A última parte do processo de familiarização é a confecção de um esboço analítico do parágrafo da pregação. O parágrafo tem uma lógica inerente e um fluxo de idéias em si. O expositor deve captar este fluxo, a fim de evitar divagações tangenciais ao pregar.

Um fato misterioso, mas sempre reincidente, é que muitos pregadores têm dificuldade em preparar sermões, por não pensarem em linha reta. Isto quer dizer que eles não desenvolvem um sermão como se fosse um todo unificado e lógico (Achtemeier 1980, 87).

O esboço analítico serve para dar ao arauto de Deus sensibilidade a estrutura literária do parágrafo. Este senso de estrutura dará unidade ao sermão depois de pronto. Ajudará a cativar e manter a atenção dos ouvintes, pelo fato de a mente humana ser atraída naturalmente pela ordem lógica.

Quais são os elementos essenciais de um esboço analítico? Primeiro, ele é um esboço seqüencial do parágrafo. Ele nunca ultrapassa os limites dos versículos do parágrafo e sempre acompanha a disposição exata dos versículos. Em segundo lugar, ele é um traçado visual das principais idéias do parágrafo. Em terceiro lugar, é um esboço do conteúdo real do parágrafo, sem interpretações conscientes ou adornos da homilética. Portanto, este esboço não deve ser confundido com o esboço homilético final do sermão.

Observe no próximo exemplo de esboço analítico o mecanismo do esboço. As divisões principais são representadas por algarismos romanos e as subdivisões com algarismos arábicos. Cada divisão principal tem um endereço, isto é, um versículo ou versículos que delineiam aquela idéia. As subdivisões também são indicadas com versículos ou partes deles. Observe também que não são utilizados os recursos homiléticos de introdução e conclusão. Aqui está um exemplo de esboço analítico que fiz para o extenso parágrafo de Atos 2.14-41:

FAMILIARIZAÇÃO – (D) ESBOÇO ANALÍTICO

Texto: Atos 2.14-41

I. O APÓSTOLO EXPLICA O MILAGRE DA PROFECIA QUE SE CUMPRIU (2.14-22)

1. Pedro, falando pelos onze, dirige-se formalmente a multidão (v.
14).
2. Pedro promete uma explicação do milagre (v. 15).
3. Pedro cita a profecia de Joel (vv. 16-21).
4. O milagre destina-se a levar as pessoas a salvação (v. 21).

II. A APRESENTAÇÃO DE JESUS COMO O MILAGRE DE DEUS (2.22-28)

1. Jesus realizou milagres (v. 22).
2. Deus estava agindo em Jesus na realização dos milagres (v. 22).
3. Deus planejou com antecedência a vida de Jesus sobre a terra (v.
23).
4. Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos (v. 24).
5. Davi profetizou estas coisas (vv. 25-28).

III. JESUS É O MESSIAS PROFETIZADO (2.29-35)

1. A morte de Davi é um fato histórico (v. 29).
2. Davi profetizou que seu descendente seria o Messias (v. 30).
3. Davi profetizou a ressurreição do Messias (v. 31)
4. A aplicação de Lucas: Deus ressuscitou a este Jesus (v. 32).
5. Este Jesus foi exaltado à destra de Deus (v. 33).
6. Este Jesus recebeu a promessa do Espírito Santo (v. 33).
7. Davi não era o Messias, mas profetizou acerca de Jesus, o Messias (vv. 34, 35).

IV. EXORTA-SE A QUE SE ACEITE JESUS COMO SENHOR/MESSIAS (2.36-41)

1. A clara conclusão de que Jesus é Senhor (v. 36).
2. A evidência do Espírito que convence as pessoas (v. 37).
3. Pedro esboça os passos para a salvação (vv. 38, 39).
4. As muitas pessoas que ouviram e responderam (vv. 40, 41).

Aí está ele! O primeiro passo da pesquisa é um processo de familiarização com as palavras, o tema e a estrutura literária do parágrafo. Isto propicia um envolvimento espiritual através do exercício da paráfrase e ajuda a determinar os melhores limites para o parágrafo bíblico. O leitor deve tentar fazer este exercício de quatro etapas, empregando um parágrafo selecionado e, assim, experimentar o desejo vivificante de expor a Palavra eterna de Deus.

Allan Stibbs cita F.B. Meyer para arrematar a idéia de familiarização como parte necessária no preparo de um sermão:

"O ponto mais alto na entrega de um sermão acontece quando o pregador está "possuído" e... tal "possessão" ocorre com maior freqüência e facilidade ao homem que vive, dorme, come e anda em comunhão com uma passagem na melhor parte da semana" (Stibbs 1963, 37).

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA -II




II. A DEFINIÇÃO DOS PARÁGRAFOS DA PREGAÇÃO

(1) Leia os títulos dos parágrafos escolhidos pelos publicadores de sua Bíblia. Copie-os no lado esquerdo de uma folha de anotações, mostrando quais versículos são abrangidos. Por exemplo, eu abro minha Bíblia na versão de Almeida Revista e Atualizada, na Epístola aos Filipenses, e coloco o seguinte em minha folha de anotações:

Parágrafos e títulos extraídos da Bíblia:

1. Ações de graça e súplicas em favor dos filipenses (1.3-11)
2. A situação do apóstolo contribui para o progresso do evangelho (1.12-26)
3. A unidade cristã na luta (1.27-30)
4. Exortação ao amor fraternal e a humildade (2.1-4)
5. O exemplo de Cristo na humilhação (2.5-11)
6. O desenvolvimento da salvação (2.12-18)
7. Paulo e seus companheiros Timóteo e Epafrodito (2.19-30)
8. A exortação referente a alegria cristã (3.1)
9. O aviso contra os falsos mestres (3.2-11)
10. A soberana vocação (3.12-16)
11. Os inimigos da cruz de Cristo (3.17-4.1)
12. Apelo de Paulo para Evódia e Síntique. Regozijo e oração (4.2-7)
13. O em que pensar (4.8, 9)
14. A gratidão de Paulo para com os filipenses (4.10-20).

(2) Tendo em mãos a folha de anotações, leia em atitude de devoção cada parágrafo, parando depois de cada um para escrever no lado direito da folha a idéia ou assunto principal do parágrafo. Deve ser algo mais ou menos assim:

Parágrafos e títulos extraídos da Bíblia: 1. Ações de graça e súplicas em favor dos filipenses (1.3-11) 2. A situação do apóstolo contribui para o progresso do evangelho (1.12-26) 3. A unidade cristã na luta (1.27-30) 4. Exortação ao amor fraternal e à humildade – (2.1-4) 5. O exemplo de Cristo na humilhação (2.5-11) 6. O desenvolvimento da salvação (2.12- 18) 7. Paulo e seus companheiros Timóteo e Epafrodito (2.19-30) 8. A exortação referente à alegria cristã (3.1) 9. O aviso contra os falsos mestres (3.2-11) 10. A soberana vocação (3.12-16) 11. Os inimigos da cruz de Cristo (3.17- 4.1) 12. Apelo de Paulo para Evódia e Síntique – Regozijo e oração (4.2-7) 13. O em que pensar (4.8, 9) 14. A gratidão de Paulo para com os filipenses – (4.10-20) Alterações nos parágrafos 1 Amor e intercessão 2A incomparável soberania de Deus 3Inalterado 4Inalterado 5Serviço voluntário à semelhança de Cristo 6Refletindo a glória de Deus 7Servos semelhantes a Cristo 8 Inalterado 9Idolatria evangélica 10Crescimento espiritual contínuo 11Inalterado 12O senhorio de Cristo na vida diária 13Inalterado 14O segredo do contentamento
Assim, o pregador lê, compara e, algumas vezes, modifica os títulos apresentados em muitas Bíblias. É desnecessário dizer que este exercício não deve ser feito na mesma semana em que será pregado o primeiro sermão (principalmente se for escolhido um dos livros grandes do Antigo Testamento para a série de exposições).


Warren Wiersbe. Em suas exposições da carta aos filipenses ele descobriu que a palavra mente aparece 10 vezes e pensar ocorre 5 vezes. Acrescente-se a isto 1 referência a lembrar-se e 16 referências em 4 capítulos que focalizam a mente do cristão (Wiersbe 1985, 15). Com esta visão geral, Wiersbe está apto para fazer uma série coerente, cujo esboço, segundo penso, irá ilustrar claramente este assunto:

FILIPENSES – A mente cristã alegre

I. A MENTE COERENTE – Capítulo 1

Alegria, apesar das circunstâncias Versículo chave: 1.21
1. A comunhão do evangelho – 1.1-11
2. O avanço do evangelho – 1.12-26
3. A fé do evangelho – 1.27-30

II. A MENTE SUBMISSA – Capítulo 2

Alegria, apesar das pessoas Versículo chave: 2.3

1. O exemplo de Cristo – 2.1-11
2. O exemplo de Paulo – 2.12-18
3. O exemplo de Timóteo – 2.19-24
4. O exemplo de Epafrodito – 2.25-30

III. A MENTE ESPIRITUAL – Capítulo 3

Alegria, apesar das coisas Versículos chaves: 3.19, 20
1. O passado de Paulo – 3.1-11
2. O presente de Paulo – 3.12-16
3. O futuro de Paulo – 3.17-21

IV. A MENTE SEGURA – Capítulo 4

Alegria que vence a preocupação
Versículos chaves: 4.6, 7
l. A paz de Deus – 4.1-9
2. O poder de Deus – 4.10-13
3. A provisão de Deus – 4.14-23 (Wiersbe 1985, 25)

PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - I




Esta postagem e as próximas formam um Esboço técnico de como fazer um sermão expositivo preparado pelo Pr. Vamberto Marinho, baseado no livro: “Prega a Palavra – Karl Lachler”.
Portanto junte as informações destas mensagens e mão à obra.

I. ANÁLISE HISTÓRICO-CULTURAL

I. O AUTOR DO LIVRO

1. Quem é o autor (significado de seu nome)?
2. há provas internas ou externas de autoria (veja 1 Coríntios 16.21)?
3. Quais os outros livros que ele escreveu?
4. Quais os outros livros que mencionam seu nome ou feitos?
5. Qual a sua profissão?
6. Que tipo de pessoa ele era (veja Jeremias 1.6)?

II. OS DESTINATÁRIOS DO LIVRO

1. A que grupo racial o livro se dirige (judeus, gentios)?
2. Qual a perspectiva religiosa deles?
3. Que palavra(s) é (são) usada(s) para caracterizá-los?
4. Qual era a posição social deles (pobreza, nobreza)?
5. Quem eram seus Ideares?
6. De que eles viviam (agricultura etc.)?

III. A DATA E A ÉPOCA DO LIVRO

1. Em que ano o livro foi escrito?
2. Que guerra, ação inimiga ou catástrofe natural ameaçava ou aconteceu?
3. Que líder secular dominava o cenário político?

IV. O CONTEXTO GEOGRÁFICO DO LIVRO

1. Quais países e cidades se destacam no livro? Que locais específicos são enfatizados?
2. Que rio(s), montanha(s) ou planície(s) forma(m) o palco onde Deus atua para se revelar?

V. AS CONFIRMAÇÕES ARQUEOLÓGICAS DO LIVRO

Quais objetos ou inscrições arqueológicas confirmam os eventos e/ou personagens do livro?

VI. O CENÁRIO CULTURAL DO LIVRO

1. Quais superstições, tabus ou elementos de magia aparecem?
2. Qual o valor conferido a família?
3. Quais costumes aparecem quanto a alimentação, vestuário, comércio, guerra, religião, idioma etc.?
4. Qual o código ético/moral demonstrado?

VII. O TEMA TEOLÓGICO DO LIVRO

1. Qual o assunto geral do livro (salvação, santificação, julgamento)?
2. Que frase ou combinação de palavras se repete; que tema isto sugere para o livro?
3. Segundo os livros técnicos, qual seu tema?

MATERIAL NECESSÁRIO PARA ESTE PASSO: Concordância, Enciclopédias da Bíblia, Dicionários Bíblicos, Livros sobre a vida dos tempos bíblicos, Introdução do A.T. e do N.T., Comentários bíblicos. Além de fazer isto é mister gastar tempo lendo o livro que será exposto.

COMENDO A PALAVRA




“Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração...” Jr. 15: 16 (ARA).

Não sei se você gosta de pássaros ? Ou conhece o Pica-pau-rei (Campephilus robustus)? Esta ave também é conhecida como pica-pau-soldado e pica-pau-de- cabeça-vermelha, ele é o maior pica-pau brasileiro. A sua refeição preferida são as larvas dos insetos, principalmente besouros encontrados sob a madeira das árvores. Ao encontrar um ponto no tronco que promete ter alimento, o pica-pau-rei começa a martelar fortemente, furando ou lascando a casca para poder explorar o buraco feito por ele. As violentas pancadas com seu bico pontiagudo parecem os golpes de um machado e fazem com que os insetos saiam do buraco.
O verso para nossa meditação fala de comer as palavras ( Palavra de Deus), na verdade essa expressão “ comer as palavras” trata-se de uma Metáfora que significa que o profeta iria estudá-las profundamente, iria analisá-las cuidadosamente. Isso requer tempo e é trabalhoso, mas nós vemos qual o resultado de tal estudo : “ gozo e alegria para o coração”. Muita coisa boa na vida é obtida pelo meio do esforço, por exemplo : se temos que limpar e organizar um local para um acampamento, depois ainda ter que armar as barracas e fazer a fogueira para nos acomodarmos melhor, vamos ser honestos, por mais que sejamos habilidosos isso pede um tempo para ser realizado, porém quando tudo está pronto é uma satisfação e alegria. Do mesmo modo é com o estudo da Bíblia; para realmente conseguirmos aquecer nossos corações com o calor de Cristo “ a luz do mundo” devemos ter um plano diário de estudo da Palavra de nosso Pai do céu e com ele gastar tempo.
O pica-pau-rei nos ensina três lições básicas: 1) Para termos uma alimentação bíblica que realmente vá suprir as nossas necessidades espirituais devemos ir além da casca das árvores ( ou seja, estudar a Bíblia indo além da superfícied do texo, procurar “tesouros escondidos” nas Escrituras); 2) Para fazermos isso devemos ter um tempo e esforço, o pica-pau tem que bater forte para que a casca fure e o alimento saia, igualmente nós, os pesquisadores da Bíblia, devemos gastar tempo para podermos entender as suas partes difíceis e tirar coisas novas das passagens aparentemente já compreendidas;3) como o pica-pau a maioria de nós não deixamos de comer um dia sequer e várias vezes (pelo menos 2), também devemos dedicar períodos do dia para nos alimentarmos da palavra de Deus.
Claro que ao estudarmos a Bíblia devemos pedir a orientação e guia do Senhor Espírito Santo, mas gostaria de destacar nesta meditação a parte humana no processo.

Que possamos seguir o exemplo de diligência e empenho do Pica-pau-rei e sermos estudiosos inteligentes do livro do Senhor, alimentando-se todo dia com esforço das Escrituras Sagradas e seremos ricamente abençoados. Amém.

16/02/2011

TRANSUBSTANCIAÇÃO - I


A CEIA DO SENHOR OU O SACRIFÍCIO DA MISSA?
UMA BREVE ANÁLISE HISTÓRICO-TEOLÓGICA SOBRE O
DOGMA DA EUCARISTIA

Pr. YURE GARCIA

Nenhuma outra questão no protestantismo, desde os primórdios deste movimento, ofereceu tantas dificuldades teológicas como a questão dos sacramentos. Todo o protesto da Reforma opunha-se fundamentalmente ao sistema sacramental do catolicismo romano. Em especial, a controvérsia em torno do Sacrifício da Missa e da Ceia do Senhor foi o mais longo e mais grave dos conflitos que eclodiram entre os seguidores da Reforma Protestante. Historicamente, este debate criou e continua criando separação entre vários grupos cristãos. Portanto, este é um assunto que, ao mesmo tempo, une ou divide a cristandade.

Breve Histórico

A eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica Romana. A ceia do Senhor foi celebrada na forma original por doze séculos, mas no ano de 1200 A.D. o romanismo substituiu o pão sem fermento pela "hóstia sagrada".
No Concílio de Latrão em Roma (1215-1216 A.D.), o papa Inocêncio III deturpou as palavras figuradas de Cristo registradas no quarto evangelho "Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue" criando o dogma da Transubstanciação. Em 1414-1415 A.D., no Concílio de Constança o papa João XXIII, retirou o vinho da cerimônia e as igrejas passaram a servir aos fiéis somente a hóstia, contrariando claramente a ordenança bíblica e o costume da igreja pós-apostólica de ministrar a ceia sob os dois emblemas, pão e vinho, como se percebe ao analisar os documentos patrísticos do primeiro século da era cristã. O Concílio de Trento (1545-1563 A.D.), em 1551, deu o golpe final contra a Ceia do Senhor, esclarecendo e aprovando definitivamente o dogma da Transubstanciação.
O que os cristãos modernos chamam normalmente de Santa Ceia, a igreja primitiva chamava de Eucaristia. A palavra "eucaristia" etimologicamente significa ação de graças. Pode ser considerado um nome judeu, uma vez que procede do termo original dado às orações de gratidão feitas por ocasião das refeições. A ceia judaica, portanto, é a primeira referência acerca do contexto original da eucaristia. Os teólogos católicos ainda hoje debatem entre si sobre a correta aplicação desse termo no "santíssimo sacramento". Além do Novo Testamento (NT), três escritores fazem referência à Ceia do Senhor em épocas anteriores à de Irineu. Dentre esses, o autor do Didaquê nos descreve a situação do cristianismo mais primitivo com uma liturgia simples de ação de graças. Os outros dois assumem um caráter bem mais místico. Segundo Inácio, a ceia é um "remédio de imortalidade e antídoto para não morrer, mas sim viver eternamente" (Aos Efésios, 20). Justino, por sua vez, concluiu: "pois não recebemos isto [a eucaristia] como se fosse pão ou bebida comum, antes, assim (...) é a carne e o sangue daquele Jesus que se fez carne por nós" (Apologia, 66).

Fica difícil decidir até que ponto essas concepções emanaram da influência das religiões de mistério, com sua idéia mitológica de que o participar de uma refeição com um deus significa tornar-se participante da natureza divina. Quando na época da festa de Corpus Christi, o "Santíssimo Sacramento" é levado às ruas em procissão dentro de uma patena de ouro representando o sol. Nisto, pode-se constatar uma flagrante analogia com as religiões pagãs da antiguidade. Conta-se que a deusa Ceres era adorada como a "descobridora do trigo" e representada com uma espiga nas mãos que correspondia à deusa Mãe e seu filho. O filho de Ceres, que se encarnara no trigo, era o deus Sol. Compare com a doutrina católica da transubstanciação que transformara Jesus num pedaço de pão de trigo no formato arredondado do sol, cujo ostensório também tem um desenho com raios solares.
A maioria dos adeptos da Reforma entendeu que o pão e o vinho apenas simbolizavam o corpo e o sangue de Cristo, negando a "presença real" nos elementos. Na época, o primeiro a propor essa interpretação de maneira fundamentada, foi o holandês Cornelisz Hendricxz Hoen. Os principais defensores da concepção simbólica da Santa Ceia foram: André Karlstadt, professor e colega de Lutero em Wittenberg; os reformadores suíços Ulrico Zwínglio, em Zurique, e João Ecolampádio, em Basiléia; e o teólogo leigo Gaspar Schwenckfeld, na Silésia (Alemanha).
Em seus escritos, Martinho Lutero refutava tanto a solução escolástica do problema, i.e., o dogma da transubstanciação, como a doutrina atribuída ao teólogo inglês João Wyclif, de que na Santa Ceia haveria mero pão e vinho.
As oblações eucarísticas de pão e vinho oferecidos a Deus, eram consideradas pela igreja romana como o "sacrifício puro". Diversos foram os fatores que contribuíram para o desenvolvimento de uma compreensão realista da Ceia do Senhor como sacrifício:
A luta contra o docetismo (gnosticismo cristão) trouxe, como conseqüência, uma ênfase crescente a realidade da paixão de Cristo retratada na Ceia;
O fato sempre presente do martírio cristão intensificava o sentido sacrifical da eucaristia;
O cristianismo surgiu num mundo em que as concepções sacrificais eram comuns em quase todas as religiões;
A presença do sacerdote como mediador entre Deus e o povo pressupunha a necessidade implícita de um sacrifício.

Contudo, foi apenas no tempo de Cipriano que a concepção da ceia como um sacrifício real oferecido a Deus pelo sacerdote, alcançou o estágio pleno do seu desenvolvimento. Segundo ele, a função do sacerdote é "servir ao altar e celebrar os sacrifícios divinos" (Cartas, 67:1). Na missa, o sacerdote atua in persona Christi, i.e., assumindo ativa e deliberadamente o lugar de Cristo. Na época de Tertuliano, o sacrifício eucarístico também era celebrado em comemoração e a favor dos mortos.
Os pontos centrais da teologia católica da eucaristia, já estavam estabelecidos por volta do ano 253 A.D., apesar de muitos pormenores ainda hoje estarem obscuros na mente da comunidade laica em geral.

Principais Concepções Sobre A Ceia Do Senhor

Concepção Católica Romana Tradicional

Divide-se em basicamente três princípios:
1o – A transubstanciação é a doutrina de que quando o sacerdote oficiante consagra os elementos, ocorre uma verdadeira mudança metafísica. As substâncias do pão e o vinho – o que de fato são – transformam-se respectivamente na carne e no sangue de Cristo. Nota-se que a mudança é na substância ou na essência, não nos acidentes. Assim, o pão e o vinho mantêm as suas formas originais, a textura, o sabor, etc. Mas o Cristo por inteiro está plenamente presente em cada uma das partículas da hóstia. Todos os que participam da Ceia do Senhor, ou da santa eucaristia, como é denominada, ingerem literalmente o corpo físico e o sangue de Cristo.

2o – A ceia abrange um ato sacrifical. Na missa um sacrifício real é novamente oferecido por Cristo em favor dos adoradores. É um sacrifício (gr. thysia) no mesmo sentido em que foi a crucificação. No culto da Igreja de Roma o sacrifício da missa é o ponto central.

3oSacerdotalismo: a idéia de que um sacerdote devidamente ordenado deve estar presente para consagrar a hóstia.
*Suma: O pão e o vinho são o corpo e o sangue físico de Cristo.

Concepção Luterana
Manteve a concepção católica de que o corpo e o sangue de Cristo estão fisicamente presentes nos elementos. Mas Lutero negou o dogma da transubstanciação. As moléculas não são transformadas em carne e sangue, mas o corpo e o sangue de Cristo estão presentes "em, com e sob" o pão e o vinho. Ë o que se conhece hoje sob o termo de consubstanciação, o qual, na realidade, não foi inventado por Lutero, apesar de muitos estudiosos atribuírem-no a ele. Lutero rejeitou o conceito da missa como um sacrifício e a idéia do sacerdotalismo.
*Suma: O pão e o vinho contêm o corpo e o sangue físico de Cristo.

Concepção Reformada ou Calvinista
Cristo está presente na ceia, mas não em forma física ou corpórea, antes, sua presença no sacramento é espiritual e/ou dinâmica. Segundo Calvino, assim como o sol permanece no céu, e seu calor e luz atingem a Terra, Cristo também estando no céu, se faz presente na ceia como influência real. Há um genuíno benefício objetivo no sacramento.
*Suma: O pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue de Cristo.

Concepção Zwingliana
A ceia do Senhor é apenas uma comemoração, um memorial. Possui um caráter simbólico e representativo. Esta idéia costuma ser associada à Ulrich Zwinglio. O valor do sacramento está simplesmente em receber pela fé os benefícios da morte de Cristo. Assim, a ceia é, em essência, uma comemoração e um memorial do sacrifício do Senhor Jesus Cristo.
*Suma: O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Cristo.

Declarações da Igreja Católica Romana sobre a Eucaristia, extraídas do seu Catecismo Oficial

"O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício". (p. 376)
uma só e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere". (p. 376)
"E porque neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta [com sangue] no altar da cruz, está contido e é imolado de maneira incruenta [sem sangue], este sacrifício é verdadeiramente propiciatório". (p. 377)
"No santíssimo sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo". (p. 379)
Pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância do Seu Sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão transubstanciação". (p. 380)
"Com efeito, toda vez que é celebrado este mistério [a eucaristia], opera-se a obra da nossa redenção". (p. 389)
"Visto que Cristo mesmo está presente no sacramento do altar, é preciso honrá-lo com um culto de adoração". (p. 390)
"A Igreja Católica professou e professa este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia, (...) expondo-as [as hóstias] aos fiéis para que as venerem com solenidade". (p. 380, 381)
Pode-se inferir a partir dessas declarações incisivas, as seguintes conclusões a respeito da concepção católica sobre a ceia do Senhor:

A eucaristia é um sacrifício real e propiciatório, para a expiação de pecados, para a reconciliação com Deus e para assegurar as bênçãos providenciais e graciosas de Suas mãos;
O que é oferecido na missa é o Cristo todo, seu corpo, alma e divindade, tudo que está presente fisicamente sob a forma de pão e vinho. O sacrifício eucarístico, portanto, é equivalente ao sacrifício da cruz, sendo aquele (o da missa) uma constante repetição deste (o da cruz);
Cristo se ofereceu uma vez na cruz, e Ele se oferece diariamente na missa por mediação do sacerdote que "cria Deus" na hóstia.

CONCLUSÃO
A Ceia do Senhor é um memorial da morte de Cristo e de seu caráter sacrifical em nosso favor, um símbolo de nossa ligação vital com o Senhor e um testemunho de Sua segunda vinda. Quando ministrada de modo adequado, a Santa Ceia é um canal para inspirar a fé e o amor do crente, à medida que ele volta a refletir sobre a maravilhosa realidade da morte e ressurreição do Senhor e sobre o fato de que os que nEle crêem têm a vida eterna.
Como, portanto, entender a Ceia do Senhor? Como um momento de relacionamento e comunhão com Cristo. Devemos pensar na ordenança não tanto como uma "presença real" de Cristo, mas, sobretudo como uma promessa e potencial de um relacionamento mais íntimo com Ele.
O efeito da ceia no crente deve ser proporcional à fé demonstrada pela pessoa e de sua reação ao que se apresenta no rito. Por isso, uma compreensão correta do significado da Santa Ceia do Senhor e uma resposta apropriada de fé são extremamente necessárias e indispensáveis para que seja alcançada toda a eficácia desta ordenança sagrada instituída e estabelecida pelo próprio Senhor, "até que Ele venha".

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETTENSON, H. Documentos da igreja cristã. ASTE: São Paulo: 1998.
CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. Vida Nova: São Paulo, 2004.
Catecismo Oficial da Igreja Católica Romana
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CHAMPLIN, Russel N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol V. Hagnos: SP, 2001.
ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática.Vida Nova: São Paulo, 1992.
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Hagnos: São Paulo, 2001.
Martinho Lutero: obras selecionadas
. Vol IV. Comissão Interluterana de Literatura. São Leopoldo – RS, 1993.
MARTINS, Raphael Gioia. Ceia ou missa? À luz da bíblia e da história. Livraria Independente Editora: São Paulo, 1962.
Nisto Cremos. Ed. Rubens Lessa. Casa Publicadora Brasileira: Tatuí – SP, 1990.
SKARSAUNE, Oskar. À sombra do templo: as influências do judaísmo no cristianismo primitivo. Editora Vida: São Paulo, 2001.
TILLICH, Paul. A era protestante. Ciências da Religião: São Paulo, 1992.
WALKER, Williston. História da igreja cristã. JUERP/ASTE: Rio de Janeiro e São Paulo, 1983.

SOBRE A POSIÇÃO DE ORAR





Algumas pessoas no desejo de obedecer estritamente o que Deus ordena têm tomado textos sobre a oração de joelhos da Bíblia e do Espírito de Profecia e tentado provar que somente de joelhos a oração é aceitável a Deus.
Ora, um texto, fora do seu contexto só dá margem a um pretexto, por isso faremos neste breve estudo uma abordagem visando dar uma visão geral do assunto na Palavra de Deus e no Espírito de Profecia, a fim de que a compreensão correta possa ser conseguida por todos e os pontos de vista unilaterais sejam abandonadas.
O que precisamos saber está no roteiro que seguiremos nestes estudos:
I - O que a Bíblia diz.
II - O que E.White diz.
III - O que E.White fazia:
IV - Um caso especial em M.E. vol.11,311.
- A conclusão
I - O QUE A BÍBLIA DIZ
A Bíblia é quem estabeleceu a nossa doutrina, por isso precisamos saber sua posição sobre o assunto em primeiro lugar, ela no ensina a orar em várias posições:
1. De joelhos - conforme o exemplo de vários personagens bíblicos. Veja Dan.6:10, I Cor.14:25; Esdras 9:5; Lucas 22:41 Atos 7:60, etc.
2. Em pé - conforme outros exemplos, que na maioria das vezes são esquecidos.
a) Simeão orou em pé. Lucas 2:27-35
b) Jesus ao ressuscitar Lázaro orou em pé. João 11:41-42.
c) Ana orou em pé. I Samuel 1:9,10 ( a versão da Bíblia Almeida Atualizada é mais clara).
O fariseu e o publicano justificado oraram em pé e Deus não olhou a posição física, mas o estado do coração. Lucas 18:11-14.
Aliás ao Jesus contar esta História mostrou que era normal, na sua época, os homens orarem no templo em pé.
e) Salomão fez a benção inicial no templo em pé. I Reis 8:14 e II Crôn.6:3
f) Salomão fez a benção final no templo em pé. I Reis 8:55-61
g) Durante a oração Salomão estava de joelhos (II Crôn.6:13)mas, o povo ficou em pé e só ajoelhou quando caiu fogo do céu como sinal de que Deus ouviu a oração. II Crôn.7:1-3. Os sacerdotes e os cantores estavam em pé. II Crôn,7:6
h) Neemias que orou a Deus diante do Rei Artaxerxes, estava em pé. Neemias 2:4.
Estas orações foram feitas em pé e Deus as ouviu, mesmo quando feitas no templo.
II Vejamos agora o que E.White diz.
O QUE E.WHITE DIZ (Como regra geral)
"Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o habito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando, e quando ocupados com os trabalhos diários". A Ciência do Bom Viver, pág. 511.
Portanto ela diz:
a) Nem sempre é preciso estar de joelhos para orar. Veja ME, 266:1.
b) Pode-se orar a sós sem ajoelhar. CBV, 511 C. Cristo, 99.
c) Pode-se orar caminhando pelas ruas em meio ao barulho do povo. CBV,511; Obreiros Evang. 258 C. Cristo 99.
d) Pode-se orar trabalhando em meio a transações comerciais e o barulho das máquinas. CBV,511 C. Cristo 99; O.E.,258.
III - O QUE E.WHITE FAZIA:
a) Orava na igreja de joelhos. ME III, 267:2.
b) Orava com a igreja sentada. ME 111,267:3 e ME, I, 147.
c) Orava com a igreja em pé. ME III, 268:1 a 270
IV - UM CASO ESPECIAL
Porque então em Mensagens Escolhidas, vol.II, pág,311 é declarado a alguém que orou em pé:
"Prostre-se de joelhos! Esta é sempre a posição apropriada". 2ME, 311.
"Quando em oração a Deus, a posição indicada é prostrada de joelhos” 2ME, 11, 312.
a) Esta não é sempre a posição apropriada como já vimos pela Bíblia e pelas declarações e exemplos da própria E.White.
b) Ela estava repreendendo alguém que fora educado em Battle Creek e de lá vinha um espírito de desafio à obra e falta de reverência.
Lá as influências como as do Dr. J.H. Kellog diziam que Deus era uma energia que permeava a natureza. Note como ela relaciona a postura da pessoa que orou com Battle Creek e os professores do Colégio. 2ME, 311:1; 313:2 e 314:2. Na realidade aquela pessoa que orou em pé era apenas um representante de uma filosofia que estava existindo em Battle Creek, daí a denúncia. "E quando vos reunis para adorar a Deus, não deixeis de vos prostrar de joelhos diante dele". 2ME, 314.
c) O que realmente importava era a humildade interior, pois o exemplo que a irmã White usa nesse mesmo trecho do seu escrito, é o de Lucas 18:9-12. O fariseu estava em pé com o coração exaltado. Ela nos aconselha a nos prostrar como o publicano que apesar de ficar em pé fisicamente estava prostrado interiormente, e desceu justificado. Mens.Escolhidas II,313:3,4 e 314:0; Parábolas de Jesus, 151.
d) O objetivo era combater a imponência e o espírito irreverente que estava sendo cultivado por pessoas de B.Creek e não era intenção dar regra geral.
e) Por outro lado ela mesma, muitas vezes declarou que podemos orar, andando, trabalhando, ou mesmo quando a sós sem ajoelhar,etc. Veja Mens. Esc.II,316:2,3,4.
f) Ela mesma orou muitas vezes com toda congregação em pé ou sentada. Veja ME. III, 26.
Conlusão:
1. A Bíblia autoriza orar em pé como vimos Luc.18:11-14 (O Publicano orou em pé).
2. E.White declara que nem sempre é preciso estar de joelhos. C.C. 99.
3. Ela dizia poder-se orar, andando, trabalhando ou a sós sem ajoelhar. CBV.511
4. Ela mesma orou em pé e com a igreja sentada e ajoelhada.
5. Em Mens.Escolhidas II, 311 é relatado um caso especial de pessoas que alimentavam a importância e exaltação própria em B.Creek e o irmão que orou estava imbuído dessa orientação.
Além do mais nessa mesma ocasião ela cita a oração do fariseu e do publicano, dizendo que não devemos imitar o fariseu, mas o publicano e este estava fisicamente em pé.
6. A igreja ASD faz a oração principal de joelhos, mas durante o culto, admite oração em pé e sentados, em harmonia com a Bíblia e o Espírito de Profecia quando entendidos da maneira correta.
Se a oração é a respiração da alma não devemos limitar a oração para quando estivermos de joelhos, mesmo quando na igreja.
Oremos sem cessar, andando, sentados, em pé ou de joelhos, onde quer que estivermos. I Tess.5:17.
Pr. Demóstenes Neves – SALT/IAENE

15/02/2011

O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO NAS GRANDES CIDADES




- Alguns dados importantes
- em 1850, menos de 3% da população mundial vivia em cidades.
- No ano 2000 estima-se que mais de 50% da população viverá nas cidades
- Em 1950 havia somente sete cidades com mais de 5 milhões de habitantes
- No ano 2000 estima-se que 93 cidades terão mais de 5 milhões de habitantes e mais de 300 terão um milhão ou mais de habitantes
- 80% das megalópoles estarão na Ásia, África e América Latina
I. A TEOLOGIA DA CIDADE

1. As cidades na Bíblia
a) Sinônimos de maldade e pecaminosidade
- Sodoma e Gomorra
- Babilônia, a real e a simbólica
b) A atitude de Deus para com as cidade
- Desejo de que se arrependam e se salvem – Jonas 4:11
- Jesus chorou sobre Jerusalém – S. Mateus 23:37
- Possibilidade de salvação através da oração intercessória dos justos – Gênesis 18:22-23
II. ELLEN WHITE E A PREOCUPAÇÃO PELAS CIDADES

1. Uma tarefa prioritária à qual não se dava a devida importância
“Trabalhai pelas cidades sem demora pois o tempo é curto. O Senhor tem posto essa tarefa diante de nós nos últimos 20 anos ou mais. Algo tem sido feito em uns poucos lugares, porém se poderia fazer muito mais. Tenho uma carga que me oprimi dia e noite pelo pouco que se faz para admoestar aos habitantes de nossos grandes centros populacionais, acerca dos juízos que cairão sobre os transgressores da lei de Deus”. Carta 168, 1909
“Olhai nossas cidades e suas necessidades do evangelho. A necessidade de trabalhar fervorosamente entre as multidões das cidades me tem sido mostrada por mais de 20 anos. Quem está levando uma carga por nossas grandes cidades?” General Conference Bulletin 1909, pp. 136, 137

2. Alguns métodos e estratégias sugeridas
a) Eleger homens de capacidade especiais
“O Senhor deseja que proclamemos, com poder, a mensagem do terceiro anjo, nestas cidades. Não podemos, por nós mesmos, exercitar este poder. Tudo quanto podemos fazer é escolher homens capazes e instar para que vão a tais lugares de oportunidade...”
“A habilidade de orador que possui o pastor Prescott é necessária para apresentar a verdade nas zonas urbanas. Quando a verdade for apresentada nas zonas urbanas, as zonas rurais se tornarão receptivas a ela e realizar-se-á uma obra extensa.” Carta 168
b) Iniciar a evangelização em várias frentes
- A missionologia moderna a denomina “estudos de receptividade e resistência”
“Agora é o momento oportuno de evangelizar as cidades. Temos que alcançar o povo que nelas reside... Agora, nas principais cidades deve ser despertado o interesse. Muitos pequenos centros devem ser estabelecidos, de preferência a alguns poucos grandes...” Evangelismo, p. 78
c) Estabelecer bem a igreja antes de mover-se a outro lugar
“Nas séries de conferências realizadas nas grandes cidades, a metade do trabalho se perde porque eles (os obreiros) encerram as atividade muito cedo e vão para outro território novo... A pressa em encerrar logo uma série de conferências tem produzido, muitas vezes, grandes perdas.” Evangelismo, p. 42
d) Fazer um estudo das necessidades da população
“Não menos de sete homens devem ser escolhidos, para que assumam as grandes responsabilidades da obra de Deus nas cidades populosas... Qual deve ser o trabalho destes homens sete homens? Devem investigar as necessidades das cidades e empregar os mais decididos e fervorosos esforços no sentido de desenvolver a obra.”

“Quem dera que pudéssemos ver as necessidades destas grandes cidades como Deus as vê! Devemos planejar colocar nestas cidades homens capazes...” Evangelismo, pgs. 37-38

CONCLUSÃO
- A Sagradas Escrituras apresentam a preocupação da Divindade pelas grandes cidades
- Esta preocupação é confirmada pelo Espírito de Profecia
- A tendência atual da população mundial de centrar-se mais e mais nas grandes cidades, faz com que a preocupação da Igreja também se manifeste no evangelismo urbano
- Em abril de 1990 a Associação Geral organizou o Instituto para a Missão Urbana. O propósito desse departamento foi estabelecido no acordo a AG:

1. Estudar seriamente o evangelismo urbano, a natureza da vida na cidade e seus resultados.
2. Dar apoio e animar projetos missionários que tenham como alvo as áreas urbanas ainda não alcançadas.
3. Prover materiais e informações para os ministros urbanos e suas igrejas.

General Conference 1990: 89/136

FONTE: Instituto de Crescimento de Igrejas do SALT-IAENE

ALCANÇANDO MENTES SECULARIZADAS




ALCANÇANDO OS SECULARIZADOS COM O EVANGELHO

- Um dos grandes desafios da evangelização contemporânea é como alcançar as grandes massas de indivíduos secularizados.
- Há vários princípios que estudamos neste curso que se aplicam a este tipo de evangelização.

I. PRINCÍPIOS MISSIONÁRIOS QUE SE APLICAM À EVANGELIZAÇÃO DOS SECULARIZADOS
1. O princípio da adaptação ou “contextualização”:
- O princípio bíblico: I Coríntios 9:19-23
- Declaração de Ellen G. White:
“Alguns dos que se empenham na obra de salvar almas, deixam de obter os melhores resultados, porque não executam cabalmente a obra que iniciaram com muito entusiasmo. Outros se apegam tenazmente a idéias preconcebidas, dando-lhes preeminência, deixando por isso de conformar seus ensinos com as necessidades reais do povo. Muitos não compreendem a necessidade de se adaptarem às circunstâncias, e ir ao encontro do povo. Não se identificam com aqueles a quem desejam auxiliar em atingir a norma bíblica do cristianismo”. Obreiros Evangélicos, p. 381
Vários conceitos nestas declarações:
a) adaptação do ensino
b) adaptação às circunstâncias
c) levar em conta as necessidades das pessoas
d) ir ao encontro das pessoas onde estão
e) identificar-se com aqueles que se deseja alcançar
2. O princípio da “encarnação”
- encontrar a pessoa onde está
- pensar de acordo com o ponto de vista deles
- levar em conta as necessidades que eles têm, não as que achamos que tenham

II. AS NECESSIDADES DAS PESSOAS COMO PONTO DE PARTIDA PARA A EVANGELIZAÇÃO DOS SECULARIZADOS
1. O conselho inspirado de levar em conta as necessidades das esposas a quem queremos evangelizar
“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’.” A Ciência do Bom viver, p. 143
“Qual deve ser o trabalho destes sete homens? Devem investigar as necessidades das cidades e empregar os mais decididos e fervorosos esforços no sentido de desenvolver a obra.” Evangelismo, pgs. 37-38

2. O conselho dos que trabalham pelos secularizados
- Mark Finley, destacado evangelista nos centros secularizados da Europa:
“Se desejamos fazer um trabalho efetivo para Deus ao buscar homens e mulheres e ganhá-los para o Salvador, nosso ministério deve realizar-se nas áreas onde se encontram as necessidades mais sentidas das pessoas.” Meeting the Secular Mind, p. 104

3. Que tipo de necessidades pode atingir a igreja
a) Necessidades físicas, mentais, espirituais e sociais. Aproximação “holística”
- Imitando o modelo, Jesus Cristo S. Mateus 9:35, 36,S. Lucas 4:18-22
b) Outras necessidades percebidas pelo próprio indivíduo
- Sugestão de Packer e Howard em Christianity the True Humanism.

1) Necessidade de identidade
2) Necessidade de auto estima
3) Necessidade de dignidade
4) Necessidade de saúde
5) Necessidade de esperança
6) Necessidade de liberdade
CONCLUSÃO

Ao preparar a agenda para evangelizar aos secularizados, não podemos dar prioridade às necessidades que nós percebemos com respeito a eles: necessidades de redenção, de perdão, de Cristo.
Temos que aprender a ver as necessidades como eles as vêem e tratar de solucioná-las, não como “iscas” para a evangelização, senão como “quem deseja seu bem”.
Neste caso estudaremos imitando o Modelo, Cristo e Sua estratégia para alcançar as pessoas.


FONTE: Instituto de Crescimento de Igrejas do SALT-IAENE

O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO




O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO DA IGREJA
VENCENDO OS OBSTÁCULOS INTRANSPONÍVEIS COM O PODER DE ESPÍRITO SANTO

- Gigantes e montanhas representam os grandes obstáculos na história do povo de Deus do passado.
- Contemplando da perspectiva contemporânea, poderíamos pensar que os atos heróicos do passado, parecem mais adequados para histórias de crianças.
a) Davi e Golias – I Samuel 17: 45-47
b) Outros gigantes – II Samuel 21: 15-22

I. GIGANTES E MONTANHAS NA HISTÓRIA DO POVO DE DEUS
1. Os gigantes na terra prometida
- Os dez espias sem fé, medindo suas próprias forças disseram: “não poderemos”, “seremos devorados”- Números 13: 31-33
- Josué e Calebe, confiando no poder de Deus, disseram: “sim, poderemos”, “podemos devorá-los”- Números 14: 6-9
2. A montanha frente a Zorobabel:
- O povo de Deus proibido de reconstruir por uma ordem imperial – Esdras 4:16-24
- As ordens governamentais proibindo o avanço da Igreja são como que barreiras inexpugnáveis
- Deus tinha outros planos e os fez saber por meio dos profetas Ageu e Zacarias – Esdras 5:1, 2
- A profecia de Zacarias fazia alusão a uma montanha que seria aplainada – Zacarias 4: 6-9
- Toda a profecia traz a segurança do Espírito como uma fonte inesgotável de poder para resolver os problemas do povo de Deus – Zacarias 4: 1-5
- O Espírito trabalhou na mente de um rei pagão e uma lei da media-persia foi mudada – Esdras 6: 7-12
II. MONTANHAS E GIGANTES PARA A IGREJA CONTEMPORÂNEA
1. O gigante da evangelização
- Parece totalmente superior a nossas forças
- Mais de 2000 grupos populacionais com mais de 1.000.000 habitantes ainda não alcançados (ver estatísticas)
- A maior parte dos desafios estão em lugares onde os obstáculos parecem intransponíveis:

a) Países comunistas e ateus:
- Rússia – 46 grupos de 1.000.000
- China – 900 grupos de 1.000.000
b) Países com outras religiões nacionais
- Bangladesh – 85 grupos
- Japão – 39 grupos
- Tailândia – 22 grupos
- Vietnã – 56 grupos
c) Países do Oriente Médio: o desafio árabe e islâmico
- Etiópia – 32 grupos
- Egito – 41 grupos
- Irã – 51 grupos
- Iraque – 14 grupos
- Arábia Saudita – 15 grupos
- Sudão – 19 grupos
- Síria – 11 grupos
- Turquia – 54 grupos
2. O gigante da santificação
“Cristo está aguardando com desejo anelante a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá reclamá-los como Seus.” Maranata, 110
III. SINAIS DE QUE O ESPÍRITO SANTO ESTÁ TRABALHANDO ENTRE NÓS
1. A obra em países que até agora estavam fechados ao evangelho
- A história na União Soviética
- A história na China
CONCLUSÃO
- A obra triunfará gloriosamente, porque é controlada pelo Espírito Santo
- “A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser coobreiros de Deus, com ela triunfarão.” Testemunhos Seletos, vol. III, pgs. 352-353

Fonte: Instituto de Crescimento de Igreja do SALT-IAENE

14/02/2011

VIDA EM DISCIPULADO




VIDA EM DISCIPULADO

Material preparado pelo Pr. Josanan Júnior - Departamental de Mordomia e ministerial da Missão Nordeste

OBJETIVO

Lançar uma estrutura que proporcione um crescimento saudável na igreja e que leve todos os membros a trabalharem de maneira integrada em ministérios.

O projeto está baseado em 8 princípios básicos de crescimento de igrejas, são eles:

1- Liderança visionária e capacitadora.

Esse ponto visa proporcionar oportunidades aos líderes para levá-los a visão espiritual de crescimento e a ter momentos espirituais. Com capacidade de gerar entusiasmo e concentrar seus esforços em qualificar outros irmãos para o serviço.

Na prática: - Retiro Espiritual para líderes
- Jornada Espiritual III
- Leitura semanal de livros texto


Apoio Bíblico:
Efésios 4:11-12
2Timóteo 2:2

Apoio Espírito de Profecia:
“Os ministros não devem fazer o trabalho que pertence à igreja, cansando a eles mesmos e impedindo outros de realizar seu dever. Eles deveriam ensinar os membros como trabalhar na igreja e na comunidade”.
Historical Sketches of the Foreigh Mission of the S. D. A., 291.

“A melhor ajuda que os ministros podem dar aos membros de nossas igrejas não é sermonizar, mas planejar trabalho para eles. Dê a cada um algo a fazer por outros”.
Testimonies the Church, vol. 9, 82.

“Esse é o tipo de disciplina que tem sido tristemente negligenciada em muitas de nossas igrejas. O tempo e o labor de nossos ministros não têm sido gastos na melhor maneira calculada conservar as igrejas em uma condição saudável de crescimento. Se menos tempo tivesse sido gasto em sermonizar, e mais em educar o povo para trabalhar de maneira inteligente, haveria agora mais obreiros para entrar nos campos como missionários, e muitos talentos nos vários ramos da obra”.
Review and Herald, August 24, 1886.

2- Ministérios orientados pelos dons e necessidades.

Esse ponto visa reduzir a tarefa dos líderes para que eles possam ajudar os membros a encontrar e reconhecer os dons que Deus lhes deu, e a encontrar um serviço de acordo com tais dons.

Na prática: - Realizar teste para descobrir os dons de todos os membros.
- Formar equipes que possam planejar, treinar e acompanhar ministérios para cada membro segundo os seus dons.
- Criar em cada igreja a classe de discipulado permanente.


Essas classes serão divididas em quatro estágios permanentes na igreja:
Classe de nível 1- Ensina a conhecer a Cristo e a descobrir o discipulado, seria a classe bíblica permanente que tem como objetivo levar os visitantes a tomar a decisão de se tornar um membro.

Classe de nível 2 – Tem como objetivo o crescimento dos novos membros em Cristo, seria a classe pós-batismal que levaria o novo membro a maturidade espiritual.

Classes de nível 3 e 4 – Ajuda os irmãos maduros a descobrirem os dons e as possibilidades de ministérios. O objetivo é que os participantes sirvam a Cristo e se tornem ativos em algum ministério.
Apoio Bíblico: Efésios 4:11-12 e 1Pedro 4:10

Apoio Espírito de Profecia:
“Só o método de Cristo terá verdadeiro sucesso em alcançar as pessoas. O Salvador misturava-se com as pessoas como alguém que desejava-lhes o bem, atendia às suas necessidades, e ganhava sua confiança. Então ordenava-lhes: ‘Segue-me’”.
Ciência do Bom Viver, 143.
“Muitos não têm fé em Deus e perderam a confiança no homem. Mas apreciam ver atos de simpatia e prestatividade. Ao verem alguém sem qualquer incentivo de louvor terrestre ou compensação, aproximar-se de seus lares, ajudando os enfermos, alimentando os famintos, vestindo os nus, confortando os tristes e ternamente chamando a atenção para Aquele de cujo amor e piedade o obreiro humano é apenas mensageiro – ao verem isto, seu coração é tocado. Brota a gratidão, e fé é inspirada. Vêem que Deus cuida deles, e ao ser Sua Palavra aberta, estão preparados para ouvi-la.”
Medicina e Salvação, 247

“Cada igreja deveria ser uma escola de treinamento para os alunos cristãos. Seus membros deveriam ser ensinados em como dar estudos bíblicos, como conduzir e ensinar classes de Escola Sabatina, como melhor ajudar o pobre e cuidar do enfermo, como trabalhar pelos não convertidos... Não deveria apenas haver ensino, mas trabalho sob instrutores experientes. Saiam os professores a trabalhar entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão de seu exemplo”.
Ciência do Bom Viver, 148-149.

“A maior causa de vossa enfermidade espiritual como um povo é a falta de fé genuína nos dons espirituais. Se todos eles recebessem esse tipo de testemunho em completa fé, removeriam aquelas coisas que desagradam a Deus, e todos se uniriam em união e força. E três quartos do trabalho ministerial agora usado para ajudar as igrejas poderiam ser poupados para a obra de plantar igrejas em novos campos”.
Adventist Review and Sabbath Herod, 14 January, 1868.

3 – Espiritualidade Contagiante

Esse ponto visa combater os males comuns a igreja de Laodicéia, levando a igreja a ter momentos de verdadeira comunhão e transformação e a tornar a igreja “desejável” a quem procura um contato intimo com Deus.

Na prática: - Pregar sobre justificação pela fé para combater o legalismo
- Pregar sobre laodicéia para levar a igreja a sentir necessidade de comunhão e dependência.
- Desenvolver projetos de devoção pessoal
- Criar um calendário homilético visando atender os temas necessários a um reavivamento.
- Estabelecer datas para que os membros na igreja e nos PG´s tenham retiros espirituais.
- Semana de oração com ênfase nesse ponto

Apoio Bíblico:
Marcos 12:30
Lucas 16:13

Apoio Espírito de Profecia:
“Quando possuirmos certeza clara e evidente de nossa salvação, manifestaremos a satisfação e alegria, próprias de todo seguidor de Jesus Cristo. A enternecedora, subjugante influência do amor de Deus comunicada à vida prática, produzirá sobre o espírito de outros impressões que serão um cheiro de vida para vida. Mas caso seja manifestado um espírito áspero, acusador, desviará muitas almas da verdade para as fileiras do inimigo. Solene pensamento! Lidar pacientemente com o tentado requer que combatamos contra o próprio eu.”
Evangelismo, 630-631.

4- Prioridades segundo a ordem bíblica

Esse ponto visa direcionar o trabalho e a visão de toda a igreja para prioridades bíblicas, que são: 1º Meu compromisso com Cristo, 2º Meu compromisso com o lar e com a igreja de Cristo e 3º Meu compromisso com a obra de Cristo. Cada ministério da igreja deve estar trabalhando com essas prioridades em mente.

Na prática: - Unificar o calendário de atividades dos departamentos,
visando um ajudar o outro a “priorizar as prioridades”.
- Marcar seminários para discutir prioridades bíblicas e estruturas
funcionais.
- Divulgar as conquistas do plano e estabelecer um processo de avaliação contínua

Definição: É assegurar que os programas, tradições e ministérios estão funcionando de maneira eficaz e coordenada para se alcançar os propósitos e objetivos da igreja.

Apoio Bíblico: Efésios 4:11-12 E 1Corintios 14:40

Apoio Espírito de Profecia:
“Satanás está sempre trabalhando para ter o serviço de Deus degenerado a uma forma entediante a fim de torná-lo impotente para salvar almas. Enquanto a energia, seriedade, e eficíência dos obreiros se tornam amortecidos pelos esforços de ter tudo tão sistemático, exaustivo esforço que precisa ser feito por nossos ministros para manter esse mecanismo tão complicado em movimento, absorve tanto tempo, que o trabalho espiritual é negligenciado. E com tantas coisas por fazer, essa obra requer tanta quantidade de meios que outros ramos da obra se enfraquecem e morrem por falta da devida atenção”
Testimonies the Church, vol. 4, 602.

“Deus trabalha de acordo com grandes princípios que Ele tem já apresentado para a família humana, e é nossa responsabilidade elaborar planos e pôr em operação os meios por onde Deus trará certos resultados”
Evangelismo, 653.

“Anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais perto imitarmos a harmonia e ordem das hostes angélicas, mais bem sucedidos serão os espaços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade para ações harmoniosas, e somos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nosso curso de ação, anjos... não poderão trabalhar para nós com sucesso. Eles se afastarão, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização”.
Testemunhos para a Igreja. Vol. 1, 649.

5- Culto inspirador
Esse ponto visa oferecer aos membros e convidados uma adoração dinâmica, alegre e inspiradora. Criar um ambiente que convide as pessoas a permanecerem na igreja.

Na prática: - Reunir idéias e equipes para trabalhar diretamente nesse ponto.
- Investir em instrumentos e instrumentistas.
- Cuidar dos detalhes de som e iluminação.
- Renovar as instalações da igreja e seus serviços em todos os cultos, planeje melhorias que incluam: estacionamento, placas de sinalização interna da igreja, limpeza e manutenção do
prédio, qualidade na recepção, iluminação, som, jardins, linguagem do sermão e hinos.
- Cuidar dos detalhes para que o culto não seja enfadonho, monótono,
muito formal ou com uma atmosfera fúnebre.

Apoio Bíblico: Apocalipse 4:11 e Salmos 150
Espírito de Profecia:
“Um constante esforço para promover a piedade pessoal deve ser visto nos labores públicos de ministros. Sermão após sermão não deve ser baseados apenas em profecias. A religião pratica deve ter um lugar em cada discurso.”
Signs of the Times, March 16, 1882.

“Nossas reuniões devem ser intensamente interessantes. Elas devem ser permeadas com a própria atmosfera do céu. Não haja discursos longos, secos, com orações formais meramente para ocupar o tempo. Todos devem estar preparados para desempenhar sua parte com prontidão, e quando sua participação estiver realizada, a reunião deve ser encerrada. Assim o interesse se manterá aceso até ao final. Isso é oferecer a Deus uma adoração aceitável. Seu culto deve ser realizado de maneira interessante e atrativo e não degenerado numa forma seca”.
Testemunhos para a Igreja, vol. 5, 609.

“As orações oferecidas em público devem ser curtas e ao ponto. Deus não requer de nós uma adoração tediosa com pedidos demorados”
Obreiros Evangélicos, 175.


6 – Pequenos Grupos
Esse ponto visa rever os conceitos e funções que os PG´s exercem na igreja.

Na prática: - Renovar a liderança
- Re-implantar se for necessário
- Fortalecer a função social nos PG´s e o ideal de multiplicação.
- Criar o ciclo de estudo e formação dos líderes de PG

Apoio Bíblico: Atos 2:46-47 e Filemon 2

Apoio Espírito de Profecia:
“Que em cada igreja haja grupos de obreiros bem organizados para trabalhar nas vizinhanças da igreja”
Advent Review and Sabbath Herold, Sept. 29, 1891.

“A formação de pequenos grupos como base do espaço cristão tem sido apresentada a mim por Alguém que não pode errar.”
Testimonies of the Church, vol. 7, 21-22.

“Se há um grande numero de membros na igreja, organize-os em pequenas companhias para trabalhar não apenas pelos membros da igreja, mas pelos descrentes. Se num lugar há apenas dois ou três que conheçam a verdade, que eles formem um grupo de obreiros.”
Testimonies of the Church, vol. 7, 22.
7 – Relacionamentos afetivos
Esse ponto visa fortalecer através de diversas atividades, o relacionamento dos membros entre si e dos membros entre a comunidade. Tendo em vista que pesquisas demonstram que o companheirismo é o fator numero um do crescimento da igreja Adventista e que sua ausência é a causa da maioria das nossas apostasias.

Na prática: - Através das duplas missionárias criar o projeto é bom ser bom
- Planeje atividades sociais através dos PG´s: piqueniques, almoços comunitários, esportes, noites sociais, viagens, dentre outros.
- Melhore a cordialidade para com os visitantes. Convide três pessoas que não são ainda
membros para ajudá-los e avaliar a atmosfera de acolhimento e amizade da igreja e o grau de calor humano e aceitação.
- Atividades para as diversas faixas etárias, koinonias, retiros, festas.

Apoio Bíblico: João 13:35 e 1 Corintios 12:24-26

Apoio Espírito de Profecia:
“A corrente dourada do amor, atando os corações dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, bem como em união com Cristo e o Pai, torna a conexão perfeita, e transmite para o mundo o testemunho do poder do Cristianismo que não pode ser anulado”.God’s Amazing Grace, 232.
“Cada crente é um raio de luz da parte de Cristo, o sol da justiça. Quanto mais próximos nós andarmos com Cristo, o centro de todo o amor e luz, maiores serão nossas afeições por seus portadores de luz. Quando os santos são atraídos para perto de Jesus, eles são automaticamente atraídos uns aos outros, pois a graça santificadora de Cristo unirá seus corações. Você não pode amar a Deus e falhar em amor seus irmãos”.
1888 Materiais, 1048-1049.

“Um cristão bondoso, cortes, é o mais poderoso argumento que se pode apresentar em favor do cristianismo.”
Obreiros Evangélicos, 118.

8 – A consciência da importância de fundar igrejas
Esse ponto visa ajudar na formação de novas igrejas nas quais mais discípulos possam participar

Na prática: - Conscientizar a igreja sobre a importância de fundar igrejas
- Fazer estudos de local e investimento necessário para a formação de uma nova igreja
- Formar equipe para planejar a fundação de uma nova igreja

Apoio Espírito de Profecia:
“ Igrejas devem ser organizadas e planos formulados para o trabalho que se realizará pelos membros das recém-organizadas igrejas. Esta obra missionária do evangelho deve manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando as porções cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo. Que a obra de estabelecer igrejas para Deus em muitos lugares não seja dificultada e tornado um fardo porque os necessários recursos são retidos.”
Evangelismo, Pág. 19
“Muitos dos membros de nossas grandes igrejas não estão fazendo nada. Eles poderiam realizar uma boa obra se, em vez de se amontoar juntos, se espalhassem para lugares onde a verdade ainda não entrou. Muitos membros estão morrendo espiritualmente por falta deste trabalho. Eles estão se tornando enfermiços e ineficientes.”
Testemunhos para a igreja vol.8, Pág. 244
“Deus não confiou aos pastores o trabalho de estarem pondo em harmonia as igrejas. Tão depressa se acha aparentemente realizado esse serviço, tem que ser feito de novo. Membros da igreja que são atendidos desse modo, tornam-se fracalhões religiosos. Se nove décimos do esforço que se tem empregado em favor da verdade, houvessem sido empregados em prol dos que dela nunca ouviram, quanto maior teria sido o avanço realizado.”
Testemunhos Seletos, pág. 381
IDEIAS PRÁTICAS

NOME: ________________________________________


SEMINÁRIO 1 – LIDERANÇA VISIONÁRIA E CAPACITADORA

REFLEXÃO
1. Que quantidade de tempo e energia a liderança da igreja gasta em treinar e equipar membros para a obra missionária?

2. O que o seu pastor está fazendo agora que poderia ser delegado a outros?

3. O que os lideres dos departamentos estão fazendo para recrutar novas pessoas para servir como lideres em suas áreas de ministério?

4. Quão frequentemente você leva outro membro consigo para visitação, estudos bíblicos, e outras atividades?

5. Os lideres possuem uma descrição por escrito de suas funções?

IDEIAS:_________________________________________________


SEMINÁRIO 2 – MINISTÉRIO ORIENTADOS PELOS DONS E NECESSIDADES.

REFLEXÃO
1. Os membros da sua igreja entendem o ensino dos dons espirituais e conhecem seus dons?
2. A comissão de nomeações da sua igreja leva em consideração os dons espirituais na hora de selecionar novos oficiais?
3. Quão frequentemente você prega sobre a importância dos dons espirituais em sua igreja? Há classes ou testes para ajudá-los a descobrir seus dons?
4. Há incentivos para que os membros construam relacionamentos redentivos com pessoas de fora da igreja
5. Como foi o evento de colheita ou a série evangelística realizada em sua igreja no ano passado?
6. Você considera o serviço de culto aos domingos um evento evangelístico? Por quê?
7. Qual a porcentagem de recursos humanos e financeiros foi investida no não-adventista nesse ano? Você está satisfeito com essa quantia?

IDEIAS:________________________________________________________

SEMINÁRIO 3 – ESPIRITUALIDADE CONTAGIANTE

REFLEXÃO
1. Como você descreveria a temperatura da vida espiritual de sua igreja?

2. Como você descreveria a pratica diária da oração, estudo da Bíblia, culto familiar, e outras disciplinas espirituais da igreja?

3. Como você descreveria o compromisso espiritual demonstrado pela sua igreja na devolução dos dízimos e das ofertas?

4. Há um ministério de oração ativo e funcional em sua igreja?

5. Qual a função que os testemunhos pessoais desempenham no culto corporativo?

IDEIAS:___________________________________________

SEMINÁRIO 4 – PRIORIDADES SEGUNDO A ORDEM BÍBLICA

REFLEXÃO
1. Qual a declaração de missão de sua igreja? O que ela espera realizar dentro de cinco anos?

2. Todos os departamentos e ministérios da igreja têm um plano claro para ajudar a realizar a visão da igreja? As atividades, eventos e programas dos departamentos atuam de forma concentrada nos alvos da igreja? (A luz concentrada, o raio laser corta o aço!)

3. Quão influente é a tradição em sua igreja?

4. Numa escala de 1 a 10, com 1 sendo a igreja que não está disposta a mudar, e 10 sendo o contrário, quão disposta está a sua igreja às mudanças? (Ex: novas abordagens de evangelismo, músicas contemporâneas, novos estilos de liderança, maneiras novas de organizar os membros para o trabalho, etc.).

IDEIAS:______________________________________________


SEMINÁRIO 5 – CULTO INSPIRADOR

REFLEXÃO
1. Quais são os aspectos mais inspiradores do seu serviço de culto? Como eles podem ser fortalecidos?
2. Como você caracterizaria os momentos de oração pública nos cultos de sua igreja?
3. Quando foi a ultima vez que a ordem da liturgia foi mudada em sua igreja?
4. Quanta abertura existe em sua igreja para a expressão criativa através da arte (drama, etc.), multimídia e musica?
5. Existe variação no estilo da pregação de semana a semana? Há um sistema para avaliar os sermões pregados? Quem avalia e com que critérios?
6. Sua igreja está interessada em tornar-se atrativa aos visitantes? Que providencias tem sido tomadas para tornar isso uma realidade?
7. Sua igreja considera o serviço de culto um evento evangelístico?
IDEIAS: ___________________________________________________


SEMINÁRIO 6 – PEQUENOS GRUPOS

REFLEXÃO
1. Que tipo de treinamento contínuo está disponível para a liderança de pequenos grupos em sua igreja?

2. Onde os pequenos grupos se encaixam na estratégia geral da igreja? Qual a sua função? Os lideres entendem bem a estratégia geral?

3. Cada grupo tem um líder assistente sendo treinado como aprendiz?

4. Quem é o responsável para supervisionar o ministério de PGs em seu distrito?

5. Como a função do evangelismo é desempenhada nos PGs?

6. Qual é sua estratégia para multiplicação dos PGs?

IDEIAS: ____________________________________________________

SEMINÁRIO 7 – RELACIONAMENTOS AFETIVOS

REFLEXÃO
1. Existe um sentimento de paz e alegria na vida congregacional de sua vida?

2. Que eventos sociais são planejados no calendário eclesiástico visando promover relacionamento de amor?

3. Quão frequentemente os membros convidam um ao outro para partilhar uma refeição em seus lares ou para reuniões sociais?

4. Há algum conflito na igreja que poderia estar influenciando negativamente no quociente de amor?

IDEIAS: ________________________________________________


SEMINÁRIO 8 – CONSCIÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DE FUNDAR IGREJAS

REFLEXÃO
1. Estudiosos em crescimento de igreja descobriram que com quanto mais freqüência as pessoas veem o nome da igreja, mais essa igreja crescerá. O que isso nos ensina sobre fundar igrejas?

IDEIAS: ________________________________________________