11/06/2009

PEDOFILIA ALÉM DE CRIME É PECADO!


entrando no site http://www.todoscontraapedofilia.com.br/, deparei-me com um artigo do Dr. Carlos, procurador de justiça, intitulado: Combate à Pedofilia Criminosa e ao Abuso Sexual Infantil. E devido a importância do assunto resolvi vertê-lo na integra e segue abaixo:

A menininha tem seis aninhos de idade. É linda (como toda criança), com seus cachinhos castanhos e as covinhas no rosto angelical. Mas aparenta timidez e tristeza, incompatíveis com sua habitual alegria, sempre demonstrada pelo risinho cristalino. Questionada pela mãe, a menininha se cala. Diante da insistência, acaba por falar:
– o tio disse que eu não posso contar a ninguém... – contar o quê? – nada...
Com muito carinho e, às vezes somente com ajuda profissional, a menininha finalmente revela que o “tio” (geralmente alguém próximo da família) dela abusou sexualmente. A criança se sente amedrontada e até pensa que tudo é culpa dela. Na verdade foi mais uma vítima de um predador sexual ou pedófilo criminoso.
Casos como este, e muito piores que este, infelizmente são muito mais comuns do que pensamos. A apuração é difícil, porque sempre envolvem constrangimento da vítima – que muitas vezes passa toda a vida sem revelar o abuso que sofreu – por vergonha ou por medo das habituais ameaças dos abusadores sexuais. Estima-se que menos de 10% dos abusos sexuais são relatados às autoridades. Hoje em dia a Pedofilia, principalmente na internet, movimento mais dinheiro que o tráfico de drogas (vide revista “Marie Claire”, edição de novembro/2008)
Ao participar das audiências e diligências da CPI da Pedofilia, instaurada em abril de 2008 no Senado Federal, e Presidida pelo Senador Magno Malta, verificamos por todo o Brasil casos gravíssimos de abuso sexual e violência contra a criança.
ALGUNS DOS CASOS Em locais onde a pobreza e a falta de instrução imperam é comum vermos crianças vendidas para uso sexual de adultos depravados, mães que levam as filhas (crianças e adolescentes) à prostituição, agenciamento de crianças à partir dos cinco anos de idade para o prazer sexual de pedófilos criminosos, leilão de crianças e virgens em bordéis no interior da Amazônia, estrangeiros que vem ao Brasil para turismo sexual...
O famoso caso de Boa Vista, capital de Roraima, onde estivemos, revelou na televisão o filme feito pela Polícia Federal que mostrou o momento em que uma mulher (agenciadora de crianças) entregava na casa de um pedófilo criminoso duas meninas de seis anos de idade. Uma das meninas levava nas mãos um ursinho de pelúcia, triste marco de sua inocência roubada... O pedófilo foi preso e em seu poder foram apreendidas fotografias mostrando que tal fato era comum: crianças nuas e sendo abusadas por homens. As escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostraram que os criminosos negociavam a “compra” ou “aluguel” de crianças para o abuso, relatavam os atos nojentos que estes praticavam com as meninas, se referiam às virgens de onze anos de idade como “noivinhas”, além de mostrar toda sorte de depravações... A agenciadora foi presa e, em seu depoimento, relatou que também sofrera abuso sexual a partir do seis anos, depois se tornou prostituta e usuária de drogas, finalmente se tornou agenciadora: cafetina de crianças!
Mas este não é um caso isolado! Por todo o país vemos histórias de abuso sexual infantil: como a prostituição infantil nas praias do nordeste, no interior do Pará, em Goiás, no Rio Grande do Sul, nas estradas que cortam todos os Estados. Observamos famílias pobres que vendem suas filhas. Mães que agenciam as próprias filhas e filhos ainda crianças. Estupro de meninas na Paraíba. Etc.
Um dos casos mais horrendos vistos no âmbito da CPI aconteceu no estado do Espírito Santo: Uma menina de dois anos e meio de idade que era constantemente espancada e seviciada pelo próprio pai, uma das predileções do agressor era morder o corpo da filha. A menina foi mandada para um abrigo e o pai processado por tortura, mas fugiu da prisão preventiva decretada. Três meses após o abrigamento da menina, esta foi devolvida a casa. O pai/criminoso, que estava foragido, voltou e, poucos dias depois, matou a filha. Antes de matá-la, mais uma vez a estuprou, espancou, mordeu e terminou por introduzir um pedaço de cabo de vassoura no ânus da menina, causando ruptura e prolapso do intestino, que a levaram ao óbito.
Entretanto, o abuso sexual acontece em todas as classes, credos e níveis intelectuais: há casos em São Paulo de médicos que abusavam de pacientes, líderes religiosos que abusavam de fiéis, Pais-de-santo que usavam de sua posição para manter relação sexual com meninos e meninas, etc.
É notável o recente caso de Catanduva/SP, ainda em investigação. Um borracheiro e seu sobrinho abusaram de quase 50 meninos e meninas, havendo fortes indícios da participação de outras pessoas, inclusive de alto poder aquisitivo e posição social. As crianças sofriam abuso sexual e eram fotografadas e filmadas, além de submetidas a sessões de filmes pornográficos e a “apresentações” do abusador dançando nu. Uma das crianças já examinadas apresenta doença venera. Toda a cidade está traumatizada. Há notícia de que o abusador já preso tenha outros processos, pelo mesmo motivo, em Pernambuco e na cidade de Divisa/MG – locais onde residiu.
Também recentemente, em Alagoinha/PE, uma menina de 9 anos de idade foi submetida a um aborto, uma vez que sofria (há pelo menos 2 anos) abuso sexual por parte de seu padrasto e se encontrava grávida de gêmeos. O mesmo criminoso abusava da irmã mais velha, também criança... etc, e etc.
Em Minas Gerais não é diferente e observamos alguns casos emblemáticos: Em Uberlândia o professor universitário que manteve relação sexual com a mãe e a filha de seis anos de idade ao mesmo tempo. A mãe não só permitia e participava, como fotografou tudo! Durante um ano e meio! As fotos e filmes são chocantes. Ambos os criminosos estão condenados e presos. A menina traumatizada pelo resto da vida.
Em Uberaba um chefe de cartório foi preso acusado de ter abusado sexualmente de mais de 25 meninos, todos em torno de dez anos de idade. Na sua casa foram encontradas mais de 200 fotografias pornográficas com menores e um quarto preparado para crianças. O pedófilo criminoso oferecia presentes aos meninos e conquistava a confiança das mães. Num único fim de semana, chegou a gastar mais de R$ 1 mil em roupas, calçados importados e até bicicletas. Os presentes eram uma forma de criar dependência nas crianças, a maioria de condição financeira precária. Recentemente o criminoso suicidou na prisão.
Na Comarca de Peçanha um padre aliciava meninos de dez anos e idade e com eles mantinha relação sexual sob ameaça. Em Itapecerica um homem de sessenta anos de idade pagava (com trocados e doces) a duas meninas de cinco e seis anos de idade para realizar sexo oral. Em Campo Belo um empresário recebia menina que era levada pela própria mãe... etc e etc.
Na Comarca de Divinópolis temos casos gravíssimos: Um pedófilo criminoso mantinha relação sexual (estupro) com uma menina de seis anos de idade, além disso lhe dava cigarros e bebida alcoólica, filmando e fotografando tudo. O caso foi descoberto através das fotos e filmes esquecidos em uma câmera digital. O criminoso foi condenado. As fotos e filmes são escabrosos, mas uma das fotos – a menos explícita – foi capa da revista “Carta Capital”, quando da abertura da CPI da Pedofilia.
Ainda em Divinópolis temos o caso de um pedófilo criminoso que, durante vários anos, abusou de diversas meninas, suas sobrinhas. Começava a manter relação com uma menina por volta dos oito anos idade e a abandonava por volta dos treze anos. Então passava a abusar de sua irmã ou prima mais nova. O caso só foi descoberto quando uma das meninas, anos depois, já com dezoito anos, resolveu contar tudo. Desacreditada, suicidou. Somente após sua morte é que se descobriu que outras meninas (primas), também haviam sofrido abuso. Foi expedido mandado de prisão contra o abusador, mas ele se encontra foragido.
Além disso a prostituição infanto-juvenil não é mais novidade. Especialmente ligada ao tráfico de drogas: meninas de onze, doze anos de idade se vendem para comprar crack e maconha. Mães trocam filhas e filhos por droga.
Também existem os casos que ocorrem nas classes média e alta, que dificilmente chegam a apuração. Abafados pela própria família. Mais de uma vez fui procurado por pessoas já adultas que relataram abusos na infância e, ao que parece, nada mais queriam que desabafar, oprimidas pelo crime de que foram vítimas.
Em todo o Brasil o abuso sexual infantil não escolhe classe, credo, cor ou situação financeira ou nível de instrução. O abusador é covarde e usa todos os meios para praticar o crime.
INTERNET Na internet a situação também é grave. Por todo o mundo têm surgido casos de crimes hediondos praticados através do uso nocivo da rede de computadores. A internet é um excelente instrumento e também é um meio de comunicação como qualquer outro (como a televisão, o rádio, os jornais, etc) e, portanto, pode ser usada para o bem e para o mal.
A maior parte do conteúdo da internet é bom, a rede é indispensável hoje em dia e saber lidar com ela é importantíssimo para a educação de crianças e adolescentes. Além disso, a internet também tem várias páginas que ajudam no combate ao crime e especialmente ao abuso sexual.
Infelizmente pedófilos criminosos viram na rede mundial de computadores uma ótima oportunidade de abordar duas vítimas em relativo anonimato e conseguir seu intento hediondo de abusar das crianças. Mas felizmente já existem técnicas eficazes de encontrar os mais experiente criminosos virtuais, por isso o anonimato da internet é relativo.
Mas cabe principalmente aos pais e responsáveis verificar as páginas e sites acessados por seus filhos, para que estes não sejam vítimas de crimes cibernéticos (entre eles o abuso sexual), assim como devem vigiar por onde seus filhos andam, com quem, fazendo o que... etc.
A CPI da Pedofilia conseguiu uma grande vitória no campo do combate ao abuso sexual na internet: Em maio quebrou o sigilo telemático de 3.261 páginas do Orkut, pertencente à Google. Tais páginas (profiles) apresentavam características de pedofilia e tinham as fotografias “trancadas”. Todas foram examinadas por nós e os casos em que o crime se confirmou (muitos!) estão em andamento no Brasil e no exterior, inclusive contribuíram para a operação Carrossel II, da Polícia Federal.
Foi a primeira vez no Brasil (e na América Latina) que a Google entregou os conteúdos denunciados. Há previsão da entrega do conteúdo de mais 18.000 profiles suspeitos e já foi firmado entre a empresa e o Ministério Público Federal acordo para melhorar (em muito) o combate aos delitos cibernéticos.
As fotos e vídeos obtidos do Orkut e de apreensões em computadores de pedófilos e já entregues à CPI são realmente monstruosas, nojentas e até inimagináveis para uma pessoa de bem. Abusos sexuais e violência de todo o tipo. É muito chocante, até para quem lida diariamente com o assunto, vislumbrar crianças – inclusive bebês recém nascidos!! – sendo estupradas e bolinadas.
Examinar estas fotos e filmes – já que fomos obrigados – nos causou revolta e indignação, além de asco e nojo. Uma das Promotoras de Justiça da CPI foi obrigada a se retirar porque sentiu náuseas e ânsia de vômito.
Por ocasião de nossa visita ao Presidente Lula, em junho de 2008, algumas das fotos e vídeos constantes do acervo da CPI lhe foram mostradas, quando este reagiu indignado, comprometendo-se a colaborar com a causa. De fato o Presidente o tem feito, emprestando sua imagem à campanha “Todos contra a Pedofilia” e dando celeridade às propostas legislativas da CPI: no dia 25 de novembro de 2008, durante a abertura do “III CONGRESSO MUNDIAL DE ENFRENTAMENTO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”, realizado no Rio de Janeiro, o Presidente da República sancionou a Lei 11.829/2008 (Contra a Pornografia Infantil), proposta pela CPI da Pedofilia.
Também através da CPI ocorreu grande avanço para a repressão aos crimes praticados através da internet (e não somente os ligados à pedofilia...), com a realização do TERMO DE MÚTUA COOPERAÇÃO, firmado com as prestadoras de serviços de telecomunicações, de provimento de acesso à internet e de serviços de conteúdo e interativos na internet (Comitê Gestor da Internet no Brasil, Telemar Norte Leste S/A, Brasil Telecom S/A, TIM Celular S/A). O ajuste, assinado em dezembro de 2008, garante a preservação e fornecimento de dados para investigações relativas à internet, estabelecendo prioridades, prazos e formas de fornecimento de tais informações.
LEGISLAÇÃO Contra tais crimes, acima comentados, temos que nos unir. Combater o abuso sexual e os crimes de pedofilia é uma questão vital para nossa sociedade.
A criança e o adolescente são o que há de mais importante neste mundo, depois de Deus. Essa importância é evidente e tem suas bases, não somente em convicções religiosas, morais, éticas ou sociais, mas até mesmo biologicamente é preponderante o instinto de perpetuação da espécie, que gera a necessidade premente de reprodução e proteção da prole, ou seja, dos nossos filhos: de cada criança e cada adolescente. A Lei, como fruto da vontade do povo, no Estado Democrático de Direito – como no Brasil – não poderia estabelecer de forma diferente e por isso mesmo a Constituição Brasileira – nossa mais importante Lei – elegeu como a prioridade das prioridades o direito da criança e do adolescente.
Somente uma vez o termo “absoluta prioridade” foi utilizado na Carta Magna, e o foi no artigo 227 quando estabelece, entre os deveres e objetivos do Estado, juntamente com a sociedade e a família, assegurar a crianças e adolescentes os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à dignidade e ao respeito, dentre outros. Garantir a observação dos direitos da infância e da adolescência é o único meio seguro e perene de garantir o progresso, a evolução e melhoria de vida para todas as pessoas. É investir no futuro.
Mas afinal, o que é “pedofilia”? O termo “pedofilia” é uma palavra formada pelos vocábulos gregos “pedos” (que significa criança ou menino) + “filia” (inclinação, afinidade), que deve ser entendido em suas duas conotações:
No campo da saúde a palavra “pedofilia” é usada para denominar o distúrbio de sexualidade caracterizado por predileção de adultos pela prática de ato sexual com crianças (pessoa que ainda não desenvolveram os caracteres sexuais secundários). Tal distúrbio ou parafilia é também chamado pedosexualidade, e pelo Código Internacional de Doenças da Décima Conferência de Genebra é um transtorno mental (CID-10, F65.4), o que não significa que o acusado seja doente mental ou tenha o desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
Existe uma minoria de pedófilos doentes e existem pedófilos criminosos que sabem muito bem o que estão fazendo. No campo jurídico a “pedofilia” pode ser definida como o abuso de natureza sexual cometido contra criança, mas atualmente não existe na legislação brasileira tipificação específica de um delito que tenha o nomem juris de “pedofilia”, embora o termo já tenha sido usado em documentos oficiais, v.g.: no artigo 3º do “Acordo de Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Panamá, no campo da Luta Contra o Crime Organizado”, quando se refere ao intercambio de informações e dados, bem como tomada de “medidas conjuntas com vistas ao combate às seguintes atividades ilícitas”:... “atividades comerciais ilícitas por meios eletrônicos (transferências ilícitas de numerário, invasão de bancos de dados, pedofilia e outros)”; no anexo 1, nº 143, do Decreto 4.229, de 13/05/2002 (DOU 14.05.2002), que dispõe sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH, quando se refere “Combater a pedofilia em todas as suas formas, inclusive através da internet”; etc.
No Brasil este tipo de ato criminoso vem sendo punido principalmente através dos seguintes dispositivos legais: Conforme estabelece o CÓDIGO PENAL: · CRIME DE ESTUPRO: que é a relação sexual (vaginal) mediante violência (artigo 213 do Código Penal – pena de 6 a 10 anos de reclusão);
· CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR: que é a prática de outros atos sexuais (por exemplo, sexo oral ou anal) mediante violência (artigo 214 do Código Penal – pena de 6 a 10 anos de reclusão);
· CRIME DE CORRUPÇÃO DE MENORES: que é, de fato, corromper ou facilitar a corrupção – roubando a inocência – de adolescente entre 14 e 18 anos, praticando com ele ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo (artigo 218 do Código Penal – pena de 1 a 4 anos de reclusão);
Todos estes crimes, quando praticados contra criança, têm a pena agravada (artigo 61, II, h, do Código Penal) É importante lembrar que, para que o abusador seja processado por estes crimes, é indispensável a manifestação dos pais ou responsáveis pela vítima criança ou adolescente (artigo 225 do Código Penal).
Quando um dos pais ou responsável é o abusador, basta que qualquer pessoa denuncie o delito (artigo 225, §1º, II, do Código Penal).
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, por sua vez, também estabelece formas de punição ao abuso sexual. No dia 25 de novembro de 2008, durante a abertura do “III CONGRESSO MUNDIAL DE ENFRENTAMENTO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”, realizado no Rio de Janeiro, o Presidente da República sancionou a Lei 11.829/2008, proposta pela CPI da Pedofilia, que modificou o ECA, criando novos tipos de crimes para combate à pornografia infantil e ao abuso sexual:
· CRIME DE PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é a produção de qualquer forma de pornografia envolvendo criança ou adolescente (artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 4 a 8 anos);
Também pratica este crime quem agencia, de qualquer forma, ou participa das cenas de pornografia infantil (artigo 240, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente);
A pena deste delito é aumentada de 1/3 (um terço) em diversos casos, em que o crime é mais grave (artigo 240, §2º, do Estatuto da Criança e do Adolescente). Vejamos: se o criminoso exerce função pública (professor, médico, etc.), ou se o criminoso se aproveita de relações domésticas (empregado da casa, hóspede, etc.), ou se o criminoso se aproveita de relações com a vítima (pai, mãe, tio, responsável, tutor, curador, empregador, etc.), ou se o criminoso se aproveita de relações com quem tenha autoridade sobre a vítima (pais ou responsáveis), ou se o criminoso pratica o crime com o consentimento de quem tenha autoridade sobre a vítima (pais ou responsáveis).
· CRIME DE VENDA DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é o ato de vender ou expor à venda, por qualquer meio (inclusive internet), de foto ou vídeo de pornografia ou sexo explícito envolvendo criança ou adolescente (artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 4 a 8 anos). Estima-se que o comércio de pornografia infantil movimenta 3 Bilhões de Dólares por ano, só no Brasil! (fonte: Ver. Marie Claire, novembro/2008);
· CRIME DE DIVULGAÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é a publicação, troca ou divulgação, por qualquer meio (inclusive internet) de foto ou vídeo de pornografia ou sexo explícito envolvendo criança ou adolescente (artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 3 a 6 anos);
Também pratica este crime quem (artigo 241-A, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente): assegura os meios de armazenamento das fotos ou vídeos de pornografia infantil, ou seja, a empresa de Internet que guarda a pornografia em seus computadores para a pessoa que quer divulgar; ou que assegura o acesso à internet, por qualquer meio, da pessoa que quer divulgar ou receber pornografia infantil.
Entretanto, os responsáveis pelo acesso à internet somente podem ser culpados pelo crime se não cortarem o acesso à pornografia infantil, após uma denúncia e uma notificação oficial. Assim, em caso de verificação de pornografia infantil na internet, devemos comunicar ao Ministério Público (Promotor de Justiça), à Polícia ou ao Conselho Tutelar, para que seja feita a notificação sobre a pornografia infantil (artigo 241-A, §2º, do Estatuto da Criança e do Adolescente).
· CRIME DE POSSE DE PORNOGRAFIA INFANTIL: é ter em seu poder (no computador, pen-drive, em casa, etc.) foto, vídeo ou qualquer meio de registro contendo pornografia ou sexo explícito envolvendo criança ou adolescente (artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 1 a 4 anos);
· CRIME DE PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA INFANTIL SIMULADA (MONTAGEM): é o ato de produzir pornografia simulando a participação de criança ou adolescente, por meio de montagem, adulteração ou modificação de foto, vídeo ou outra forma de representação visual (artigo 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 1 a 3 anos);
· CRIME DE ALICIAMENTO DE CRIANÇA: é o ato de aliciar, assediar, instigar ou constranger a criança (menor de 12 anos de idade), por qualquer meio de comunicação (pessoalmente ao à distância: pelo telefone, internet, etc.), a praticar atos libidinosos, ou seja, passa a ser crime convidar ou “cantar” uma criança para relação libidinosa (sexo, beijos, carícias, etc.). É muito comum esse tipo de assédio pela internet, através de salas de bate-papo (chats) ou programas de relacionamento (MSN, ORKUT, MySpace, etc.) (artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 1 a 3 anos).
Também pratica este crime quem (artigo 241-D, parágrafo único, do Estatuto da Criança e do Adolescente): facilita ou induz a criança a ter acesso a pornografia para estimulá-la a praticar ato libidinosos (sexo), ou seja, mostra pornografia à criança para criar o interesse sexual e depois praticar o ato libidinoso; ou estimula, pede ou constrange a criança a se exibir de forma pornográfica. O caso mais comum é o do criminoso pedófilo que pede a criança para se mostrar nua, semi-nua ou em poses eróticas diante de uma webcam (câmera de internet), ou mesmo pessoalmente.
· CRIME DE PROSTITUIÇÃO INFANTIL: é o ato de submeter criança ou adolescente à exploração sexual (artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente – pena de 4 a 10 anos de reclusão);
O abuso sexual cometido contra criança atinge todos os seus direitos. A criança que é vítima de pedofilia tem evidentemente desrespeitados seus direitos à saúde (uma vez que agredida fisicamente pelo abuso sexual), à vida, à dignidade, ao respeito e à liberdade. A criança que é vítima de pedofilia tem atacada drasticamente sua auto-estima, via de regra se torna depressiva e apresenta seqüelas para toda a vida, tendo atingidos, pois, seus direitos à saúde (também mental), à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização e à cultura. Além disso, as estatísticas mostram que há enorme tendência de que o abusado na infância se torne um abusador na idade adulta.
Por tudo isso, são necessárias medidas mais severas no sentido de colocar as crianças e adolescentes a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, especialmente ligadas à pedofilia.
Um dos objetivos da CPI da Pedofilia é a construção de uma legislação mais eficiente no combate aos crimes sexuais cometidos contra criança. O projeto de lei acima referido, que reformou a parte criminal relativa ao Estatuto da Criança e do Adolescente, criando novos tipos penais (especialmente no relativo à pornografia infantil), foi produzido e apresentado pela CPI em junho/2008, aprovado no Senado e na Câmara Federal, e posteriormente sancionado pelo presidente Lula, em 25 de novembro de 2008, durante o “Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, que aconteceu no Rio de Janeiro, de 25 a 28 de novembro, como já informado.
A proposta da CPI relativa ao Código Penal será brevemente apresentada ao Senado, além de vários outros projetos relacionados que estão em andamento.
CAMPANHA “TODOS CONTRA A PEDOFILIA” Mas a legislação é inútil sem a participação popular na denúncia responsável dos criminosos e na prevenção dos crimes. É preciso que todos estejamos atentos, especialmente pais, professores e aqueles que lidam diretamente com crianças. O combate direto, através dos processos criminais, e a prevenção são também objetivos da CPI e de toda a sociedade.
A CPI lançou a campanha “TODOS CONTRA A PEDOFILIA”, que já realizou eventos em diversas cidades do Brasil e na TV, contando com apoio de diversas personalidades, visando despertar a população para a realidade da situação dos crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes, além de trazer informações sobre o que são e de como prevenir e combater tais crimes.
No dia 17 de novembro de 2008, em Divinópolis/MG, foi realizada grande passeata, com a participação de mais de 5.000 pessoas, da qual participou o Presidente da CPI da Pedofilia (Senador Magno Malta) entre outras autoridades (Prefeitos, Deputados, Vereadores, Promotores de Justiça, Juízes de Direito), escolas, conselhos, etc. No mesmo dia foi feito o lançamento da campanha também em outras cidades de MG e posteriormente realizados diversos eventos em vários outros municípios de todo o Brasil. Muitos outros já estão agendados.
Durante a campanha são feitas palestras de esclarecimento sobre o assunto e distribuídas camisetas, bonés, folders, adesivos, etc,, além da cartilha “ABUSO SEXUAL INFANTO-JUVENIL, algumas informações para os pais ou responsáveis”, organizada e escrita por encomenda da CPI (autores: Promotor Carlos Fortes, Advogada e Mãe Mônica Felicíssimo e Psicopedagoga Neire Araújo) e publicada pelo Senado Federal, para distribuição em todo o Brasil.
Também têm sido realizados shows artísticos em várias cidades do Brasil. O primeiro show “TODOS CONTRA A PEDOFILIA” ocorreu em Vila Velha/ES, e contou com a participação dos artistas Frank Aguiar, Netinho, Gian e Giovani, Cristina Mel, Fernanda Brum, Daniel e Samuel, Rayssa e Ravel, Tempero do Mundo e Rodrigo Maneiro, os quais se apresentaram gratuitamente para mais de 20.000 pessoas, na Praia da Costa. Entre as apresentações houve pronunciamentos de integrantes da CPI da Pedofilia, prestando esclarecimentos sobre o assunto.
Além deles muitas outras celebridades aderiram de modo espontâneo à causa, como por exemplo: o Padre Fábio de Melo, que em seus shows tem falado sobre a necessidade do combate à Pedofilia. O Deputado Estadual de MG e cantor católico Eros Biondini. O cantor Sérgio Reis, o qual realiza trabalho de combate à prostituição infantil junto aos caminhoneiros. Os cantores Cesar Menotti e Fabiano, que apóiam a campanha e disponibilizaram a cartilha em seu site (como também outras personalidades).
A apresentadora Luciana Gimenez realizou dois programas Superpop especiais sobre o combate à Pedofilia (dias 12/12/2008 e 19/03/2009). O apresentador Luiz Carlos Datena diariamente dá destaque aos casos de pedofilia criminosa combatidos e estudados pela CPI. A Rede Globo de Televisão tem dado cobertura aos casos de Pedofilia pelo Brasil, como por exemplo o caso de Catanduva/SP, e há inserções até em novelas, com alusões ao perigo da pedofilia através da internet (v.g. capítulo de sábado, 28 de fevereiro, da novela “Caminho das Índias).
São inúmeras as páginas da internet dedicadas ao combate à Pedofilia, desde a página
http://www.todoscontraapedofilia.com.br// (alimentada pela CPI) e o http://www.safernet.org.br/, até os excelentes sites http://brasilcontraapedofilia.0freehosting.com/ e http://brasilcontraapedofilia.wordpress.com/, entre outros.
É preciso que o Brasil se conscientize da necessidade de proteger nossas crianças. É preciso que todos os direitos da criança e adolescente saiam do papel e venham para a realidade. Este é o único caminho para um futuro melhor. Carlos José e Silva Fortes Promotor de Justiça - Ministério Público de Minas Gerais


SE você sabe de algum caso, não fique calado -DENUNCIE -LIGUE 100.
AJUDE A PROTEGER AS CRIANÇAS DE NOSSO PAÍS. QUE DEUS NOS ABENÇOE!!!!!!!!!!!

31/05/2009

CRISTO PRECISA DE TI


Conheci Pessoas que levaram a sério o recrutamento divino para a obra de levar as boas novas de salvação, pessoas que amam realmente o seu semelhante e querem vê-los no Céu, poderia citar o nome de muitos, mas vou deter-me em um – Nilda Aquino que em seu amor por Deus e pelas pessoas, já ganhou milhares delas para Cristo e construiu vários templos. Essa mulher de fé faz evangelismo por prazer e tem muita alegria quando alguém se converte.
Você então pode pensar – que legal –mas eu nunca serei igual a ela, nunca farei grandes coisas para Deus –aqui vale aquele adágio popular – “nunca diga nunca”, Vejamos o Porquê.

I. HÁ UM DEVER

“Deus requer que todos sejam obreiros em Sua Vinha” (negrito e itálico acrescentados, Serviço Cristão [doravante SC], 9) e “A cada cristão é designada uma obra definida” (negrito e itálico acrescentados, idem).
Mateus 28:19 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”

Todos nós devemos fazer discípulos – isto é um mandamento do Senhor, devemos fazer isso de duas maneiras – com nosso testemunho cristão (sendo sal) e com a nossa voz evangelizando (sendo luz).
Claro que existirão dificuldades na execução dessa tarefa, porque o dragão está irado e não vai se conformar de perder seus súditos de mão beijada, existirão dificuldades externas (por parte dos súditos do dragão e ele próprio fazendo de tudo para atrapalhar) e internas (irmãos não consagrados irão causar transtornos); Porém estamos do lado do vencedor e em TODA batalha Cristo derrota satanás, por isso não precisamos temer “Não to mandei eu, sê forte e corajoso” Josué 1:9.
Quando nos tornamos cristãos recebemos muitos privilégios – Amor, Companheirismo cristão, perdão dos pecados, sermos povo de propriedade exclusiva de Deus, nos tornamos nação santa, temos o Batismo do Espírito Santo e etc., mas Grandes privilégios implicam em grandes responsabilidades – I Pedro. 2:9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.
Fomos conquistados para conquistar, fomos salvos para levar outros a conhecerem a salvação. E isto não é dever de alguns poucos como o pastor, o ancião, o diretor do ministério Pessoal, um evangelista ou obreiro, não senhor!!!
Quando Pedro escreveu isto ele tirou estas palavras de Êxodo 19:5,6 - “5 Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; 6 vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel”. E neste segundo livro da Bíblia, nesta ocasião temos Moisés dirigindo-se a TODO o Israel segundo a carne ( o Israel étnico).Então quando Pedro se dirige aos cristãos dessa forma ele está dizendo que os cristãos são o Novo Israel (O Israel espiritual) e se refere nessa passagem (I Pedro 2:9) a TODA a cristandade. Ei, Psiu, isso inclui a você e a mim viu!
Mas você ainda pode estar temeroso, dizendo que não sabe falar de Deus, preste atenção, seja um pouco mais original.

II. DEUS CAPACITA

Sim, mais original, porque ao longo da história outros já deram essa desculpa e vocês já sabem o resultado.

Moisés –não sabia falar e só tinha um cajado em suas mãos – Deus o usou com o que tinha e o transformou no libertador de Israel.
Gideão – só tinha trezentos homens, mas Deus não precisa de muitas pessoas para livrar quando preciso for. Deus não se atém a cirscunstâncias ou dificuldades. Se Ele ajudou Gideão vai ajudar você também a cumprir a Missão.
Jeremias –“não passo de uma criança” – Deus o usou para advertir o Reino de Judá de sua breve destruição e consolar o povo com a esperança do retorno após o cativeiro.
Apóstolos – na maioria eram homens iletrados, mas Deus os usou poderosamente.
E Você – Deus só está esperando você se decidir a ajudar nesse guerra contra o mal e ele te capacitará.

Na Bíblia existem 365 vezes a expressão “não temas” – uma para cada dia do ano. Creia que o Espírito santo te capacitará para cumprir a missão.
Devemos buscar a Deus e crer em suas promessas. Saia daqui com a certeza que você será um vaso usado por Deus para levar a salvação ao perdido.
Mas e se você não quiser colaborar, você tem direto de escolha afinal, não é?

III. DEUS NOS REJEITARÁ SE O REJEITARMOS

Numa noite de dezembro de 2008 eu estava dormindo quando acordei com um sentimento de apreensão como se alguém da minha família estivesse morrendo ou tivesse morrido. Fui orar e fiquei aliviado, pois ouvi interiormente COMO QUE (vejam a expressão) Deus me falando que nada aconteceu e que eu ficasse tranqüilo, mas de repente a impressão mudou e como que ouvisse a voz de deus falar assim “se algum parente seu morresse hoje você teria a Mim para lhe consolar, mas todos os dias morrem pessoas que estão perdidas e quem me consola?” fiquei estarrecido com este pensamento e sai daquela experiência com um desejo maior de levar pessoas a Cristo antes que seja tarde demais para elas.
Escute! Pessoas estão morrendo e Deus as ama, você foi colocado num lugar especial para testemunhar, deixe sua luz brilhar.

Vamos ver Ezequiel 33:7-9 “7 A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte. 8 Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti. 9 Mas, se falares ao perverso, para o avisar do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, morrerá ele na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma.”

Somos Atalaias de Deus anunciando que um há um juízo agora, que Devemos ter a Jesus como nosso Salvador, que devemos obedecer a Deus e se não falarmos seremos considerados infiéis e traidores por Aquele que nos deu tão sublime tarefa.

“Ninguém pense que tem o direito de cruzar os braços e não fazer nada. Que alguém possa ser salvo estando na indolência e inatividade, é uma completa impossibilidade. Pensai no que Cristo fez durante Seu ministério terrestre. Quão fervorosos, quão incansáveis foram Seus esforços! Não permitia que coisa alguma O desviasse do trabalho que Lhe fora dado. Estamos nós seguindo Suas pisadas?” (SC, 83).

“Jamais poderemos ser salvos na indolência e inatividade. Não há pessoa verdadeiramente convertida que viva vida inútil e ociosa. Não nos é possível deslizar para dentro do Céu. Nenhum preguiçoso pode lá entrar. ... Quem recusa cooperar com Deus na Terra, não cooperaria com Ele no Céu. Não seria seguro levá-los para lá.” (SC, 89)

A Igreja Existe com um propósito definido – Cumprir uma missão, salvar almas. Não é um clube social, um lugar de exclusivismo religioso. Se falharmos em nossa missão, não conseguiremos, nem poderemos encarar o Rei de frente.

CONCLUSÃO:

Diante do que nós vimos tenhamos a certeza de que Deus conta com todos os que um dia o aceitaram para cumprir sua Missão, que Ele nos capacitará para o serviço e que ele nos rejeitará finalmente se o rejeitarmos, se desprezarmos Seus apelos para livrar da perdição os nossos semelhantes.
Gostaria você de aceitar o chamado divino para o cumprimento da Missão? Quem dirá “eis-me aqui Senhor, envia-me a mim”?

A CARNE COMO ALIMENTO NA BÍBLIA E TESTEMUNHOS


Por: Pr. Demóstenes Neves da Silva·

OBJETIVO GERAL:

1. Reflexão sobre o assunto para compreendê-lo num contexto mais amplo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Entender os contextos de parágrafos sobre a carne, usados para liberar ou impor o seu uso.
2. Estabelecer clima de compreensão e tolerância para com os que não adotaram ainda certos pontos da Reforma de Saúde como, por exemplo, o vegetarianismo.
3. Estabelecer a harmonia entre textos aparentemente contraditórios sobre o consumo da carne.
4. Propor uma educação mais completa da Reforma de Saúde na pregação e testemunho pessoal.
5. Desestimular as críticas entre membros e liderança nesta questão.
6. Incentivar a adesão de membros/pastores à Reforma de Saúde de forma equilibrada.

A abstenção do alimento cárneo tem sido alvo de conflitos pessoais e de consciência por parte de um bom número de membros. Mesmo entre líderes, o extremismo e fanatismo dentro da igreja tem brotado, através do qual muitos têm levantado a bandeira, ainda que ingenuamente, de combate à mensagem da saúde ou, por outro lado, salvação pelas obras (no caso, a abstenção do alimento cárneo). CSRA, 195, 196, 209, 210, 211, 353, 359.
Numa época de grande condescendência com o apetite, os que têm luz sobre esse assunto da reforma dos hábitos de saúde deveriam ser simpáticos e demonstrar espírito de tolerância e amor para com aqueles que ainda não se “enquadraram” no seu padrão de temperança.

O REGIME ALIMENTAR ORIGINAL

01 – O Plano Original de Deus excluía o alimento cárneo (Gen. 1. 29-30). Havia abundância de alimentos em quantidade e qualidade. Nem os homens, nem os animais deveriam comer carne. Mesmo após o pecado entrar no mundo o alimento cárneo não foi autorizado por Deus. À entrada do pecado Deus estendeu o cardápio original adicionando-lhe, além das frutas e sementes a “erva do campo”. (Gen. 1:29; 3:18).

02 – Depois do Dilúvio. Em Gen. 9. 3-4 vemos que toda vegetação útil estava destruída. As águas do dilúvio se secaram após um ano, um mês e um dia, e a terra só secou depois de mais um mês e vinte e seis dias. Compare Gen. 7.11 com 8.13-14. Portanto, não houve tempo para as arvores frutíferas crescerem e produzirem. A liberação divina para comer carne abrangia animais limpos já providos para esse fim (Gen. 7.2-3).

03 – O Plano de Deus para Israel. Exo. 16. 2-4, mostra que quando o povo murmurou pedindo carne Deus respondeu a contra gosto, dando-lhes cordonizes (V. 12,13) mas também introduziu o alimento ideal, o maná (V. 15a – 21). A desaprovação divina ficou evidente quanto ao alimento cárneo por varias razões, duas delas estão aqui destacadas:

A – Somente o maná permaneceu, as cordonizes foram retiradas.

B – Quando o povo pediu mais carne esta lhe foi dada, mas junto com a conseqüência da morte. Num. 11. 4-19 e 31-34.

Não era plano divino que se usasse a carne como alimento, mas devido ao desejo do povo o Senhor indicou o tipo de carne que deveria ser consumida em Lev. 11. Como já havia feito nos dias de Noé (Gen 7. 2-3).

Por outro lado, embora o Senhor desse o maná por 40 anos ao Seu povo no deserto, permitiu que após haver experimentado os benefícios desse novo regime sem carne, pudessem decidir por si mesmos como seria sua alimentação liberando e regulamentando o uso da carne de animais limpos. O único ponto no qual Deus foi irredutível foi na questão dos animais imundos.

04 – Deus compreendia e aceitava as pessoas apesar de terem um regime alimentar não vegetariano:

A – Os sacrifícios expiatórios, as porções dos sacerdotes, a páscoa, os corvos de Deus alimentando Elias com pão e carne, etc.
B – Jesus multiplicou peixes para a multidão duas vezes, demonstrando compreensão divina neste assunto e que a aceitação do crente no Reino de Deus é independente do assunto da carne salvo por condescendência com o apetite que leva a gula e exclui do Reino (Gal. 5.21).
C – Jesus comendo peixe com os discípulos (Luc. 24. 41-43 e DTN, 768, 1), mostrou a compreensão e paciência de Deus.
D – A recomendação apostólica estava rigidamente ligada ao texto bíblico daí condenar o sangue, a carne sufocada, evitar as sacrificadas aos ídolos, porém não proibia o uso da carne limpa (Atos 15. 19-20, 29)

05 – Em nossos dias temos na Igreja Adventista a orientação profética sobre o assunto da santidade do corpo, e da saúde que abrange também o tema do uso da carne.

RAZÕES PARA AS FORTES DENÚNCIAS CONTRA A CARNE

Regime mais popular envolvia era composto de carne, gordura, amido e doces. (Conf. SDABC, vol. X, 390), comiam “carne em alta escala” no país.CSRA, 412.
A forte resistência e ataques que membros e pastores faziam à Reforma de Saúde. CSRA, 401.

MALEFÍCIOS DO ALIMETO CÁRNEO

A condescendência com o apetite gera doença e temos o exemplo do antigo Israel não renunciando o desejo de carne, vindo então a peste. CSS, 141.
Uma reforma é necessária nesta questão da saúde, pois a carne põe em perigo a saúde física, mental e espiritual. CSS, 575.
Muitos dos meio convertidos nesta questão sairão do povo de Deus. CSS, 575; CSRA, 382.
Moléstias dos animais são transmissíveis. CSRA, 384.
Estimulantes das paixões carnais junto com a manteiga. CSRA, 48 e 395.
Câncer transmitido pela carne. CSRA, 384 e 388.
Inabilita (o uso da carne) para cargos nas instituições, quando a pessoa rejeita obedecer à luz que têm. CSRA 415 e 416.
Há influência negativa dos carnívoros sobre as pessoas. CSRA, 404.

Muitos outros pontos negativos sobre a carne, alimentos animais e outros danosos à saúde poderiam ser aqui adicionados, estes, porém, foram apresentados como uma amostra da seriedade da questão.


OS MINISTROS E O ALIMENTO CÁRNEO


O DEVER DOS MINISTROS

1. Devem ser estritamente temperantes no comer e beber. CSRA, 382.
2. Devem despertar o povo e dar bom exemplo em não comer carne. CSRA, 399.
3. A responsabilidade de vencer o apetite pesa sobre todos e em especial sobre os ministros. CSRA, 54.

RESULTADO DE REJEITAR A REFORMA DE SAÚDE E NÃO APOIÁ-LA

1. Não serem separados como mestres do povo enquanto ensino e exemplo contradiz, por falta de interesse devido à condescendência, a mensagem sobre a reforma pró-saúde (não só carne) CSRA, 453,454.

RESULTADO DE CONTINUAR ACOMER CARNE POR APETITE PERVERTIDO

1. Unir-se a outros pela condescendência em comê-la, onde há abundância de frutas e verduras, pode, possivelmente, abalar a confiança no ministro. CSRA, 402.
2. A condescendência de ministros pagos pelo dízimo com o apetite pervertido nessa questão é desprezo pelas advertências de Deus e prejuízo para a saúde. CSRA, 404.

A ATITUDE DE ALGUNS MINISTROS NOS DIAS DE E. G. WHITE

1. Alguns ministros demonstravam pouco interesse na reforma pró-saúde devido a condescendência. CSRA, 453.
2. Muitas pessoas e alguns ministros têm demonstrado pouca consideração para com a Departamento de Reforma de Saúde, por não verem a relação da Reforma de Saúde com a mensagem. CSRA, 73
3. Em 1904 muitos ministros não seguiam a reforma pró-saúde apesar da luz dada. CSRA, 288.


A REFORMA ENVOLVE MAIS DO QUE CARNE

1. Ar puro: respiração correta, ambiente arejado, ventilação natural para enfermos, passeios ao ar livre, fuga de lugares poluídos.
2. Luz solar: exposição diária, tempo de exposição, horário de exposição, exposição de roupas e de partes internas da casa.
3. Abstinência: café, chá preto, carnes imundas, cigarro drogas, bebidas alcoólicas, por peculiaridades pessoais.
4. Água em abundância: beber suficiente e limpa, banhar-se diariamente, lavar roupas e utensílios, substituir bebidas artificiais por naturais, não usar às refeições.
5. Repouso: dormir cedo, acordar cedo, ter dia de folga, férias, intervalos no trabalho, evitar lazer competitivo ou de jogos de azar.
6. Exercício físico: adequado à pessoa e idade, moderado, regular, vitalício, não violento, não competitivo, preferir caminhar e cuidar da terra.
7. Confiança no poder de Deus: Leitura da Bíblia, compromisso com a igreja, tempo para oração, meditação, testemunho. Cultivar a fé a esperança e o amor.
8. Alimentação conveniente:
a) Cuidar com a quantidade (suficiente x insuficiente)
b) Cuidar com a qualidade (carne, açucar, amidos, gordura, condimentos, etc.)
c) Cuidar com a freqüência. (duas a três vezes)
d) Cuidar com as combinações (leite e açúcar, frutas e verduras, mais de três variedades na mesma refeição, líquido às refeções, etc.)
e) Cuidar com a adequação (atividade física, intelectual, clima, idade, estado de saúde, condições dos órgãos digestivos, etc.)

A questão da carne, portanto, é uma pequena parte de um dos oito remédios da natureza, e não é a Reforma de saúde em si, mas um detalhe dela.

CITAÇÕES GERAIS APLICADAS EXCLUSIVAMENTE À CARNE

1. “Contamina o sangue” – Em geral aplicado à carne refere-se a outras coisas como: açúcar, leite e ovos juntos, falta de exercícios físicos, frutas junto com verduras, não beber água suficiente. CSRA, 113, 330, 354.
2. “Enfraquece a mente para o trabalho ministerial” - açúcar, leite e ovos juntos, queijo, manteiga, massas suculentas, condimentos, frutas e verduras juntos, dormir tarde e insuficiente, comer demais, comer fora de hora. CSRA, 113, 327, 328, 331, 354 395 (usar manteiga com moderação, 352)
3. “Não liderar instituições” – para os que combatiam a Reforma de Saúde e queriam colocar carne nas instituições.
4. “Pastor deve ser exemplo” – refere-se a tudo e não apenas a carne os textos dizem “ na temperança” e na “ reforma de saúde”. CSRA, 402
5. A carne é o pior alimento – Açúcar, massas e bolos são piores do que carne. CSRA, 328, 334.
6. Se a carne não é doente é mais recomendada do que grandes quantidades de leite com açúcar. Não faz o mal que leite com açúcar fazem.CSRA, 334, 330.
7. A carne desqualifica para o ministério – torta doce desqualifica para o serviço de Deus. CSRA, 333. Imprudência no comer inabilita para a obra que precisa ser feita. 335
8. “Não se pode comer carne alguma pois os animais estão doentes” – Apesar disso, Ellen White fez exceções para uso de carne e outros itens afetados pelas doenças dos animais. Para isso recomendou cuidado. Veja CSRA, 355, 356


QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE PARA COM OS QUE COMEM CARNE?

Há, realmente alguns que vivem em circunstâncias que os impedem de adotarem plenamente a reforma? Se assim for, trata-se de um princípio que deve ser ajustado a cada indivíduo em particular. É uma questão pessoal.

Entender que a Reforma de Saúde deve ser progressiva. CSRA, 356.
Não tomar atitudes críticas, de ataque, buscando corrigir os outros, pois isso desperta resistência e cria mau hábito de crítico no que pretende ajudar. CSRA, 464.
Considerar que o abandono da carne pode não ser o ideal para todos.

“O regime cárneo não é o mais são, e, todavia eu não tomaria a atitude de que ele deva ser rejeitado por toda pessoa”.CSRA, 395.

Verificar as possíveis exceções dadas no Espírito de Profecia.

“Se a reforma pró-saúde com todo o seu rigor for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem”. CSS, 137. Quais são essas circunstâncias?


CIRCUNSTÂNCIAS OU EXCEÇÕES INDICADAS POR ELLEN WHITE
PARA NÃO SE ADOTAR O VEGETARIANISMO

1. Tuberculosos desenganados – não devem ser forçados a deixar a carne. CSRA 292,2:

“Os tuberculosos que se acham em decidido caminho da sepultura, não devem fazer mudanças particulares a esse respeito, mas seja exercido cuidado para obter carne de animais o mais saudáveis possível.”

2. Pessoas que sofrem de tumores não devem ser forçadas a deixar a carne. CSRA, 292, 3:

“As pessoas que têm tumores a minar-lhes a vida, não devem ser carregadas com a questão de deverem ou não abandonar o uso da carne. Cuide-se de não coagir a uma resolução quanto a esse assunto. Não ajuda ao caso forçar a mudanças, mas prejudicará aos princípios de abstinência da carne. Façam-se palestras na sala de visitas. Eduque-se a mente, mas não se force a pessoa alguma, pois tal reforma feita sob pressão é inútil....”

3. Vários tipos de doenças e exaustão (esgotamento). CSRA, 394:

“Em certos casos de doenças ou exaustão, poderá ser considerado melhor usar alguma carne, mas grande cuidado deve ser tomado para adquirir carne de animais sadios.”

4. Facultativa onde não haja abundância de vegetais. CBV, 103.

5. Deve-se considerar a emergência como no exemplo de E. G. White. CSRA, 394:

“Quando não me foi possível obter o alimento de que necessitava, comi um pouco de carne algumas vezes; mas estou ficando cada vez mais atemorizada de fazê-lo.”

6. Órgãos digestivos fracos. CSRA, 395:

“Os que têm fracos órgãos digestivos, podem muitas vezes comer carne, quando não lhe possível ingerir verduras, frutas e mingaus.”

7. Hábitos não devem ser mudados precipitadamente. CSRA, 462:

“Hábitos que foram por toda a vida ensinados como sendo direitos, não devem ser mudados por medidas rudes ou precipitadas.”

8. Pobres não devem ser coagidos a deixar a carne. CSRA, 463:

“Sinto sincera comiseração para com famílias que chegaram à fé recentemente, e que se sentem tão premidas pela pobreza que não sabem de onde lhes virá a próxima refeição. Não é meu dever fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há tempo de falar, e tempo de calar.”

Caso fosse um ponto de comunhão com a igreja, espiritualidade ou de salvação como justificar tais declarações?
Trata-se de hábito específico (a reforma de saúde é mais ampla). Nesses casos o consumo da carne não ocorre por desprezo e rejeição á Reforma de Saúde e nem por condescendência com o apetite pervertido, mas por uma razão pessoal que deve ser respeitada. Ou seja, quem come carne não a come sempre por ter apetite pervertido.

ATITUDES RECOMENDADAS POR ELLEN WHITE SOBRE O COMER CARNE

1. Comer ou não comer carne não é teste. CSRA, 462. Nem os que comem são os maiores pecadores:

“Devemos considerar a situação do povo, e o poder de hábitos e práticas de vidas inteiras, e devemos ser cautelosos em não impor aos outros nossas idéias, como se esta questão fosse um teste, e os que comem carne fossem os maiores pecadores.”

2. Ninguém deve ser consciência do outro nesta questão. CSRA, 463:

“Nunca julguei ser meu dever dizer que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer circunstâncias. Dizer isto, quando o povo tem sido educado a viver de comer carne em tão grande medida, seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho sido cautelosa em minhas afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro. ...”

3. Não há regra estabelecida nessa questão (CSRA, 95,3; 404:2):

“Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde abundam as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus.”
“Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra para outra. Cada um deve exercer discernimento e domínio, agindo por princípio.” CSRA, 139

4. Não é prova de comunhão para os crentes (CSRA 404:3, 466):

“Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso da carne, têm sobre outras pessoas.”

5. Não é uma prova para ministros e não devem ser forçados a abandonar o seu uso. O ministro que comer é responsável pelas conseqüências. CSRA 401,2:

“Se bem que não tornemos o uso do alimento cárneo uma prova, se bem que não queiramos forçar ninguém a abandonar seu uso, todavia é nosso dever instar para que ministro algum da associação faça pouco da mensagem de reforma nesse ponto, ou a ela se oponha. ... Ele [o Senhor] nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma pró-saúde, e se não podeis avançar nas fileiras dos que a estão proclamando, não o deveis tornar notório. Neutralizando o trabalho de vosso co-obreiros, que estão ensinando a reforma pró-saúde, estais fora da ordem, operando do lado contrário.” (1902)

6. Não vibrar ataque contra quem está comendo carne. CSRA, 462,2:

“Quando assentados a uma mesa onde haja carne, não devemos vibrar um ataque contra os que a usam, mas deixá-la intocada quanto a nós, e se nos perguntarem a razão de assim proceder, devemos de maneira bondosa explicar o motivo de não a usarmos.”

Em face do que foi abordado até aqui introduziremos, agora, um quadro apresentando a atitude de E. G. White em relação aos pastores e administradores que não apoiavam a reforma pró-saúde chegando, alguns, até a zombar dela e combatê-la. A razão evidente era que, entre outras coisas, não pretendiam restringir a condescendência com o apetite nessa questão.
Ela não estava falando dos que eventual e circunstancialmente comiam carne, como ocorreu com ela mesma, ou daqueles que podiam enquadrar-se numa das exceções já mencionadas neste material, mas àqueles que optaram, devido ao apetite pervertido, por comer carne regularmente, em desrespeito e pouco caso com a luz recebida, e até combater a reforma pró-saúde. Vejamos:


RECOMENDAÇÃO GERAL DE E. G. WHITE DE COMO AGIR

1. Não é uma prova e nem é forçado o ministro deixar a carne, mas ele não deve se opor e nem fazer pouco caso do assunto. Se não pode avançar junto com os que proclamam a reforma pró-saúde não deve fazer isso notório. CSRA, 401. (1902)

Portanto, a questão da carne como alimento é pessoal, não é ponto de comunhão e teste de fé na igreja, nem para membros, nem para ministros, contanto que não combatam a reforma pró-saúde que deve ser apresentada com tato, sem forçar as pessoas. Ao mesmo tempo deve-se entender as exceções que provam que o assunto não é ponto de salvação, a não ser que a pessoa esteja comendo-a por condescendência com o apetite (gula), e isto é aplicável a qualquer outro alimento.
Danos físico que repercutem na vida espiritual e eficiência para a obra de Deus são resultado da condescendência com o apetite pervertido no regime alimentar. O único caminho seguro é seguir a luz recebida para os nossos dias quando tantas doenças afetam os animais e a perversão dos sentido toma conta do mundo.

“Devemos lembrar que há demasiado tipos de mentalidades no mundo, e que não podemos esperar que cada um veja exatamente como nós em todas as questões de alimentação. As mentes não seguem exatamente a mesma direção.” CSRA, 351

“Nossos ministros devem tornar-se inteligentes nesta questão. Não a devem ignorar, nem se desviar pelos que os chamam extremistas. Verifiquem o que constitui a verdadeira reforma pró-saúde, e ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como por tranqüilo e coerente exemplo.” CSRA, 451


· Demóstenes Neves da Silva, Mestre em Teologia, é Professor do SALT-IAENE.

Afirmações e Negações quanto ao Dom de Profecia


O DOM PROFÉTICO*

Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é um sinal de identificação da Igreja remanescente, e foi manifestado no ministério de Ellen White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autoritativa fonte de verdade que provê conforto, orientação, instrução e correção para a Igreja. Ela também torna clara que a Bíblia é o padrão pelo qual todo ensino e experiência devem ser testados. Apoio para isto é encontrado nas seguintes passagens bíblicas: Joel 2:28-29; At 2:14-21; Hb 1:1-3; Ap 12:17; 19:10.

As seguintes afirmações e negativas procuram responder a questões suscitadas acerca da inspiração e autoridade dos escritos de Ellen White, e sua relação com a Bíblia. Esses esclarecimentos devem ser tomados em conjunto. Eles são uma tentativa de expressar o atual entendimento dos Adventistas do 7º Dia. Essas afirmações não devem ser entendidas como substitutas de parte ou do todo das doutrinas acerca do dom de profecia.

Afirmações:

1. Nós cremos que a Escritura é a Palavra de Deus, divinamente revelada, e é inspirada pelo Espírito Santo.
2. Nós cremos que o cânon da Escritura é composto somente de 66 livros do Antigo e Novo Testamento.
3. Nós cremos que a Escritura é o fundamento da fé e autoridade final em todos os assuntos de doutrina e prática.
4. Nós cremos que a Escritura é a Palavra de Deus em linguagem humana.
5. Nós cremos que a Escritura ensina que o dom de profecia será manifestado na Igreja Cristã depois dos tempos do Novo Testamento.
6. Nós cremos que o ministério e escritos de Ellen White foram uma manifestação do dom de profecia.
7. Nós cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e que seus escritos, produto dessa inspiração, são aplicáveis e autoritativos especialmente para os Adventistas do 7º Dia.
8. Nós cremos que o propósito dos escritos de Ellen White inclui orientação no entendimento dos ensinos da Escritura e na aplicação desses ensinos, com urgência profética para a vida espiritual e moral.
9. Nós cremos que a aceitação do dom profético de Ellen White é importante para o fortalecimento e unidade da Igreja Adventista do 7º Dia.
10. Nós cremos que o uso de fontes literárias e assistentes, feitos por Ellen White, encontra paralelo em alguns dos escritos da Bíblia.

Negações:

1. Nós não cremos que a qualidade ou grau de inspiração nos escritos de Ellen White seja diferente das Escrituras.
2. Nós não cremos que os escritos de Ellen White são uma adição ao cânon da Escritura.
3. Nós não cremos que os escritos de Ellen White funcionem como fundamento e autoridade final da fé cristã, como o é a Escritura.
4. Nós não cremos que os escritos de Ellen White possam ser usados como base de doutrina.
5. Nós não cremos que o estudo dos escritos de Ellen White possa ser usado para substituir o estudo da Bíblia.
6. Nós não cremos que a Escritura possa ser entendida somente através dos escritos de Ellen White.
7. Nós não cremos que os escritos de Ellen White esgotam o significado da Escritura.
8. Nós não cremos que os escritos de Ellen White são essenciais para a proclamação das verdades da Escritura para a sociedade em geral.
9. Nós não cremos que os escritos de Ellen White são o produto de mera piedade cristã.
10. Nós não cremos que o uso de fontes e assistentes por Ellen White neguem a inspiração dos seus escritos.

Concluímos, portanto, que o correto entendimento da inspiração e autoridade dos escritos de Ellen White evitará dois extremos:
1) Considerar estes escritos como funcionando em um nível canônico idêntico com a Escritura, ou 2) Considera-los como literatura cristã comum.

* Tradução (feita pelo DEDUC do Salt-Iaene) do material encontrado no site oficial do White Estate (www.whiteestate.org).

07/05/2009

A INFLUÊNCIA DAS MÃES


Domingo (10/05/2009) é dia das mães, na verdade todos os dias deveriam ser dias das mães! Seres que por mais que nos esforcemos não conseguiremos jamais apresentar a devida gratidão por tudo que fizeram, fazem e ainda farão (pois mesmo as que já descansam na sepultura deixaram sua marca profunda nos filhos) por nós.

Gostaria de analisar, neste momento, com vocês o papel que tem a mãe na vida dos filhos, quanto a influenciá-los para o bem ou para o mal, para o céu ou para a destruição eterna.

“Se sou teu filho ó Senhor, foi porque me deste tal mãe!” Disse Santo Agostinho; e também o famoso presidente americano Abraão Lincoln falou: “Tudo quanto sou e espero ser devo à minha mãe”.

“A esfera de atividade da mãe pode ser humilde; mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na terra. A influência da mãe é incessante; e se essa influência está sempre do lado do direito, o caráter dos filhos testificará de seu valor e zelo moral[1]”.

Nós vemos a influência das mães sobre os filhos na vida de um personagem bíblico, Moisés, que foi criado por sua mãe até aproximadamente 12 anos, e nesta convivência foi preparado tanto para esta vida quanto para a futura.

Veremos os textos bíblicos e depois analisaremos a questão da influência materna.

Êxodo 2:7-10: “Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou. Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei.”

Hebreus 11:23-29: “Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo.”

I.AS MÃES INFLUENCIAM OS FILHOS NAS COISAS DESSA VIDA

1 – Orientando sua maneira de agir

Na vida de Moisés “as lições aprendidas ao lado de sua mãe, não as esquecia. Eram um escudo contra o orgulho, a incredulidade e o vício que medravam por entre os esplendores da corte[2]”. A sua mãe influenciou o seu modo de agir.

“Os pensamentos e sentimentos da mãe terão poderosa influência sobre o seu legado aos filhos. Se ela permite que sua mente se demore sobre seus próprios sentimentos, se tolera o egoísmo, se é irritadiça e exatora, à disposição dos filhos testificará destes fatos.”[3]

Dos sessenta e nove monarcas que ostentaram a coroa da França, declara um escritor desse país, somente três foram bondosos e magnânimos para com o seu povo, exatamente aqueles que foram educados pelas mães, sem a interferência de preceptores da corte. Os demais afirma o renomado historiador, “foram intolerantes, tiranos e cruéis”[4]

As mães têm em suas mãos a oportunidade de influenciarem seus filhos de maneira a que eles sejam pessoas respeitadas na sua família e na sociedade, e sejam pessoas de bem e ajudadoras.
Do modo como as mães ensinam, seus filhos agirão, se foi amor que aprenderam revelarão amor, se não, apresentarão toda descortesia e maltratos que viram quando pequenos. E da forma como foram ensinados atuarão durante sua vida.

2 – Dando um legado que dura a vida inteira

“Toda a vida futura de Moisés, a grande Missão que ele cumpriu, como chefe de Israel, testificam da importância da obra de uma mãe cristã[5]”.

João Ruskin grande ensaísta, crítico e reformador inglês, escreveu sobre sua mãe: “Tudo o que já ensinei sobre arte, tudo o que já escrevi, qualquer grandeza que esteja contida em algum pensamento meu, qualquer coisa que eu tenha feito de bom na vida – tudo se deve simplesmente ao fato de que, quando criança, tive uma mãe que comigo lia uma porção diária da Bíblia, e me fazia memorizar uma porção dela diariamente[6]”.

Sim amigos, em uma grande parte a mãe tem nas mãos o futuro de seus filhos, seja para o bem ou para o mal.

Mas a influência das mães não se resume a esta vida, ela influenciam para a eternidade.

II. AS MÃES INFLUENCIAM OS FILHOS NAS QUESTÕES ESPIRITUAIS

1 – Instruindo a apartar-se do pecado

Moisés teve diante de si todo o poder que era oferecido na época, o avô adotivo queria fazê-lo seu sucessor e para isto teria que ser educado em toda a sabedoria dos egípcios , poderia ter tido as mulheres que quisesse, os manjares mais finos, mas em nenhuma destas coisas Moisés fora reprovado, por que fora educado na infância no caminho de Deus.

“Estudou os mistérios da religião egípcia, mas não participou do culto aos deuses [7]”, sabia que só devia render homenagem a Deus.

E quantas pessoas não foram influenciadas pelas mães a ficarem do lado de Deus em qualquer situação, um exemplo disso é João Wesley, o fundador da Igreja Metodista, sua mãe ajudou todos os 16 filhos, inclusive João e Carlos, a serem cristãos.

A mãe tem um poder em suas mãos e não pode desperdiçar esta chance. Ela pode ajudar seu filho a desejar o céu.

2 – Criando o desejo de vivenciar a eternidade

“Moisés fora instruído em relação à recompensa final a ser dada aos humildes e obedientes servos de Deus, e as vantagens humanas tombaram na insignificância que lhes é própria em comparação com aquela recompensa[8]”.

A influência da mãe produz frutos eternos, no caso de Moisés, para a salvação. E toda mãe deve incentivar seu filho a querer estar no céu com o Senhor Jesus que deu sua própria vida para salva–los. Se os pequenos tiverem este desejo qualquer prazer e honra que lhes forem apresentados e se eles sentirem que estas coisas vão tirar sua mente do prêmio (que é a vida eterna), eles saberão se desviar delas e continuar almejando o céu.

CONCLUSÃO:

Portanto como nós vimos a mãe de Moisés (assim como todas as mães) teve o poder de orientar seu filho para ser um grande homem durante a sua vida terrena e também através da sua instrução ajudou seu filho a ficar do lado de Deus diante de grandes provações e esta mesma influência religiosa o ajudou a sempre visualizar o alvo de sua soberana vocação .

Todas as mães têm o privilégio de influenciar os seus filhos para o bem. Que as mães se comprometam a passar às futuras gerações os bons princípios da cidadania terrena e da celestial. Feliz dia das mães.
[1]Ellen G. White, O Lar adventista (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996), 240.
[2]Ellen G. White, Patiarcas e Profetas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997), 244.
[3]White, O Lar adventista, 241.
[4]Moysés M de Oliveira, Novas ilustrações para todas as horas (Rio de Janeiro: JUERP, 1985), 113.
[5]White, Patriarcas e Profetas, 244.
[6]Donald E. Mansell, e Vesta W. Mansell, A Certeza do amanhecer (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1998), 136.
[7]White, Patriarcas e profetas, 245.
[8]White, Patriarcas e profetas, 246.

03/05/2009

Decisão


O nosso planeta está vivendo numa grande guerra entre Cristo e Satanás e temos que escolher de que lado ficaremos. Nesta questão não existe meio termo, ou somos de um exército ou de outro. Jesus disse: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” Mt. 12:30.
Os dois generais nos convidam a fazer parte de seu lado, os dois montam campanhas de alistamento e dizem – O meu lado é o melhor! Que fazer?Diante destes arrazoamentos devemos tomar uma decisão – escolher hoje a quem vamos seguir, se Deus ou o Diabo.

Gostaria de falar-lhes dos apelos apaixonados de um Deus amoroso que quer nossa felicidade e que escreveu com sangue na história – “o meu lado é melhor, eu lhe amo e você me aceite ou não vou continuar lhe amando”.

Esta questão da decisão é uma questão de vida ou morte. Moisés, perto de sua morte, passou a relembrar a Israel os feitos e as leis de Deus e pediu que o povo escolhesse servir a Deus, pois disso dependeria sua vida: “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó” (Dt. 30:15-20).

Josué (sucessor de Moisés) também perto do fim de sua vida falou: “Agora, pois, temei ao SENHOR e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR. Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR" (Js. 24:14,15).

Elias num grande momento de apostasia de Israel chamou o povo a tomar uma decisão: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu” (I Rs. 18:21).

Os santos homens de Deus vez após vez conclamaram o povo a buscar ao Senhor e poucos foram os que lhes deram ouvidos.

Mas Deus não desiste, não esquece, ele ama com amor eterno, não tem prazer na morte do perverso, mas em que ele se arrependa e volte para o seu Deus. (veja Ez.18:23 e 32).

Hoje é mais um dia de recrutamento, o Senhor precisa de você, quer lhe dar salvação.

É interessante notar também que a decisão para fazer parte do exército de Cristo tem um caráter de urgência.

Hebreus 3:7,8 - “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto.” Esse “hoje“ do texto aponta para o fato que ainda existe graça para nós, mas um dia vai acabar, e quem sabe quando?

II Coríntios 6:2 - “(porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação)” – aqui o dia da salvação significa o período em que a graça durar, mas vai ter um fim para os pecadores que não quiserem se arrepender.

Isaías 55:6 – “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Aqui também é ressaltado o fato de que um dia ao convite da graça vai cessar, por que não aceita-lo hoje?

E depois de termos conhecido o que Jesus nos ensinou, somos admoestados, como Paulo o foi, a sermos batizados e assim demonstrarmos publicamente de que lado estamos: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele.” (At. 22:16, grifo e negrito acrescentados)

Sabe por que esta pressa? Existem pelo menos duas razões:

1. Não sabemos o que nos acontecerá amanhã – “Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz.” (Pv. 27:1); Jesus contou uma parábola sobre um homem rico que tinha um campo com grande produção aquele ano, e que numa noite estava pensando o que fazer com o produto e os celeiros (que eram pequenos para tanta abundância de víveres), e disse de si para si “fique tranqüilo, relaxe, você tem recursos para lhe sustentar por muitos anos”. Porém, Jesus conclui o relato dizendo: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” (Lc. 12:20,21); e ainda Tiago em sua carta assevera: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tg. 4:13-15, negrito acrescentado).

Passo a narrar-lhes dois casos que presenciei no distrito de Santa Rita-PB. O primeiro aconteceu em 2007, Maria (pseudônimo) recebeu estudos bíblicos de algumas irmãs da Igreja Central deste distrito e resolveu ser batizada, fui a sua casa, marcamos a data do batismo e tudo estava bem. Dona Maria, porém, era uma pessoa doente e passou mal, tendo que ir ao hospital. Ficou internada por alguns dias e infelizmente, poucos dias antes de seu batismo, chegou a óbito. O que quero destacar desta experiência é que ela tomou a decisão na hora certa, selando a sua vida com Cristo, poucos dias depois de aceitar plenamente a Jesus como seu salvador ela morreu.

O segundo é de uma Jovem que participou de uma conferência evangelística realizada em Santa Rita em 2008, ia quase todas as noites e recebia estudo em sua casa, na hora de dizer sim para Jesus ela e sua mãe disseram que não estavam preparadas e não se decidiram, ela ainda foi à Igreja alguns dias, mas depois parou. Três meses depois disto ela estava em sua casa, assistindo TV, quando ocorreu um tiroteio e saiu para ver, foi baleada, na hora não percebeu, e entrou em sua casa. Depois começou a sentir uma forte dor, foi levada ao hospital, mas não resistiu. O que quero destacar desta história é que ela teve a chance e aceitar a Jesus, mas deixou para depois e não teve mais essa chance.

Não estou querendo dizer que se não aceitarmos a Jesus iremos morrer logo, mas que nós não temos controle sobre nossa vida e não sabemos o que nos acontecerá daqui a 1 minuto. Por isso somos convidados, e com urgência, a aceitar Jesus como salvador e Senhor.

2. Podemos desfrutar de um pedacinho do céu aqui na Terra – Deus deseja que tenhamos vida e vida em abundância (Jo. 10:10). Porque a vida que temos neste mundo, mesmo que tenhamos toda riqueza e conforto, é uma vida marcada de sofrimento e desesperança. Estamos à mercê de toda e qualquer calamidade, todo e qualquer fenômeno da natureza, enfim de tudo. Mas nosso Deus e Pai nos promete algo melhor já aqui – paz (Jesus disse que nos daria paz, paz que o mundo não conhece), mesmo nos momentos mais difíceis; amor, esperança verdadeira e etc.

Com Jesus podemos passar por toda e qualquer situação, mesmo que seja a morte, e ainda assim ter paz e esperança. Por isso Deus anseia que nós o aceitemos ele quer mudar nossa vida e já.
Você caro leitor pode ainda não ter aceitado a Jesus como general, então ouça o Seu convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt. 11:28-30). Não importa o que você tenha feito ou esteja fazendo Ele te ama e te chama (não significa que ele aprove nossos maus atos, mas que Deus nos aceita de qualquer jeito e depois Faz a Sua obra em nós).

Agora se você fez um dia profissão pública de seguir a Deus, mas sente que em sua vida existem algumas coisas que não O agradam, decida ser 100% Jesus. Irmão (ã) querido (a) Jesus breve virá e o que será de você? Hoje, enquanto estamos com vida e plena consciência, é que temos que decidir seguir-Lo! Não deixe que nenhum pecado secreto lhe aparte do nosso Grande Amigo e Salvador, Ele deseja mudar sua vida também. Busque a Deus em primeiro lugar, faça dEle seu Companheiro, seu Confidente, seu Ajudador.

Hoje é dia de decisão - Escolham a Jesus.

30/04/2009

REFLEXÃO SOBRE O TEMA: LEI X GRAÇA


Você já ouviu que nós não devemos mais guardar os mandamentos de Deus já que estamos sob a graça? Será isto verdade? Muita gente boa e sincera tem falado isto, será que eles não estão com a razão? Este é um tema muito importante para analisarmos hoje. Veremos qual o papel da lei e da graça na salvação, e também se ainda é importante obedecermos à lei, já que não estamos debaixo dela.
Primeiramente veremos o que é graça e porque precisamos dela.

I. A GRAÇA

a) O que é?
“Graça - (do hebraico hessed; do grego charis; do latim gratia) Favor imerecido concedido por Deus à raça humana. É um fluir único da bondade e generosidade de Deus. O objetivo da graça é duplo: 1. salva o homem do pecado; e 2. restringe a ação deste (pecado), levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, ensina o apóstolo Paulo, é operada pela fé.”[1]

Somos salvos pela graça (Ef. 2:5,8) e alcançamos esta graça pela fé, que também é um dom de Deus (Ef. 2:8). Ele nos veste com vestes de salvação (Is. 61:10). Pelo próprio conceito dado, aprendemos que não fazemos ou temos nada que nos torne merecedores da salvação (que vem pela graça). Ela simplesmente é fruto do amor (Jo 3:16) e da misericórdia de Deus ( Ef. 2:4,5).
Esta graça está disponível a todos os homens (Ler Tt 2:11). Ela produz justificação, santificação e, por fim, glorificação. É muito importante saber que sem a graça de Deus não há salvação para nós (Ef. 2:8,9). Por mais que nos esforcemos, não produziremos justiça própria que nos garanta a entrada no céu (Is. 64:6). Só nos resta aceitar o convite da graça em Is. 1:18, 19.

O que ocasionou a necessidade da graça de Deus para nossa salvação? Por que o nosso caso é tão sério que unicamente pela intervenção divina pode haver esperança para nós? Veremos a seguir.
b) Nossa necessidade dela
Para entendermos o porquê da nossa necessidade da graça precisamos analisar a nossa condição.
Deus criou o Homem no Éden e estabeleceu a condição para a vida –“Não coma do fruto da árvore do meio do jardim, pois se comer, morrerá”. Mas houve desobediência, e como conseqüência veio a punição – morte e condenação de morte eterna. Estávamos perdidos, entrara o pecado no mundo.

Já que o pecado entrou, não poderia sair com um pedido de desculpas ou com arrependimento e estaria tudo bem? Para responder, vamos ver o que é pecado.

Além do ato o pecado pode ser: “Um Sentimento: Mt. 5:22; Um Desejo: Mt. 5:28; Omissão: Tg. 4:17; Parcialidade: Tg. 2:9; Defeito de caráter: Mt. 7:18-20; Mt. 15:18-20; Fanatismo (Proibir ou condenar aquilo que Deus nunca proibiu ou condenou) Cl. 2:20-23, I Tm. 4:1-3; Estado: Ignorância culposa – At. 13:22; Jo. 3:10-12; e Escassez de Poder: Rm. 11:17; At. 3:17,18; Natureza: Rm. 7: 14-23; transgressão da lei: I Jo. 3:4.”[2]

Tal é a situação, que Paulo chega a afirmar que nós sem Deus nos encontramos “mortos em nossas ofensas e pecados” (Ef. 2:1-3). Não há esperança de salvação, pois o pecado gerou: “Rm 7:7-13 – Condenação, culpa; Rm 3:23 – Destituição da Glória de Deus; um mal hereditário e Universal – Sl. 51:5; Rm 3:9-18; alteração da natureza humana (Natureza pecaminosa); perda da Imagem moral de Deus (Justo, Santo e Perfeito), que afetou negativamente o relacionamento pessoal com Deus (separação, Gn 3:8; Is 59:2) e o interpessoal (Gn 3:12,13); perda da dignidade pessoal, vergonha do corpo (Gn 2:25; cf. 3:7); Hostilidade com a natureza (Gn 3:17,18); sofrimento e morte (Gn 3:16,17-19); Culpa (Rm 3:13; Tg 2:10); Expulsão do Éden (Gn 3:22-24) e Tendência inata de buscar a salvação pelos próprios meios (Gn 3:7)”[3]

Por isso, precisamos de um salvador, não podemos salvar-nos por nós mesmos. Tudo que façamos estará contaminado com a mancha do pecado. Aí entra o amor de Deus: sabendo que somos incapazes de restaurar por nós mesmos o ideal edênico, de operarmos uma reconciliação, Ele, por Sua graça, nos salva, nos regenera e nos capacita a estar em Sua presença.

Dessa forma, vimos que a graça é boa, é um dom de Deus, não fizemos nada para merecê-la, mas a recebemos por fé. E ainda vimos que precisamos dela para sair da condição deplorável em que nos encontramos. Logo, a graça é maravilhosa, mas e a Lei, o que dizer dela?

II. A LEI

a) O que é?
A lei de Deus é uma descrição de Seu caráter. Deus é: Santo (Lv. 19:2); Justo (Sl. 145:17); Bom (Sl. 34:8); Eterno (Is. 40:28); Imutável (Ml. 3:6); Amor (I Jo. 4:8), apenas para citar algumas das características de Deus. Sua Lei também é Santa (Rm. 7:12); Justa (Rm. 7:12); Boa (Rm 7:12); Eterna (Sl. 119:144); Imutável (Sl. 89:34); e o cumprimento dela é o Amor (Rm. 13:10).
Em Êxodo 20, é encontrada e chamada de “lei moral”, mas existem também outras leis, como a “cerimonial” e a de “saúde”, por exemplo. Ela nos foi dada como um padrão de conduta tanto para o nosso relacionamento com Deus, como para com os homens. É dever de todos os homens guardá-la (Ec. 12:13),e isto só é possível com a ajuda de Jesus (Jo 15:5).

Existe um “porém” quanto à guarda da lei: obedecê-la não produz salvação (Gl. 2:16). Então porque guardá-la? Qual o papel dela? Veremos a seguir.

b) Para que existe a Lei?
b).1 Mostrar o pecado – I Jo. 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”; Rm 3:20 “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.”
A Lei de Deus serve como padrão moral para o pecador, apontando-lhe um ideal. Logo, ao esse alvo não ser alcançado, acontece o que a Bíblia chama de pecado. A Lei apenas mostra-lhe em que falhou para que você busque a Deus por solução.
Imagine alguém com o rosto sujo de cinza, chega em casa e não vê que está melado, aí ele vai ao espelho e exclama: - “Oh! Eu estou sujo!”. Pergunto então: O espelho pode limpá-lo? Dirão que não, e então o que pode? Água me responderão. A mancha é o pecado, o espelho a lei, e a água, a graça.
b) .2 Sua guarda é um ato de amor – Jo. 14:15
b) .3 É a norma divina para o Juízo – Tg. 2:12
b) .4 Sua guarda é um sinal que mostra o Povo de Deus – Ap. 12:17; 14:12
b) .5 Ela é como um muro de proteção, se a guardarmos estaremos livres dos perigos do pecado.

Percebemos que o papel da Lei não é o de produzir salvação. Veremos, agora, que existe uma harmonia entre lei e graça, que ambas são igualmente boas.

III. HARMONIA ENTRE AS DUAS

a) Dificuldades aparentes
a) .1 Lei abolida pela graça – Rm 3:31
Há quem diga que a lei foi abolida e que nós estamos hoje debaixo da graça, mas tal argumento é baseado em textos mal analisados e mal compreendidos.

Imagine sete letreiros luminosos com os seguintes dizeres: Igreja – Pregador – Bíblia – Jesus – Graça – Pecado – Lei: e alguém perto deles que fala: - “Andam dizendo que a lei foi abolida, vamos ver!. Em I Jo 3:4 assevera que :Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei; Bem se o pecado é a transgressão da lei, uma vez que a lei foi transgredida ocorreu o pecado, e para salvar-nos Deus nos deu Sua graça que veio por meio de Jesus. Isto está relatado na Bíblia, que é usada por um pregador na Igreja. Bem, vejamos Rm 4:15 (Porque a lei suscita ir; mas onde não há lei, também não há transgressão). Aqui diz que onde não há lei não há pecado. Já que dizem que não há mais lei (o letreiro da lei se apaga), também não há pecado (o letreiro do pecado também se apaga e assim sucessivamente), e se não há pecado não há necessidade de graça. Se não tem Graça, não tem porquê Jesus, assim não precisa-se de promessas e de Bíblia. Sem a Bíblia, não é necessário o pregador, sem os pregadores não há necessidade da igreja. Viram? Se a lei for abolida, todo o sistema de salvação que está por trás dela cairá junto.” A lei é eterna e tem o seu papel.

a) .2 Estar debaixo da graça – Rm 6:14
O texto diz que “o pecado não terá domínio sobre nós” porque não estamos “debaixo da lei e sim da graça”. Ora, se eu estiver debaixo da lei o pecado me dominará. “Como assim?” Vou explicar: É uma resposta com dois pontos; 1º - Estar sob a lei é estar sob sua condenação - toda vez que pecamos transgredimos a lei (I Jo. 3:4), e como resultado recebemos a condenação do pecado, que é morte e morte eterna (Rm. 6:23). Logo a lei nos condena a receber a punição; 2º - Estar sob a lei é usá-la como meio de salvação - A lei está em contraste com a graça como método de salvação. Já que quando eu transgrido coloco-me debaixo da lei e recebo a condenação (como já vimos), não há como me salvar, pois se tentar a salvação pelas obras da lei estarei perdido (Rm. 3:20,28) e sob o domínio do pecado; então necessito da graça, estar debaixo dela, me apoiar nela como meio de salvação, porque “pela graça sois salvos” (Ef. 2:8). Então, estar sob a lei é desobedecê-la e assim estar sob sua condenação e/ou tentar obter a salvação guardando-a, já que não se pode cumpri-la sem Cristo.

b) Uma grande e bendita realidade
A Bíblia apresenta a Lei como um grande pregador evangélico, pois ela denuncia o pecado em suas várias formas, seja no exterior – aquilo que é visível, ou seja, um assassinato, uma mentira, desobedecer a pai e mãe, transgredir o sábado , etc.; seja no interior - aquilo que é invisível: os sentimentos e pensamentos pecaminosos, olhar impuro sexualmente falando, ódio no coração, rancor, matar um sentimento ou a reputação alheia, etc.

Desta forma, a lei cumpre seu papel nos levando a Cristo, que com e por Sua graça nos pode salvar. Já a graça não é uma permissão para pecar – Rm 6:15. Ela nos justifica e nos dá poder para vivermos em harmonia com a lei de Deus (isso não significa que o crente não TROPECE, porque os filhos de Deus não vivem na prática voluntária do pecado, mas vez ou outra caem , contudo não ficam prostrados).

Já que todos pecaram (Rm. 3:23) e pecam (Ec. 7:20), quem aqui não tem pecado? Todos nós temos, estamos sob a condenação da lei, mas graças a Deus que esta lei que só pode nos condenar, pois somos transgressores, nos aponta o meio de escaparmos da condenação – Rm 8:1. Assim, há uma grande harmonia entre a Lei e a Graça.

CONCLUSÃO
Conforme visto, a Lei de Deus tem a sua função, que não é salvar, mas nos enviar a Cristo. Ele, com a Sua graça, nos salva da condenação e do poder do pecado (vivendo em comunhão com Cristo, o crente tem o poder para vencer o domínio do pecado em sua vida. Não significa parar de pecar- isto só depois da 2ª Vinda).

Também devemos relembrar que esta Lei é a lei do amor de Deus, que Ele nos deu como um muro de proteção para vivermos mais felizes.

Queridos amigos, Deus nos amou e tornou-Se homem para morrer por nós, trouxe Sua graça e oferece-a livremente a todo o que a aceitar (Mt. 11:28-30). Se você quiser, hoje poderá aceitá-Lo como seu salvador, você quer? Imagine Jesus na porta de seu coração lhe pedindo entrada, você o deixará do lado de fora? Aceite-O agora! E, tendo aceitado esta oferta de graça, demonstre seu amor para com Ele sendo um servo fiel e obediente, guardando a Sua lei por amor e vivendo protegido por ela.
[1] José Sílvio Ferreira, Cristo nossa salvação (Rio de Janeiro: ADOS, 2006), 329.
[2] Luiz Nunes, Apostila de soteriologia (Cachoeira –BA: Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia, s.d.), 23,24.
[3] Ibid., 24, 27.