09/09/2011

A ÉPOCA HISTÓRICA DE DANIEL


Artigo  de Edwin R.Thiele.


Para entender a mensagem de Daniel é importante conhecer sua época. Quando o leitor casual considera o livro de Daniel e o período do cativeiro babilônico em que foi escrito, ele pode pensar que este livro se aplica a um período muito remoto da história antiga. Mas isto não é bem verdade. Embora Daniel se achasse em Babilônia, cerca de seiscentos anos antes da era cristã, o mundo naquele tempo já era velho e podia contemplar atrás de si uma antiguidade considerável. Neste capítulo será dado um breve resumo do Antigo Oriente na era de Daniel.

I. ANTIGA MESOPOTÂMIA
No período inicial do segundo milênio A.C. a Mesopotâmia não estava unida sob um governo central. Várias cidades em épocas diversas exerceram poder considerável; entre elas encontramos Ur, Isin, Babilônia e Larsa.
A. Larsa
Aproximadamente em 1900 A.C. a cidade de Larsa veio a ser controlada por Cudor-Mabug, rei de Elão, cujos dois filhos, Warad-Sin e Rim-Sin governaram sucessivamente a cidade. O domínio elamita estendia-se nesta época por uma vasta área do sul de Babilônia, e continuou até Hamurábi finalmente conseguir o controle.
B. Babilônia
A cidade de Babilônia não era um poder preponderante na Mesopotâmia antes de 2000 A.C. Depois de várias lutas entre as cidades-estado a supremacia começou a depender de uma luta entre Larsa e Babilônia. No principio do reinado de Rim-Sin, Hamurábi já era vassalo do rei de Larsa. Porém, sacudiu de si o jugo elamita e logo depois tornou-se chefe de toda a Babilônia. Era um gênio militar notável, mas é malos conhecido pelo famoso código de leis que traz seu nome. Seu reino é fixado de 1870-1827 A.C. Hamurábi é provavelmente o Anrafel de Gên. 14, que aliado ao rei elamita Quedorlaomer atacou Sodoma e levou também a Ló como cativo. Um dos fatos que se ressalta na cidade de Babilônia era o culto ao Deus Marduque. Marduque era preeminente na Mesopotâmia por esses tempos e tornou-se logo o chefe do panteão bíblico. O nível de vida era altamente civilizado e o país prosperava. O templo se constituía o centro da vida de toda a comunidade. A cidade de Babilônia enfraqueceu e em 1.700 A.C. caiu diante dos invasores hititas. O período que se seguiu é obscuro e caótico. Mais tarde começou a ter a aparência de seu antigo poder, mas enquanto a Assíria existiu, houve uma luta constante com essa nação em disputa pela supremacia dos vales do Tigre e Eufrates.
C. Cassitas
Após a queda de Babilônia diante dos hititas, os cassitas conseguiram o domínio na Babilônia e assim permaneceram no poder cerca de 600 anos.

II. HITITAS
Os hititas habitavam na Ásia Menor. No segundo milênio antes de cristo eles tiveram considerável preeminência. Era um povo grosseiro dado à guerra. Seu rei Murshilish em 1700 A.C. levou a cabo uma invasão na cidade de Babilônia. De 1650 a 1380 atravessaram um período de obscuridade e fraqueza, após o qual, o novo império hitita se tornou um dos mais fortes do oriente. O império chegou ao fim em 1200 A.C.. Ele foi dividido em numerosas tribos que enfraquecidas habitaram varias cidades no norte da Síria e no sul da Ásia Menor.

III. EGITO
O Egito tornou-se uma nação de importância numa época muito primitiva da historia. Quando as águas do dilúvio se retiraram do norte da África e as águas do poderoso Nilo se encontravam num nível superior ao atual de cem pés, é que se encontraram os primeiros vestígios do homem primitivo nas praias do antigo rio. A cultura primitiva do Egito teve muitos contatos com a cultura da Mesopotâmia que a precedeu. Mas o Egito rapidamente desenvolveu um conjunto cultural tão brilhante que excedeu ao do oriente antigo. Houve um admirável desenvolvimento da arquitetura, escultura, pintura e ciência, governo e literatura. As pirâmides nos vêm do terceiro milênio A.C..
A. Império Antigo
Esta foi a era das pirâmides. Entre os poderosos faraós desta época estão Zozer, Snefru, Quéfren e Quéops. Foi Quéops que construiu a grande pirâmide, ao passo que a esfinge é um trabalho de Quéfren.
B. O Império Médio 2050-1780 A.C.
Este período cobre a 12a., 13ª., e 14ª. dinastia. Após um período decadente a 12ª. dinastia surgiu com reis capazes e vigorosos. A capital foi mudada de Tebas no sul do Egito para Lisht no norte. O reino de Sesóstris III (1887-1849) foi marcado por uma série de campanhas militares vitoriosas contra as regiões do sul do Egito e interior da Síria. Amenemhet III (1849-1801) foi um grande construtor. Houve extensos melhoramentos no "Fayum" e grande prosperidade no Delta. A arte, a literatura, alcançaram o mais alto desenvolvimento.
C. O Período dos Hicsos 1750-1570 A.C.
Lá pelo ano de 1750 A.C., o Egito passou a ser governado pelos reis hicsos. Os hicsos tinham vindo ao Egito da Ásia e por quase duzentos anos conservaram o governo. Quase não há informações sobre as ocorrências no Egito durante este período.
D. O Império Novo: 1580-1200 A.C.
Este é o período imperial da história egípcia. O primeiro rei desta dinastia expulsou os hicsos, Ahmose I. Hatxepsut foi a rainha egípcia mais famosa e provavelmente era a "filha de Faraó" do tempo de Moisés. Tutmés III (1501-1447) foi o faraó mais poderoso do Egito. Empreendeu uma série de campanhas militares pelas quais toda a Palestina, Síria, até o Eufrates foram submetidas ao governo egípcio. Ele é provavelmente o faraó da opressão. Amenhotep II (1447-1420) é, ao que tudo indica, o faraó do êxodo. Amenhotep III (1411-1375) e Ikhnaton (1375-1358) foram os reis do período "Amarna". O último rei estabeleceu uma nova capital em "Tell el-Amarna", onde se encontraram as famosas cartas de Amarna, que forneceram um quadro vivo das condições na Ásia ocidental daquele tempo. Os reis acima pertencem todos à 18ª. dinastia. Ramsés II (1292-1225) foi o principal monarca da 19a. dinastia. Foi um grande construtor, mas era inteiramente implacável na destruição das edificações egípcias primitivas para servir-se dos materiais para suas próprias atividades construtoras.
E. O Declínio Final
Na 20ª. dinastia (1200-1090) cortejou um período de declínio e debilidade que só terminou com o fim da independência do Egito, completamente dominado por poderes estrangeiros. Sob a 20ª. dinastia os sacerdotes de Amon em Tebas se enriqueceram extremamente e se encheram de poder, ao passo que os reis eram fracos, incapazes de manter a ordem interna e precaver-se contra a entrada de inimigos exteriores. Na 21ª. dinastia (1095-945) uma ordem de sacerdotes se estabeleceu no trono em Tebas, enquanto em Tânis governava uma categoria de reis seculares. Os líbios estavam penetrando no Delta.
A 22ª. dinastia (945-745) foi uma ordem de reis líbios. Sua residência foi em Bubastis. O fundador desta dinastia, Sisak I (945-924) atacou Judá no quinto ano de Roboão. A 23ª. dinastia foi, sem dúvida alguma, contemporânea, em parte, da 22ª. dinastia. Muito pouco se sabe deste período. O Egito estava extremamente fraco. Havia vários senhores governando independentemente no Delta. Foi neste tempo que Sô rei do Egito encorajou Oséias de Israel a rebelar-se contra a Assíria, do que resultou o fim do reino de Israel. A 24ª. dinastia consistiu num só rei, Bochorris (718-712).
A 25a. dinastia (712-663) compreendeu uma linhagem de reis etíopes de boa capacidade. Este foi o período da supremacia Assíria. Neste tempo Assaradão e Assurbanipal invadiram o Egito e o dominaram por algum tempo.
A 26ª. dinastia (663-525) reinou durante o período do renascimento egípcio. O comércio floresceu, os gregos tornaram parte preeminente no Egito como comerciantes e soldados. Houve um grande renascimento da arte e literatura. Foi Neco II (609-593) desta dinastia que matou Josias em Megido.
No ano de 525 Cambises da Pérsia conquistou o Egito e tornou-se o primeiro rei da 27ª. dinastia (525-405). Depois dos persas o Egito foi governado pelos gregos sob Alexandre e os Ptolomeus, e depois pelos romanos.

IV. ASSÍRIA
O território Assírio ocupava a parte norte da Mesopotâmia, ao passo que Babilônia se estendia ao sul. Mas como cada uma destas nações se tornou forte, elas estenderam seus domínios uma sobre a outra. Os assírios eram másculos, dados à guerra. Eles legaram à posteridade um modelo de império que todos copiaram com demasiado entusiasmo. Os reis assírios conservaram anais de seus reinos de valor inestimável ao estudante de história. Suas listas epônimas são de valor imensurável aos cronologistas.
Tiglate-pileser I (1115-1076 A.C.)
Este é o primeiro rei assírio de cujo reino temos detalhados relatórios históricos. Foi um grande guerreiro, e é o primeiro rei da Assíria do qual se sabe ter feito uma campanha no Mediterrâneo.
Assur-nasirpal II (884-859 A.C.)
Há valiosos relatórios completos disto rei e seu reino. Foi um guerreiro capaz e cruel. Efetuou campanhas extensas na área do Mediterrâneo.
Salmanasar III (859-824 A.C.)
Este rei foi contemporâneo de Acabe e Jeú de Israel. Ele provocou a derrota de um grupo de aliados ocidentais, entre eles Acabe, na batalha de Carcar, 853 A.C. Seu obelisco negro mostra Jeú de face voltada para o chão, prestando homenagem diante do rei da Assíria. Empreendeu numerosas campanhas militares até ao Mediterrâneo:
Adad-nerari III (811-783 A.C.)
Numa série de campanhas no ocidente este rei restabeleceu a sujeição dos hititas, Fenícia, Damasco e a terra de Onri. Este reino foi seguido por um período de grande fraqueza e dificuldade na Assíria.
Tiglate-Pileser III (745-727 A.C.)
Um dos maiores reis assírios. Este reino marcou o início da maior supremacia da Assíria. No tempo de Peca e Acaz ele avassalou Israel e Judá e conquistou a Babilônia.
Salmanasar V (727-722 A.C.).
Neste tempo o Egito induziu Oséias de Israel a revoltar-se contra a Assíria, como resultado, Samaria foi cercada por três anos, e o reino de Israel deixou de existir.
Sargão (722-705 A.C.)
A Assíria não se encontrava no apogeu de sua força. O rei enfrentou desapiedadamente as revoltas do oeste e deportou muitos habitantes dos estados rebeldes para a Assíria, construiu uma grande capital em Dur-Sarrukim. Batalhou algumas vezes contra os medos que começavam a se agitar, e com Merodaque-Baladã que se esforçava para estabelecer-se em Babilônia. Os reis da Assíria eram também os reis de Babilônia neste tempo.
Senaqueribe (705-681 A.C.)
Após várias revoltas este rei destruiu a cidade de Babilônia. Invadiu Judá mas caiu ao tentar escravizar Ezequias.
Assaradão (681-669 A.C.)
Reconstruiu Babilônia. Invadiu o Egito e capturou Mênfis. Teve, entretanto, um domínio precário na terra do Nilo de 675-673 A.C.. Houve ameaças contra a Assíria pelos urartes, cimérios, medos e elamitas, mas Assaradão conseguiu manter o império unido.
Assurbanipal (669-633 A.C.)
Este foi o último grande rei da Assíria. Foi um grande construtor protetor das artes e letras. Possuía uma esplêndida biblioteca. Durante seu reinado os cimérios invadiram o noroeste, enquanto os citas obrigaram os medos e persas a recuarem para o sul, pois representavam uma grande ameaça para a Assíria. Seus anais terminam abruta e misteriosamente em 636 A.C. . A Assíria achava-se diante do fim de sua carreira.
Sin-shar-ishkum (629-612 A.C.)
Este rei aliou-se ao Egito, mas não conseguiu salvar sua nação. Pereceu com Nínive, sua capital, diante dos medos e babilônios em 612.
Assur-Ubalit (612-608 A.C.)
Embora com a capital destruída, um remanescente assírio ainda opôs uma brava resistência em Harã. Parece que tiveram o apoio de Neco do Egito, mas a Assíria chegou ao fim diante das poderosas arremetidas dos exércitos neo-babilônicos.

V. NEO-BABILÔNIA
Esta é a última época áurea de Babilônia. Com a Assíria fora do caminho, a Babilônia tornou-se senhora do Leste.
Nabopolassar (626-605 A.C.)
Este rei iniciou a sua carreira como administrador no sul de Babilônia. Era um guia capaz e ambicioso que aproveitava cada oportunidade para estender seu governo às expensas do desdobramento do império assírio ao norte. Era aliado dos medos
Nabucodonosor (605-562 A.C.)
Este foi o grande rei da Neo-Babilônia. Era um eminente guerreiro e grande construtor. Foi ele quem pôs fim ao reino de Judá em 586 A.C.. Durante o seu reinado a Babilônia tornou-se uma das mais belas e mais bem fortificadas cidades do mundo antigo.
Amel-Marduque (Evil-Merodaque): 562-560 A.C.
Filho de Nabucodonosor, fraco e ineficiente.
Nergal-sharusur (Neriglissar) : 560-556 Genro de Nabucodonosor.
Labashi-Marduque (Laboroso-Arcod): 556 A.C.
Reinou apenas por alguns meses.
Nabonido (Nabonidus): 556-539 A.C.
Genro de Nabucodonosor. Seu interesse especial parece ter-se concentrado na arqueologia e nos serviços dos deuses. Ele esteve ausente da capital do seu reino durante boa parte do tempo. Nesta ausência residiu em Tema, norte da Arábia e seu filho Belsazar reinou em seu lugar, em Babilônia. Foi neste período que os medos e persas uniram os seus exércitos e forjaram o ataque diante do qual a Babilônia finalmente sucumbiu em 539.

VI. MEDO-PÉRSIA
Aproximadamente no ano 100 A.C., os medos eram um povo mal organizado que viviam do pastoreio no leste da Assíria. No oitavo século consolidaram-se no reino. Os persas estavam-lhes intimamente relacionados. Eles tinham o seu reino próprio mas no primeiro período o rei da Média era também senhor da Pérsia. Foi de Ciro em diante que os persas foram governados por um rei persa.
MÉDIA
Ciáxares (625-585 A.C.)
Durante a última parte do sétimo século A.C., Ciáxares transformou a Média num poder dominante no Leste. Atacou vigorosamente a Assíria e capturou a cidade de Assur em 615 A.C.. Neste tempo aliou-se com Nabopolassar da Babilônia. Fez extensas conquistas no nordeste e ampliou o seu domínio por toda a região ate o rio Halis, na Ásia Menor.
Astíages (585-550 A.C.)
Este é o último rei da Média de quem há valiosos relatórios. Durante o longo reinado de Nabucodonosor, a Média manteve relações amigáveis com Babilônia, mas quando Nabucodonosor morreu, Astíages começou a estender o seu reino com detrimento do seu ex-aliado. Enquanto isto, os medos e persas estavam fortemente aliados, com a Média ainda em posição dominante. Contudo, a situação modificou-se rapidamente sob o ambicioso Ciro a quem Astíages ficou sujeito. Os reis da Média rapidamente chegaram ao seu fim enquanto os reis da Pérsia continuavam a governar.
PÉRSIA
Ciro II (559-530 A.C.)
Até este tempo os reis da Pérsia eram sujeitos aos medos. Em 550 A.C. Ciro II submeteu seu tio Astíages, e desde então, os persas mantiveram a soberania sobre os medos. Em 539 A.C um exército composto de persas e medos capturou Babilônia. Deste ano em diante, Ciro foi o dominador do oriente, como capital do seu reino, escolheu Babilônia. Ciro evidencia-se por sua política bondosa e conciliatória. Foi ele quem promulgou o primeiro decreto no sentido de permitir aos exilados judeus voltarem aos seus lares, do cativeiro babilônico.
Cambises (530-522 A.C.)
Conquistou o Egito em 525 A.C. Deste tempo em diante os reis da Pérsia governaram como faraós do Egito.
Esmérdis (ou Bardiya): 522 A.C.
Impostor que usurpou o trono durante a permanência de Cambises no Egito. Foi banido por Dario I.
Dario I (522-486 A.C.)
Este rei foi forçado a sufocar várias revoltas logo que alcançou o trono. Ele preservou um relatório destas campanhas na famosa inscrição de Behistun. No terceiro ano de seu reinado emitiu um decreto reforçando o direito dos judeus continuarem o trabalho de reconstrução do seu templo em Jerusalém. Dario abafou uma revolta dos gregos étnicos na Ásia Menor e então invadiu a Europa mas foi vencido na famosa batalha de Maratona em 490 A.C.
Xerxes (486-465 A.C.)
Xerxes levou a cabo a grande invasão da Grécia na qual tomou Atenas. Após duras perdas, foi vitoriosa a sua batalha nas Termópilas mas perdeu a esquadra em Salamina. Por fim os persas foram expulsos do solo grego. Esta foi uma das maiores reviravoltas da historia.
Artaxerxes (465-423 A.C.)
A Pérsia ficou enfraquecida nestas desastrosas guerras com a Grécia. No sétimo ano do seu reino, Artaxerxes promulgou o famoso decreto permitindo aos judeus voltarem à Judéia sob a mão de Esdras. Mais tarde Neemias, o seu copeiro, foi mandado à Judá como governador com autoridade para reedificar os muros de Jerusalém.
Dario III (336-331 A.C.)
Foi o último rei da Pérsia. Organizou um imenso exército para enfrentar Alexandre, mas falhou totalmente nos esforços para salvar o reino. A derrota final lhe sobreveio na batalha de Arbelas em 331 A.C.. Esta data marca o fim da Pérsia e o começo da supremacia grega no oriente.

VII. GRÉCIA
A sorte da história grega à qual nos referimos e que nos interessa não é propriamente a época áurea, mas o último período quando a Grécia sob Alexandre conseguiu o domínio de todo o mundo oriental.
Felipe II (359-336 A.C.). Felipe era o hábil governador da Macedônia que se fez senhor de toda a Grécia. Ele estava planejando uma guerra contra a Pérsia ao sobrevir-lhe a morte.
Alexandre o Grande (336-323 A.C.)
Alexandre foi um dos maiores líderes militares da história. Em 334 iniciou a invasão da Ásia Menor. Dario III foi derrotado na batalha de Issos em 333 A.C.. Tomou Tiro depois de um cerco de dez meses e conquistou o Egito sem golpe algum. Em 331 A.C., venceu as hostes persas em Arbelas e viu-se senhor do oriente. Penetrou no coração da Ásia, e por fim voltou Babilônia onde morreu em 323 A.C. com apenas trinta e dois anos de idade. Houve grande confusão após a sua morte. Nenhuma provisão havia sido feita quanto ao seu sucessor. Como resultado houve uma série de guerras. Finalmente, em 301 A.C., o reino foi dividido entre quatro de seus generais, Ptolomeu recebeu o Egito; Seleuco, a Síria e a Mesopotâmia; Cassandro, a Macedônia e a Grécia; Lisímaco, tomou a Trácia e porções da Ásia Menor.

VIII. ROMA
Após a Grécia, Roma dominou o mundo oriental. As guerras púnicas (264-146 A.C.) marcaram um grande passo para Roma dominar o mundo.
A destruição de Cartago em 146 A.C. eliminou um dos maiores rivais de Roma. As guerras macedônicas cobriram o período que vai de 215 a 168 A.C., e o resultado foi a sujeição não só da Macedônia, mas também parte da Ásia Menor. Em 146 A.C. foi subjugada uma revolução na Grécia e Corinto; o centro da revolta foi completamente destruído.
Jerusalém caiu nas mãos romanas de Pompeu em 65 A.C.. Júlio César intensificou suas conquistas na Gália e Germânia e cruzou o canal da Mancha. Foi ditador de Roma de 48-44 A.C.. Augusto reinou de 27 A.C. até lá 14 d.C.. Isto se deu três séculos antes de Roma cair finalmente diante das arremetidas dos bárbaros do norte.

IX. ISRAEL E JUDÁ
Após os preeminentes reinados de Saul, Davi e Salomão, a monarquia hebraica se dividiu e continuou sua história sob dois reis, o de Judá e Israel. Estes reinos mantinham contatos freqüentes com as nações ao redor. Houve guerras freqüentes que resultaram, finalmente, no aniquilamento de ambos, Israel e Judá. Segue uma lista dos reis das duas nações.
REIS DE ISRAEL REIS DE JUDÁ
Jeroboão I 931-910 Roboão 931-913
Nadabe 910-909 Abias 913-911
Baasa 909-886 Asa 911-870
Ela 886-885 Josafá 873-848
Zinri 885 Jorão 853-841
Tibni 885-880 Acazias 841
Onri 885-874 Atalia 841-835
Acabe 874-853 Joás 835-796
Acazias 853-852 Amazias 796-767
Jorão 852-841 Uzias 791-740
Jeú 841-814 Jotão 750-736
Joacaz 814-798 Acaz 736-716
Jeoás 798-782 Ezequias 716-687
Jeroboão II 793-753 Manassés 696-642
Zacarias 753-752 Amon 642-640
Salum 752 Josias 640-608
Menaém 752-742 Joacaz 608
Pecaías 742-740 Joaquim 608-597
Peca 752-732 Joaquim 597
Oséias 732-723 Zedequias 597-586

X. BIBLIOGRAFIA
Breasted, Janes Henry, A History of Egypt
Caldwell, Wallace Everett, The Ancient World, Cambridge Ancient History
Engberg, Robert Martin, The Dawn of Civilization
Finegan, Jack, Light from the Ancient Past, pp. 3-214
Goodspeed, George Stephen, A History of the Babylonians and Assyrians
Hall, H. R. H., The Ancient History of the Near East
Hyma, Albert, An Outline of Ancient History
Jones, Alonzo Trevier, The Great Empires of Prophecy
King, L. W., A History of Babylon
Laistner, M. L. W., A Survey of Ancient History
Moret, Alexandre, The Nile and Egyptian Civilization
Olmstead, A. T., History of Assyria
_____________, History of Palestine and Syria
Perkins, Clarence, Ancient History
Rogers, Robert William, A History of Ancient Persia
Sanford, Eva Matthews, The Mediterranean World in Ancient Times
Smith, Charles Edward, and Moorehead, Paul Grady, A Short History of the Ancient World
Smith, Sydney, Early History of Assyria
Steindorff, George, and Seele, Keith C., When Egypt Ruled the East
Trevor, Albert A., History of Ancient Civilization
Woolley, C. L., The Sumerians

06/05/2011

UNIÃO PELA CRUZ

VINHO NA BÍBLIA - PARTE I



Por: Pr. Demóstenes Neves da Silva

“A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Provérbios 4:18.”

Exemplos da Tolerância de Deus

É um conceito bíblico, expresso de forma clássica no texto acima, que a luz é progressiva, a santificação é obra de uma vida e o conhecimento aumenta a cada dia para o povo de Deus.
Muitas verdades, que no passado eram conhecidas apenas parcialmente ou até virtualmente desconhecidas, foram crescendo e se tornando mais compreendidas pelos servos de Deus.
Veja-se por exemplo que, da mesma forma que Deus tolerou o uso de bebidas fermentadas, suportou também a escravatura como um mal contingente, passageiro, mas é evidente na Escritura que o escravismo não era e nem é parte do plano ideal de Deus, que quer que todos os homens sejam irmãos e não busquem ser servidos mas servir. Embora tolerando, Deus deu leis para regulamentar a prática até que o ideal fosse atingido. (Êx. 21:16, 20; Ef. 6:9; Col. 4:1)
Outros exemplos de práticas que Deus tolerou são o divórcio e a poligamia, que, conforme é declarado na Bíblia, não faziam parte do plano ideal divino. Por isso, Ele deu leis que regulamentavam e restringiam essas práticas tão em voga e até legalizadas nos dias bíblicos entre as nações pagãs. O Seu povo teria que aprender, depois de quatro séculos de escravidão e em estado semi-bárbaro, os rudimentos do “evangelho” até atingirem o ideal de Deus. (Ex. 20:7-11; Deut. 21:10-17; Mal. 2:12-16)
O próprio Jesus refere-se ao divórcio como tolerado em razão da “dureza dos corações” dos israelitas, mas, disse o Salvador, no princípio não foi assim. Mat. 19:4-8.

Males das Bebidas Fermentadas

Deus também tolerou as bebidas fermentadas. É evidente pelas experiências com viciados que, segundo especialistas na área de recuperação de alcoólatras, a maneira mais segura de evitar o vício é “não tomar o primeiro gole”.
Deus jamais sancionaria um hábito que, mesmo em seu moderado uso social é responsável pelas mais dramáticas e terríveis estatísticas no que se refere à degeneração da mente, corpo e espírito dos homens.
Professos seguidores da palavra de Deus jamais admitiriam envolver-se com a guerra, pelos seus horrores e mortandade, e no entanto, apóiam o “uso moderado” de bebidas alcoólicas sem considerar que as mortes por imprudência nas estradas e no trabalho, montam um número anual maior do que o de muitas guerras. Sem falar em deficientes mentais filhos de ex-bebedores sociais e agora alcoólatras, lares esfacelados, invalidez, desemprego, aos centenas e milhares além de outros males. E tudo isso causado na maioria dos casos por pessoas que bebiam socialmente, somente nos “fins de semana” e possivelmente consideravam-se “moderadas”.
Considerado doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo ainda está em expansão porque muitos, até mesmo religiosos, sancionam doutrinariamente o seu uso. Brincar com um copo desse vírus é perigoso. É brincar com veneno!
Portanto, devemos ter em mente que o uso de qualquer marca ou quantidade de bebida alcoólica é um perigo de crime contra si próprio e contra o seu próximo, e ainda ficar aquém do ideal da Escritura neste particular como veremos.

A Bebida Alcoólica no Antigo Testamento

Outro ponto importante que esclarece a questão do uso de vinho alcoólico e outras bebidas fermentadas naturalmente, bem como a tolerância de Deus quanto a essa prática, diz respeito aos hábitos e recursos alimentares dos tempos bíblicos. É claro que não dispondo das modernas técnicas de engarrafamento de sucos, sem geladeiras, sem conservantes como temos hoje e sem embalagens apropriadas, toda uma produção de sucos e sumos estavam sujeitas ao processo natural de fermentação.
Os odres (recipientes de couro costurado), vasos de barro, madeira ou metal não impediam a ação das bactérias, tendo os antigos que conviver com as condições que dispunham nesta parte. Bebiam, pois, vinho sem fermentar quando ainda novo, recém espremido das uvas, chamado no Antigo Testamento de TIROSH ou vinho novo, esta palavra aparece 38 vezes no AT. A bebida consumida tempos depois e já fermentada naturalmente, ou que foi fabricada em processo de fermentação era denominada normalmente de SHEKAR (usada 23 vezes no AT). Para bebidas em geral, fermentadas ou não, era usado o termo YAIM indistintamente, e que aparece 140 vezes no AT.
Portanto, a própria necessidade alimentar de uma bebida nutritiva e a carência de técnicas e recursos de conservação modernos, obrigava-os a terem na fermentação natural da bebida uma necessidade e mal necessário, uma vez que o grau alcoólico nestas bebidas, trazia embutido o problema do vício do alcoolismo, embriaguês e suas conseqüências morais, físicas e espirituais. Por isso o ideal era não usá-las a exemplo dos recabitas, povo abstêmio que vivia entre os israelitas, e cuja virtude e lealdade foi ressaltada pelo próprio Deus. Jer. 35:2-5.
Por outro lado, a fermentação era um bem, pois tinha para as bebidas a função de provavelmente o único e universal processo de conservação para os sucos sem a deterioração total como é o caso de muitos xaropes vendidos hoje em dia. Era, pois, um mal necessário, mas um mal. Justifica-se, desse modo, o ideal de Deus na declaração do sábio em Provérbios 23:31 a 35: “ Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente...” Não se deve nem mesmo desejá-lo, olhando-o – NÃO OLHES! Porque “no seu fim morderá como a cobra e como o basilisco picará.” E, continua o sábio: “Olharás mulheres estranhas” e, “teu coração falará perversidades”.
“Dirás: espancaram-me, bateram-me mas quando acordar beberei outra vez.”
Que desfecho terrível para um simples olhar e certamente o primeiro gole! São esses os passos para o vício: olhar, experimentar e a despeito das conseqüências, beber outra vez!
Não estamos sujeitos aos hábitos mantidos pela “dureza de corações” e atraso em que viviam os homens do passado. Não estamos obrigados a sofrer a limitação dos recursos de técnicas de conservação como eles; não precisamos nem devemos correr o perigo de consumir tais bebidas, mesmo porque, atualmente, em sua grande maioria, passam por processos industriais de fermentação e destilaria, o que aumenta artificialmente, e em muito, o teor alcoólico da bebida.
Concluímos até aqui que, se as bebidas naturalmente fermentadas eram, na antiguidade, a única forma de se estocar sucos, sendo uma necessidade daqueles tempos, apesar de suas conseqüências prejudiciais à saúde, constitui-se, para nós hoje, um uso desnecessário, contrário ã luz que temos, temerário e perigoso, mais ainda considerando-se a destilação que aumenta o seu grau alcoólico.
Certamente tal costume não concorda com o testemunho cristão e contraria o princípio bíblico, submetido ao qual todos os usos e práticas da igreja devem estar em harmonia sob pena de contradição: I Cor. 3:16, 17. Somos o templo de Deus e nada que o contamine, prejudique ou o ponha em risco deve ser usado.

Referências Bíblicas Contrárias às Bebidas Fermentadas

Veremos, agora, mais alguns textos que corroboram a recomendação de não usar bebidas fermentadas:

1. O vinho e a bebida forte fazem errar e desencaminhar até o sacerdote e o profeta. Isa. 28:7, 8.
2. Há uma maldição para os que seguem a bebedice. Isa 5:11, e outra maldição para os que dão bebida ao seu próximo. Hab. 2:15.
3. As bebidas alcoólicas são escarnecedoras e alvoroçadoras. Prov. 20:1.
4. O ideal é nem olhar para o vinho, pois é traiçoeiro, quanto mais usá-lo! Prov. 23:31, 32.
5. O beberrão cai em pobreza. Prov. 23:20, 21.
6. Não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do Espírito. Ef. 5:18. A bebida alcoólica é incompatível com o Espírito Santo, conforme deixa claro a conjunção adversativa “mas”.
7. O bispo não deve ser dado ao vinho . I Tim 3:3; Tito 1:7. Mas o bom mesmo é não beber vinho devido ao escândalo que pode provocar em outros. Rom 14:21. A bebida está relacionada com as obras da carne. Gál. 5:21.
8. Normalmente, os que hoje são bêbados não começaram com a intenção de sê-lo. Cuidado! Os bêbados não entrarão no reino de Deus. I Cor. 6:10.
9. A bebida era incompatível com o serviço a Deus pois os encarregados de atividades no Santuário não podiam beber. Lev. 10:9.
10. Mesmo no conceito liberal da mãe do rei Lemuel (Prov 31:6) os que ministravam a justiça e os nobres não deviam beber. Prov. 31:4, 5.
11. Em Provérbios 31:6 acha-se a opinião da mãe do rei Lemuel e não uma posição divina sobre o assunto. Os amigos de Jó, embora piedosos, também deram opiniões religiosas equivocadas pelo que foram posteriormente repreendidos por Deus (Jó 42:7-9)
12. Miquéias adverte que um povo mau teria profetas falsos e mentirosos que defenderiam o vinho e a bebida forte. Miq. 2:11.
13. O vinho e o mosto tiram a inteligência. Osé. 4:11.
14. Pessoas dadas ao vinho são desleais, soberbas e não se contém. Hab. 2:5.
15. Aqueles que desejam fazer a vontade de Deus devem abster-se do uso, mesmo moderado, de bebidas alcoólicas, considerando as seguintes razões: a luz que temos, o ideal de Deus e os males e perigos desse hábito. A total abstinência é a posição a ser assumida por aqueles que estão preparando o caminho para a volta do Senhor como fez João Batista. (Luc. 1:15)
16. Entende-se, pois, que Jesus, nas bodas de Caná, transformou a água em vinho novo, sem fermentar (TIROSH no AT), o puro suco de uva, o vinho de melhor qualidade..
17. Em função dos argumentos acima apresentados a passagem de Deut. 14:26 é mais uma cena do hábito tolerado por Deus apesar das conseqüências e por causa das contingências.
18. Em I Tim 3:8 é recomendada a moderação em reconhecimento ao perigo que a bebida oferecia, em vista da resistência que a proibição sumária poderia provocar. Esta opinião do apóstolo foi moldada para restringir um hábito, conforme o texto deixa claro e não para sancioná-lo.
19. Em I Tim 5:23 o vinho é recomendado para uso medicinal, conforme crença do apóstolo, usado pouco com água e não puro como bebida de prazer. Este texto não serve para defender o uso ou o vício da bebida.

Conclusão

Buscar, neste caso, exemplos bíblico para justificar o consumo da bebida equivale a apoiar também o divórcio fácil, poligamia e escravidão que foram, igualmente, alvo da tolerância de Deus. Coloca-se também a Bíblia, injustamente, como co-responsável pelas tragédias decorrentes da indulgência com as bebidas fermentadas. Os costumes e práticas dos antigos, alvo da tolerância de Deus, não refletem necessariamente a vontade divina.

O verdadeiro cristão jamais defenderá tal hábito.

20/02/2011

O ARMAGEDON NA PERSPECTIVA BÍBLICA



material preparado baseado no artigo de Hans K. LaRondelle:"O ARMAGEDOM NA PERSPECTIVA BÍBLICA", pelos pastores:Edinaldo Juarez; José Cícero da Silva;Fernando Lopes de Melo em 2005

O ARMAGEDOM NA PERSPECTIVA BÍBLICA

O Propósito do Autor

O propósito do artigo em analise é “investigar o significado do ‘Armagedom’ em Ap. 16.16 de uma perspectiva bíblica, isto é, tanto seu contexto imediato como também os seus tipos e prefigurações hebraicas no AT”.

Breve Sumário
1. Introdução
2. Conceituação
3. Base Bíblico-histórica da Batalha do Armagedom
4. Aspectos Históricos
5. Breve Histórico da Visão Adventista
6. Visão do Literalismo Restrito do Armagedom
7. Análise do Texto
8. Conclusão

Introdução

O artigo “O Armagedon na Perspectiva Bíblica”, de Hans K. LaRondelle, apresenta uma proposta de estudo sobre o tema do Armagedon que se pode sintetizar em três pontos principais: (1) uma abordagem bíblica responsável; (2) a aplicação dos relatos da profecia apocalíptica; (3) a contextualização histórica na conjuntura das profecias não cumpridas à luz dos últimos eventos.
A evidência das abordagens de LaRondelle fornece reflexões que projetam no texto bíblico uma forma diferenciada de conceber os relatos nele contidos, que parecem estar mais próximo da visão histórica não-ortodoxa, mostrando que os eventos apocalípticos não cumpridos têm sua base nos tipos do Antigo Testamento. Na proposta evocada pelo autor há aspectos não enfatizados com tanta clareza de substância no que se refere às questões históricas, de estruturação didática e desenvolvimento analítico do texto; o que procuraremos discorrer através destas considerações.
Muitas teorias especulativas têm sido propostas na tentativa de interpretar o Armagedom mencionado em Apocalipse 16:12-16. Hoje, uma das mais populares é a de que ele será uma guerra nuclear de grandes proporções. Como já ocorreram duas guerras mundiais, e o texto bíblico fala que nesse confronto estarão envolvidos os “reis do mundo inteiro” (verso 14), muitos imaginam que o Armagedom só poderá ser uma terceira guerra mundial. Por mais fascinante e lógica que essa idéia possa parecer, ela não passa de uma teoria especulativa, sem base bíblica.
Conflitos bélicos certamente continuarão existindo, e mesmo se intensificando, até o fim dos tempos (ver Mt 24:6-8). Mas o Armagedom é descrito no livro do Apocalipse como “a peleja do grande Dia do Deus todo-poderoso” (16:14), travada entre os poderes demoníacos da “besta” e dos “reis da terra, com os seus exércitos”, de um lado, e o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” e “o seu exército”, do outro (19:16 e 19).


Conceituação

Definição do termo Armagedom: (Da transliteração grega de uma frase hebraica geralmente considerada como sendo Har-megiddo, “Monte de Megido.”) O termo “Armagedom” ocorre na *Bíblia somente em Apoc. 16:16, com o nome hebraico para “lugar” no qual os “espíritos imundos” (v. 13) “reúnem os reis da terra” para a “batalha do grande dia do Senhor Todo-Poderoso” (v. 14) — a designação de João para o que é popularmente chamado de batalha do Armagedom.
Armagedom quer dizer Monte da Matança, monte da destruição, monte da maldição. Está em oposição ao Monte da Bênção, Sião. E monte não é a mesma coisa que vale, mas os dois estão sempre juntos. Para haver vale é preciso haver monte. Megido é uma palavra do Velho Testamento que já é transliterada como Magedom, significando matança. Houve uma batalha em Megido (Juízes 4 e 5) Megido é um tipo do Monte da Maldição. Isto, porém, não é uma conclusão final sobre a origem da palavra Armagedom. Não precisamos ser dogmáticos quanto a isto.

É: Conflito cósmico entre as forças espirituais do bem e do mal, que culminará no embate final de dimensões universais.

Não é: Uma batalha limitada geograficamente e envolvendo apenas algumas poucas nações politicamente interessadas em demandas comerciais.

Base Bíblico-histórica da Batalha do Armagedom

Partindo do principio de que o propósito do artigo em analise é “investigar o significado do ‘Armagedom’ em Ap. 16.16 de uma perspectiva bíblica, isto é, tanto seu contexto imediato como também os seus tipos e prefigurações hebraicas no AT” ; compreendemos que o autor poderia oferecer uma base bíblico-histórica mais didática e consistente ao invés de sintetizar apenas no episodio do Egito e de Babilônia, os eventos que prefiguraram o embate entre as forças confederadas do mal e a soberania de Deus tendo o povo do concerto como centro do conflito.
O fato fortemente argumentado neste mesmo artigo e em outros materiais de relevante importância, de que este conflito descrito no capitulo 16 de Apocalipse, no contexto do derramamento das sete últimas pragas, representa um conflito cósmico de dimensões universais e não se restringe a uma batalha limitada geograficamente e envolvendo apenas algumas poucas nações politicamente interessadas em demandas comerciais, oferece base para a observação critica que se faz ao artigo em estudo.
A seguir sugerimos uma abordagem do tema do conflito cósmico que culminará no embate final conhecido como Armagedom, a partir da perspectiva de sua construção bíblico-histórica respeitando uma seqüência cronológica que nos levará à culminância do processo na manifestação apocalíptica da sexta praga sobre a Babilônia moderna e mística.
As Escrituras revelam que o Grande Conflito entre o Cristo e Satanás, começou misteriosamente no ambiente celestial: “Houve peleja no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram;nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás.” (Apoc. 12.7-9).
A próxima cena que vemos no contexto do conflito cósmico se desenrola no Éden quando a serpente possuída engana a mulher e lança a raça humana no abismo do pecado.
No dramático relado do embate entre Caim e Abel encontramos os dois principais elementos presentes no conflito cósmico entre o Bem e o mal: a verdadeira adoração ao objeto digno de recebê-la (Apoc. 14.6-11) e o método de salvação oferecido aos perdidos.
Sabe-se que a nação egípcia foi historicamente a primeira grande inimiga de Israel. O cativeiro egípcio (1491 a.C.) tornou-se uma fonte de grande opressão para o povo de Deus ao ponto de o Senhor ouvir o clamor do Israel cativo (Êxo. 2. 24). Na pessoa de Moises e através do juízo das dez pragas Deus buscou libertar Seu povo para que pudesse adorá-Lo (Êxo. 4.22-23). Neste episodio encontramos variados elementos tipológicos (a exemplo das pragas e do cântico de Mirian que têm seu paralelo no relato profético apocalíptico) que aludem ao final dos tempos e tornam esta batalha entre o Egito e suas divindades pagãs contra Deus, Moisés e o povo de Deus um tipo do grande Armagedom anunciado em Apocalipse 16.
Encontramos também um paralelo histórico para as sete pragas do Apocalipse, que dão contexto para o Armagedom, nas sete punições de Israel apóstata descritas em Leviticos 26 as quais constituem um ato de juízo da parte de Deus.
Babilônia (605 a.C.) surge na historia como o principal elemento tipológico do grande embate cósmico entre os poderes confederados do mal e o povo de Deus. “No AT Babilônia destruiu o templo de Deus em Jerusalém, pisou na verdade religiosa, blasfemou o nome de Yahweh e oprimiu até a morte o Israel de Deus (Deut. 1-6). Essas parecem ser as essências teológicas da Babilônia que permanecem inalteradas no seu antítipo apocalíptico (Apoc. 14.8; 17.1-6; 18.1-8)”.
Elias no Carmelo. A batalha espiritual entre Elias e os profetas de Baal no monte Carmelo, que fica próximo à região de Megido, pode ser vista como uma prefiguração do Armagedom.
O embate descrito em Apocalipse 16 nos reporta para o episódio da “batalha contra, Sísera (1300 a.C.), o comandante militar dos reis cananeus, e à surpreendente vitória obtida junto às águas de Megido (Juízes 5.19)” . Novamente vemos Deus participando ativamente das batalhas do Seu povo, verdade enfatizada no contexto profético do Armagedom final. O cântico de vitória de Débora anuncia a derrota dos inimigos de Deus e nos faz lembrar o cântico final dos remidos sobre o monte de Sião (Apoc. 14.1,2).

Aspectos históricos

As evidências internas que emergem do texto no relato angelical dirigido a João dão certa especificidade ao episódio, que qualquer tentativa que traga outro significado, como muitos têm pretendido, afirmando que o evento do Armagedon se desembocará em uma guerra geopolítica, torna tal argumento essencialmente conflitivo com o contexto apocalíptico descrito por João quando faz menção a sexta praga.
De fato, os elementos literários fornecidos por João corroboram a discussão de uma posição menos dogmática do tema em epígrafe necessariamente no que tange aos aspectos históricos, o que significa dizer que sem esta abordagem o conceito do Armagedon torna-se um tanto fragilizado, e, talvez, os conflitos existentes entre as posições conceituais do termo seriam menos acaloradas.
Os ecos que aparecem no Apocalipse, têm sua origem primária nos episódios descritos por Daniel dentro do período histórico que cobriu o Império Neobabilônico, sobretudo no personagem central, Ciro. Neste ponto o Dr. LaRondelle traz à baile uma antiga discussão, ou seja, o papel da História para comprovar os relatos bíblicos, sobretudo no contexto das profecias clássicas do AT. Por outro lado, sua abordagem está centrada num panorama geral, apesar das fontes que lança mão para consubstanciar seus argumentos, como Heródoto e Xenofante. Como já se disse alhures apenas de maneira esparsa.
Este silêncio histórico diante dos inúmeros trabalhos já elaborados pelos pesquisadores da História Clássica, como Will Durant; Ciro Flamarion Cardoso e Perrey Anderson trariam ao texto uma abordagem mais contundente. Porém, não se notou nenhuma fonte histórica atualizada que viesse contribuir na elucidação do personagem histórico/tipológico no cumprimento profético e na conseqüente queda da Babilônia Antiga, fato este deveras evidenciado pelos autores acima citados, pois centralizam suas pesquisas à luz das fontes arqueológicas mais recentes. Apoio esse que não se pode encontrar nas obras de Heródoto e Xenofante, pois suas discussões no mundo acadêmico estão em certo sentido superadas.
Portanto, é preciso esclarecer ainda que esta inserção não seja um mero discurso argumentativo desnecessário, ao contrário, ele passa a ser uma parte inclusiva da pesquisa quando tomamos como base o princípio historicista como método de interpretação profética. É neste aspecto que se busca uma fundamentação histórica mais conclusiva
Quiçá seja necessário gastar mais tempo na fundamentação histórica com uma metodologia mais específica, quer dizer, sugere-se uma abordagem utilizando-se o método conhecido/desconhecido. Aliás, este foi o método que Jesus mais se valia quando interpelava seus discípulos e seguidores.
Acredita-se que ao lançar mão desse método e considerando as reflexões supracitadas não haveria lugar para uma posição dogmática e a insistência obtusa de uma posição geopolítica para o cumprimento dos eventos mencionados no episódio de Apocalipse 16:16 tornar-se-ia amorfa.

Visão do Literalismo Restrito Sobre o Armagedom

A corrente de eruditos que defende um cumprimento literal da sexta praga vê no Armagedom de Apoc. 16.16 um embate de dimensão político-econômica que encontra seu clímax num conflito mundial nuclear que terá como cenário o “Vale do Megido, junto ao Monte Carmelo, ao norte da Palestina” , onde os exércitos judeus e gentios travarão a decisiva guerra de destruição universal. Essa idéia é sugerida pela New Scofield Reference Bible e se “apóia na suposição de que a linguagem simbólica e a figura da profecia bíblica devem ser aplicadas com absoluta literalidade”
Um número significativo de modernos intérpretes das profecias bíblicas, a maioria deles fundamentalistas, compreende que estamos vivendo no período da última geração antes do dia do Juízo Universal. Pressupõe que as declarações proféticas da Bíblia devem ser entendidas sob a égide do literalismo estrito como forma de abordar a História em desenvolvimento. Esse enfoque restringe o relato bíblico-histórico a apenas uma forma de interpretação e limita a aplicação das palavras, dos nomes e lugares hebraicos determinando que “todas as descrições étnicas e geográficas de Israel e seus antigos inimigos precisam ter hoje um cumprimento absoltamente literal no Oriente Médio”

Breve Histórico da Visão Adventista Sobre o Armagedom

Podermos afirmar que nos primórdios do adventismo surgiram diversas posições em torno do assunto do Armagedom. A sexta praga, na visão de Guilherme Miller era compreendida como indicando o declínio do poder Turco que em seus dias (1836) já se fazia sentir, o que parecia preparar o caminho para os reis que vinham para o conflito final na Palestina.
Josias Litch adotava uma abordagem futurista colocando as pragas após o segundo advento e cria na secagem literal do rio Eufrates. Até 1850 pouco foi publicado entre os adventistas sobre o assunto. Em 1852 a Review and Herald publicou um artigo de G. W. Holt onde ele argumentava que as pragas eram “reais e literais”. R. F. Cotrell corroborou com essa idéia num artigo publicado na mesma editora em 1853. Urias Smith, numa série intitulada Reflexões Sobre o Apocalipse identificou a secagem simbólica do rio Eufrates, na edição de 02/12/1862, como sendo a extinção do império Otomano. Prelúdio necessário para a deflagração da batalha do Armagedom que se desencadearia em Jerusalém, então dominada pelos Turcos. Somente em 1862 Thiago White emitiu uma opinião mais abalizada do tema quando escreveu que “A grande batalha não ocorre entre nações, mas entre a terra e o céu” .

Análise do texto

A expressão "então, vi" em Apoc. 16:13 indica uma quebra de pensamento em relação ao verso anterior. Não há uma seqüência cronológica (de 12 a 13). Os que julgam que o verso 13 segue-se cronologicamente ao verso 12 estão fechando as portas para a correta interpretação deste texto. O verso 12 refere-se à sexta praga, e os versos 13 a 16 ocorrem antes da 6ª praga. Nem sempre os profetas descrevem os eventos cronologicamente. A palavra "então" mostra que é uma nova visão sobre algum evento passado. Se tudo o que está descrito nos versos 13 em diante acontece durante as seis pragas, ou mais especificamente, durante a sétima praga, então o conselho do verso 15 é dado muito tarde, porque durante as pragas, não há mais oportunidade – a porta já se fechou. E o verso 15 refere-se ainda ao tempo da graça, portanto, refere-se a um tempo anterior ao verso 12.
Apoc. 16:13 revela-nos que três poderes espirituais darão início a esta guerra final, e que Satanás está por trás destes poderes. Sabemos que a besta representa o romanismo; o falso profeta representa o protestantismo apostatado; e o dragão representa o espiritismo.
De acordo com este texto, os sinais e prodígios têm objetivo de unir as igrejas caídas com os Estados – unir os reinos do mundo numa só confederação. Portanto, torna-se claro que não somente os reis do Oriente vão se unir, mas os de toda a Terra. Reis simbolizam poderes políticos – todas as nações serão reunidas. Mais que uma reunião política, ecumênica, estrutural ou orgânica; esta coligação se dá no campo conceitual, ideológico e social, com um pano de fundo espiritual. As hostes do mal é que fomentam esta tríplice aliança. Não há qualquer indício de que seja uma guerra entre nações do Oriente e do Ocidente.
Quem é que ajunta as nações? Em Joel 3:2 lemos que Deus faz este ajuntamento, mas agora parece que os três espíritos imundos o fazem. Há uma aparente contradição, mas a verdade é que Deus permite que os demônios façam este trabalho, mas estabelece limites. Em Sua providência, Deus incorpora este plano maligno em Seu plano mais amplo para vindicar o Seu caráter. Deus jamais ordenou que o pecado viesse a existir, no entanto, toma sobre Si a responsabilidade de resolver este problema do pecado de tal modo que a responsabilidade final é Sua.
Deus está supervisionando tudo. Todos estes poderes rebeldes se ajuntarão no lugar que em hebraico se chama Armagedom. O termo Armagedom não aparece no Velho Testamento. Estudiosos concordam que o Armagedom identifica-se com Joel 3, onde o lugar em que estão os ímpios é chamado Vale de Josafá.
O Monte de Sião é mundial, portanto o Armagedom também será mundial. Já no Velho Testamento havia esta interpretação universal, mesmo quando o mundo era centralizado na Palestina. Alguns pensam que a guerra do Armagedom é entre o bloco Oriental e o Ocidental, lutando por causa do petróleo. Nesta interpretação, Deus foi tirado do centro; Cristo foi esquecido, a Igreja e o sábado nada têm que ver com a batalha. Joel 3 e Apocalipse 16 nos esclarece que a guerra final é contra Jeová e Seu povo. Para compreendermos o Armagedom devemos olhar para Joel 3, onde é explicado a real natureza desta batalha. Também podemos olhar para o Salmo 2, Ezequiel 38 e 39, ou Zacarias 12 e 14, e também Daniel 11:40-45 e cap. 12:1 e 2.
Oriente e Ocidente estará unido. O conceito de uma divisão entre Oriente e Ocidente não é bíblico, é uma falsa doutrina. O clímax está no versículo 14 – Todos os poderes políticos se unirão para fazer guerra – não guerra entre elas, pois isto eles fazem no presente – mas "pelejarão eles contra o Cordeiro". Isto é Armagedom – a Besta contra o Cordeiro.
Apoc. 19:11-21 é a melhor descrição do Armagedom. É uma aplicação maior de Apoc. 12, 13, 14, 16, 17 e também de Gên. 3:15 e de todos os textos apocalípticos do Velho Testamento. O verso 14 diz: "e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos..." Este exército que segue o Rei é um dos partidos na guerra. Há, portanto, exércitos celestes, montados em cavalos brancos. É por isso que Joel orava: "Senhor, manda os teus guerreiros." Todo o mundo estará unido em rebelião a este governo. Cristo é o único Governante Supremo.
Concluímos, portanto, que a 6ª e a 7ª pragas formam uma só unidade. O Armagedom é descrito na sexta praga, mas acontece durante a sétima. Não podemos estudar a sétima praga isolada da sexta. A sexta e a sétima pragas são dois aspectos de um só evento. Lemos que durante a sexta praga haverá o secamento do rio Eufrates e que durante a sétima praga Babilônia cairá. Devemos considerar estes dois eventos como um só conjunto.
No Velho Testamento, o rio Eufrates determinava os limites de Israel (Gên. 15:18; 17:8). Ao norte do Eufrates viviam os inimigos de Israel que, sempre invadiam a Palestina. Poeticamente, os profetas poderiam descrever esses inimigos que viviam além do Eufrates como se fosse um trasbordamento do rio Eufrates, uma enchente que atingisse as pessoas até o pescoço (Isa. 8:7, 8 – o contexto imediato é a luta entre Judá e Assíria). O Eufrates era um símbolo dos inimigos de Israel. Esse é o seu significado teológico: Eufrates = inimigos do povo de Deus. Isaías 8 nos ensina teologicamente que o Eufrates simboliza um inimigos hostil que ataca Israel. O Eufrates não representa um inimigo neutro, mas um que ataca e se intromete nos afazeres de Israel e no seu culto. Esta é a característica teológica do termo Eufrates.
Mas nas pragas, o rio Eufrates não deve ser relacionado com os turcos, e sim com Babilônia. Babilônia como um poder religioso aparece sobre muitas águas, que representam "povos, multidões, nações e línguas" (Apoc. 17:15). O Eufrates representa todas as nações do mundo que seguem a Babilônia e fazem a sua vontade. O secamento do rio Eufrates está explicado no verso 16. O verso 15 fala do rio que transborda e o v. 16 fala do secamento. Aí a situação está totalmente mudada. Primeiro, os reis estavam unidos à meretriz e agora passam a odiá-la. O amor torna-se ódio. Esse é o secamento do Eufrates.
Assim que os poderes políticos e civis começarem a obedecer a esse poder religioso, começará a perseguição ao fiel povo de Deus. E quando as multidões se rebelarem contra Babilônia, esta será destruída a começar de dentro. Este é o quadro apocalíptico do Velho Testamento. A espada de um irmão será contra o outro. Os líderes religiosos serão os primeiros a cair no Armagedom.
Aqueles que procuravam matar o povo de Deus, pensando ser esta a Sua vontade, vêem-se subitamente lutando contra Deus. Que terrível descoberta! Dirigem-se então aos seus líderes religiosos: "Por que vocês nos enganaram?" E levantam as suas espadas contra eles. Este é o real derramamento de sangue que ocorre no Armagedom. É desta forma que haverá um Armagedom literal. Haverá sangue sobre toda a Terra. As águas do Eufrates começam a afogar Babilônia religiosa. O caminho é preparado para os reis que vêm do Oriente Celestial.
Quem são esses reis? Os anjos e Cristo, o Rei dos reis. Portanto, Cristo é um Ciro Maior. Ele vem com muitos reis, e naquele grande exército podemos ver Elias, Moisés e todos os que foram ressuscitados. Enoque também estará lá. Os libertadores vêm do Céu. É por isso que nossos olhares devem dirigir-se ao oriente – não ao Oriente Médio, mas ao Oriente Celestial. A mensagem do Armagedom é uma mensagem de conforto, pois mostra o triunfo glorioso de Cristo e do Seu povo!

Conclusão

A natureza essencialmente espiritual desse conflito é confirmada pela participação nele, tanto de Cristo quanto do “dragão”, que é Satanás. Os dois grupos conflitantes serão definidos pelo seu relacionamento com os mandamentos de Deus e o “testemunho de Jesus” (Ap 12:17).
Longe de ser um mero conflito bélico-nuclear, o Armagedom será o confronto cósmico final entre as forças do bem e os poderes do mal, no qual será decidido para sempre quem é digno de adoração (comparar com 1Rs 18). Embora os ímpios se preparem belicamente para a batalha (Ap 16:14; ver também 20:7-9), cremos que os justos jamais assumirão uma postura de combatência militar (ver Mt 5:38-48, Rm 12:17-21). Nesse conflito espiritual (ver Ef 6:10-18), Cristo e os Seus anjos pelejarão em favor dos justos, triunfando definitivamente sobre Satanás e suas hostes (Ap 20:1-21:8).
“É à meia noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. ... Os ímpios contemplam a cena com terror, ao passo que os justos vêem os sinais de seu livramento... Relâmpagos terríveis envolvem a terra num lençol de chamas. ... Demônios tremem enquanto homens clamam por misericórdia.” GC, 355, 356 Edição 2004.

“Os reis da Terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos...”
Apoc. 6: 15-17

PREPARAÇÃO PARA O SÁBADO




1. Preparo para o Sábado

O sábado é um grande dia. Certamente temos o espírito de culto durante toda a semana, mas o sábado é especial; é o dia da família; é o dia do Senhor.

“Muitas vezes o pai dificilmente vê a face dos seus filhos durante toda a semana. Acha-se quase totalmente despojado de oportunidade para a companhia ou instrução. O amor de Deus, porém, estabeleceu um limite às exigências do trabalho. Sobre o sábado Ele põe Sua misericordiosa mão. No Seu próprio dia Ele reserva à família oportunidade para comunhão com Ele, com a Natureza, e de uns para com outros.” EGW, Educação, pág. 251.

Para melhor gozar o sábado, devemos fazer certos preparativos. Já no princípio da semana se cuidou de lavar, passar a ferro, remendar a roupa, ma ao se aproximarem as horas sagradas do sábado, por todo o membro da família devem ser feitos preparativos especiais. A mãe cuida de que o alimento esteja pronto; o pai trata de que o carro esteja limpo e tenha combustível suficiente; a irmã maior cuida de que a casa esteja em ordem, de que todas as revistas e jornais seculares sejam postos fora das vistas, de que os brinquedos comuns do bebê sejam guardados e trazidos os do sábado; o irmão mais velho trata de cortar a grama e apanhar todo o papel e sujeira dos arredores.

Todo membro que tenha idade suficiente, escolhe a roupa que vai usar no sábado ou vê se está em ordem e no devido lugar. Se alguém espera até sábado de manhã para decidir o que vai usar, pode entrar em toda sorte de complicações – esta peça precisa ser passada, aquela necessita de um botão, o sapato precisa ser lustrado. Devemos lembrar-nos do dia do sábado para o santificar.

2. Saudando o Sábado

Feitos todos os preparativos, podemos reunir-nos ao redor do altar da família, ao pôr-de-sol, para saudar as horas sagradas do sábado. Em muito lar cristão é esse o tempo mais apreciado da semana. Pai, mãe e filhos se reúnem ao redor do instrumento e cantam hinos de louvor e ações de graças ao seu Senhor e Salvador. Depois de ler uma porção das Escrituras ou recitar textos favoritos, todos podem orar a Jesus. Em alguns lares, cada um recorda as bênçãos da semana, e exprime sua gratidão a Deus.

Após a oração, toda a família deve confraternizar-se fraternalmente.

3. Sábado de Manhã

Vamos à Escola Sabatina e à igreja. Para algumas pessoas, o sábado é arruinado porque ficam na cama até tão tarde que precisam correr e ralhar e irritar-se para chegarem a tempo à Escola Sabatina. A família bem organizada consegue bastante tempo parra o desjejum, o culto, vestir-se e chegar à igreja. Cada um está com boa disposição de espírito para apreciar o serviço e receber ricas bênçãos na casa de Deus.

O sábado é o dia do Senhor; portanto faz-se uma alteração na rotina diária. A família que comumente come na cozinha, passa para a sala de jantar, para o almoço do sábado. Ou se a mesma mesa é usada, há sempre uma toalha limpa colocada de novo. As facas e garfos comuns são substituídos pelos bons. Um buquê de flores acrescenta encanto ao cenário.


4. A Tarde de Sábado

Que deleite ela é! Se o tempo permitir, podemos dar um passeio no campo, na Natureza, e ali ler o primeiro livro de Deus. Se vivemos no campo, podemos ir para as matas; se moramos na cidade, podemos ir para o parque. Aí estão os mansos pombinhos, que sempre nos deleitam. Aí podemos ir semana após semana para vê-los e tornar-nos verdadeiros amigos seus. É um prazer para os mais novos levar algumas pipocas ou migalhas e vê-los comerem. Os pássaros também nos trazem alegria, enchendo o ar de doce música. Quão interessante é vê-los construírem seus ninhos na primavera e criarem seus filhotes. Uma semana após outra podemos contemplar-lhes o progresso e aprender as lições que Deus nos quer ensinar. Mesmo no inverno, há muitas lições que nos encantam. Deus é muitos bom ao dar os belos pássaros para alegrar o nosso coração, e os murmurantes regatos para nos aliviarem os nervos cansados, e ao pintar os céus com esplendido pôr-de-sol. Qual é o menino ou menina que não fica extasiado com as gloriosas nuvens que Deus forma no Céu? Sempre novas, sempre belas, dirigem nossos pensamentos para o Céu, lá em cima.

Mas virão dias frios e tempestuosos. Que poderemos fazer com as crianças então? Certamente o bebê pode ter seus brinquedos de sábado, brinquedos que ele não vê durante a semana. Dessa maneira está aprendendo a fazer diferença entre os dias comuns de trabalho e o dia sagrado, santo. A criança mais velha também tem certos objetos de sábado que pode usar nessa ocasião. Esses logo serão substituídos por livros sadios, para ler assim que esteja em condições de fazê-lo.

É boa ocasião para o papai contar algumas das histórias que não teve tempo de contar durante a semana. A tarde de sábado também é o tempo de apreciar bons cânticos. Na hora do culto só podemos cantar um hino, mas agora temos tempo para mais. Não é Deus bom em nos dar esse dia? E também é o tempo de preparar um álbum para aquela menininha aleijada do hospital. Pode ser que no sábado seguinte possamos ir vê-la e levar-lhe nosso álbum. Ela apreciará esses cartões do verso áureo tanto como vocês. Pode ser que no próximo sábado que chova, possamos fazer algum trabalho artístico com as folhas e flores que colecionamos. O pequeno que teve paralisia ficará verdadeiramente alegre por obtê-lo. Poderemos explicar-lhe onde conseguimos todas as diferentes flores e folhas, e assim ajudar a iluminar-lhe um pouco a vida.

“Quando faz bom tempo, deverão os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da Natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. Cada flor, arbusto e árvore correspondiam ao propósito divino. Tudo sobre que o homem pousava o olhar, o deleitava, sugerindo-lhe pensamentos de amor divino. Todos os sons eram harmônicos, e em consonância com a voz de Deus. Mostrai-lhes que foi o pecado que mareou essa obra perfeita; que os espinhos, cardos, aflição, dor e morte são resultado da desobediência a Deus. Fazei-lhes notar, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina. As campinas verdejantes, as árvores altaneiras, o orvalho, o silêncio solene da noite, a magnificência do Céu estrelado, a beleza da Lua, dão testemunho do Criador. Não cai do Céu uma só gota de chuva, raio de luz nenhum incide sobre este mundo ingrato, sem testificar da longanimidade e do amor de Deus...

“De quando em quando, lede-lhes as interessantes histórias contidas na Bíblia. Perguntai-lhes acerca do que aprenderam na Escola Sabatina, e estudai com eles a lição do sábado seguinte.” EGW, TS3, páginas 24 e 25.

Os meninos e meninas gostarão de se reunir em pequenos grupos e ir cantar para a vovô Joana. E ela também o apreciará! Talvez um lhe conte de que tratou a lição da Escola Sabatina. A irmã pode tocar saxofone, e o irmão, seu acordeão. Oh, haverá tempo suficiente para fazer todas as coisas que gostaríamos de fazer na tarde de sábado?

“Ao pôr-de-sol, elevai a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana. Deste modo os pais poderão fazer do sábado o que em realidade deve ser, isto é, o mais alegre dos dias da semana, induzindo assim os filhos a considerá-lo um dia deleitoso, o dia por excelência, santo ao Senhor e digno de honra.” EGW, TS3, pág. 25.

(É de muito interesse todo o capítulo “A Observância do Sábado”, em Testemunhos Seletos, Volume III, páginas 16-34.)

MINISTÉRIO DA FAMÍLIA - DSA, 1997.

CULTO FAMILIAR




SUGESTÕES PARA O ALTAR DA FAMÍLIA

1. Aprender um canto novo a cada mês. Premiar os que o aprendem.
2. Memorizar textos ou capítulos como atividade de toda a família.
3. Ler uma história contínua.
4. Pedir a um dos filhos que prepare o culto uma vez por semana.
5. Parafrasear textos que significam muito para os membros da família e estabelecer
objetivos para sua aplicação.
6. Ter um concílio familiar depois de um culto curto uma vez por semana para discutir
projetos, alvos e responsabilidades diárias.
7. Ter educação sexual no culto.
8. Escrever mensagens de amor aos membros da família uma vez por mês.
9. Dialogar quanto como melhorar certos traços de caráter.
10. Ter culto com algum inválido, amigo da família.1
11. Ter orações em diálogos nas quais participem todos os membros da família.
12. Discutir quanto e como e sobre o que orar.
13. Ao fazer pedidos de oração, reclamar promessas.
14. Levar um registro de orações respondidas.
15. Ter uma lista de oração familiar.
16. Ter em vista os flagelados, ou outros lugares estratégicos, ter uma lista de assuntos pelos
quais orar durante o dia.
17. Agradecer a Deus antecipadamente por Sua resposta às orações.
18. Explicar o que significa orar em nome de Jesus.
19. Preparar uma lista de agradecimento, com a contribuição de todos da família.
20. Cantar orações.
21. Ler toda a Bíblia.
22. Ler em silêncio uma porção das Escrituras, seguido por um diálogo familiar acerca de seu significado e aplicação.
23. Elevar orações breves pelos membros da família a qualquer hora do dia.
24. Ajoelhar-se um de frente para o outro, como ao redor de um altar.
25. Pedir perdão por erros específicos do dia.
26. Sair para a natureza, para celebrar o culto.
27. Usar objetos da natureza para explicar verdades espirituais.
28. Ter jogos bíblicos.
29. Armar quebra-cabeças bíblicos.
30. Ter o culto no quarto de diferentes membros da família.
31. Tomar as mãos e formar um círculo durante a oração.
32. Pedir que cada pessoa ore por quem está à sua direita.
33. Pedir que todos toquem a cabeça da pessoa por quem a família está orando.
34. Fazer um ligeiro jejum quando a família enfrenta decisões cruciais.
35. Celebrar cultos especiais de aniversários, contar a história do nascimento e fixar-se
alvos de aniversários.
36. Dedicar os recém-nascidos a Deus durante o culto.
37. Acender velas para o culto de recepção do sábado.
38. Colocar discos e cantar com eles durante o culto.
39. Ter concursos bíblicos doutrinais.
40. Fazer 20 perguntas sobre caracteres bíblicos.
41. Ler livros de histórias da Bíblia.
42. Dramatizar histórias da Bíblia.
A TARDE DE SÁBADO E O CULTO FAMILIAR

Que é Culto?

Culto significa reconhecer a Deus, honrá-Lo, adorá-Lo, comungar com Ele. O período de culto deve ser uma ocasião agradável. Deve ser numa hora e num lugar regular. A todos deve atrair para mais perto de Deus. Deve ter cânticos, histórias e oração. A lição deve ser simples e facilmente compreendida pelas crianças. Deve ser interessante e inspiradora. Deve ser curta.

O dia de sábado é tempo para culto especial. É o dia em que nos encontramos com Deus. É o dia em que a família pode estar junta. É o dia em que se pode gozar a Natureza. É um dia para deleites extras: cânticos, visitas, oração, leitura. Nenhum negócio mundano ou prazer secular deve roubar-nos esse tempo santo. Nosso corpo, nossas vestes e nosso lar estão preparados antes do sábado começar.


Por Que Prestamos Culto?


Deus diz a Seus filhos: (Todas as citações são de Orientação da Criança, de Ellen G. White.)

“Em cada família deve haver um tempo determinado para o culto matutino e vespertino.” – Pág. 520.

“Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida; e o pai, ou a mãe na ausência do pai, rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. ... Anjos ministradores guardarão as crianças que são assim dedicadas a Deus.” - Pág. 519.

“Pais, seja simples a instrução que dais a vossos filhos, e certificai-vos de que ela é claramente compreendida.” – Pág. 514

“Separai um pequeno período, cada dia, para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos.” – Pág. 511.

“Em agradável e alegre disposição de espírito, apresentai aos vossos filhos a verdade, conforme foi falada por Deus.” – Pág. 510.

“Ao ensinar a Bíblia às crianças, podemos conseguir muito observando a inclinação de seu espírito, as coisas em que se interessam, e despertando-lhes o interesse para verem o que diz a Bíblia sobre essas coisas.” – Pág. 512.

“Pode ser feito intensamente interessante e proveitosos para cada criancinha.” – Pág. 514.

“Deve ser o alvo principal dos chefes da família tornar a hora de culto muitíssimo interessante.” – Pág. 521.

“As crianças devem ser ensinadas a respeitar e reverenciar a hora de oração.” – Pág. 519.

“Também se deve mostrar reverência ao nome de Deus... Mesmo na oração, deve ser evitada sua repetição freqüente e desnecessária.” – Pág. 538.





“Pelo vosso exemplo, ensinai vossos filhos a orar com voz clara e distinta. Ensinai-lhes a levantar a cabeça da cadeira e nunca cobrir o rosto com as mãos.” – Pág. 522.

“Como parte do serviço religioso, o cântico tanto é um ato de adoração como a oração.” – Pág. 523.

“Não devem comparecer na presença de Deus com a roupa usada no serviço durante a semana. Todos devem ter uma roupa especial para o sábado, para usar quando assistem ao culto na casa de Deus.” – Pág. 531.

“A Escola Sabatina e o Culto de oração ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte deste tempo deverão os pais passar com os filhos.” Pág. 532.

“Pais, acima de tudo, cuidai de vossos filhos no sábado.” – Pág. 533.

“Levai-os ao ar livre, à sombra das nobres árvores, no jardim; e ensinai-lhes a ver em todas a maravilhosas obras da criação uma expressão do Seu amor.” – Pág. 534.

“No Seu próprio dia, reserva Ele para a família a oportunidade da comunhão com Ele, com a Natureza, e uns com os outros.” – Pág. 536.

“Devemos tornar o sábado tão interessante para nossa família, que sua volta semanal seja saudade com alegria.”. – Pág. 536.


Como Prestamos o Culto

1. Dia a Dia

O espírito de culto deve ser sentido no lar em todo o tempo – de manhã, ao meio-dia, à noite. Não é nada mais que plena hipocrisia fazer um culto formal e então discutir, bater, ralhar e se queixar o resto do dia. Cristo deseja VIVER no lar.

Deve haver um tempo e um lugar regular para o período de culto matutino e vespertino. Quando cada um sabe quando e onde o culto se realizará regularmente, pode arranjar seu programa para lá estar a tempo. Mas quando é irregular, antes do desjejum hoje, depois do desjejum amanhã, na sala de visitas hoje, e ao redor da mesa amanhã, forçosamente haverá confusão. Os primeiros terão de esperar pelos que estão chegando. Nossos filhos devem aprender que tudo o que pertence a Deus e à religião é feito com reverência e ordem. Algumas famílias têm o costume de se reunir ao redor da mesa, de manhã, e ter primeiro o alimento espiritual e depois o físico. Outras, com crianças pequenas, acham melhor realizar o culto na sala de visitas, com os alimentos fora da vista. À noite, o culto vespertino não deve ser tão tarde que as crianças estejam dormindo. Nem deve ser muito longo. As crianças pequenas aprendem melhor quando lhes são dadas porções pequenas. O pai pode passar uma hora inteira em oração secreta, se quiser, mas o culto da família nunca deve ser tão longo que os membros mais novos fiquem cansados. Cinco a dez minutos, em regra, é bem acertado. O período de culto deve ser planejado de tal maneira que sempre seja saudado com deleite pelas crianças.




2. Com Música

O culto familiar é para a família. Portanto, logo que a criança tenha idade suficiente para compreender, deve seu interesse ser tomado em consideração. Deve haver bastante música devocional – instrumental e vocal. “É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais.” EGW, Educação, pág. 167.

Todo membro da família deve ter parte na escolha dos hinos. Se só se usa um hino, um membro poderá ter seu predileto hoje, e outro membro, amanhã. Nem os pais nem os filhos devem fazer toda a escolha. Em geral, os hinos cantados sem o uso de instrumento ou um hinário devem ser preferidos. É bom as crianças saberem certo número de hinos que possam cantar de cor. Não somente estarão em melhores condições de pensar no que estão cantando, mas também poderão cantar durante o dia, enquanto estão trabalhando ou brincando.

Ocasionalmente, poderão ser usados instrumentos musicais, como na hora de culto de pôr-de-sol de sexta-feira e sábado, e em outras ocasiões em que devam ser usados vários hinos. É belo ver cada membro tocar algum instrumento, se o pode tocar suficientemente bem. No entanto, a hora de culto não é um período de prática. Devemos dar sempre a Jesus o melhor que temos.

3. Estudando Sua Palavra

O estudo da lição deve ser escolhido e planejado da mesma fora que se planeja uma refeição. Uma das razões de algumas crianças criarem aversão ao culto é que nada é arranjado para o seu bem ou interesse. Uma leitura longa e monótona, mesmo da Bíblia, cria tédio pelas coisas de Deus. A pessoa que lê deve dar a devida expressão, para que todos compreendam a significação e apreciem as passagens. (Ver Neemias 8:8) Para as crianças, muitas palavras compridas devem ser omitidas, substituindo-as pelas que elas possam compreender. Isso não faz violência ao texto, mas torna a lição compreensível. Verdadeiramente, as crianças não podem compreender certas partes da Bíblia. Portanto, escolhamos partes que estejam ao alcance de sua compreensão. Na maioria dos lares, devota-se um período de culto vespertino à lição da Escola Sabatina. Essa é uma prática ideal, pois habilita a ter, cada dia, um estudo sistemático da Bíblia e com um alvo definido. Freqüentemente esse plano é muito mais frutífero do que a leitura ao acaso, aqui e acolá, sem um propósito em vista. No outro período de culto podemos usar Meditações Matinais ou Inspiração Juvenil, se houver crianças, ou ainda biografias bíblicas.

O pai é o sacerdote da família. Deve dirigir o período de culto; mas, na sua ausência, a mãe deve tomar conta. Isso não significa que o pai, ou a mãe, deve fazer toda a leitura. Eles podem dirigir o culto, mas podem pedir aos filhos que tomem sua vez na leitura. De vez em quando, citar textos aumenta o interesse e é boa maneira de fixar na mente essas preciosas promessas.

Tornai tão reais os quadros da Bíblia quanto possível. De vez em quando usai lições objetivas. Um pai decidiu ler o livro de Apocalipse para os filhos, que eram de oito a dez anos. Não custou pouco planejamento e colecionamento de figuras, mas ele gostou disso, e eles ficaram encantados com o livro. Ao começar a ler o primeiro capítulo, o pai pintou João numa ilha nua e solitária. Era sábado, mas não havia Escola Sabatina para assistir, nenhuma igreja a que pudesse ir, nem família cristã para visitar. Repentinamente João ouviu uma voz atrás de si, que soou tão alta e tão clara como uma corneta. Virou-se para ver, e lá estava Jesus. A atenção das crianças foi logo dirigida para a aparência de Jesus e a maneira como estava vestido. Vendo cada parte, as crianças compreenderam bastante, mas foi necessário bastante previsão da parte do pai. “O ensino da Bíblia deve ter os nossos mais espontâneos pensamentos, nossos melhores métodos, e o nosso mais fervoroso esforço.” EGW, Educação, pág. 185.

4. Pela Oração

Se a família não for muito grande, deve-se dar a cada membro a oportunidade de orar. Isso prepara as crianças para serem capazes de tomar parte no culto público, e é bom elas expressarem sua gratidão diante dos outros. Ocasiões há em que uma só oração é suficiente, mas é melhor que cada membro da família possa orar pelo menos uma vez no dia.

Os pais devem ensinar os filhos a manter o devido decoro na oração. Devem ajoelhar-se com os dois joelhos no chão, fechar os olhos, enlaçar as mãos na frente, inclinar a cabeça enquanto ouvem os outros orarem e levantar o rosto par ao Céu, enquanto eles mesmos estão orando.

Ao nos dirigirmos a Deus, não é aconselhável usar formas comuns. Ele não é o nosso servo, nem homem comum. Falando a Jesus, é mais reverente usar as formas polidas. Assim, desde o princípio aprendem as crianças a fazer a diferença entre o comum e o sagrado, entre as coisas do homem e as coisas de Deus. Também é bom ensinar às crianças que quando chamamos o Pai não é necessário mencionar Seu nome repetidas vezes. Começar cada sentença com “Querido Jesus” é usar o Seu nome demasiadamente.

5. Saber Pelo Que Orar

Se os discípulos, que eram homens feitos, tiveram de ser ensinados a orar, certamente nossos filhos também devem ser instruídos. Ouvindo a oração de algumas pessoas, somos levados a crer que elas não sabem qual o propósito da oração. É a oração o mesmo que confissão? Aparentemente, algumas pessoas fazem da confissão o alvo principal de todas as suas orações. Por mais necessária que seja essa parte da oração, não é ela o objetivo principal. Pessoa alguma será salva se nada mais faz do que confessar seus pecados, como qualquer lavrador não conseguirá colheita alguma se não fizer nada mais do que capinar a terra.

Está a oração dando ordens a Deus? Algumas orações parecem ser mandos, dizendo a Deus o que Ele deve fazer por nós durante o dia. Isso é presunção. A atitude da nossa oração deve ser: “Senhor, que queres que eu faça?” Nosso filhos devem ser ensinados a pedir coisas que Deus prometeu. Temos o direito de orar por elas e de esperar que sempre sejam cumpridas. Ele prometeu conservar em paz aquele cuja mente está firme em Deus. Nossos filhos podem chegar ousadamente ao trono da graça pedindo que isso se cumpra em tempo de perigo. Podem orar para que os anjos do Senhor se acampem ao seu redor em tempo de dificuldade. Podem orar por coragem para resistir à tentação, por sabedoria para aprender as lições, por saúde e força.

É suficiente aprender uma bela oração, e repeti-la sem saber o que dizemos? Tem Deus interesse em petições decoradas? A Bíblia nos diz que não usemos vãs repetições, como fazem os pagãos. Que é então oração, e para que serve? A oração é comunhão com Deus, o abrir nosso coração a Deus como a um amigo. À criança se deve ensinar que Deus verdadeiramente tem tanto interesse nela com os seus pais. E justamente como o pai fica contente quando os filhos estão contentes, assim também Deus Se alegra quando Seus filhos estão alegres. Por que não dizer a Jesus quão contentes estão com o novo gatinho, os deliciosos moranguinhos que tiveram no almoço, ou a bela rosa que acaba de desabrochar? Jesus fica justamente tão triste como o papai quando machucamos o nariz ou esfolamos o joelho. Falem-Lhe disso também. E Jesus fica muito triste quando somos maus. Contemos-lhe que desobedecemos à mamãe e que estamos arrependidos e nunca mais vamos fazer isso outra vez. Dessa maneira a criança começa a reconhecer que Jesus é seu amigo pessoal, que Ele nela Se interessa, e está pronto a atender aos seus rogos em qualquer ocasião. Ao ir crescendo, a criança continua a comungar com Deus como um amigo, a pedir forças para vencer a tentação, a buscar luz para saber o que é direito, a pedir o perdão de pecados específicos, e a louvar a Deus por Sua bondade e misericórdia.

MINISTÉRIO DA FAMÍLIA - DSA, 1997

101 Idéias para O Evangelismo Familiar




"O lar cristão é ... em comparação a mais poderosa agência evangelizadora no mundo... Os lares com sua amável influência convertem mais pessoas que todos os pregadores colocados juntos. Dê-nos suficiente deste evangelismo, e logo o mundo será cristão...". (David e Vera Mace). Aqui há sugestões para apresentar a mensagem aos que estão dentro e fora de nossos lares.

PREPARAÇÃO PESSOAL
• Estudar cuidadosamente alguns versículos como Efésios 2:4-8, 13; II Coríntios 5:21; Romanos 5:12-20; 8:1, que apresentem as boas novas da salvação em Cristo Jesus.
• Refletir no amor de Deus. Que pessoas têm influenciado profundamente a compreender o amor de Deus? Como está aumentando sua compreensão do amor de Deus?
• Desenvolver com muita oração seu testemunho pessoal de fé e segurança de salvação em Cristo. Escrever seu testemunho pode ajudar-lhe a pensar melhor...
• Fazer uma lista de versículos que falem a você do amor de Deus. Estuda-los e memoriza-los para compartilhar como seu testemunho pessoal.
COMPARTILHAR SUA FÉ NO LAR
• Compartilhar seu testemunho com seu cônjuge. Escutar o testemunho de seu cônjuge. Como o Evangelho tem influenciado sua relação?
• Mostrar a graça de Deus trabalhando em sua vida sendo compreensivo com seu cônjuge, e compartilhando mutuamente seus pensamentos e profundos sentimentos.
• Tomar tempo para compartilhar com seu cônjuge o que sua fé significa para você. Como essa fé lhe ajuda a controlar a ira, a resolver conflitos, ou a encarar a depressão?
• Esforçar-se para elevar e animar seu cônjuge com palavras de ânimo e elogios apropriados.
• Fazer o culto e orar juntos regularmente.
COMO GANHAR UM CÔNJUGE QUE NÃO CRÊ NO SENHOR
• Ser uma fonte de estímulo emocional e espiritual para o cônjuge que não crê, lutando para não julgar seu comportamento, mas oferecendo-lhe regularmente elogios e palavras de ânimo.
• Dar um exemplo sincero de fé e da graça de Deus, vivendo com honestidade sua crença Adventista diante de seu cônjuge... Reconhecendo suas debilidades e faltas, e sua necessidade de melhora.
• Compartilhar com seu cônjuge sobre o perdão e contínuo reavivamento que encontra em Cristo. Tudo o que têm aprendido na sua relação com Cristo faça melhor sua experiência matrimonial.
• Fazer esforços extras para identificar e enfatizar as coisas que você e seu cônjuge tem em comum. Buscar os pontos em que concordam.
• Participar alegremente em todos os aspectos possíveis da vida de seu cônjuge sem comprometer seus princípios.
• Descobrir juntos novas atividades e amizades para substituir aquelas que foram deixadas atrás por causa de sua fé, dando-se conta que a força do vínculo de amor que os une é o mais importante para ganhar seu(ua) amado(a) para Cristo.
• Ao fazer amizades na igreja, convide homens para que sejam amigos de seu esposo, ou mulheres para que sejam amigas de sua esposa.
• Convidar seu cônjuge para participar nas atividades da Igreja, tais como: sociais, seminários de saúde, eventos familiares, retiros, acampamentos ou programas de manutenção.
• Animar seu cônjuge a participar em alguns aspectos da igreja ajudando com suas habilidades e experiência.
UMA CRIAÇÃO MISSIONÁRIA
• Fazer uma lista das mudanças que gostaria de fazer para que sua forma de criar seus filhos seja mais evangelizadora.
• Fazer com que o Evangelho seja mais atrativo para seus filhos com uma atitude positiva ao relacionar-se com eles, sorrindo sempre e tratando de compreende-los.
• Cantar para as crianças cânticos que lhes falem do amor de Deus.
• Orar por cada um de seus filhos, praticando o amor de Deus e seu amor por eles em suas orações.
• Explicar para a criança em termos simples o amor de Deus como está descrito em Sua Palavra.
• Pedir perdão para seu filho quando você tiver feito algo que tenha lhe causado dor.
• Mostrar-lhe amor incondicional e aceitação. Evitar dar-lhe uma mensagem equivocada dizendo: “Amo você se...”.
• Fazer planos para que as crianças tenham oportunidade de fazer suas próprias decisões de confiar em Cristo.
OS FAMILIARES
• Orar sempre para que seus familiares aceitem a mensagem.
• Preparar com a família uma lista de esforços específicos que possam fazer para levar Cristo a seus familiares.
• Fazer planos de comunicar-se com cada familiar por quem a família está orando – por telefone, por carta, ou visitando para oferecer-lhe primeiramente uma expressão de seu amor e compartilhar seu entusiasmo.
AMIGOS E VIZINHOS

• Compartilhar com sua família durante o culto familiar as oportunidades especiais que são apresentadas durante o dia para compartilhar a mensagem – na família, no trabalho, na escola e na vizinhança.
• Conversar com a família do interesse espiritual demonstrado por algumas pessoas no trabalho, na vizinhança, na escola e nos círculos familiares.
• Fazer uma lista incluindo os 10 vizinhos mais próximos.
• Conversar durante o culto das diferentes formas de testemunhar aos indivíduos desta lista.
• Animar as crianças a fazer algum favor ou atividade com amor para aqueles que não são tão afortunados como elas.
• Cooperar com seus filhos em alguma tarefa de serviço cristão que esteja dentro de suas habilidades, de sua força e interesse e no qual tenham êxito e se sintam felizes.
• Ajudar aos filhos maiores e aos jovens a formar grupos com seus amiguinhos e companheiros de escola para ajudar em algum projeto missionário.
DONS ESPIRITUAIS

• Usar alguns períodos do culto familiar lendo e estudando alguns versículos que enumerem os dons espirituais – Romanos 12; I Coríntios 12, 13; Efésios 4. E que cada um expresse sua opinião na forma que nos ajudam a identificar nossos dons espirituais.
• Ler biografias dos pioneiros Adventistas e de outros notáveis líderes cristãos cujo espírito de serviço e dons espirituais sirvam de ânimo para sua família.
• Pensar e orar juntos para descobrir quais são os talentos e habilidades de cada membro da família. Dar graças a Deus juntos por essas habilidades e talentos.
• Os dons que Deus deu aos filhos podem ser diferentes dos vossos como pais. Convidar a membros de igreja, que tenham dons espirituais e habilidades mais semelhantes aos de seus filhos, para que compartilhem suas experiências com eles e lhes sirvam de modelo e exemplo.
• Expresse sua gratidão em forma especial pelos talentos singulares, e os dons e habilidades de cada membro da família, confirmando assim a contribuição de cada um para que a atmosfera do lar seja tranqüila e eficiente.
• Pensar e orar juntos para saber de que forma as habilidades do pai, da mãe, da irmã, do irmão e de qualquer outro membro da família podem ser usados por Deus no lar, na igreja e na obra missionária na comunidade.
• Depois de reconhecer os talentos e habilidades, cada membro prepare um plano simples com uma ou duas coisas específicas que pode fazer para testemunhar por Deus. As crianças podem desenhar o que podem fazer.
• Peça aos membros da família que compartilhem regularmente como Deus os têm ajudado ao usar os talentos e habilidades nas atividades diárias.
UM PROJETO MISSIONÁRIO DE FAMÍLIA

• Planeje como usar os diferentes talentos da família em um projeto missionário especial. Consiga sugestões dos líderes da igreja para ver em que projetos sua família pode ajudar.
• Conseguir a participação de sua família para que todos os membros de diferentes idades possam participar, guardando um equilíbrio entre as necessidades da família e a necessidade de compartilhar com outros. Procurar escolher um projeto cujos resultados possam medir-se e que assim todos possam experimentar satisfação e obter êxito.
• Ler a Bíblia ou algum livro com a mensagem a uma pessoa idosa ou a um cego.
• Visitar uma pessoa inválida.
• Ir à mercearia para comprar alimentos para uma pessoa inválida.
• Escrever uma carta de consolo para uma família enlutada, que está sofrendo ou desanimada.
• Visitar enfermos.
• Conceder um empréstimo sem juros para uma família que está passando por problemas financeiros.
• Fazer um bolo para uma pessoa desamparada.
• Fazer sanduíches ou salgados para distribuir aos desamparados.
• Oferecer uma cesta de alimentos de forma regular a uma ou várias famílias necessitadas.
• Cortar a grama, recolher as folhas ou limpar o jardim, de alguma pessoa idosa.
• Uma vez por semana prover cuidado para o filho de uma mãe ou de um pai solteiro.
• Repartir literatura de casa em casa em alguma parte específica da cidade regularmente.
• Ir cantar ou tocar um instrumento em um hospital ou em uma casa de anciãos.
• Dar umas poucas horas de serviço ocasionalmente para famílias que necessitem ajuda para cuidar de suas crianças, remodelar sua casa ou aprender a direcionar o seu dinheiro.
• Oferecer seu lar para uma pessoa jovem que esteja em necessidade.
• Dar de presente uma roupa nova ou usada para pessoas necessitadas ou dá-la em um centro de distribuição.
• Sair com sua família para recolher dinheiro para a Recolta.
• Colocar seu endereço em envelopes de visitação para reuniões evangelísticas.
• Inscrever seus vizinhos em cursos bíblicos por correspondências.
• Distribuir convites para as reuniões evangelísticas.
• Perguntar para as crianças menores se querem compartilhar alguns de seus brinquedos com as crianças pobres.
• Usar seu carro para levar visitas para as reuniões evangelísticas.
• Convidar seus amigos para uma Feira de Saúde ou para uma Classe de Cozinha.
• Convidar um ou dois amiguinhos de seus filhos para irem à Igreja e então almoçar com vocês. Prover-lhes transporte se o necessitarem.
• Reunir-se com sua família para pensar e encontrar diferentes idéias para “ajudar e abençoar a outros”. Que ato de amor pode sua família fazer imediatamente para algum familiar, para a igreja, para a vizinhança ou para a comunidade?
• Se há algum projeto missionário que se possa incorporar durante o tempo do culto familiar, tais como preparar envelopes de visitação, ou desenvolver estudos bíblicos, faça planos de faze-lo e dê tempo aos membros da família para expressar como se sentem sobre o projeto.
MORDOMIA DA FAMÍLIA

• Planejar dar uma oferta especial para o Décimo Terceiro Sábado.
• Escolher um projeto de Inversão. Pedir informação e sugestões ao Diretor de Inversão ou ao Diretor de Escola Sabatina de como sua família pode envolver-se em recolher fundos para as missões.
• Separar um “Fundo para o Senhor” no orçamento familiar ademais do dízimo e ofertas regulares. Este dinheiro deverá ser guardado no tesouro familiar e poderá ser usado quando algum membro da família se sente impressionado por Deus a ajudar em algum projeto missionário especial ou para alguma outra necessidade que lhe chame a atenção.
• Além dos dízimos, ofertas e compromissos com a igreja, orar por alguma obra missionária em que sua família pode participar com sacrifício.
A ARTE DA VISITAÇÃO

• Pedir a alguém experiente na arte de fazer visitas para acompanhar sua família, ou a alguns membros da mesma, em uma visitação pela vizinhança. Que essa pessoa os instrua quanto aos bons modos, a conversação a conduta corretas para estas visitas.
• Para prover oportunidade de conhecer os vizinhos e começar a cultivar amizade, levar um presente de “Boas-vindas a Vizinhança”, para alguma família que tenha se mudado recentemente.
• Levar um presente de “Felicitações pelo Nascimento do Bebê”, à família que tenha um recém-nascido.
• Levar um presente de “Felicitações pelo Casamento”, a um novo casal.
• Levar algo especial à família que tenha experimentado alguma morte ou desgraça.
• Convidar seus vizinhos para algum programa especial da igreja, como a Escola Bíblica de Férias, alguma celebração especial, aos encontros sociais, etc., para prepara-los a receber um convite para assistir às reuniões evangelísticas ou aos serviços regulares da Igreja.
• Levar um prato especial de comida para seu vizinho. Permitir que as crianças tomem parte na preparação e em leva-lo.
• Procurar presentear aos seus vizinhos com aquilo que lhes agrada, por exemplo, um ramo de flores para aqueles que gostam de flores, ou selos para quem coleciona selos, ou uma receita de cozinha para aqueles que gostam de cozinhar.
• Presentear seus vizinhos com coisas que seus filhos gostam. Como livros de histórias, livros com histórias ou gravuras. Estas são coisas que as crianças e os adultos irão apreciar.
• Pedir um favor para seu vizinho. Mostrar-lhe, que como família você também necessita de amizade. Isto vai colocar você no mesmo terreno e abre as portas para o companheirismo.
• Ao visitar seus vizinhos ou conhecidos faça uma curta oração ao despedir-se. Esta oração pode ser um poderoso testemunho de sua fé em Deus, de Seu cuidado, e da verdade que você crê.
• Convidar outras famílias, a seus conhecidos ou aqueles a quem você queira conhecer melhor para unir-se com sua família para celebrar o culto familiar. Fazer um serviço curto, interessante e animado. Escolher cânticos fáceis e fazer orações curtas e simples. Escolha algumas gravações para escutar ou algumas leituras apropriadas ao nível dos presentes.
• Convidar outros para comer em sua casa. Oferecer-lhes sua amizade, um modelo de temperança, de vida saudável com os alimentos que servir.
• Convidar outros para unir-se à sua família em uma pequena excursão ou atividade recreativa ou típica dos momentos saudáveis que passam juntos em família.
TESTEMUNHANDO AO MUNDO

• Aprender os nomes dos lugares onde estão servindo pessoas que você conhece ou que servem às missões. Orar diariamente pela família destes missionários.
• Conseguir os endereços de missionários estrangeiros e anima-los com suas cartas.
• Tomar especial interesse nos aspectos missionários do Décimo Terceiro Sábado. Ir à Biblioteca e aprender sobre o lugar, as pessoas e as necessidades específicas do lugar onde está localizado o projeto. Orar por esse projeto com sua família para poder ajudar com uma oferta de sacrifício.
• Averiguar com o pastor ou com a liderança de sua igreja onde estão localizadas as áreas não penetradas pelas Missões Adventistas do Sétimo Dia seja em seu país ou em outros lugares. Aprender tudo o que puder da área e seus habitantes. Orar para que as portas se abram para evangelizar estas pessoas.
• Perguntar ao seu pastor ou a outros líderes da igreja como pode encontrar um amigo em um país estrangeiro para escrever-lhe. Que os membros de sua família escrevam para pessoas de sua idade e que compartilhem com sua família o que aprenderam da vida nesse outro país.
• Há muitas oportunidades para adultos e jovens de servir por um curto tempo como missionários em outros países. Estas oportunidades de serviço estão disponíveis por meio da Associação Geral em conexão com as instituições educacionais e organizações privadas. Averigue com seu pastor ou com os líderes de sua igreja sobre as possibilidades para que os membros de sua família possam servir nas missões. Se for possível, fazer planos para participar nessa experiência missionária.
• Enquanto a mensagem Adventista circunda o mundo, a necessidade de obreiros com ampla variedade de profissões e ocupações para trabalhar no exterior, se faz cada vez maior. Consultar com o pastor ou com os líderes da igreja e orar pela possibilidade de que um dos membros de sua família alcance servir ao Senhor tempo completo nas missões.
• Escolher uma quadra de sua cidade onde não tenha adventistas e considera-la como sua “área missionária não penetrada” para fazer visitas missionárias, distribuir literatura e ganhar outros para Cristo.
• Fazer um estudo com sua família, de uma das principais religiões não cristãs do mundo. Conversar sobre as formas criativas como os Adventistas podem alcançar a estes grupos com as boas novas de Jesus. Que pontos de suas crenças religiosas os fazem receptivos?
• Se tiver que mudar com sua família para outro lugar, considere com oração a possibilidade de mudar-se para outra região, onde haja poucos Adventistas ou nenhum para testemunhar ali.
• Falar aos seus filhos, à medida que crescem, das bênçãos e da importância do serviço missionário seja em seu país ou no estrangeiro, e da possibilidade de viver em outras partes do país onde há necessidade de estabelecer a presença da Adventista do Sétimo Dia.


Compilado e Editado por
Ronald e Kaem Flowers
Ministérios da Família da Associação Geral dos
Adventistas do Sétimo Dia
2001