15/02/2011

O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO




O ESPÍRITO SANTO E A MISSÃO DA IGREJA
VENCENDO OS OBSTÁCULOS INTRANSPONÍVEIS COM O PODER DE ESPÍRITO SANTO

- Gigantes e montanhas representam os grandes obstáculos na história do povo de Deus do passado.
- Contemplando da perspectiva contemporânea, poderíamos pensar que os atos heróicos do passado, parecem mais adequados para histórias de crianças.
a) Davi e Golias – I Samuel 17: 45-47
b) Outros gigantes – II Samuel 21: 15-22

I. GIGANTES E MONTANHAS NA HISTÓRIA DO POVO DE DEUS
1. Os gigantes na terra prometida
- Os dez espias sem fé, medindo suas próprias forças disseram: “não poderemos”, “seremos devorados”- Números 13: 31-33
- Josué e Calebe, confiando no poder de Deus, disseram: “sim, poderemos”, “podemos devorá-los”- Números 14: 6-9
2. A montanha frente a Zorobabel:
- O povo de Deus proibido de reconstruir por uma ordem imperial – Esdras 4:16-24
- As ordens governamentais proibindo o avanço da Igreja são como que barreiras inexpugnáveis
- Deus tinha outros planos e os fez saber por meio dos profetas Ageu e Zacarias – Esdras 5:1, 2
- A profecia de Zacarias fazia alusão a uma montanha que seria aplainada – Zacarias 4: 6-9
- Toda a profecia traz a segurança do Espírito como uma fonte inesgotável de poder para resolver os problemas do povo de Deus – Zacarias 4: 1-5
- O Espírito trabalhou na mente de um rei pagão e uma lei da media-persia foi mudada – Esdras 6: 7-12
II. MONTANHAS E GIGANTES PARA A IGREJA CONTEMPORÂNEA
1. O gigante da evangelização
- Parece totalmente superior a nossas forças
- Mais de 2000 grupos populacionais com mais de 1.000.000 habitantes ainda não alcançados (ver estatísticas)
- A maior parte dos desafios estão em lugares onde os obstáculos parecem intransponíveis:

a) Países comunistas e ateus:
- Rússia – 46 grupos de 1.000.000
- China – 900 grupos de 1.000.000
b) Países com outras religiões nacionais
- Bangladesh – 85 grupos
- Japão – 39 grupos
- Tailândia – 22 grupos
- Vietnã – 56 grupos
c) Países do Oriente Médio: o desafio árabe e islâmico
- Etiópia – 32 grupos
- Egito – 41 grupos
- Irã – 51 grupos
- Iraque – 14 grupos
- Arábia Saudita – 15 grupos
- Sudão – 19 grupos
- Síria – 11 grupos
- Turquia – 54 grupos
2. O gigante da santificação
“Cristo está aguardando com desejo anelante a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá reclamá-los como Seus.” Maranata, 110
III. SINAIS DE QUE O ESPÍRITO SANTO ESTÁ TRABALHANDO ENTRE NÓS
1. A obra em países que até agora estavam fechados ao evangelho
- A história na União Soviética
- A história na China
CONCLUSÃO
- A obra triunfará gloriosamente, porque é controlada pelo Espírito Santo
- “A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser coobreiros de Deus, com ela triunfarão.” Testemunhos Seletos, vol. III, pgs. 352-353

Fonte: Instituto de Crescimento de Igreja do SALT-IAENE

14/02/2011

VIDA EM DISCIPULADO




VIDA EM DISCIPULADO

Material preparado pelo Pr. Josanan Júnior - Departamental de Mordomia e ministerial da Missão Nordeste

OBJETIVO

Lançar uma estrutura que proporcione um crescimento saudável na igreja e que leve todos os membros a trabalharem de maneira integrada em ministérios.

O projeto está baseado em 8 princípios básicos de crescimento de igrejas, são eles:

1- Liderança visionária e capacitadora.

Esse ponto visa proporcionar oportunidades aos líderes para levá-los a visão espiritual de crescimento e a ter momentos espirituais. Com capacidade de gerar entusiasmo e concentrar seus esforços em qualificar outros irmãos para o serviço.

Na prática: - Retiro Espiritual para líderes
- Jornada Espiritual III
- Leitura semanal de livros texto


Apoio Bíblico:
Efésios 4:11-12
2Timóteo 2:2

Apoio Espírito de Profecia:
“Os ministros não devem fazer o trabalho que pertence à igreja, cansando a eles mesmos e impedindo outros de realizar seu dever. Eles deveriam ensinar os membros como trabalhar na igreja e na comunidade”.
Historical Sketches of the Foreigh Mission of the S. D. A., 291.

“A melhor ajuda que os ministros podem dar aos membros de nossas igrejas não é sermonizar, mas planejar trabalho para eles. Dê a cada um algo a fazer por outros”.
Testimonies the Church, vol. 9, 82.

“Esse é o tipo de disciplina que tem sido tristemente negligenciada em muitas de nossas igrejas. O tempo e o labor de nossos ministros não têm sido gastos na melhor maneira calculada conservar as igrejas em uma condição saudável de crescimento. Se menos tempo tivesse sido gasto em sermonizar, e mais em educar o povo para trabalhar de maneira inteligente, haveria agora mais obreiros para entrar nos campos como missionários, e muitos talentos nos vários ramos da obra”.
Review and Herald, August 24, 1886.

2- Ministérios orientados pelos dons e necessidades.

Esse ponto visa reduzir a tarefa dos líderes para que eles possam ajudar os membros a encontrar e reconhecer os dons que Deus lhes deu, e a encontrar um serviço de acordo com tais dons.

Na prática: - Realizar teste para descobrir os dons de todos os membros.
- Formar equipes que possam planejar, treinar e acompanhar ministérios para cada membro segundo os seus dons.
- Criar em cada igreja a classe de discipulado permanente.


Essas classes serão divididas em quatro estágios permanentes na igreja:
Classe de nível 1- Ensina a conhecer a Cristo e a descobrir o discipulado, seria a classe bíblica permanente que tem como objetivo levar os visitantes a tomar a decisão de se tornar um membro.

Classe de nível 2 – Tem como objetivo o crescimento dos novos membros em Cristo, seria a classe pós-batismal que levaria o novo membro a maturidade espiritual.

Classes de nível 3 e 4 – Ajuda os irmãos maduros a descobrirem os dons e as possibilidades de ministérios. O objetivo é que os participantes sirvam a Cristo e se tornem ativos em algum ministério.
Apoio Bíblico: Efésios 4:11-12 e 1Pedro 4:10

Apoio Espírito de Profecia:
“Só o método de Cristo terá verdadeiro sucesso em alcançar as pessoas. O Salvador misturava-se com as pessoas como alguém que desejava-lhes o bem, atendia às suas necessidades, e ganhava sua confiança. Então ordenava-lhes: ‘Segue-me’”.
Ciência do Bom Viver, 143.
“Muitos não têm fé em Deus e perderam a confiança no homem. Mas apreciam ver atos de simpatia e prestatividade. Ao verem alguém sem qualquer incentivo de louvor terrestre ou compensação, aproximar-se de seus lares, ajudando os enfermos, alimentando os famintos, vestindo os nus, confortando os tristes e ternamente chamando a atenção para Aquele de cujo amor e piedade o obreiro humano é apenas mensageiro – ao verem isto, seu coração é tocado. Brota a gratidão, e fé é inspirada. Vêem que Deus cuida deles, e ao ser Sua Palavra aberta, estão preparados para ouvi-la.”
Medicina e Salvação, 247

“Cada igreja deveria ser uma escola de treinamento para os alunos cristãos. Seus membros deveriam ser ensinados em como dar estudos bíblicos, como conduzir e ensinar classes de Escola Sabatina, como melhor ajudar o pobre e cuidar do enfermo, como trabalhar pelos não convertidos... Não deveria apenas haver ensino, mas trabalho sob instrutores experientes. Saiam os professores a trabalhar entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão de seu exemplo”.
Ciência do Bom Viver, 148-149.

“A maior causa de vossa enfermidade espiritual como um povo é a falta de fé genuína nos dons espirituais. Se todos eles recebessem esse tipo de testemunho em completa fé, removeriam aquelas coisas que desagradam a Deus, e todos se uniriam em união e força. E três quartos do trabalho ministerial agora usado para ajudar as igrejas poderiam ser poupados para a obra de plantar igrejas em novos campos”.
Adventist Review and Sabbath Herod, 14 January, 1868.

3 – Espiritualidade Contagiante

Esse ponto visa combater os males comuns a igreja de Laodicéia, levando a igreja a ter momentos de verdadeira comunhão e transformação e a tornar a igreja “desejável” a quem procura um contato intimo com Deus.

Na prática: - Pregar sobre justificação pela fé para combater o legalismo
- Pregar sobre laodicéia para levar a igreja a sentir necessidade de comunhão e dependência.
- Desenvolver projetos de devoção pessoal
- Criar um calendário homilético visando atender os temas necessários a um reavivamento.
- Estabelecer datas para que os membros na igreja e nos PG´s tenham retiros espirituais.
- Semana de oração com ênfase nesse ponto

Apoio Bíblico:
Marcos 12:30
Lucas 16:13

Apoio Espírito de Profecia:
“Quando possuirmos certeza clara e evidente de nossa salvação, manifestaremos a satisfação e alegria, próprias de todo seguidor de Jesus Cristo. A enternecedora, subjugante influência do amor de Deus comunicada à vida prática, produzirá sobre o espírito de outros impressões que serão um cheiro de vida para vida. Mas caso seja manifestado um espírito áspero, acusador, desviará muitas almas da verdade para as fileiras do inimigo. Solene pensamento! Lidar pacientemente com o tentado requer que combatamos contra o próprio eu.”
Evangelismo, 630-631.

4- Prioridades segundo a ordem bíblica

Esse ponto visa direcionar o trabalho e a visão de toda a igreja para prioridades bíblicas, que são: 1º Meu compromisso com Cristo, 2º Meu compromisso com o lar e com a igreja de Cristo e 3º Meu compromisso com a obra de Cristo. Cada ministério da igreja deve estar trabalhando com essas prioridades em mente.

Na prática: - Unificar o calendário de atividades dos departamentos,
visando um ajudar o outro a “priorizar as prioridades”.
- Marcar seminários para discutir prioridades bíblicas e estruturas
funcionais.
- Divulgar as conquistas do plano e estabelecer um processo de avaliação contínua

Definição: É assegurar que os programas, tradições e ministérios estão funcionando de maneira eficaz e coordenada para se alcançar os propósitos e objetivos da igreja.

Apoio Bíblico: Efésios 4:11-12 E 1Corintios 14:40

Apoio Espírito de Profecia:
“Satanás está sempre trabalhando para ter o serviço de Deus degenerado a uma forma entediante a fim de torná-lo impotente para salvar almas. Enquanto a energia, seriedade, e eficíência dos obreiros se tornam amortecidos pelos esforços de ter tudo tão sistemático, exaustivo esforço que precisa ser feito por nossos ministros para manter esse mecanismo tão complicado em movimento, absorve tanto tempo, que o trabalho espiritual é negligenciado. E com tantas coisas por fazer, essa obra requer tanta quantidade de meios que outros ramos da obra se enfraquecem e morrem por falta da devida atenção”
Testimonies the Church, vol. 4, 602.

“Deus trabalha de acordo com grandes princípios que Ele tem já apresentado para a família humana, e é nossa responsabilidade elaborar planos e pôr em operação os meios por onde Deus trará certos resultados”
Evangelismo, 653.

“Anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais perto imitarmos a harmonia e ordem das hostes angélicas, mais bem sucedidos serão os espaços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade para ações harmoniosas, e somos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nosso curso de ação, anjos... não poderão trabalhar para nós com sucesso. Eles se afastarão, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização”.
Testemunhos para a Igreja. Vol. 1, 649.

5- Culto inspirador
Esse ponto visa oferecer aos membros e convidados uma adoração dinâmica, alegre e inspiradora. Criar um ambiente que convide as pessoas a permanecerem na igreja.

Na prática: - Reunir idéias e equipes para trabalhar diretamente nesse ponto.
- Investir em instrumentos e instrumentistas.
- Cuidar dos detalhes de som e iluminação.
- Renovar as instalações da igreja e seus serviços em todos os cultos, planeje melhorias que incluam: estacionamento, placas de sinalização interna da igreja, limpeza e manutenção do
prédio, qualidade na recepção, iluminação, som, jardins, linguagem do sermão e hinos.
- Cuidar dos detalhes para que o culto não seja enfadonho, monótono,
muito formal ou com uma atmosfera fúnebre.

Apoio Bíblico: Apocalipse 4:11 e Salmos 150
Espírito de Profecia:
“Um constante esforço para promover a piedade pessoal deve ser visto nos labores públicos de ministros. Sermão após sermão não deve ser baseados apenas em profecias. A religião pratica deve ter um lugar em cada discurso.”
Signs of the Times, March 16, 1882.

“Nossas reuniões devem ser intensamente interessantes. Elas devem ser permeadas com a própria atmosfera do céu. Não haja discursos longos, secos, com orações formais meramente para ocupar o tempo. Todos devem estar preparados para desempenhar sua parte com prontidão, e quando sua participação estiver realizada, a reunião deve ser encerrada. Assim o interesse se manterá aceso até ao final. Isso é oferecer a Deus uma adoração aceitável. Seu culto deve ser realizado de maneira interessante e atrativo e não degenerado numa forma seca”.
Testemunhos para a Igreja, vol. 5, 609.

“As orações oferecidas em público devem ser curtas e ao ponto. Deus não requer de nós uma adoração tediosa com pedidos demorados”
Obreiros Evangélicos, 175.


6 – Pequenos Grupos
Esse ponto visa rever os conceitos e funções que os PG´s exercem na igreja.

Na prática: - Renovar a liderança
- Re-implantar se for necessário
- Fortalecer a função social nos PG´s e o ideal de multiplicação.
- Criar o ciclo de estudo e formação dos líderes de PG

Apoio Bíblico: Atos 2:46-47 e Filemon 2

Apoio Espírito de Profecia:
“Que em cada igreja haja grupos de obreiros bem organizados para trabalhar nas vizinhanças da igreja”
Advent Review and Sabbath Herold, Sept. 29, 1891.

“A formação de pequenos grupos como base do espaço cristão tem sido apresentada a mim por Alguém que não pode errar.”
Testimonies of the Church, vol. 7, 21-22.

“Se há um grande numero de membros na igreja, organize-os em pequenas companhias para trabalhar não apenas pelos membros da igreja, mas pelos descrentes. Se num lugar há apenas dois ou três que conheçam a verdade, que eles formem um grupo de obreiros.”
Testimonies of the Church, vol. 7, 22.
7 – Relacionamentos afetivos
Esse ponto visa fortalecer através de diversas atividades, o relacionamento dos membros entre si e dos membros entre a comunidade. Tendo em vista que pesquisas demonstram que o companheirismo é o fator numero um do crescimento da igreja Adventista e que sua ausência é a causa da maioria das nossas apostasias.

Na prática: - Através das duplas missionárias criar o projeto é bom ser bom
- Planeje atividades sociais através dos PG´s: piqueniques, almoços comunitários, esportes, noites sociais, viagens, dentre outros.
- Melhore a cordialidade para com os visitantes. Convide três pessoas que não são ainda
membros para ajudá-los e avaliar a atmosfera de acolhimento e amizade da igreja e o grau de calor humano e aceitação.
- Atividades para as diversas faixas etárias, koinonias, retiros, festas.

Apoio Bíblico: João 13:35 e 1 Corintios 12:24-26

Apoio Espírito de Profecia:
“A corrente dourada do amor, atando os corações dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, bem como em união com Cristo e o Pai, torna a conexão perfeita, e transmite para o mundo o testemunho do poder do Cristianismo que não pode ser anulado”.God’s Amazing Grace, 232.
“Cada crente é um raio de luz da parte de Cristo, o sol da justiça. Quanto mais próximos nós andarmos com Cristo, o centro de todo o amor e luz, maiores serão nossas afeições por seus portadores de luz. Quando os santos são atraídos para perto de Jesus, eles são automaticamente atraídos uns aos outros, pois a graça santificadora de Cristo unirá seus corações. Você não pode amar a Deus e falhar em amor seus irmãos”.
1888 Materiais, 1048-1049.

“Um cristão bondoso, cortes, é o mais poderoso argumento que se pode apresentar em favor do cristianismo.”
Obreiros Evangélicos, 118.

8 – A consciência da importância de fundar igrejas
Esse ponto visa ajudar na formação de novas igrejas nas quais mais discípulos possam participar

Na prática: - Conscientizar a igreja sobre a importância de fundar igrejas
- Fazer estudos de local e investimento necessário para a formação de uma nova igreja
- Formar equipe para planejar a fundação de uma nova igreja

Apoio Espírito de Profecia:
“ Igrejas devem ser organizadas e planos formulados para o trabalho que se realizará pelos membros das recém-organizadas igrejas. Esta obra missionária do evangelho deve manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando as porções cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo. Que a obra de estabelecer igrejas para Deus em muitos lugares não seja dificultada e tornado um fardo porque os necessários recursos são retidos.”
Evangelismo, Pág. 19
“Muitos dos membros de nossas grandes igrejas não estão fazendo nada. Eles poderiam realizar uma boa obra se, em vez de se amontoar juntos, se espalhassem para lugares onde a verdade ainda não entrou. Muitos membros estão morrendo espiritualmente por falta deste trabalho. Eles estão se tornando enfermiços e ineficientes.”
Testemunhos para a igreja vol.8, Pág. 244
“Deus não confiou aos pastores o trabalho de estarem pondo em harmonia as igrejas. Tão depressa se acha aparentemente realizado esse serviço, tem que ser feito de novo. Membros da igreja que são atendidos desse modo, tornam-se fracalhões religiosos. Se nove décimos do esforço que se tem empregado em favor da verdade, houvessem sido empregados em prol dos que dela nunca ouviram, quanto maior teria sido o avanço realizado.”
Testemunhos Seletos, pág. 381
IDEIAS PRÁTICAS

NOME: ________________________________________


SEMINÁRIO 1 – LIDERANÇA VISIONÁRIA E CAPACITADORA

REFLEXÃO
1. Que quantidade de tempo e energia a liderança da igreja gasta em treinar e equipar membros para a obra missionária?

2. O que o seu pastor está fazendo agora que poderia ser delegado a outros?

3. O que os lideres dos departamentos estão fazendo para recrutar novas pessoas para servir como lideres em suas áreas de ministério?

4. Quão frequentemente você leva outro membro consigo para visitação, estudos bíblicos, e outras atividades?

5. Os lideres possuem uma descrição por escrito de suas funções?

IDEIAS:_________________________________________________


SEMINÁRIO 2 – MINISTÉRIO ORIENTADOS PELOS DONS E NECESSIDADES.

REFLEXÃO
1. Os membros da sua igreja entendem o ensino dos dons espirituais e conhecem seus dons?
2. A comissão de nomeações da sua igreja leva em consideração os dons espirituais na hora de selecionar novos oficiais?
3. Quão frequentemente você prega sobre a importância dos dons espirituais em sua igreja? Há classes ou testes para ajudá-los a descobrir seus dons?
4. Há incentivos para que os membros construam relacionamentos redentivos com pessoas de fora da igreja
5. Como foi o evento de colheita ou a série evangelística realizada em sua igreja no ano passado?
6. Você considera o serviço de culto aos domingos um evento evangelístico? Por quê?
7. Qual a porcentagem de recursos humanos e financeiros foi investida no não-adventista nesse ano? Você está satisfeito com essa quantia?

IDEIAS:________________________________________________________

SEMINÁRIO 3 – ESPIRITUALIDADE CONTAGIANTE

REFLEXÃO
1. Como você descreveria a temperatura da vida espiritual de sua igreja?

2. Como você descreveria a pratica diária da oração, estudo da Bíblia, culto familiar, e outras disciplinas espirituais da igreja?

3. Como você descreveria o compromisso espiritual demonstrado pela sua igreja na devolução dos dízimos e das ofertas?

4. Há um ministério de oração ativo e funcional em sua igreja?

5. Qual a função que os testemunhos pessoais desempenham no culto corporativo?

IDEIAS:___________________________________________

SEMINÁRIO 4 – PRIORIDADES SEGUNDO A ORDEM BÍBLICA

REFLEXÃO
1. Qual a declaração de missão de sua igreja? O que ela espera realizar dentro de cinco anos?

2. Todos os departamentos e ministérios da igreja têm um plano claro para ajudar a realizar a visão da igreja? As atividades, eventos e programas dos departamentos atuam de forma concentrada nos alvos da igreja? (A luz concentrada, o raio laser corta o aço!)

3. Quão influente é a tradição em sua igreja?

4. Numa escala de 1 a 10, com 1 sendo a igreja que não está disposta a mudar, e 10 sendo o contrário, quão disposta está a sua igreja às mudanças? (Ex: novas abordagens de evangelismo, músicas contemporâneas, novos estilos de liderança, maneiras novas de organizar os membros para o trabalho, etc.).

IDEIAS:______________________________________________


SEMINÁRIO 5 – CULTO INSPIRADOR

REFLEXÃO
1. Quais são os aspectos mais inspiradores do seu serviço de culto? Como eles podem ser fortalecidos?
2. Como você caracterizaria os momentos de oração pública nos cultos de sua igreja?
3. Quando foi a ultima vez que a ordem da liturgia foi mudada em sua igreja?
4. Quanta abertura existe em sua igreja para a expressão criativa através da arte (drama, etc.), multimídia e musica?
5. Existe variação no estilo da pregação de semana a semana? Há um sistema para avaliar os sermões pregados? Quem avalia e com que critérios?
6. Sua igreja está interessada em tornar-se atrativa aos visitantes? Que providencias tem sido tomadas para tornar isso uma realidade?
7. Sua igreja considera o serviço de culto um evento evangelístico?
IDEIAS: ___________________________________________________


SEMINÁRIO 6 – PEQUENOS GRUPOS

REFLEXÃO
1. Que tipo de treinamento contínuo está disponível para a liderança de pequenos grupos em sua igreja?

2. Onde os pequenos grupos se encaixam na estratégia geral da igreja? Qual a sua função? Os lideres entendem bem a estratégia geral?

3. Cada grupo tem um líder assistente sendo treinado como aprendiz?

4. Quem é o responsável para supervisionar o ministério de PGs em seu distrito?

5. Como a função do evangelismo é desempenhada nos PGs?

6. Qual é sua estratégia para multiplicação dos PGs?

IDEIAS: ____________________________________________________

SEMINÁRIO 7 – RELACIONAMENTOS AFETIVOS

REFLEXÃO
1. Existe um sentimento de paz e alegria na vida congregacional de sua vida?

2. Que eventos sociais são planejados no calendário eclesiástico visando promover relacionamento de amor?

3. Quão frequentemente os membros convidam um ao outro para partilhar uma refeição em seus lares ou para reuniões sociais?

4. Há algum conflito na igreja que poderia estar influenciando negativamente no quociente de amor?

IDEIAS: ________________________________________________


SEMINÁRIO 8 – CONSCIÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DE FUNDAR IGREJAS

REFLEXÃO
1. Estudiosos em crescimento de igreja descobriram que com quanto mais freqüência as pessoas veem o nome da igreja, mais essa igreja crescerá. O que isso nos ensina sobre fundar igrejas?

IDEIAS: ________________________________________________

ELLEN WHITE E O USO DE COSMÉTICOS



ELLEN WHITE E O USO DE COSMÉTICOS.
Por Pr. Cid Gouveia e Pr. Ivanildo Coutinho

No início do século XIX a Igreja Metodista pregava bastante sobre o assunto de modéstia Cristã. As pregações do seu fundador, John Wesley, sobre o assunto foram inclusive publicadas nos periódicos adventistas. Ele entendia que a modéstia cristã (que englobava o uso de cosméticos) deveria ser praticada para não fomentar o orgulho, desperdiçar dinheiro entre outras razões. Esta reforma foi continuada por Phoebe Palmer. Os manuais metodistas da época diziam inclusive que “ninguém seja recebido na igreja até que tenha deixado de lado o uso de ouro e ornamentos superficiais” (BACCHIOCCHI, 2003, p. 96).
Como ex-metodista Ellen White compartilhava desta mesma visão e escreveu bastante sobre a modéstia cristã, incluindo os cosméticos. Então iremos analisar três categorias de citações suas sobre o assunto: as que ela fala especificamente de cosméticos; as que ela menciona o assunto indiretamente e por fim os que ela usa a palavra ornamento.
Primeiro as citações em que Ellen White fala especificamente de cosméticos. Nos seus escritos ela não fala muito sobre eles, geralmente ela os associa com jóias e os engloba na categoria de ornamentos ou coisas artificiais. Mas algumas vezes ela os menciona especificamente. Vamos ver os textos mais relevantes:
Muitos estão, sem o saber, prejudicando sua saúde e colocando sua vida em perigo pelo uso de cosméticos. Estão roubando de suas faces o rubor da saúde, e então para suprir a deficiência usam maquiagem. [grifo nosso]. Quando seu corpo se aquece durante a dança, o veneno é absorvido pelos poros da pele, sendo assim derramado na corrente sangüínea. Dessa maneira, muitas vidas têm sido sacrificadas (CENTRO, 2005).
O enfoque de Ellen White neste texto tem a ver com o efeito do cosmético sobre a saúde; no seu tempo eles eram prejudiciais à saúde devido a sua composição. Na composição dos cosméticos da época era usado a cerusa formada por carbonato de chumbo. Os cosméticos vermelhos eram formados de sulfetos de mercúrio sem contar a moda da época de Ellen White o “esmaltamento” que consistia em pintar a face com sais de chumbo para ficar mais pálida, conforme a moda da época. (Idem, Ibidem).
Porém mesmo nesta citação podemos ver uma orientação de caráter moral, quando ela fala que as mulheres usavam a maquiagem para lhe dar o rubor da saúde. Disfarçavam seu real estado de saúde pela maquiagem. Esta mesma idéia é repetida nestas passagens:
Ladies may resort to cosmetics to restore the tint of the complexion, but they cannot thus bring back the glow of healthful feelings to the heart. That which darkens and makes dingy the skin also clouds the spirits and destroys cheerfulness and peace of mind (SPIRIT, 1982, p. 1105).

A maioria dos amantes dos prazeres freqüentam as reuniões noturnas elegantes, e gastam em diversões excitantes as horas de repouso e o sono sossegado que Deus lhes concedeu para lhes revigorar o corpo. ... Roubam às faces o rubor da saúde, e depois, com o uso de cosméticos, suprem a deficiência. (WHITE, 1989, p. 143).

Em Düsseldorf fizemos baldeação, e tivemos que esperar duas horas na estação. Tivemos aí oportunidade de estudar a natureza humana. Entravam senhoras, tiravam o casaco e então se miravam de todos os lados, para ver se o vestido estava impecável. Então retocavam a maquiagem. Por muito tempo se demoravam em frente ao espelho, para dispor o vestido de modo que ficassem satisfeitas, a fim de terem o melhor aspecto aos olhos humanos. Pensei na lei de Deus, o grande espelho moral no qual se deve mirar o pecador para descobrir os defeitos de seu caráter. Se todos estudassem a lei de Deus - o padrão moral de caráter - tão diligente e criticamente como muitos fazem, com auxílio do espelho, em relação a sua aparência exterior, com o propósito de corrigir e reformar todo defeito do caráter, que transformações não se verificariam neles, "porque, se alguém é ouvinte da Palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era". Tia. 1:23 e 24. (WHITE, 1965, p. 295).
Podemos deduzir destes três textos dois motivos iniciais que levaram Ellen White a ver os cosméticos de forma negativa: prejuízo à saúde e artificialidade. Entenda-se artificialidade como o cosmético disfarçando a aparência da pessoa. A aparência, prejudicada pela intemperança ou por sentimentos negativos não pode ser corrigida pelo uso de cosméticos. Se em vez de se empenhar por aparência, houvesse um empenho de se mostrar bela aos olhos de Deus isto seria melhor.
Neste momento poderia se dizer que nas três últimas passagens citadas, Ellen White não está falando claramente contra os cosméticos; mas com relação ao seu uso. Porém, uma leitura atenta não deixará de notar o contexto negativo em que eles são mencionados. Lembremos que os cosméticos no tempo de Ellen White não eram amplamente usados; havia na sociedade vitoriana de sua época uma certa reserva quanto ao seu uso. Não havia necessidade de uma declaração mais específica sobre o assunto, tanto é que, no âmbito da modéstia cristã, os cosméticos não são sua principal preocupação. Ela fala mais dos vestidos e das jóias. Porém, se este assunto mereceu sua atenção, mesmo não sendo algo tão difundido, ela com certeza não via o cosmético como algo neutro.
Após vermos os textos que falam especificamente de cosméticos vamos analisar os textos que não usam esta palavra. De fato estes textos são maioria e pode-se questionar por que usá-los. A justificativa é simples: o uso de cosméticos não era um problema isolado para Ellen White. Ela os via como parte de um todo que englobava roupas e uso de jóias. Isso é percebido pela leitura dos seus textos nos quais ela usa diversas expressões englobando toda a aparência do cristão.
Se preservarem para si sã constituição e amável temperamento, possuirão uma verdadeira beleza que com a graça divina poderão usar. E nenhuma necessidade terão de se adornar com artifícios, pois esses sempre exprimem ausência do adorno interior, de verdadeiro valor moral. Um belo caráter tem valor à vista de Deus. Tal beleza atrairá, mas não desencaminhará. Tais encantos são cores firmes; [grifo nosso] nunca esmaecem. (WHITE, 1956, p. 184).
Queridos jovens sua disposição para vestir-se conforme a moda, usando para satisfazer a vaidade, rendas, ouro e coisas artificiais,[grifo nosso] não recomendará aos outros a religião nem a verdade que vocês professam. (WHITE, 2002, p. 376).
É interessante no primeiro texto citado que, ao falar das qualidades cristãs ela as compara como “cores permanentes”. As coisas artificiais que adornam não trazem estas “cores permanentes” que a beleza de caráter traz.
Que cores seriam essas? Uma interpretação provável é elas seriam um contraste com as cores provisórias da maquiagem que esvanecem, chamadas de “coisas artificiais”, com a beleza de uma aparência saudável e em comunhão com Deus. “O rubor da saúde” que ela menciona nos textos anteriores. Justificamos esta interpretação com dois argumentos: primeiro jóias e vestidos não se relacionam com cores; maquiagem sim. Segundo, esta interpretação estaria em harmonia com suas declarações sobre maquiagem em que ela a contrasta negativamente com o “rubor da saúde”.
Uma leitura desatenta do texto poderia dar a entender que estas “cores permanentes” se referem ao caráter e não a saúde; mas lembremos que ela menciona o “temperamento” e a “sã constituição”, entendo que essas cores firmes também se referem a uma aparência saudável.
O segundo texto é interessante. Ela engloba tudo o que diz respeito à aparência do cristão usando três palavras : rendas (representando as roupas); ouro (representando as jóias) e coisas artificiais. Como as outras coisas já foram mencionadas obviamente “coisas artificiais” incluem os cosméticos.
Pode-se questionar esta divisão; mas ela está de acordo com o teor geral dos escritos de Ellen White. Roupas e adornos para roupa, jóias e cosméticos são mencionados, separadamente, em seus escritos alguns com mais ênfase do que outros. Poderíamos ver como uma subdivisão natural dos aspectos da modéstia cristã.
Outros textos são os que ela usa a palavra ornamento. Nos seus escritos essa palavra se refere a muitas coisas podendo ora se aplicar a jóias, vestuário, cosméticos, enfeites domésticos ou a todo o conjunto. Algumas citações nos ajudarão a compreender essa idéia:
No professo mundo cristão o que é gasto em extravagante ostentação, em jóias e ornamentos, [grifo nosso] daria para suprir as necessidades de todos os famintos e vestir todos os nus em nossas cidades; e ainda assim esses professos seguidores do manso e humilde Jesus não precisariam privar-se do necessário alimento nem do vestuário confortável. (WHITE, 1996, p. 216).
Deus convida os jovens a renunciarem a ornamentos e artigos de vestuário [grifo nosso] desnecessários, mesmo quando quase nada custem, e a depositarem esta quantia na caixa de caridade. (Idem, p. 270).
A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos [grifo nosso] de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. (WHITE, 1978, p. 269)
Nos textos acima que Ellen White faz um uso variado da palavra ornamento. Ora o ornamento complementa o sentido de jóias, ora o sentido de vestuário. Com certeza esta palavra representa os aspectos da vaidade cristã mencionados nos seus escritos, incluído o cosmético.
Parece que as vezes queremos separar estes aspectos da modéstia cristã. Se o nome maquiagem ou cosmético não é mencionado então ela não lhe dá importância. Mas isto não é necessariamente verdade; quando Ellen White fala de ornamentos e coisas artificiais ela fala de um todo.
Poderíamos citar como comparação a maneira como EGW se refere ao sábado. Não existe, no NT, uma ordem taxativa para se guardá-lo, porque ele era ponto pacífico, era universalmente aceito como dia de guarda. (Luc. 23:56). Não era o principal problema dos apóstolos e, por isso, é somente mencionado no NT sem uma declaração taxativa para guardá-lo. Mas ao se falar sobre os 10 mandamentos o sábado estava incluído. Tudo que se fala de um mandamento se aplica aos outros, pois eles são relacionados: fazem parte dos 10 mandamentos. “Mas se violamos a letra do quarto mandamento para nosso próprio benefício, do ponto de vista financeiro, tornamo-nos transgressores do sábado, e culpados de transgressão de todos os mandamentos; pois se pecamos em um ponto, somos culpados de todos.” (WHITE, 1984 , p. 174).
Também podemos aplicar isto em relação aos cosméticos. Os cosméticos estão incluídos no âmbito da vaidade cristã e não podem ser separados das jóias e roupas. As mesmas definições aplicadas a um desses três aspectos da vaidade cristã se aplica aos outros. Chamaremos de princípio da correlação: quando Ellen White entendia que as jóias eram ruins para o cristão, o cosmético também estava incluído.
Porém não devemos delimitar o uso que Ellen White faz da palavra ornamento. Esta palavra pode ter outros significados, inclusive o de jóias. Mas como vimos nos textos citados acima é inegável que Ellen White de a palavra um significado bem amplo pelo menos em alguns contextos.
A próxima citação é interessante: nos mostra que ela não é contra todo tipo de ornamento: “Um gosto apurado, um espírito cultivado, revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados” [grifo nosso] (Idem, p.672).
Ela estabelece que “ornamentos simples” podem ser usados. Chamaremos isto de princípio da simplicidade. Apesar de não descrever o que seja um ornamento simples, ela estabelece alguns parâmetros úteis.
Nos textos acima aprendemos o que o ornamento simples não é. Primeiro não deve ser um desperdício de dinheiro. Quando ela diz desperdício de dinheiro, não está se referindo ao valor monetário, pois ela conclama os jovens a abandonar os ornamentos desnecessários “Deus convida os jovens a renunciarem a ornamentos e artigos de vestuário desnecessários, mesmo quando quase nada custem, e a depositarem esta quantia na caixa de caridade“. (WHITE, 1996, p. 270). O ornamento pode ser barato, mas não simples.
Segundo, não deve ser um produto da moda. (No sentido de se submeter aos seus caprichos.) “Antes de aceitar a verdade, ela seguira as modas do mundo em seu vestuário e usara jóias de alto preço e outros ornamentos; mas, ao decidir obedecer à Palavra de Deus, achou que seus ensinos requeriam que abandonasse todo adorno extravagante e supérfluo” (WHITE, 1987b, p. 248).
Outra passagem que nos ajuda a entender o que significa o princípio da simplicidade é o seguinte:
A religião pura de Jesus requer de Seus seguidores a simplicidade da beleza natural e o polimento do requinte natural e de elevada pureza, e não o que é artificial e falso.[grifo nosso] ...O Redentor do mundo acautelou-nos contra a soberba da vida, mas não contra o seu encanto e beleza natural. Ele apontou para toda a exuberante beleza das flores do campo e para o lírio que repousa em sua imaculada pureza na superfície do lago. ... (WHITE, 1992, p. 306).
Neste texto Ellen White não fala de ornamentos, mas estabelece um contraste entre a simplicidade da “beleza natural” contra o que é “artificial e falso”. Isto nos faz entender que simplicidade na mente de Ellen White também se relaciona com aquilo que é natural. Isto faz sentido se lembrarmos da crítica que ela faz aos cosméticos como substitutos do rubor natural das faces.
Os ornamentos simples devem demonstrar a beleza natural. Se o cosmético me faz ter uma aparência artificial, a beleza natural é escondida, então este cosmético não seria um ornamento simples, e seu uso seria errado.
Nos dias de hoje, usando-se este princípio provavelmente Ellen White não seria contra alguns dos cosméticos modernos que são usados para combater problemas de rugas e manchas de pele pois estes estariam contribuindo para a beleza natural.
Outra palavra que ela usa é “apropriado”. Para tentarmos compreender como isto se aplicaria ao cosmético vamos fazer um paralelo com o uso de jóias. Como já vimos anteriormente, Ellen White claramente condena o seu uso. Mas existia um caso que ela considerava passível de discussão:
Alguns se têm preocupado com o uso da aliança, achando que as esposas de nossos pastores se devem conformar com este costume. Tudo isto é desnecessário. Possuam as esposas de pastores o áureo elo que as ligue a Jesus Cristo - um caráter puro e santo, o verdadeiro amor e mansidão e piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e certa será em toda parte sua influência. O fato de o descaso desse costume ocasionar reparos, não é boa razão para adotá-lo. Os americanos podem fazer compreender sua atitude com o declarar positivamente que esse uso não é obrigatório em nosso país. Nós não precisamos usar este anel, pois não somos infiéis a nosso voto matrimonial, e o trazer a aliança não seria prova de sermos fiéis. Sinto profundamente esse processo de fermentação que parece estar em andamento entre nós, na conformidade com o costume e a moda. Nenhuma despesa deve ser feita com esse aro de ouro para testificar que somos casados. Nos países em que o costume for imperioso, não temos o encargo de condenar os que usarem sua aliança; que o façam, caso possam fazê-lo em boa consciência; não achem, porém, nossos missionários, que o uso da aliança lhes aumentará um jota ou um til a influência. Se eles são cristãos, isto se manifestará no cristianismo de seu caráter, suas palavras, suas obras, no lar e no convívio com os outros; isto se demonstrará por sua paciência e longanimidade e bondade. Eles manifestarão o espírito do Mestre, possuirão Sua beleza de caráter, a amabilidade de Sua disposição, Seu coração compassivo. (WHITE, 1984, p.601).
O caso da aliança estabelece um princípio importante: ela não aceitava a aliança por ser um anel, mas entendia que havia culturas em que era “imperioso” usá-la. Vamos chamar isto de princípio do uso apropriado. Quando um ornamento não é considerado um ornamento, mas possui uma utilidade funcional e transmite uma mensagem para a sociedade, ele pode ser usado.
Como este princípio se aplicaria ao cosmético? Usando o princípio da correlação as orientações aplicadas a um ornamento se referem a todos os ornamentos. Quando um cosmético não tem valor meramente estético, mas é funcional, tem uma mensagem no seu uso que não seja estético, pode ser usado. Cremes para tratamento de manchas na pele, tintura para restaurar a cor natural do cabelo poderiam se enquadrar nessas categorias.
Ellen White em sua época tinha quase todos os tipos de cosméticos que temos hoje. Batons (em formato diferente), tinturas para cabelo, pó para o rosto, esmalte etc Até onde se saiba nunca fez um comentário positivo sobre qualquer um deles. Mas, ela não era contra a beleza e o bom gosto:
Pouco depois de estimular a nova reforma de vestuário para as mulheres, que apresentava um vestido mais curto que não varresse o chão, a sra. White deu conselhos adicionais como esses vestidos deveriam ser modificados. “Aconselharia as que preparam para si próprias um vestido curto para propósitos de trabalho, que manifestem bom gosto e esmero em subir-lhe a barra. Arranjem-no em ordem, a fim de adequar-se bem ao corpo.” (BAKER, p. 438).
Alguns adquirem a idéia de que, para efetuar a separação do mundo que a Palavra de Deus requer, devem negligenciar o vestuário. Há uma classe de irmãs que pensa que estão pondo em prática o princípio da não-conformidade com o mundo, usando no sábado um gorro comum, e a mesma roupa por elas usada através da semana, assim aparecendo na assembléia dos santos para entregar-se à adoração de Deus. E alguns homens que professam ser cristãos, olham à questão do vestuário sob o mesmo prisma. Reúnem-se com o povo de Deus no sábado, com a roupa poeirenta e encardida, e mesmo com bocejantes rasgões, e posta sobre o corpo de maneira negligente. Essas pessoas, se tivessem um compromisso de encontro com um amigo honrado pelo mundo, e desejassem ser especialmente favorecidas por ele, esforçar-se-iam por aparecer em sua presença com a melhor roupa que pudessem obter; pois esse amigo sentir-se-ia ofendido se comparecessem a sua presença com o cabelo despenteado e as vestes desasseadas e em desordem. Entretanto, essas pessoas acham que não importa com que roupa apareçam, ou qual o aspecto de sua pessoa, quando se reúnem aos sábados para adorar o grande Deus. Reúnem-se em Sua casa, que é como a câmara de audiência do Altíssimo, onde anjos celestiais estão presentes, com pouco respeito ou reverência, como o indicam sua pessoa e seu vestuário. Todo o seu aspecto simboliza o caráter desses homens e mulheres. (WHITE, 1987a, p. 475).

Para Ellen White os “ornamentos simples e apropriados” tinham o seu lugar. Ela entendia que não podemos dar bom testemunho de cristãos descuidando da aparência, pois isso seria desonrar a Deus. Uma aparência bem cuidada revela nosso caráter cuidadoso, bem como os excessos revelam que nosso coração está no mundo e não em Deus.

CONCLUSÃO
Quando Ellen White viveu o cosmético não era o principal problema. Não era tão difundido como o uso de jóias ou de vestidos inapropriados. Mas isso não quer dizer que ela não se preocupasse com o problema. Nas poucas vezes em que é mencionado sempre é num contexto negativo, quer por questões de saúde, quer por este não contribuir para a beleza natural.
Ao falar de cosméticos devemos entender que Ellen White geralmente se refere a eles no contexto da modéstia cristã, e que não devemos separá-los do tratamento que ela deu às jóias e ao vestuário inadequado; todos eles fazem parte da modéstia cristã. (Princípio da correlação). Do mesmo jeito que ela condena o uso de jóias e vestidos pomposos ela também condena o uso de cosméticos.
Mas ela também fala de ornamentos apropriados; e para sabermos quais são devemos usar o princípio da simplicidade (o cosmético deve ressaltar a beleza natural) e o princípio do uso apropriado (quando o cosmético não deve ser usado por questões estéticas, mas por outras questões).
Podemos ver que Ellen White foi de um modo geral contra o uso de cosméticos a não ser quando estes ou qualquer outro ornamento, estivessem dentro dos princípios acima relacionados.
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